Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Constituída empresa de capitais públicos [dropcap]E[/dropcap]ntra hoje em vigor o regulamento administrativo que autoriza a constituição da Metro Ligeiro de Macau, a sociedade anónima, de capitais exclusivamente públicos, que vai ser responsável pela operação do sistema de metro ligeiro. A nova sociedade vai arrancar com um capital social de 1,4 mil milhões de patacas. A RAEM figura como sócia maioritária (96 por cento) da empresa que tem ainda como accionistas o Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (3 por cento) e o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e Tecnologia (1 por cento). A empresa, que nasce a meses da entrada em funcionamento da linha da Taipa, prevista para a segunda metade do ano, vai implicar a extinção do Gabinete de Infra-estruturas e Transportes (GIT).
Hoje Macau SociedadeSubsídio para aquisição de material escolar aumenta em 2019/2020 [dropcap]O[/dropcap]valor dos subsídios para aquisição de material escolar vai ser revisto em alta no próximo ano lectivo. Segundo um despacho do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, publicado ontem em Boletim Oficial, o montante para os estudantes dos ensinos infantil e primário vai subir de 2.400 para 2.500 patacas, enquanto o destinado aos alunos do ensino secundário vai passar de 3.100 para 3.250 patacas. O valor do subsídio de alimentação para o ano lectivo 2019/2020 também vai subir: aumenta de 3.600 para 3.800 patacas. O despacho, que concretiza o anúncio feito, em Novembro, durante as Linhas de Acção Governativa para 2019, também mexe nas condições de candidatura, elevando os limites do rendimento médio mensal dos agregados familiares, permitindo que mais famílias se tornem elegíveis. A título de exemplo, as famílias compostas por três membros podem candidatar-se aos subsídios desde que o rendimento mensal médio não ultrapasse 16.070 patacas (contra o tecto actual de 15.370 patacas).
Hoje Macau EventosFRC | Carlos Frota apresenta terceiro livro de poesia [dropcap]É[/dropcap]já esta quinta-feira, dia 28, que Carlos Frota, professor na Universidade de São José (USJ) e ex-diplomata, lança o seu terceiro livro de poesia. A obra, intitulada “A culpa é das estrelas” será apresentada na Fundação Rui Cunha e terá a presença de José Rocha Dinis, administrador do Jornal Tribuna de Macau, José Manuel Simões, também docente na USJ, e de Fernando Sales Lopes, historiador. A sessão irá também incluir uma leitura de alguns poemas por parte de Fernando Sales Lopes. Carlos Frota foi o primeiro cônsul-geral de Portugal na RAEM, além de ter sido embaixador português na Coreia do Sul e na Indonésia. A primeira vez que se embrenhou no mundo da poesia foi em 1998, quando lançou, no Clube Militar, a obra “O Chão das Raízes”.
Hoje Macau PolíticaFórum de Boao | Chefe do Executivo parte amanhã para Hainão [dropcap]O[/dropcap]Chefe do Executivo, Chui Sai On vai participar, amanhã e na quinta-feira, na reunião anual do Fórum Boao para a Ásia, a ter lugar na província de Hainão. Num comunicado, divulgado ontem, o gabinete do porta-voz do Governo dá ainda conta de que a Comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China em Macau, Shen Beili, foi novamente convidada a participar como assessora da delegação da RAEM. O tema principal do Fórum Boao será “Destino comum – acção comum – desenvolvimento comum”.
Hoje Macau PolíticaPart-time | Song Pek Kei quer revisão acelerada da lei laboral [dropcap]A[/dropcap]revisão da lei das relações laborais que passa a incluir o regulamento do trabalho em regime de part-time já deveria estar pronta. Esta é a opinião da deputada Song Pek Kei que critica as demoras a que o diploma tem sido sujeito tendo como consequência “o atraso do desenvolvimento local”. Em interpelação escrita, a deputada recorda que o relatório da consulta pública está pronto desde Maio do ano passado, que “o rascunho da proposta também está pronto”, mas não se conhece qualquer avanço legislativo. Song quer saber o ponto da situação e a agenda para apresentação da proposta à Assembleia Legislativa. Por outro lado, a deputada está preocupada com a protecção dos interesses dos sectores laboral e patronal questionando o Governo sobre a sua salvaguarda. Song Pek Kei quer ainda que o Executivo melhore os mecanismos de comunicação do Conselho Permanente de Concertação Social. O objectivo é conseguir consensos entre trabalhadores e patrões com maior rapidez e desta forma acelerar os processos legislativos.
Hoje Macau PolíticaGoverno | Comissão para a Cidade Saudável até 2022 [dropcap]A[/dropcap]duração da Comissão para a Cidade Saudável foi prorrogada, por três anos, até 2022, indica um despacho do Chefe do Executivo, publicado ontem em Boletim Oficial. Criada em 2004, a Comissão para a Cidade Saudável tem como missão “a promoção da saúde, do ambiente e da qualidade de vida da população por meio da interacção entre as diferentes áreas e sectores, nomeadamente no âmbito do planeamento urbano e na gestão urbana”. O organismo é constituído por 16 membros, todos do Governo, e presidido pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura.
Hoje Macau PolíticaChui Sai On visita Portugal antes do fim do mandato [dropcap]C[/dropcap]hui Sai On deverá realizar a terceira e última visita a Portugal na qualidade de Chefe do Executivo da RAEM. De acordo com a TDM-Rádio Macau, a visita deverá realizar-se no próximo mês de Maio, estando previstos encontros com o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto. Aliás, na cidade invicta, o Chefe do Executivo deverá receber as chaves da cidade. A primeira visita de Chui Sai On a Portugal aconteceu em 2010, quando já ocupava o mais elevado cargo político na RAEM. Depois de convites feitos em 2015, aquando da passagem de Rui Moreira por Macau e Shenzhen, Chui Sai On deslocou-se novamente a Portugal em 2016, tendo participado na Comissão Mista Portugal-Macau, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa. As relações de Macau com o Porto não são de agora, como lembrou recentemente o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, numa visita oficial em Fevereiro à cidade. “Este ano é importante para a China e Portugal, porque se celebram 40 anos do estabelecimento da boa relação diplomática entre a China e Portugal. Para nós, a amizade já existe há muitos anos. Por exemplo, Macau e o Porto têm uma amizade, é uma cidade geminada desde 1991 e, para nós, esta amizade é preciosa. Utilizando a expressão portuguesa de quanto mais velho é o vinho, melhor é. Com a amizade é igual”, disse à agência Lusa.
Hoje Macau DesportoCristiano Ronaldo diz que portugueses devem acreditar na selecção [dropcap]O[/dropcap]futebolista Cristiano Ronaldo garantiu ontem aos portugueses que têm todos os motivos para continuar a acreditar no apuramento para o Euro 2020, apesar dos empates caseiros com a Ucrânia e Sérvia. “Faltam muitos jogos, é uma qualificação na qual passam duas equipas. Com tranquilidade, vamos descansar, ir para os clubes e nos próximos jogos temos de ganhar. Tenho muita confiança nos nossos jogadores e treinador. Jogámos bem e tivemos oportunidades, simplesmente a bola não entrou, mas isso é futebol”, lamentou. Ontem, no segundo jogo do grupo B, Portugal empatou 1-1 com a Sérvia, depois de na sexta-feira ter empatado 0-0 com a Ucrânia, também no Estádio da Luz, em Lisboa. “Garanto que vamos fazer tudo para estar no Euro 2020. Não há que estar nervosos ou perder esperança nesta equipa. Os adeptos têm de dar confiança aos nossos jogadores. E quem percebe de futebol, sabe que Portugal merecia ganhar os dois jogos. Nas vitórias, só contam as bolas que entram. Não entraram agora, nas próximas entrarão”, reforçou. Em dia de 156.ª internacionalização ‘AA’, o ‘capitão’ saiu lesionado aos 30 minutos, devido a problema muscular, situação que não o preocupa. “Estou tranquilo, pois sei que vou voltar bem daqui a uma ou duas semanas”, disse, assumindo conhecer a capacidade de reacção do seu “corpo”. Depois de um hiato de cerca de meio ano em presenças na selecção, justificado com a adaptação à Juventus e futebol italiano, Cristiano Ronaldo garante estar “de corpo e alma” na equipa das ‘quinas’, assegurando que adora representar o país. “Obviamente que sentia falta da selecção. Já são 16 anos e as coisas não se apagam de um momento para o outro. Algumas vezes temos de pensar em nós. Acho que foi a melhor decisão. O treinador percebeu a minha decisão e o próprio presidente também. Mas isso está ultrapassado”, concluiu.
Hoje Macau DesportoPortugal soma face à Sérvia segundo empate na qualificação para o Europeu de 2020 [dropcap]A[/dropcap]selecção portuguesa de futebol somou ontem a segunda igualdade em outros tantos encontros no Grupo B de qualificação para o Europeu de 2020, ao empatar 1-1 com a Sérvia, no Estádio da Luz, em Lisboa. Três dias depois do ‘nulo’ com a Ucrânia, no mesmo local, Portugal esteve a perder, por culpa de uma grande penalidade concretizada por Dusan Tadic, aos sete minutos, conseguindo chegar à igualdade aos 42, por Danilo Pereira. Em dia de 156.ª internacionalização ‘AA’, o capitão Cristiano Ronaldo saiu lesionado aos 30 minutos, devido a uma lesão muscular.
Hoje Macau China / ÁsiaAtleta português vai de bicicleta até ao Nepal em projecto solidário após acidente grave [dropcap]O[/dropcap]atleta Pedro Bento vai percorrer, de bicicleta, cerca de 11.000 quilómetros, entre Almeirim, em Portugal, e Katmandu (Nepal), em 73 dias, um desafio solidário e de agradecimento para os que o ajudaram a recuperar de um grave acidente. Pedro Bento, de 40 anos, disse à Lusa que vai partir no próximo dia 13 de Abril, sozinho, na sua bicicleta com o objectivo de reunir 10.000 euros, tendo como lema da aventura “1 euro por 1 quilómetro”. O destino da verba é assegurar bolsas de estudo e alimentação a dois jovens nepaleses do projecto “Dreams of Katmandu”, do português Pedro Queirós, e comprar equipamentos de protecção contra incêndios para os Bombeiros Voluntários de Almeirim (BVA). A recuperar de um grave acidente de moto, que sofreu em 1 de Abril de 2017 quando fazia o reconhecimento do percurso para uma prova de BTT que se realizava no dia seguinte, Pedro Bento afirmou que o seu grande objectivo é chegar ao Nepal e reunir a verba que quer oferecer, em agradecimento por todo o apoio dos bombeiros no resgate, e depois durante a recuperação. Pedro Bento quer também distinguir um projecto que conheceu de perto durante a participação numa prova no Nepal, em 2016, um ano depois do terramoto que atingiu aquele país. “Em 2017 sofri um grave acidente de moto e agora pretendo devolver e agradecer toda a ajuda que me foi prestada no processo de recuperação. Tenho plena consciência das dificuldades que vou atravessar, mas sou guiado por esta motivação de agradecer e ajudar. Para mim, sonhar enaltece e fortalece, alcançar um sonho faz parte da humanidade”, escreveu na página do seu projeto https://bakonbike2019.wixsite.com/bakonbike2019, onde é possível fazer uma doação. Técnico superior de desporto na Câmara Municipal de Almeirim (que lhe permitiu o gozo de uma licença sem vencimento e das férias) e membro da secção dos 20kms de Almeirim, Pedro Bento parte sem data prevista de chegada, apenas com a certeza que tem que se apresentar ao trabalho em 1 de Julho. “Se consigo chegar ao final com o percurso todo completo não sei, mas vou tentar. Tenho pesquisado e não encontrei até agora um desafio solidário deste género, com dias contados e aquela distância todos os dias. É quase como se fosse uma prova todos os dias, porque já encontrei desafios de 5.000, 6.000 quilómetros, mas com mais tempo para fazer”, declarou. Do total angariado, 80% serão doados aos BVA, com o objectivo de adquirir dez fatos de protecção e combate aos incêndios (800 euros cada) e os restantes 20% “serão atribuídos ao Pedro Queirós do projeto ‘Dreams of Katmandu’, que continua no Nepal a apoiar as crianças do Campo Esperança, vítimas do terramoto de 2015”. A verba que será doada permitirá pagar bolsas de estudo e alimentação durante um ano aos jovens Mingmar e Tenzing Sherpa, de que Pedro Bento se tornou “irmão” numa cerimónia realizada em 2016 e que “mexeu” consigo. O acidente interrompeu um projecto que o atleta havia iniciado após participar, em 2007, no que era tida como uma das mais duras provas de BTT do mundo, na Costa Rica, o de “fazer as 10 provas que as revistas diziam ser as mais difíceis do mundo”. Seis estão cumpridas – Costa Rica, Canadá, Itália, Chile, Nepal (onde foi o primeiro português a chegar aos 5.400 metros de altitude de bicicleta) e Austrália, esta um ano depois do previsto devido ao acidente, mas, “pelo meio”, decidiu fazer este projecto como forma de agradecimento, relatou à Lusa. Com nove vértebras e a omoplata direitas partidas, Pedro Bento referiu as “peripécias” vividas no Hospital de Santarém, onde esteve 20 dias, e no Hospital de S. José, em Lisboa, onde foi operado, alertando para a necessidade de os profissionais de saúde terem especial cuidado com lesões como as que ele sofreu, lamentando ainda que não tivesse sido feita uma cirurgia para corrigir a fractura na omoplata, que apresenta um desvio de dois centímetros. Pedro Bento afirmou que, contra todas as previsões, não só não ficou em cadeira de rodas, como conseguiu recuperar fisicamente a ponto de voltar a uma prática desportiva que lhe tinham dito que nunca mais iria fazer, conseguindo, pelo meio, convencer o cirurgião que o operou em S. José a retirar todos os parafusos que tinha ao longo das costas. Prestes a partir, Pedro tem um orçamento de 8.000 euros para a viagem, contando com alguns apoios em material e de amigos, que fazem questão de doar uma parte para o projecto solidário e outra para as suas despesas pessoais, salientou. A partir do dia 13, irá atravessar 14 países, apenas evitando passar no Afeganistão e no Paquistão, viajando de avião do Irão para a Índia, por não ter os dias que lhe permitiriam procurar um percurso alternativo.
Hoje Macau China / Ásia MancheteMacron defende junto de Xi Jinping forte parceria China-Europa [dropcap]O[/dropcap]Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu esta segunda-feira perante o líder chinês, Xi Jinping, em Paris, uma “parceria Europa-China forte”, no momento em que os europeus procuram uma postura coerente face às ambições diplomáticas e económicas de Pequim. Essa parceria deve, nomeadamente, ser articulada em torno de um “multilateralismo forte”, uma componente económica “justa e equilibrada”, disse Emmanuel Macron em declarações à imprensa. O Presidente chinês, Xi Jinping, aterrou domingo em Paris, onde o governo francês espera convencê-lo a contribuir para uma “nova ordem internacional”, ao lado do governo alemão e da Comissão Europeia, apesar das resistências políticas ao investimento da China na Europa. O Presidente Emmanuel Macron fez questão de receber Xi Jinping sob o Arco do Triunfo, um dos mais emblemáticos símbolos da República francesa, numa demonstração de apreço e de determinação diplomática em aproximar a Europa da China, num momento particularmente delicado das relações entre as duas potências económicas. Por isso, o momento mais importante desta visita a França acontecerá terça-feira de manhã, quando Macron e Xi se reunirem com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, para discutir o que os líderes europeus chamam de “nova era” na ordem comercial internacional. Xi Jinping chegou a Paris depois de uma visita a Itália, onde o governo não escondeu simpatia para com a iniciativa da “Nova Rota da Seda” – um projecto multibilionário de investimento chinês em diversos continentes. Nas reuniões em Roma, o Presidente italiano, Sergio Mattarella, repetiu várias vezes que acredita no sucesso dos novos acordos comerciais entre os dois países, em declarações que vários analistas consideraram ser “optimistas” perante o clima de reserva da Europa comunitária face ao investimento chinês na União Europeia. A verdade é que Xi Jinping saiu de Roma com um punhado de acordos comerciais, que incluem a abertura de importantes portos europeus, como o de Génova, e deixando promessas de investimento em estruturas de comunicação com o centro da Europa. “A Europa precisa urgentemente de uma estratégia para a China, que seja digna desse nome”, afirmou recentemente o Presidente francês, revelando que, também da sua parte, há disponibilidade para acolher investimento chinês. Mas Macron sabe que o acolhimento ao investimento chinês não agrada ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que repetidas vezes tem alertado para a “subserviência europeia” aos interesses da China. Na semana passada, o governo dos EUA ameaçou mesmo romper os tratados de partilha de dados entre agências de inteligência, se o governo alemão permitisse candidaturas de empresas com tecnologia chinesa nos concursos para frequências de telecomunicações 5G, como acabou por acontecer. Por isso, a presença de Merkel e de Junker na reunião de terça-feira com Xi Jinping, no Palácio do Eliseu, ganha um valor político simbólico ainda mais relevante. “Num mundo com gigantes como a China, a Rússia e os nossos aliados Estados Unidos, só poderemos sobreviver se estivermos unidos como uma verdadeira União Europeia”, sintetizava, na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, numa entrevista ao jornal Welt am Sonntag. O chefe da diplomacia alemã disse ainda que “se alguns países acreditam que podem fazer bons negócios com os chineses, ficarão surpreendidos quando perceberem que ficam reféns deles”, acrescentando que “a China não é uma democracia liberal”.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-primeiro-ministro da Tailândia denunciou fraude nas eleições parlamentares [dropcap]O[/dropcap]ex-primeiro-ministro da Tailândia Thaksin Shinawatra, derrubado em 2006 pelos militares, considerou hoje que as eleições parlamentares de domingo foram fraudulentas e marcadas por irregularidades com o objectivo de manter o exército no poder. “Todos sabem na Tailândia, toda a comunidade internacional que observou o escrutínio sabe que houve irregularidades”, disse Shinawatra em Hong Kong, denunciando que foram “eleições fraudulentas”. O bilionário, que fez fortuna nomeadamente nas telecomunicações, foi para o exílio em 2008 para escapar de processos judiciais que qualifica como perseguição política. No entanto, Shinawatra permanece na sombra como uma figura predominante na política tailandesa. Os partidos próximos de Shinawatra venceram todas as eleições desde 2001, beneficiando, em especial, do apoio de populações desfavorecidas no norte e no nordeste do país. Nas eleições de domingo, a primeira desde o golpe de 2014, “o número de votos excedeu em muito o número de eleitores em muitas províncias”, denunciou Thaksin Shinawatra. “Se o governo é eleito num sufrágio fraudulento, como conseguirá o respeito da comunidade internacional?”, acrescentou. Apesar de um avanço da oposição, nomeadamente do partido Pheu Thai, muito próximo de Thaksin Shinawatra, a junta militar está bem posicionada para manter o controlo do reino após a eleição. Entretanto, o partido pró-exército, que não obteve a maioria nas eleições por si só, terá de negociar com outros partidos e o jogo de alianças será decisivo. Durante anos, a Tailândia dividiu-se profundamente entre os movimentos pró-Shinawatra (os “vermelhos”) e uma elite conservadora alinhada pelos militares (os “amarelos”), que é uma garantia de estabilidade e protecção para a monarquia. A comissão eleitoral da Tailândia referiu hoje que vai esperar pela contagem total dos votos para anunciar resultados oficiais nas eleições de domingo. Informações não confirmadas oficialmente referem que 92% dos votos já foram contados pela comissão. Mais de 50 milhões de tailandeses foram chamados a votar nas primeiras eleições após o golpe de Estado de 2014 liderado pelo general Prayut Chan-ocha, atual primeiro-ministro e cabeça de lista do Palang Pracharat. Os deputados devem depois designar o novo primeiro-ministro em conjunto com a decisão dos 250 senadores que são escolhidos pela junta militar, incluindo os chefes dos chefes das Forças Armadas. Prayut, candidato a chefe do governo, partia com vantagem porque necessita apenas de eleger 126 deputados. As eleições não foram acompanhadas por observadores internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaQatar Airways com voos directos para Lisboa em Junho deste ano [dropcap]A[/dropcap]Qatar Airways vai disponibilizar voos directos para Lisboa a partir de Junho de 2019, sendo a rota operada com um Boeing 787 ‘Dreamliner’ com 22 lugares na classe executiva e 232 na económica, foi hoje anunciado. A nova rota Doha-Lisboa / Lisboa-Doha vai permitir à companhia aérea iniciar a sua “operação regular em Portugal” e consolidar a sua presença na Europa. “Estamos muito satisfeitos em anunciar o lançamento de serviços directos para Lisboa, uma capital europeia vibrante e com uma história rica”, disse, em comunicado, o presidente executivo do grupo Qatar Airways, Akbar Al Baker. De acordo com o responsável, esta nova rota “proporcionará aos viajantes de negócios e de lazer, acesso à extensa rede de rotas globais da Qatar Airways em mais de 160 destinos em todo o mundo”. A companhia aérea do Qatar viaja para 160 destinos com uma frota de mais de 250 aeronaves. Este ano, a Qatar Airways vai passar a disponibilizar uma série de novas viagens, nomeadamente, para Malta, Rabat (Marrocos), Langkawi (Malásia), Davao (Filipinas), Izmir (Turquia) e Mogadíscio (Somália), além de Portugal.
Hoje Macau EventosCasa de Portugal em Macau leva jovens a várias cidades portuguesas [dropcap]A[/dropcap]Casa de Portugal em Macau vai levar 28 jovens a várias cidades portuguesas para “proporcionar um contacto mais próximo dos estudantes de português das escolas locais com a língua e a cultura portuguesas”, disse à Lusa fonte da associação. O programa da terceira edição do Curso de Verão da Casa de Portugal, que se realiza entre 11 e 31 de Julho, vai ser “dividido entre aulas de português e actividades culturais e recreativas”, para os alunos, que são maioritariamente chineses, mas que conta também com jovens portugueses, explicou a associação. Para a Casa de Portugal, este tipo de programas reforça a presença da língua e da cultura portuguesas em Macau, “uma vez que o curso é sobretudo procurado por alunos cuja língua materna não é o português”. “Notamos que existe essa vontade de investirem num maior conhecimento da língua”, sublinhou.
Hoje Macau Manchete PolíticaChui Sai On destaca “missão histórica” na estratégia da China [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo destacou hoje em Pequim, no Fórum de Desenvolvimento da China 2019, a “missão histórica” do território “na participação da estratégia e integração do desenvolvimento nacional”. Chui Sai On afirmou que o projecto da Grande Baía “será o pivô na mudança do modelo de crescimento económico, esperando que esta missão de se transformar num local de inovação de excelência gere oportunidades sem precedentes para Macau”, pode ler-se num comunicado das autoridades. A sessão “A Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau no contexto da economia global” foi presidida pelo sub-director do Centro de Investigação do Desenvolvimento do Conselho de Estado, Wang Anshun, e contou com os discursos do governador da Província de Guangdong, Ma Xingrui, e da chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Chui Sai On destacou ainda “a importância do papel de Hong Kong e de Macau na reforma e abertura do país, que consiste nas vantagens destas duas regiões usufruírem do princípio ‘Um País, Dois sistemas’”. O Chefe do Executivo defendeu que “uma defesa firme de ‘um país’ deve coordenar e equilibrar as diferenças entre os ‘dois sistemas’ e ‘três jurisdições e três regimes fiscais’”. Por outro lado, enfatizou, “promover a construção da Grande Baía é transformar os desafios em oportunidades, destacando-se como prioridade a resolução das diferenças entre os sistemas económicos, jurídicos e administrativos”. A delegação oficial de Macau presente na sessão integrou o chefe de gabinete do chefe do executivo, O Lam, o director dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Mi Jian, o director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan, a coordenadora do Gabinete de Protocolo, Relações Públicas e Assuntos Exteriores, Lei Iut Mui, e a chefe da Delegação da RAEM em Pequim, Leong Kit Chi.
Hoje Macau China / ÁsiaRepórteres sem Fronteiras denunciam “nova ordem mundial de comunicação” da China [dropcap]A[/dropcap]organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou hoje para a ameaça à liberdade de imprensa que acarreta a “nova ordem mundial da comunicação”, criada pela China, acompanhando a crescente influência política e económica do país. O relatório da RSF, que coincide com a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a França, nota que Pequim trabalha há dez anos para controlar a informação além-fronteiras. A China é um dos país do mundo com menos liberdade de imprensa e mantém mais de 60 jornalistas na prisão. Pequim, que há muito se queixa que a imprensa ocidental domina o discurso global e alimenta preconceitos contra a China, tem ainda investido milhares de milhões de dólares para convencer o mundo de que o país é um sucesso político e cultural. A RSF revela que a China criou uma “máquina de propaganda” internacional, na qual tem investido “maciçamente”, e que inclui a agência noticiosa oficial Xinhua e a televisão estatal CGTN, cada uma com mais de 10.000 funcionários. Pequim tem ainda transformado a narrativa sobre o país através da compra de participações em grupos de comunicação estrangeiros, conteúdo pago ou convites a dezenas de milhares de jornalistas de todo o mundo para visitarem a China, com todas as despesas pagas, para alterar as suas percepções sobre o país, destaca a RSF. A Xinhua ou a televisão estatal CGTN contam já com centenas de delegações além-fronteiras e têm agressivamente procurado parcerias no exterior, visando publicar conteúdo aprovado pela Propaganda do PCC, sob o selo de órgãos de comunicação independentes. Também a Rádio Internacional da China (CRI, na sigla em inglês, ou os jornais oficiais Diário do Povo e China Daily têm promovido visitas à China, que, nos últimos anos, trouxeram ao país asiático milhares de jornalistas estrangeiros. Desde 2017, o China Daily gastou quase 16 milhões de dólares para publicar suplementos em jornais norte-americanos, segundo dados reportados ao abrigo da Lei de Registo de Agentes Estrangeiros, que exige que entidades que representam os interesses de outros países divulguem as suas finanças. New York Times ou Wall Street Journal são alguns dos órgãos que publicam suplementos do China Daily, mas cujas versões electrónicas estão bloqueadas no país asiático. Em Portugal, a CRI assegura uma emissão diária através da Rádio Iris FM, sediada nos arredores de Lisboa. A RSF afirma que Pequim não se contenta em controlar as suas redes sociais e motores de busca, como o WeChat ou o Baidu, como tem encorajado outros países a copiar os seus regulamentos. Em 2009, a China criou o World Media Summit, que é financiado e organizado inteiramente pela Xinhua, e que se realiza em “países conhecidos pelo seu autoritarismo”, nomeadamente Rússia ou Catar. O RSF é particularmente crítico de Xi, que “em cinco anos de feroz repressão contra jornalistas e blogueiros conseguiu impor uma visão totalitária no país, que se estende agora além-fronteiras”. A investida de Pequim foi oficialmente lançada em 2009, após protestos pró-independência do Tibete e em defesa dos Direitos Humanos terem acompanhado a passagem da Tocha Olímpica, em várias cidades do mundo, nas vésperas dos Jogos Olímpicos em Pequim. Numa era em que a internet destruiu o modelo de negócio da imprensa tradicional, o regime chinês anunciou um investimento equivalente a 5,8 mil milhões de euros, visando reforçar a presença global dos seus órgãos de comunicação.
Hoje Macau China / ÁsiaOposição da Tailândia diz que tem maioria mas não há resultados oficiais [dropcap]A[/dropcap]comissão eleitoral da Tailândia diz que vai esperar pela contagem total dos votos para anunciar resultados oficiais, mas o partido da oposição declarou que conseguiu eleger o maior número de deputados e que vai tentar formar governo. As primeiras eleições após o golpe de Estado de 2014 realizaram-se ontem, domingo, mas a comissão eleitoral disse que só vai anunciar “ao fim do dia” de hoje os resultados relativos a 350 circunscrições no final do dia e que a contagem sobre as restantes 150 podem demorar vários dias. O partido Pheu Thai afastado do poder na sequência do golpe militar de 2014 diz que conseguiu vencer a maioria das circunscrições e que, por isso, vai tentar formar um novo executivo. Os resultados oficiais ainda não foram divulgados, mas fontes ligadas aos militares indicam que o partido Palang Pracharat, no poder, “conseguiu o voto popular”. Informações não confirmadas oficialmente referem que 92% dos votos já foram contados pela Comissão Eleitoral. Os primeiros resultados preliminares não oficiais indicam que o Phalang Pacharat conseguiu 7,5 milhões de votos, seguido do Pheu Thai com sete milhões de votos e que a formação anti-militar Anakot Mai conseguiu 5,1 milhões de votos. Oficialmente, devido ao complexo sistema eleitoral tailandês que integra circunscrições e listas partidárias, desconhece-se ainda qual dos partidos vai conseguir o maior número de lugares da Câmara Baixa do parlamento constituída por 500 deputados. De acordo com a Constituição aprovada pelos militares, dos 500 lugares no parlamento 350 são escolhidos pelas circunscrições e os restantes 150 pelas listas dos partidos. Mais de 50 milhões de tailandeses foram chamados a votar nas primeiras eleições após o golpe de Estado de 2014 liderado pelo general Prayut Chan-ocha, atual primeiro-ministro e cabeça de lista do Palang Pracharat. Os deputados devem depois designar o novo primeiro-ministro em conjunto com a decisão dos 250 senadores que são escolhidos pela junta militar, incluindo os chefes dos chefes das Forças Armadas. Prayut, candidato a chefe do governo, partia com vantagem porque necessita apenas de eleger 126 deputados. As eleições não foram acompanhadas por observadores internacionais. A União Europeia não foi convocada, mas decidiu envolver alguns diplomatas que acompanharam de forma incompleta a votação para recolha de informações que vão ser partilhadas a nível interno.
Hoje Macau EventosViolinista Carlos Damas destaca “grande interesse” da China pela música clássica [dropcap]O[/dropcap]violinista português Carlos Damas destacou o “grande interesse” do público chinês pela música clássica ocidental, após uma digressão com o pianista Artur Pizarro e o violoncelista Bruno Borralhinho, que incluiu Pequim e Xangai. “É uma área que está em perfeita evolução na China”, descreveu o violinista à agência Lusa. Nascido em 1973, em Coimbra, Carlos Damas já tocou “várias vezes” no país asiático, mas esta semana foi acompanhado por Pizarro e Borralhinho, em dois espectáculos organizados pela embaixada portuguesa em Pequim, e inseridos no ano de Portugal na China. O trio tocou um reportório composto por obras dos compositores Franz Schubert, Felix Mendelsshon e Pyotr Tchaikovsky. “Há um grande interesse na China pela música clássica e o mercado está a crescer imenso: há orquestras a surgir como cogumelos e conservatórios e escolas por todo o lado, com excelentes condições”, notou Damas. O violinista português, que já viveu em Macau, lembrou ainda que é comum as famílias chinesas porem os filhos a aprender um instrumento ocidental. “É uma questão social”, disse. Questionado sobre a alegada falta de criatividade dos músicos chineses, Carlos Damas concordou que, “no geral, são bastante mais técnicos do que musicais”, mas “é óbvio que há também alguns músicos com enorme criatividade e musicalidade”. “Há de tudo na China: é um país enorme”, realçou. Outros eventos culturais vão realizar-se ao longo deste ano, incluindo festivais de cinema, literatura, teatro ou música, em paralelo com o ano da China em Portugal, num programa pensado pelos dois governos. “A cultura é um instrumento fundamental para aproximar os povos, dialogar e criar emoções conjuntas”, sublinhou o embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte. “Este será um ano que reforçará em muito a visibilidade do grande talento dos portugueses junto da opinião publica chinesa”, afirmou.
Hoje Macau SociedadePrisão preventiva para jovem de 16 anos suspeito de violação [dropcap]O[/dropcap]estudante, de 16 anos, que foi detido, na semana passada, pela suspeita de ter violado uma colega, foi colocado em prisão preventiva. Em comunicado, divulgado na sexta-feira, o Ministério Público informa que o juiz de instrução criminal decidiu aplicar a medida de coacção mais gravosa não só devido à “gravidade” e às “circunstâncias concretas do caso, nomeadamente a premeditação e a violência empregada na prática do facto ofensivo à liberdade sexual da vítima”, mas também de modo a “evitar que escape às malhas da lei e volte a praticar a conduta criminosa”. O caso, tornado público na quinta-feira pela Polícia Judiciária (PJ), terá acontecido no domingo anterior, dia 16, em casa da vítima, de 17 anos, que alegadamente foi violada depois de ter recusado um pedido de namoro do rapaz. O crime de violação é punível com pena de prisão de 3 a 12 anos.
Hoje Macau PolíticaComunidades Portuguesas | Conselheiros reunidos com autarca de Águeda [dropcap]O[/dropcap]s Conselheiros das Comunidades Portuguesas estiveram reunidos, no fim-de-semana, com uma comitiva liderada pelo presidente da câmara de Águeda, Jorge Almeida, que passou por Macau antes de seguir para a Austrália. Em declarações ao HM, o autarca revelou que espera receber uma visita dos Conselheiros das Comunidades Portuguesas no próximo mês de Junho, após os contactos agora encetados que abrem caminho a futura cooperação. “Estamos a tentar estabelecer pontos de concórdia que, com a toda a certeza, nos vão permitir desenvolver, nos próximos tempos, parcerias entre Águeda e Macau”, afirmou Jorge Almeida. “Temos muitas empresas, pelo que, naturalmente, encontraremos pontos comuns que irão permitir essa cooperação”, complementou, destacando o tecido empresarial “diversificado” de Águeda e a actual fase de “franco desenvolvimento e expansão” que vive. “Penso que há terreno fértil para os empresários de Águeda poderem trazer os seus produtos para Macau, para estabelecerem parcerias e haver espaço em Águeda, inclusivamente, para possível investimento”, sustentou. O presidente da câmara de Águeda falou ainda da “grande dinâmica cultural” de Águeda, aliás, um dos temas também abordados no encontro com José Pereira Coutinho e Armando de Jesus, a par com o investimento, exportações e geminação de cidades. Já Rita Santos, presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia tem, de resto, prometida uma deslocação a Águeda no final de Maio, aproveitando a ida a Portugal, onde vai participar da reunião do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, mas tem outras ideias na calha. “Estou a ponderar a hipótese de organizar com uma empresária da província de Jiangsu uma iniciativa para levar 200 crianças, de todas as partes da China, a Águeda durante o festival que realizam em Julho [AgitÁgueda]. Seria a primeira actividade cultural entre Macau, China e a cidade de Águeda”, realçou.
Hoje Macau PolíticaFórum de Desenvolvimento | Chui Sai On em Pequim com líderes de Cantão [dropcap]O[/dropcap]Chefe do Executivo, Chui Sai On, reuniu-se no sábado, em Pequim, com o secretário do Comité Municipal de Cantão do Partido Comunista Chinês, Zhang Shuofu, e com o presidente do município da mesma cidade, Wen Guohui, com os quais trocou impressões sobre as oportunidades geradas pela Grande Baía. Segundo um comunicado oficial, no encontro, que teve lugar à margem da cerimónia de abertura do Fórum de Desenvolvimento da China 2019, Chui Sai On realçou que no âmbito da cooperação regional, Cantão foi sempre uma das prioridades de Macau, esperando que as relações entre ambas possam sair reforçadas com a estratégia nacional da Grande Baía, no campo da inovação, ciência e tecnologia, turismo, comércio e cultura, bem como ao nível dos assuntos relativos aos jovens. Zhang Shuofu apontou, por seu turno, que Cantão dará o seu melhor para apoiar o desenvolvimento de Macau e tem intenções de, ao mesmo tempo, conceder condições preferenciais aos jovens de Macau que pretendam integrar o desenvolvimento da Grande Baía, dando-lhes assim mais oportunidades para empreendedorismo, emprego, estudo ou estágios, refere a mesma nota oficial.
Hoje Macau SociedadeGoverno estuda a possibilidade de implementar taxa turística A Direcção dos Serviços de Turismo está a ponderar aplicar taxas turísticas a quem escolhe Macau como destino. Helena de Senna Fernandes traça como objectivo para o futuro tornar o território atractivo para os mercados internacionais com apostas em valências fora do sector do jogo [dropcap]O[/dropcap]Governo de Macau está a efectuar um estudo para a possível aplicação de uma taxa turística no território, como acontece actualmente em Veneza (Itália) e no Japão, disse a directora dos Serviços de Turismo à Lusa. “Estamos a fazer um estudo de comparação em termos das taxas que estão a ser impostas, por exemplo, por Veneza, (…) e pelo Japão”, afirmou Helena de Senna Fernandes em entrevista à agência Lusa. “Não tem uma data [de conclusão], mas não queremos arrastar por muito tempo, porque também queremos apresentar este estudo para que possa ser contemplado em mais pormenor”, adiantou a responsável pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST). “Estamos a fazer uma comparação e um tipo de pesquisa: porque foram lançados e qual o resultado”, esclareceu a directora. “Sem fazermos estes estudos não podemos dizer no que vai resultar”, acrescentou. Sobre a hipótese de ser estabelecido um limite de visitantes, uma ideia que tem sido ciclicamente discutida em Macau dada a pressão turística, Helena de Senna Fernandes sustentou que “em termos práticos, vai haver sempre dificuldades”. “Quem é que pode entrar e quem não pode entrar? Como é que vamos fazer esta distinção entre as pessoas sem fazer muita discriminação? Tem que haver um pensamento mais profundo sobre ambos os casos”, concluiu. Aumento exponencial O turismo da região cresceu 211 por cento entre 1999 e 2018, passando de 11,5 para 35,8 milhões de pessoas, segundo dados avançados pelas autoridades. Os chineses constituem a esmagadora maioria dos 35 milhões de turistas que visitaram Macau em 2018, mas o Governo pretende atrair outros mercados de turismo internacional, nomeadamente o europeu. Para tal, será necessário apostar na qualificação e passar a imagem de que o território tem mais para oferecer além da indústria do jogo. “Nós não queremos que Macau, no futuro, seja mencionado só pela indústria do jogo”, admitiu Helena de Senna Fernandes em entrevista à Lusa. Mas “esse não é um caminho fácil”, acrescentou. “Em termos de Governo, queremos ver outras indústrias a crescer, utilizando a indústria do jogo (..), tais como convenções, indústrias criativas e a indústria da gastronomia, que estamos a desenvolver muito”, explicou. Contudo, a responsável da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau defendeu que “é importante continuar a investir nos mercados europeus, asiáticos e americanos (…) e ter visão mais alargada do que (…) os destinos vizinhos. E para isso é importante o mercado europeu”. “A nossa ligação à Europa é importante porque foi [com] esta nossa ligação, sobretudo com Portugal, que se conseguiu o Macau de hoje. Sem esta ligação não podíamos ter este património mundial”, frisou. “Não quer dizer que vamos transformar de repente Macau num destino completamente internacional porque para ser destino internacional temos ainda que lutar mais e há muitas coisas para fazer”, ressalvou Helena de Senna Fernandes. Turismo inteligente Sobre a qualificação de profissionais na área do turismo, a directora do DST admitiu a existência de desafios a superar, mas sublinhou que as autoridades estão atentas. “Eu sei que da parte da nossa indústria já se está a dizer que há carência em várias áreas e estamos a discutir a melhor forma de formar (…) as pessoas locais”, afirmou. Por outro lado, “existindo essas carências” é preciso analisar, considerou a responsável. “Se não é possível encontrar essas pessoas em Macau, como é que podemos encontrar pessoas qualificadas”. O tratamento de dados turísticos é outra das prioridades da Região Administrativa Especial de Macau: “o turismo inteligente faz parte do grande projecto do Governo da RAEM da cidade inteligente”, afirmou. “Estamos a apostar mais, numa primeira fase, em como podemos fazer uma previsão de turistas que vão para diferentes áreas de Macau”, sustentou. Por isso, o DST vai “lançar já, agora no primeiro trimestre, um ‘website’ que vai dar informações aos turistas sobre a previsão dos turistas nas próximas quatro horas, 24 horas e próximos sete dias, para que as pessoas possam planear melhor as suas viagens e evitar também os fluxos maiores e concentração maior e turistas”, acrescentou. “O ‘website’ vai dar informação sobre 20 atracções turísticas de Macau. Já testámos no Ano Novo chinês, os resultados foram bastante positivos”, adiantou, referindo-se ao teste de lançamento de três projectos, previstos para este ano, em parceria com grupo Alibaba, na área do turismo: plataforma de trocas de dados do turismo, aplicação de observação dos visitantes e aplicação do fluxo de visitantes.
Hoje Macau SociedadeAgência Lusa realiza duas conferências em Lisboa e Macau [dropcap]O[/dropcap]presidente do Conselho de Administração da Lusa anunciou ontem que a agência vai assinalar um “ano muito específico” das relações entre Portugal, Macau e China com duas conferências internacionais, uma em Lisboa e outra em Macau. “Vamos assinalar este ano muito específico das relações entre Portugal, Macau e China com duas grandes conferências, uma a 16 de Abril, em Lisboa, com oradores que vão falar sobre a China actual do ponto de vista político e económico, e depois em Novembro faremos uma réplica desta conferência, desta vez em Macau, com oradores internacionais”, disse Nicolau Santos. Na base da realização destas conferências está a concretização das duas grandes áreas de intervenção da agência de notícias: “os países de língua oficial portuguesa em África (PALOP), e depois Macau e China”, disse o presidente da Lusa. Na explicação sobre a escolha de Macau enquanto prioridade da Lusa, Nicolau Santos lembrou que “Macau foi definida por Pequim como a plataforma chinesa para a ligação aos países de língua oficial portuguesa, em particular aos países africanos” e acrescentou que a Lusa “é a única agência estrangeira no território”. Além disso, vincou, “é incontornável para os responsáveis do Governo de Macau poderem passar as suas mensagens para fora das fronteiras estritas de Macau”. A conferência decorre dia 16 de Abril no Centro Científico e Cultural de Macau, e conta com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do embaixador da China em Portugal, Cai Run, e do reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, para além de uma mensagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente chinês Xi Jinping no Mónaco para visita diplomática [dropcap]O[/dropcap]Presidente da China, Xi Jinping, começou ontem pelo meio-dia uma visita diplomática ao Mónaco, no âmbito de um périplo europeu, transformando as ruas do principado, que ficaram desertas mas enfeitadas com símbolos e cores chinesas. Depois de uma passagem por Roma, onde selou a entrada da Itália, com a assinatura de um memorando de entendimento “não vinculativo”, no seu projecto económico chinês “nova rota da seda”, Xi Jinping chegou ao Mónaco, uma hora depois de aterrar no aeroporto de Nice Côte D’Azur. Trata-se da primeira vez que o Presidente do país mais populoso do mundo visita o Mónaco, o Estado mais pequeno do planeta depois do Vaticano. O governante monegasco Alberto II foi recebido em Setembro em Pequim e forjou laços com Xi, especialmente em torno do desporto. Não está prevista qualquer conferência de imprensa para esta visita, mas há imagens oficiais. O programa da visita prevê um almoço com 40 convidados, no qual Xi Jiping e Alberto II vão poder discutir “questões económicas e ambientais”. Em 2018, o Mónaco assinou um acordo com o grupo chinês Huawei para tornar o principado o primeiro país totalmente coberto em 5G para as suas comunicações móveis. O Presidente chinês iniciou na quinta-feira um périplo pela Europa, visando “consolidar o bom momento” nas relações e reforçar alianças no comércio e assuntos internacionais, informou o Governo chinês, apesar da crescente suspeição de Washington. A viagem de Xi Jinping decorre até 26 de Março e inclui Itália, França e Mónaco. Itália foi o primeiro país membro do G7 a integrar o projecto “nova rota da seda”, de infraestruturas marítimas e terrestres, lançado por Pequim em 2013, (ver página 13). Com este projecto, Pequim tenciona impulsionar o seu comércio com o Ocidente, apesar das reticências por parte da União Europeia.