PJ | Três denúncias de fraude em encontros online

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem ter recebido queixas de três cidadãos locais que foram alvo de situações de fraude numa plataforma de encontros sexuais online. A notícia foi avançada pelo canal chinês da Rádio Macau, após a denúncia feita junto das autoridades policiais.

Na investigação da PJ foi apurado que os três burlados tinham entre 20 e 36 anos, todos do sexo masculino e residentes em Macau. As vítimas conheceram uma mulher através das redes sociais que se ofereceu para prestar serviços sexuais a troco de dinheiro.

Após a marcação dos encontros, cada um dos homens foi abordado por telefone por um indivíduo desconhecido que lhes pediu o pagamento adiantado, via cartões pré-carregados para aquisições na internet.

Com isto acabaram por perder entre 5 mil a 19.400 patacas, por encontros sexuais que nunca se concretizaram. A PJ vai continuar a investigar o caso e alerta os cidadãos para terem cuidado com este tipo de plataformas e de pagamentos online a entidades desconhecidas.

7 Ago 2019

Hotel 13 negociado por 1,2 mil milhões de dólares de Hong Kong

[dropcap]A[/dropcap] empresa South Shore, que controla o Hotel 13, em Seac Pai Van, está a negociar a venda de 60 por cento do activo a troco de 1,2 mil milhões de dólares de Hong Kong. A informação consta de um comunicado enviado ontem à Bolsa de Hong Kong, em que não é identificado o potencial comprador.

Segundo os dados revelados o interessado na aquisição de 60 por cento do hotel tem ligações a um dos principais accionistas do projecto, mas também não identifica quem o accionista em causa. Além da venda de 60 por cento do hotel, a transacção implica que o comprador assuma uma dívida que se aproxima de 2,9 mil milhões de dólares de Hong Kong, assim como os juros desta dívida, que rondam os 1,2 mil milhões.

O Hotel 13 está parcialmente aberto desde Agosto e no passado sempre se afirmou com a intenção de receber um casino. Contudo, até ao momento essa intenção não foi concretizada o que tem afectado os resultados da empresa.

Perdas confirmadas

Também ontem a empresa publicou o relatório sobre o último ano económico e confirmou perdas de 5,8 mil milhões de dólares de Hong Kong. No ano financeiro anterior, as perdas da empresa tinham sido de 1,6 mil milhões de dólares de Hong Kong, o que mostra um agravamento dos resultados superior a 4 mil milhões de dólares.

Já em relação ao Hotel 13, a empresa revelou que as receitas ligadas ao aluguer dos hotéis foram de 3 milhões de dólares de Hong Kong, o que corresponde a uma diária de 5 mil dólares por quarto. A taxa de ocupação, numa altura em que o hotel só está aberto parcialmente, foi de 8 por cento. Já em relação à venda de comida e bebidas, as receitas foram de 2 milhões de dólares de Hong Kong.

Sobre o mercado de Macau, a empresa admite que se está a tentar adaptar ao facto de não ter uma área de jogo. “O Hotel 13 está focado em reposicionar-se no mercado e adaptar um modelo de negócio diferente sem o recurso ao jogo, desde que abriu em Agosto do ano passado. A tendência passa agora por capitalizar as instalações ultra luxuosas e criar uma marca que possa aumentar a taxa de ocupação e organizar eventos especiais”, é explicado.

Além dos relatório publicados, as acções da empresa voltaram a ser comercializadas, depois de terem estado quase um mês suspensas.

7 Ago 2019

Activistas de Hong Kong pedem renúncia do governo em conferência inédita

[dropcap]T[/dropcap]rês membros do movimento pró-democracia de Hong Kong fizeram hoje uma conferência de imprensa inédita em que usaram máscaras e pediram a renúncia da chefe do executivo e uma investigação à acção da polícia nas manifestações locais.

Além da renúncia de Carrie Lam e da investigação à polícia, os representantes do movimento pró-democracia de Hong Kong pediram uma amnistia para os manifestantes e a suspensão da polémica lei de extradição para a China.

A conferência de imprensa foi dada, segundo explicaram, para não deixar o monopólio da comunicação ao executivo da cidade, alinhado com Pequim. Hong Kong está a viver a pior crise política do território desde que voltou a pertencer à China, em 1997, contando já dois meses de manifestações, com confrontos cada vez mais frequentes entre pequenos grupos radicais e a polícia anti-motim.

O movimento pró-democracia não assumiu, no entanto, nenhum líder claro por medo de retaliações, e a organização das suas acções é feita nas redes sociais. Vestidos com a roupa associada ao protesto, uma camisa preta e um chapéu amarelo, dois homens e uma mulher com as caras tapadas por máscaras falaram com os jornalistas, naquela que foi a primeira conferência de imprensa de representantes do protesto.

“Esta plataforma visa contrabalançar o monopólio do governo sobre o discurso político”, explicou um deles, assegurando que não falavam em nome de nenhum partido político, mas sim “em nome do povo”.

“Pedimos ao governo que capacite as pessoas e responda aos apelos dos cidadãos de Hong Kong”, afirmaram, em declarações lidas em inglês e em cantonês.

Hoje, a polícia de Hong Kong anunciou que deteve 148 pessoas na segunda-feira, à margem das manifestações pró-democracia na ex-colónia britânica. Na segunda-feira, a polícia de Hong Kong já tinha avançado ter detido 420 pessoas desde que os protestos começaram, há nove semanas.

Numa outra conferência de imprensa dada pelo porta-voz do Gabinete de Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado chinês, a China avisou os responsáveis pelos protestos em Hong Kong de que “serão punidos”, chamando-lhes “criminosos e radicais”. O porta-voz lembrou ainda que ninguém deve subestimar “o imenso poder do Governo central”.

“Nunca subestimem a forte determinação e o imenso poder do Governo central” e “não confundam contenção com fraqueza”, disse numa conferência de imprensa, um dia após uma greve geral e manifestações marcadas por mais confrontos com a polícia na antiga colónia britânica.

“Deve ficar muito claro para o pequeno grupo de criminosos violentos e sem escrúpulos e às forças repugnantes por detrás deles: aqueles que brincam com fogo morrerão pelo fogo”, disse.

“No final, eles serão punidos, (…) é uma questão de tempo” e “terão de enfrentar a Justiça”, acrescentou, ao mesmo tempo que reiterou o apoio de Pequim à chefe do Governo de Hong Kong e à polícia, sublinhando que têm capacidade para reprimir os actos criminosos e violentos e para restaurar a ordem pública”. “Aqueles que brincam com fogo morrerão pelo fogo”, avisou.

6 Ago 2019

China suspende compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos

[dropcap]A[/dropcap] China anunciou hoje a suspensão da compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos em resposta ao recente anúncio de Washington de que aumentará as taxas alfandegárias sobre 300 mil milhões de dólares de bens importados do país asiático.

Em comunicado, o ministério chinês do Comércio considerou o aumento anunciado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e que entra em vigor a partir de 1 de Setembro, como “uma séria violação do encontro entre os chefes de Estado da China e dos Estados Unidos”.

“Foi acordado que a Comissão de Taxas Alfandegárias do Conselho de Estado não descarta taxar a importação sobre os produtos agrícolas norte-americanos adquiridos depois de 03 de Agosto, e as empresas chinesas relacionadas suspenderam a compra de produtos agrícolas dos EUA”, indica o texto.

O ministério do Comércio apontou o “enorme mercado” do país asiático e diz que há “grandes perspectivas para a importação de produtos agrícolas americanos de alta qualidade”.

No entanto, enfatizou que essas “perspectivas” dependem que Washington “cumpra com o consenso alcançado na reunião entre os chefes de Estado da China e dos EUA”.

Os dois Governos impuseram já taxas alfandegárias sobre milhares de dólares às importações de ambos.

Na segunda-feira, a moeda chinesa, o yuan, caiu abaixo da barreira dos sete yuan por um dólar, o valor mais baixo em mais de dez anos, o que levou Washington a classificar a China de “manipulador cambial”.

6 Ago 2019

China avisa que “serão punidos” os “criminosos e radicais” de Hong Kong

[dropcap]A[/dropcap] China apelidou hoje de “criminosos e radicais” os responsáveis pela violência dos protestos em Hong Kong, advertiu-os de que “serão punidos” e avisou que ninguém deve subestimar “o imenso poder do Governo central”.

“Nunca subestimem a forte determinação e o imenso poder do Governo central” e “não confundam contenção com fraqueza”, disse o porta-voz do Gabinete de Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado chinês, Yang Guang, numa conferência de imprensa, um dia após uma greve geral e manifestações marcadas por mais confrontos com a polícia na antiga colónia britânica.

“Deve ficar muito claro para o pequeno grupo de criminosos violentos e sem escrúpulos e às forças repugnantes por detrás deles: aqueles que brincam com fogo morrerão pelo fogo”, disse Yang.

“No final, eles serão punidos, (…) é uma questão de tempo” e “terão de enfrentar a Justiça”, acrescentou, ao mesmo tempo que reiterou o apoio de Pequim à chefe do Governo de Hong Kong e à polícia, sublinhando que têm capacidade para reprimir os actos criminosos e violentos e para restaurar a ordem pública”.

Na semana passada, o exército chinês divulgou um vídeo no qual os seus soldados simulavam operações anti-motim. Questionado pelos jornalistas, o porta-voz do Gabinete de Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado chinês nunca admitiu uma eventual intervenção militar no território, que regressou à China em 1997.

O alto responsável chinês adiantou que desde o início dos protestos ficaram feridas 900 pessoas, 130 das quais são polícias, e que os quase dois meses de contestação “têm tido um grande impacto na prosperidade” de Hong Kong, dando como exemplo os protestos de segunda-feira que obrigaram ao cancelamento de 250 voos e bloquearam durante cinco horas a circulação no metro.

O impacto negativo na economia de Hong Kong, insistiu, já é visível nas estatísticas dos primeiros seis meses, tanto na ocupação de hotéis, como ao nível do investimento.

Uma “desordem” cuja responsabilidade Yang atribuiu também às forças anti-China que estão, sustentou, a “tentar escalar as tensões sociais” e a “provocar os elementos radicais contra a polícia”.

E explicou: “É tempo de as pessoas de Hong Kong se erguerem e protegerem o seu território”, de se “acabar com a violência e restaurar a ordem”.

O responsável fez ainda questão de repetir as palavras proferidas na segunda-feira pela chefe do Governo da região administrativa especial chinesa, Carrie Lam, que afirmou que os protestos estão a colocar a cidade “à beira de uma situação muito perigosa”.

Hong Kong vive há quase dois meses um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

6 Ago 2019

Óbito | Morreu o realizador D.A. Pennebaker, mestre do documentário

[dropcap]O[/dropcap] cineasta norte-americano D.A. Pennebaker, considerado um mestre do género documental e muito atento à música popular, morreu na quinta-feira aos 94 anos, informou ontem a revista especializada Variety.

O realizador, que filmou documentários sobre Bob Dylan, David Bowie ou o Festival de Monterrey de 1968 foi uma figura central do designado “Direct Cinema”, um subgénero do documental que na década de 1960 tentou reflectir a realidade da forma mais objectiva possível, incluindo a espontaneidade e sem omitir no resultado final os erros técnicos ou as imperfeições.

Em 2012, Pennebaker, natural de Evanston (Illinois), recebeu um Óscar honorífico pelo seu longo percurso, onde sobressaem documentários não ficcionais como “Bob Dylan: Dont Look Back” (1967), “Monterey Pop” (1968), “Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” (1973), “The War Room” (1993), “Down from the Mountain” (2000), “Elaine Stritch at Liberty” (2002) ou “Kings of Pastry” (2009).

Após os seus primeiros passos no cinema e na direcção de várias “curtas”, participou em “Primary” (1960), um influente documentário sobre o confronto entre dois políticos norte-americanos, John F. Kennedy e Hubert H. Humphrey, para a nomeação democrata na corrida à Casa Branca.

6 Ago 2019

Grande Muralha da China | Badaling ganhou controlo de turistas 

[dropcap]B[/dropcap]adaling deixou de ser a zona mais visitada da Grande Muralha da China, em Pequim, desde que as autoridades chinesas impuseram um limite de 65 mil turistas por dia a partir do dia 1 de Junho deste ano. De acordo com a agência noticiosa Xinhua, esse número foi estabelecido para garantir a segurança não apenas dos turistas mas também do monumento.

Ainda assim, no final do mês de Julho a zona de Badaling tinha recebido mais de 2.23 milhões de visitantes, tendo sido lançados quatro alertas vermelhos sobre o excesso de capacidade do local. Só em 2018 mais de 9.9 milhões de pessoas visitaram Badaling, tendo o número de turistas flutuado entre as épocas baixas e altas. A enorme popularidade do local afectou o lado patrimonial, pelo que passou a ser obrigatória a marcação de visitas, de acordo com as autoridades que gerem a zona.

Localizada no distrito de Yanqing, em Pequim, a 60 quilómetros na zona norte da capital, Badaling tem sido o local mais conhecido para visitar a Grande Muralha da China. Muitas personalidades estrangeiras passaram pelo local desde a década de 50.

6 Ago 2019

PJ | Detido alegado operador de uma rede de cartões de crédito falsos 

[dropcap]U[/dropcap]m homem oriundo do Zimbabwe, com 46 anos de idade, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por alegadamente ter feito pagamentos numa pensão com um cartão de crédito falso.

A investigação preliminar das autoridades concluiu que o homem terá sido contratado por uma rede criminosa de falsificação de cartões de crédito para operar a mesma rede em Macau. Suspeita-se que desde Junho o homem terá feito cerca de 30 pagamentos no valor total de dez mil dólares de Hong Kong.

A PJ descobriu ainda que os dados dos cartões de crédito incluem países como a Austrália, Estados Unidos, Inglaterra e África do Sul, tendo sido detectados seis cartões falsos. O indivíduo já foi presente ao Ministério Público, sendo suspeito do crime de contrafacção, passagem de moeda falsa e burla informática.

6 Ago 2019

DSEC | Capital de novas sociedade cresce exponencialmente

[dropcap]D[/dropcap]ados oficiais da Direcção de Estatísticas e Censos (DSEC) revelam que no primeiro semestre deste ano constituíram-se 3.278 sociedades, mais 3,3 por cento face a igual período de 2018. O capital social destas sociedades cifrou-se em 3,40 mil milhões de patacas, o que representa um aumento de 647 por cento. Nos primeiros seis meses dissolveram-se 421 sociedades, que registavam um capital social de 157 milhões de patacas.

Em termos anuais, e até ao segundo trimestre deste ano, o número de sociedades registadas totalizou 69.042, ou seja, mais 5.255. Olhando para os números relativos apenas ao segundo trimestre, houve menos 55 sociedades constituídas, num total de 1665 empresas criadas, face a igual período de 2018. Pelo contrário, houve um aumento de 879,6 por cento no seu capital social, cifrando-se em 2,16 mil milhões de Patacas.

De entre as sociedades constituídas no segundo trimestre, 529 exploraram as actividades do comércio por grosso e a retalho e 395 os serviços prestados às empresas. No trimestre de referência dissolveram-se 211 sociedades e o capital social destas sociedades alcançou 76 milhões de patacas.

O capital social das sociedades de Macau cifrou-se em 1,93 mil milhões de patacas, representando 89,4 por cento do total. O capital social das sociedades constituídas de Hong Kong foi de 151 milhões de patacas, enquanto que das empresas oriundas do Interior da China ficou-se em 72 milhões de patacas.

As sociedades provenientes de cidades que constituem o projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau contabilizaram um capital social de 62 milhões de patacas, sendo que só a cidade de Zhuhai representou 90,1 por cento desse montante.

6 Ago 2019

Fundo soberano | Coutinho critica “escândalo” através de vídeo

[dropcap]P[/dropcap]ereira Coutinho considera “inadmissível” o “escândalo do desvio de 60 mil milhões do erário público”, anunciando que iria “votar contra” tal decisão na reunião plenária de amanhã, que, entretanto, excluiu a respectiva matéria da agenda.

O deputado manifestou a sua posição, através de um vídeo publicado no Youtube, onde revelou estar contra a proposta de alteração da Lei Orçamental de 2019 para a criação da sociedade gestora do fundo.

Pereira Coutinho considera que o Governo pretendia forçar a iniciativa, sem consulta pública e sem esclarecimentos prestados aos legisladores, apesar dos “200 milhões entregues à Viva Macau através do FDIC que, até hoje, não estão explicados” e enquanto espera resposta do “CCAC que ainda não conseguiu apurar responsabilidades” sobre o sucedido.

O deputado comentou que “60 mil milhões para uma empresa fazer aplicações financeiras é um grande risco”, lembrando semelhantes experiências feitas pelos governantes de Singapura que esvaziaram os cofres da cidade-estado.

6 Ago 2019

Pensões da CGA recalculadas e com retroactivos pagos em Agosto sem retenção de IRS agravada

[dropcap]A[/dropcap]s pensões e respectivos retroactivos pagos este mês aos pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA) com pensões recalculadas por decisão do Tribunal Constitucional já vão ser contemplados pelas novas regras de retenção do IRS relativas a rendimentos atrasados.

Em causa estão 2.237 pensões da CGA, incluindo 2497 de Macau, que, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional em Portugal, vão ter um aumento médio mensal de cerca de 100 euros e que, devido ao pagamento dos retroactivos que resultaram do recálculo, irão receber este mês um valor mais elevado do que o habitual.

Nalguns casos, o valor mensal da pensão conjugado com o pagamento dos retroactivos poderia levar a que os pensionistas fossem sujeitos a uma taxa de retenção na fonte do IRS agravada, mas uma recente alteração ao código deste imposto vai impedir que tal aconteça.

Essa alteração ao IRS ainda aguarda publicação em Diário da República, mas, em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças referiu que será já aplicada este mês para rendimentos de pensões (categoria H) relativos a períodos anteriores, uma vez que já existe uma disposição legal idêntica em vigor para os rendimentos de trabalho (categoria A).

“Estando a alteração ao artigo 99.º-D do Código do IRS já aprovada em especialidade, e vigorando desde Janeiro regra idêntica para os rendimentos de trabalho dependente, a nova redacção dada ao artigo 99.º-D vai ser aplicada aos rendimentos de pensões relativas a anos anteriores que sejam pagas já em Agosto, sendo aplicada a taxa de retenção que resultar das regras agora aprovadas”, afirmou a mesma fonte oficial do Ministério das Finanças.

A referida alteração ao artigo 99.º-D (que foi proposta pelo PS) determina que, “no caso de pensões de anos anteriores, para efeitos de determinação da taxa de retenção na fonte que lhes é aplicável, o respectivo valor é dividido pela soma do número de meses a que respeitam, aplicando-se a taxa assim determinada à totalidade dessas pensões”.

A nova norma também assegura que as “prestações adicionais” correspondentes aos subsídios de férias e de Natal, bem como as pensões relativas a anos anteriores “são sempre objecto de retenção autónoma”, não podendo ser somadas às pensões dos meses em que são pagas.

Esta mudança ao IRS que vai já ser sentida por estes 2.237 pensionistas enquadra-se, porém, num grupo de alterações que têm um âmbito mais abrangente e que permitem acabar com a situação vivida por muitos pensionistas quando recebiam de uma única vez rendimentos relativos a meses ou anos anteriores e que, por esse motivo, acabavam por ser sujeitos a uma tributação mais elevada do que sucederia se os recebessem no tempo devido.

Ao longo dos últimos tempos a provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, alertou várias vezes para esta situação de injustiça fiscal e fez recomendações ao Governo para a eliminar.

Numa entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, no início de Julho, a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, anunciou que estavam a ser feitas alterações à lei de forma a eliminar este tipo de situações.

Na ocasião, Cláudia Joaquim especificou que “uma das normas permite que possa retroagir”, ou seja, “ ter efeito sobre os rendimentos recebidos pagos por relação aos últimos cinco anos”.

“Há duas alterações: uma que tem a ver com a própria taxa que é a aplicável no ano [sendo que] esta não aumenta porque existe o pagamento concentrado de rendimento, e também a possibilidade de essas declarações rectificativas que permitirá afectar a cada ano o rendimento correspondente”, precisou a governante.

5 Ago 2019

Hong Kong | Polícia deteve jornalista que pediu informações sobre colega ferido

[dropcap]A[/dropcap] Polícia de Hong Kong deteve um jornalista do diário Ta Kung Pao, uma publicação conhecida pelas posições abertamente Pró-Pequim e Governo Central. A detenção aconteceu há minutos e, de acordo com o portal Stand News, terá acontecido quando profissional abordou as forças de segurança para se inteirar do estado de um outro repórter, que foi ferido no local.

O caso aconteceu em Sham Shui Po e não foi avançada nenhuma explicação para a detenção. No entanto, minutos antes da detenção um colega da mesma publicação tinha sido filmado a sangrar. Perante a detenção, os outros jornalistas juntaram-se à porta da esquadra a gritar para que as autoridades expliquem o sucedido.

Minutos depois o jornalista foi solto e explicou que foi detido porque a polícia considerou que ele tentou agredir um agente. Tudo terá acontecido quando o repórter procurava saber o que tinha acontecido com o seu colega e no meio da concentração de pessoas à frente da esquadra acabou por empurrar um agente. Depois de explicada a situação no interior da esquadra, o jornalista foi solto, com um pedido de desculpas, mas apresentava marcas de agressão.

Além deste caso, o dia ficou igualmente marcado pelos ataques contra os manifestantes em North Point, cometido alegadamente por tríades ligadas à comunidade de Fujian. Ao contrário do que aconteceu no mês passado, em que os gangues vestidos de branco carregaram com sucesso sobre pessoas inocentes no metro, desta vez os manifestante estavam em maior número e conseguiram defender-se.

 

5 Ago 2019

Índia revoga autonomia especial de Caxemira. Paquistão rejeita medida

[dropcap]O[/dropcap] Governo indiano anunciou hoje a revogação da autonomia constitucional de Caxemira, uma decisão explosiva para a região, marcada por conflitos separatistas. As autoridades nacionalistas hindus aprovaram um decreto presidencial para abolir um estatuto especial do estado de Jammu-Caxemira, garantido pela Constituição indiana.

O anúncio foi feito no Parlamento pelo ministro do Interior, Amit Shah, e foi recebido com indignação por parte da oposição. Depois de uma reunião ao início da manhã, o responsável dirigiu-se ao Parlamento indiano para anunciar a intenção de revogar o artigo 370 que concede o estatuto especial à região, único estado indiano de maioria muçulmana.

“A partir do momento em que o Presidente dá o consentimento [à lei] e é publicado no Diário Oficial, nenhuma das disposições do artigo 370 será aplicável”, disse Shah no parlamento, de forma quase inaudível, entre os gritos contínuos do oposição.

O governante explicou aos membros da câmara alta que o Governo decidiu dividir o estado em dois territórios: Jammu e Caxemira, que terão um parlamento, e Ladakh, que será governado diretamente pelo Governo central.

A lei, artigo 370 da Constituição, proíbe que os indianos que não sejam naturais do estado de se estabelecerem permanentemente, de comprarem terras, de ocuparem cargos no governo local e de beneficiarem de bolsas de estudos.

Caxemira é dividida entre a Índia e o Paquistão, duas potências nucleares que já travaram duas guerras pelo domínio daquele estado. Os dois países disputam a região montanhosa na totalidade, desde a partição subcontinente, em 1947, no final da época colonial britânica.

Diferentes grupos separatistas combatem, há várias décadas, a presença de cerca de 500 mil soldados indianos na região, para exigir a independência do território ou a integração no Paquistão. Dezenas de milhares de pessoas, na grande maioria civis, morreram no conflito.

Paquistão rejeita

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, rejeitou hoje a revogação da autonomia constitucional da Caxemira pela Índia, alegando que a medida viola uma resolução das Nações Unidas.

Qureshi disse hoje na televisão paquistanesa – a partir da Arábia Saudita, onde se encontra em peregrinação a Meca – que o Paquistão vai aumentar os esforços diplomáticos para impedir que a revogação da autonomia constitucional da Caxemira, determinada por ordem presidencial, entre em vigor.

O presidente da Caxemira controlada pelo Paquistão, Sardar Masood Khan, também rejeitou a ordem presidencial e disse que a Índia “pode entrar em guerra” com o Paquistão em tal situação.

5 Ago 2019

Yuan desvaloriza e ultrapassa ‘barreira psicológica’ de 7 para 1 face ao dólar

[dropcap]A[/dropcap]s taxas de câmbio do yuan chinês face ao dólar norte-americano quebraram hoje a ‘barreira psicológica’ de 7 para 1, após o anúncio do Presidente dos Estados Unidos de impor novas tarifas aos produtos importados da China.

De acordo com o portal de notícias financeiras chinês Yicai, cada dólar foi trocado por 7,0258 yuans, de acordo com a taxa “onshore” – aquela operada nos mercados locais, a cotação mais alta desde Abril de 2008.

Quando a taxa “onshore” cresce é um sinal de que o renminbi está a enfraquecer, já que é mais caro para os detentores de yuan comprar dólares. Enquanto isso, a taxa “offshore” – a que é operada em mercados internacionais como o de Hong Kong – subiu 1,38% e ficou em 7,0683 yuans por dólar norte-americano.

Foi a primeira vez que o yuan subiu acima de 7 em relação ao dólar, considerado por muitos analistas uma ‘barreira psicológica’ para os investidores, desde que o mercado ‘offshore’ foi aberto em Hong Kong em 2010.

Um porta-voz do Banco Popular da China disse, citado pelo mesmo portal, que a depreciação do yuan é justificada por “medidas unilaterais e proteccionismo comercial”, bem como “a imposição de aumento de tarifas contra a China”, numa clara referência ao último episódio da guerra comercial que Pequim e Washington mantêm desde Março de 2018.

Na quinta-feira, o Presidente norte-americano Donald Trump anunciou a imposição de novas tarifas de 10% sobre produtos chineses avaliados em 300 mil milhões de dólares até 1 de Setembro. O Ministério do Comércio da China respondeu que ia retaliar, sem adiantar pormenores.

Uma das principais queixas do Governo dos EUA no contexto do conflito comercial é de que Pequim manipula a moeda para evitar a valorização e, consequentemente, as exportações percam competitividade.

Um yuan mais fraco significa que os produtos chineses são mais baratos, o que pode ajudar a conter o efeito negativo das novas tarifas dos EUA sobre a competitividade da economia de Pequim.

Contudo, o Banco Popular da China indicou já que as flutuações do renminbi são ajustadas ao mercado, mas que a moeda chinesa “permanece estável e forte”, garantindo ter “experiência, confiança e capacidade” para manter a estabilidade a um “nível apropriado” das taxas de câmbio no país. Além disso, o banco central anunciou “mão dura” contra a especulação de curto prazo.

5 Ago 2019

Greve em Hong Kong | Cancelados mais de 200 voos no aeroporto

[dropcap]M[/dropcap]ais de 200 voos de e para Hong Kong foram hoje cancelados devido à greve geral convocada pelo movimento pró-democracia, num dia marcado por um protesto que paralisou parcialmente o serviço de metro na cidade.

Um terço dos controladores de tráfego aéreo juntou-se ao protesto contra as emendas à lei da extradição e está a condicionar fortemente as operações no Aeroporto Internacional de Hong Kong, segundo a emissora pública RTHK.

Aquele que é um dos aeroportos mais movimentados do mundo reduziu drasticamente as suas operações de voo e está a utilizar apenas uma das duas habituais pistas.

A Cathay Pacific e outras companhias aéreas domésticas, como a Hong Kong Airlines, foram as mais afectadas pelos cancelamentos. Os protestos de hoje, após dois dias de confrontos entre manifestantes e a polícia, já causaram a suspensão total ou parcial de pelos menos oito linhas de metro, indicou o jornal South China Morning Post (SCMP).

Esta é a terceira vez em três semanas que os manifestantes interrompem o serviço do metropolitano. O serviço de comboio rápido que liga o centro da cidade ao aeroporto também foi suspenso.

Os manifestantes bloquearam hoje a circulação do metro durante a hora de ponta, tendo obstruído as portas de acesso e das plataformas para evitarem a saída das carruagens das estações. O operador do metro, o MTR, adiantou que o serviço foi parcialmente suspenso em quatro linhas.

Carrie Lam voltou a falar

Esta manhã, a líder do executivo de Hong Kong disse que a cidade está “à beira de uma situação muito perigosa” devido aos protestos, mas que o Governo está determinado em garantir a ordem pública.

Carrie Lam sublinhou que as acções de protesto estão a atingir sobretudo a classe trabalhadora, a desafiar o princípio “Um País, Dois Sistemas” e a prosperidade da cidade, onde se vive o caos e a violência.

Além disso, a Chefe do Executivo de Hong Kong disse que o território está “à beira de uma situação muito perigosa” devido aos protestos, mas o Governo está determinado em garantir a ordem pública.

Hong Kong vive há dois meses um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora aquilo que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” na antiga colónia britânica.

5 Ago 2019

Justiça norte-americana vai pedir pena de morte para atirador de El Paso

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades do Texas anunciaram ontem que vão pedir pena de morte para o atirador que sábado abriu fogo num centro comercial em El Paso, Texas, Estados Unidos, causando 20 mortos e mais de duas dezenas de feridos.

“A pena máxima no Estado é a pena de morte e ele incorre na pena de morte. Vamos requerer a pena de morte”, disse o procurador de El Paso, Jaime Esparza.

O procurador, que falava em conferência de imprensa, adiantou que o caso está a ser tratado como “terrorismo doméstico” e “delito de ódio”.

Anteriormente, as autoridades norte-americanas tinham anunciado estar a investigar uma possível ligação do suspeito com um manifesto publicado ‘online’ criticando “a invasão hispânica do Texas”.

Um homem armado com uma espingarda disparou, no sábado, sobre uma multidão de cerca de 3.000 pessoas num centro comercial em El Paso, matando 20 pessoas e ferindo outras 26, segundo dados da polícia. O suspeito foi identificado como sendo Patrick Crusius, um caucasiano de 21 anos.

Horas depois do tiroteio em El Paso, pelo menos 10 pessoas morreram e 16 ficaram feridas num segundo tiroteio, desta vez na cidade norte-americana de Dayton, no Estado de Ohio, de que resultou a morte do próprio atirador, entretanto identificado como Connor Betts, na casa dos 20 anos.

Na sequência dos tiroteios, o governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, exigiu ao Governo Federal que reforme a legislação sobre o controlo das armas de fogo.

“O nosso país está a ser atacado por dentro e continuar a ignorar o que está a acontecer à nossa volta só levará a mais matanças e tragédia”, afirmou Cuomo em comunicado.

“Lamento que vivam num país com um Governo que permite que isto aconteça sem fazer nada”, disse o governador, que no sábado tinha já criticado o Presidente Donald Trump pelo seu apoio à associação norte-americana de defesa das armas, a National Rifle Association.

Cuomo reiterou o apoio de Nova Iorque às leis de controlo de armas e manifestou-se contra a “intolerância e a retórica de ódio que alimenta estes ataques”.

Entretanto, Donald Trump deu ontem ordens para que as bandeiras nos edifícios oficiais sejam hasteadas a meio mastro até ao próximo dia 08 para homenagear as 29 vítimas dos dois tiroteios, anunciou a Casa Branca.

5 Ago 2019

Fundação Macau | Website “Memórias de Macau” lançado amanhã

[dropcap]A[/dropcap] Fundação Macau (FM) lança amanhã o website da cultura e da história do território – com o título “Memória de Macau” –, onde serão partilhados conteúdos históricos e culturais sobre o território e a sua gente, disponibilizados nas línguas chinesa e portuguesa.

O novo sítio electrónico é um projecto com alguns anos, que avança agora como plataforma online sobre a história da cidade. A “Memória de Macau” consiste numa base de dados históricos, para preservar imagens das vivências da população, arquitecturas e costumes populares, além de outros documentos e materiais de referência, coligidos e disponibilizados ao público através de funções de pesquisa e de interacção.

Os utilizadores vão poder registar-se como membros, participar em jogos de perguntas e respostas, partilhar fotografias sobre diferentes épocas da história de Macau, deixar comentários, votar em sondagens, entrar em concursos, entre outras possibilidades resultantes das novas tecnologias e do tratamento da big data.

O projecto conta, desde a sua criação, com os apoios do Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China e dos principais serviços do Governo da RAEM, incluindo diversos sectores sociais e associações não governamentais, além da participação dos residentes “que partilharam connosco os dados preciosos e as suas opiniões, de modo a que o website contenha dados diversificados para partilhar com o público”, conforme assinala a FM em comunicado de imprensa.

Para acompanhar o lançamento do novo domínio – www.macaumemory.mo – estão previstas também exposições e palestras, que integram as comemorações do 20º Aniversário do Retorno de Macau à Pátria.

5 Ago 2019

Kim Jong-un dirigiu novo disparo de projécteis com capacidade para atingir Seul

[dropcap]O[/dropcap] dirigente norte-coreano Kim Jong-un supervisionou sábado outro teste de lançamento de vários projécteis que podem reforçar a capacidade do país atingir alvos na Coreia do Sul e bases norte-americanas aí localizadas.

A informação foi avançada pela agência noticiosa oficial da Coreia do Norte, KCNA, um dia depois de os militares sul-coreanos terem afirmado que os norte-coreanos tinham disparado dois projécteis para o mar, a partir da sua costa oriental, no que foi o terceiro disparo de mísseis numa semana.

Vários analistas indicam que esta persistente actividade norte-coreana destina-se a aumentar a pressão sobre Washington e Seul, a propósito das negociações nucleares com os norte-americanos e dos planeados exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul.

Admitem ainda que estas demonstrações militares por parte dos dirigentes de Pyongyang possam intensificar-se nos próximos meses, se não houver progressos nas negociações.

A agência noticiosa da Coreia do Norte adiantou que Kim supervisionou o primeiro teste do mesmo sistema de artilharia na quarta-feira.

A KCNA adiantou que Kim expressou “uma grande satisfação” com os testes de sexta-feira, que confirmaram, na sua opinião, “o desempenho do controlo de altitude do voo, a capacidade de seguir a mudança de trajectória, a fiabilidade de atingir o alvo e o poder de explosão da carga do projéctil de artilharia guiado”.

A notícia não incluiu qualquer referência aos EUA ou à Coreia do Sul. O gabinete presidencial sul-coreano adiantou que os militares do país e norte-americanos partilham a avaliação de que os disparos de sábado foram provavelmente de mísseis balísticos de curto alcance.

Avisos do Norte

O Comando Conjunto dos Chefes de Estado-Maior da Coreia do Sul adiantou que os disparos foram feitos às primeiras horas (locais) de sábado da costa ocidental e que os projécteis voaram 220 quilómetros. Este alcance é o bastante para atingir a área metropolitana de Seul, onde vive metade da população sul-coreana e onde está a principal base militar norte-americana na península.

A Coreia do Norte adiantou que estes testes destinaram-se a fazer um “aviso solene” à Coreia do Sul por causa das suas compras de aviões de combate norte-americanos, de alta tecnologia, e dos planeados exercícios militares conjuntos, o que Pyongyang lê como eventual invasão.

Na quinta-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que não estava preocupado com as armas disparadas recentemente pela Coreia do Norte, considerando-as “mísseis de curto alcance”, que eram “muito padronizados”.

5 Ago 2019

Coreia do Sul | Jeonbuk, de José Morais, cede empate ao sofrer dois golos nos descontos

[dropcap]O[/dropcap] Jeonbuk, orientado pelo treinador português José Morais, atrasou-se ontem na corrida ao título na Coreia do Sul, ao empatar 3-3 no reduto do Gangwon, ao sofrer dois golos nos descontos.

Lim Sun-Young deu cedo vantagem aos forasteiros, aos quatro minutos, Jung Jo-Gook empatou, aos 45+3, mas, aos 72 e 83, o primeiro de penálti, o suplente brasileiro Samuel ‘bisou’.

A vitória parecia assegurada, mas Cho Jae-Wan reduziu, aos 90+1 minutos, e, já aos 90+11, Beom-Seok Oh restabeleceu a igualdade, na transformação de uma grande penalidade.

Na classificação, após 24 jornadas, o Ulsan Hyundai, que no sábado goleou fora o Jeju por 5-0, conta 54 pontos, contra 50 do Jeonbuk, 45 do Seul e 38 do Gangwon.

5 Ago 2019

Liga chinesa | Shanghai SIPG empata e desce ao terceiro lugar

[dropcap]O[/dropcap] campeão Shanghai SIPG, treinado pelo português Vítor Pereira, desceu ontem ao terceiro lugar da liga chinesa de futebol, ao empatar sem golos na recepção ao Tianjin Tianhai, em jogo da 21.ª jornada da prova.

A equipa de Vítor Pereira, que somou o terceiro empate consecutivo, soma 49 pontos, menos dois do que o Beijing Guoan, formação com a qual seguia empatada no segundo posto, e que na sexta-feira venceu o Hebei por 2-0.

A prova é liderada pelo Guangzhou Evergrande, orientado pelo antigo internacional italiano Fabio Cannavaro, que ontem venceu o Shandong Luneng por 3-0 e que segue com quatro pontos de vantagem sobre o Beijing Guoan.

5 Ago 2019

Filipinas | Número de mortos em naufrágios sobe para 31

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos após naufrágios devido ao mau tempo de três ‘ferrys’ que ligavam duas ilhas na zona central das Filipinas subiu para 31, depois de mais seis corpos de pessoas desaparecidas terem sido recuperados, avançaram ontem os serviços de emergência. A informação anterior apontava para 25 vítimas mortais.

Os naufrágios ocorreram nas águas do arquipélago filipino, entre a cidade de Iloilo e a província de Guimaras, devido “à ondulação e às fortes chuvas”, segundo o Conselho Nacional de Gestão de Redução de Riscos de Desastres das Filipinas (NDRRMC, sigla em inglês).
Pelo menos 59 pessoas foram já resgatadas e assistidas pelos serviços de emergência e pela Cruz Vermelha, indicou o NDRRMC.

O serviço de meteorologia tinha alertado para as fortes chuvas de monções e tempestades, entre as quais uma tempestade que se encontrava a cerca de 875 quilómetros e que se aproximava da costa leste do país.

Escolas e empresas da cidade de Manila foram encerradas devido às fortes chuvas e inundações, que causaram engarrafamentos na sexta-feira, nas zonas baixas da capital.

Anualmente, em média, 20 tufões e tempestades atingem as Filipinas, fazendo com que o arquipélago, localizado no Anel de Fogo do Pacífico, regularmente atingido por sismos, seja um dos países mais exposto a desastres naturais.

5 Ago 2019

Comércio | Pequim promete retaliar caso Trump avance com novas taxas

Trump proclamou novas taxas alfandegárias sobre as importações chinesas a partir de 1 de Setembro. Pequim responde com a promessa de retaliações e acusa os Estados Unidos de violarem o acordo estabelecido entre Donald Trump e Xi Jinping

 

[dropcap]A[/dropcap] China prometeu sábado retaliar caso o Presidente norte-americano, Donald Trump, cumpra a promessa de impor taxas alfandegárias suplementares de 10 por cento sobre um total de 300 mil milhões de dólares de importações oriundas da China.
Trump anunciou na quinta-feira a entrada em vigor das taxas, a partir de 1 de Setembro, horas depois de as delegações dos dois países concluírem sem acordo uma nova ronda de negociações de alto nível em Xangai.

Tratou-se do primeiro frente-a-frente desde que Trump e o homólogo chinês, Xi Jinping, acordaram um segundo período de tréguas, em Junho passado, numa guerra comercial que dura há um ano e ameaça a economia mundial.

O primeiro período de tréguas entre Pequim e Washington colapsou quando Trump subiu as taxas alfandegárias sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de bens importados da China, acusando Pequim de recuar em compromissos feitos anteriormente.

Desta vez, Trump acusou o lado chinês de faltar ao compromisso de adquirir mais produtos agrícolas norte-americanos.

Insatisfação chinesa

O ministério chinês do Comércio disse na sexta-feira que está “muitíssimo insatisfeito” com o anúncio dos EUA, que “viola seriamente” o acordo alcançado entre Trump e Xi.

Se Trump avançar com as taxas, a China “vai ter de tomar as contramedidas necessárias”, disse um porta-voz do ministério. “Todas as consequências serão suportadas pelos EUA”, acrescentou.

A China tem ameaçado com medidas “qualitativas” não especificadas, já que não consegue mais retaliar com taxas alfandegárias, devido a ter um largo superavit no comércio com os EUA.

As alfandegas chinesas poderão, por exemplo, dificultar o desembarque de produtos norte-americanos no país, alegando questões sanitárias, ou aumentar os entraves burocráticos a empresas dos EUA que operam no país.

O ministério chinês do Comércio disse na quinta-feira que as empresas do país começaram já a pedir valores a fornecedores dos EUA para comprar soja, algodão e sorgo e que algumas novas compras foram feitas, sem detalhar números.

O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros também sugeriu que a ameaça de Trump pode anular os planos para uma segunda ronda de negociações, em Washington, no próximo mês.

Com esta decisão, as alfândegas norte-americanas passam a cobrar taxas sobre todos os produtos oriundos da China, abalando ainda mais as cadeias de distribuição globais.

Os dois países impuseram já taxas sobre milhares de milhões de produtos importados um do outro, numa guerra comercial motivada pelas políticas industriais de Pequim, que visam transformar as firmas estatais do país em importantes actores globais em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.

Os EUA consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

5 Ago 2019

Fadista portuguesa Carminho edita álbum em Setembro e faz digressão pelos EUA

[dropcap]A[/dropcap] fadista Carminho editará o seu mais recente álbum, “Maria”, nos Estados Unidos em Setembro, pela editora Nonesuch Records, meses antes de fazer uma série de concertos em palcos norte-americanos e canadianos, revelou a Warner Music.

Carminho assinou contrato com a Nonesuch Records para a edição de “Maria”, que acontecerá a 27 de Setembro, no mercado norte-americano. A jovem e reconhecida cantora portuguesa junta-se assim a um catálogo de artistas, que conta com nomes como Bjork, David Byrne, Brian Eno, João Gilberto, Caetano Veloso, Mariza e Carlos Paredes.

Editado em Novembro de 2018 em Portugal, “Maria” é o quinto álbum de Carminho e é apresentado como o mais pessoal da carreira, assinando pela primeira vez a produção e a escrita de algumas canções. A editora norte-americana diz que a cantora portuguesa põe ainda em diálogo duas referências do fado: Beatriz da Conceição e Teresa Siqueira, mãe da artista.

Nas próximas semanas, Carminho terá uma agenda intensa de concertos em Portugal e noutros palcos europeus. A 8 de Novembro inicia então uma série de actuações na América do Norte, a começar por Boston (EUA), onde a fadista se vai apresentar no Berklee Performance Center. No dia 9 estará em Toronto e a 10 em Montreal, para dois espectáculos em palcos canadianos, seguindo a 17 de Novembro para São Francisco (EUA) e a 19 para Alexandria (Canadá).

Currículo de luxo

Maria do Carmo Rebelo de Andrade, conhecida como Carminho, estreou-se discograficamente a solo em 2009, com “Fado”, apesar de em anos anteriores ter cantado na casa de fados da mãe, a Taverna do Embuçado, em Lisboa, e em vários espectáculos dedicados ao fado.

Nesta última década, a fadista tem gravado com artistas de outras áreas musicais, como os grandes nomes brasileiros Chico Buarque, Milton Nascimento, Marisa Monte, Ney Matogrosso e Nana Caymmi, e com o espanhol Pablo Alborán. “Maria” sucede ao álbum “Carminho Canta Jobim”, editado em Dezembro de 2016.

5 Ago 2019

Ponte HKZM | Transporte em carro privado disponível

[dropcap]A[/dropcap] empresa VIT – Asia Services foi a primeira companhia a conseguir licença de serviço de transporte privado na ponte HKZM, avançou o canal de rádio da TDM na passada sexta-feira. O serviço permite a ligação entre Macau e Hong Kong pela ponte, sendo possível a ligação ao aeroporto.

Para já, está disponibilizada uma frota de quatro veículos, cada um com capacidade máxima para transportar seis pessoas. A recolha e entrega de passageiros é feita porta a porta.
Relativamente aos custos, as tarifas variam consoante o serviço seja diurno ou nocturno, no último caso são mais caras. O valor de base para chegar de Macau ao Aeroporto Internacional de Hong Kong é 2800 dólares de Hong Kong.

Yany Kwan, presidente VIT – Asia Services, disse à TDM – Canal Macau que a ligação ao aeroporto é particularmente vantajosa para os residentes de Macau: “(A ligação para) o aeroporto de Hong Kong é óptima para os residentes de Macau porque podem estar lá numa hora e quinze minutos, da porta de casa directamente para o aeroporto de Hong Kong. Não têm sequer de se preocupar em transportar a bagagem”, apontou à mesma fonte.

Relativamente aos valores apresentados, o responsável avançou que “se dividirmos, dá 400 e tal dólares por pessoa. Se considerarmos o bilhete do ferry e o táxi, acho que vale a pena”.

5 Ago 2019