Hoje Macau Ai Portugal VozesBarragens não sabem nadar António Costa não tem dormido bem. As insónias são muito mais que muitas e todas sobre o mesmo assunto. É água a cair-lhe em cima, cimento a desmoronar, barragens a entornar… barragens são as insónias do primeiro-ministro. Agora veio á baila um assunto de uma seriedade gravíssima e em primeiro lugar, confirmando que António Mexia nunca deveria ter dirigido os destinos da EDP. Este homem era conhecido internacionalmente pelos especialistas em finanças pelo “cambalacheiro” e a confirmação está aí em todos os órgãos de comunicação social, nos corredores ministeriáveis e nos passos perdidos da Assembleia da República. O caso é gravíssimo porque está em causa a corrupção moral do governo, deputados e dirigentes da EDP. É muito dinheiro que está em causa, mais de 100 milhões de euros que “voaram” e que a EDP não pagou ao Estado quando “vendeu” várias barragens. Portugal está repleto de barragens e tem das electricidades ao consumo das mais caras do mundo. O ministro do Ambiente Matos Fernandes tem passados os últimos dias a perguntar-se como é que se salva desta bronca. O Bloco de Esquerda acusou o governo de ter permitido “um esquema da EDP para fugir aos impostos” da venda de barragens e chamou ao parlamento os ministros das Finanças e do Ambiente. Esta posição refere-se ao contrato de concessão de seis centrais hidroeléctricas do Douro Internacional. O BE insistiu que que foi acrescentada uma adenda para “dar a forma de reestruturação empresarial – cisão e fusão – a um negócio que é uma venda pura e simples” da EDP aos franceses da Engie, com recurso a “uma empresa veículo”. Vejam bem que o cambalacho até meteu a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que às ordens do governo até permitiu um esquema da EDP para fugir aos impostos, ao imposto de selo no valor de 100 milhões de euros, abdicou de exercer os seus poderes de forma a proteger o interesse público. Por seu lado o ministro do Ambiente meteu os pés pelas mãos quando teve a desfaçatez de afirmar na Assembleia da República “que nem os contratos conhecia”, apesar de ser obrigação do ministro conhecer este processo de ponta a ponta. E a maior vergonha é que actualmente a concessão das seis barragens é detida por uma empresa que tem apenas um trabalhador e que é apenas um veículo no negócio. Ai, Portugal, como tua andas. Este caso é dos mais escandalosos porque a EDP arranjou um estratagema, com a conivência do governo, para não pagar impostos de mais de 100 milhões de euros. E o caso até tem enquadramento mafioso quando a EDP realizou o negócio a 17 de Dezembro do ano passado e no dia anterior, imagine-se, a EDP constituiu a tal nova sociedade, empresa veículo, a que chamou Camirengia Hidroeléctricos, S.A. Lamentável foi o governo ter aceitado a trapaça da EDP como uma concessão e não como uma venda. O governo conhecia o negocia e tinha poder para alterar as condições em que este negócio foi feito, e não o fez. O negócio ainda está em curso e o governo tem a obrigação de ainda travar uma ilegalidade que só prejudica os portugueses. Para já, pelo menos, o fisco anunciou que já está a investigar a venda das seis barragens e a questão do não pagamento de imposto de selo. Já o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, tinha que vir com uma desculpa de lana-caprina dizendo que a Agência Portuguesa do Ambiente, a inútil APA, acompanhou a operação de cedência das seis barragens nos termos das suas competências. Matos Fernandes lembrou que a avaliação de pagamento de impostos e as condições de transmissão das barragens não são da competência do Ministério do Ambiente, tirando a água do capote como não é digno num governante. É mesmo caso para dizer que as barragens não sabem nadar… Este texto foi escrito com a antiga grafia
Hoje Macau China / ÁsiaVinte aviões rondaram espaço aéreo de Taiwan após acordo com EUA Um número recorde de 20 aviões de combate chineses rondou sexta-feira o espaço aéreo de Taiwan, depois de assinado em Washington um acordo de cooperação marítima entre os Governos norte-americano e taiwanês. Segundo o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan, os aparelhos do Exército de Libertação do Povo, da República Popular da China, envolvidos nas manobras foram dez caças J-16, dois caças J-10, quatro bombardeiros H-6K, dois Y-8 anti-submarino, um KJ-500 de vigilância e um Y-8 de reconhecimento tático. A Força Aérea de Taiwan respondeu colocando no ar caças para seguir os movimentos dos aviões chineses, lançando alertas através da rádio e mobilizando defesas aéreas. Na quinta-feira, Taiwan e Estados Unidos assinaram um memorando de entendimento para criação de um Grupo de Trabalho da Guarda Costeira, na sequência da recente aprovação pela China de uma Lei da Guarda Costeira que autoriza o uso de força contra navios estrangeiros em águas em que é reclamada a soberania chinesa, como é o caso de Taiwan. A 19 de Fevereiro, quando legisladores norte-americanos apresentaram no Senado e na Câmara dos Representantes uma proposta de lei para contrariar o uso de força pela China contra Taiwan, nove aviões chineses rondaram o espaço aéreo de Taiwan, e no dia seguinte 11. Num debate no Parlamento taiwanês na quinta-feira, o ministro da Defesa Chiu Kuo-cheng afirmou que o desenvolvimento de capacidade balística de longo alcance se mantém uma prioridade e que o desenvolvimento, a cargo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Chung-Shan, “nunca parou”. Leng Chin-hsu, diretor-adjunto do Instituto, revelou que um míssil terrestre de longo alcance está em produção e outros três em desenvolvimento. Numa inversão na tradicional política de primazia à capacidade de defesa de Taiwan face a uma possível invasão da China – que reclama a soberania do território e nunca excluiu o uso de força militar para “reunificar” a ilha – a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen estabeleceu como prioridade o desenvolvimento de capacidade dissuasora “assimétrica”. O desenvolvimento de mísseis de longo alcance dá a Taiwan a capacidade de atingir alvos no interior da China.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia-Pacífico | China prevê zona de livre comércio até fim de 2021 O Ministério do Comércio chinês afirmou que a ratificação do Acordo Regional de Parceria Económica com a região Ásia-Pacífico, que estabelecerá a maior zona de livre comércio do mundo, estará concluída até final de 2021. “Para a China, aderir ao RCEP (sigla em inglês do Acordo de Parceria) e fazer com que o RCEP entre em vigor o mais rápido possível abrirá ainda mais a economia chinesa ao mundo exterior e permitirá que as empresas chinesas se adaptem mais a uma concorrência de mercado mais ampla”, disse o vice-ministro Wang Shouwen. “A entrada em vigor do RCEP é muito benéfica para o desenvolvimento da cadeia de aprovisionamento industrial regional e é propícia para a resposta da região a possíveis choques externos à cadeia industrial”, adiantou o governante chinês. O acordo, cuja negociação foi concluída em novembro de 2020, junta a China a 15 países da região Ásia-Pacífico, incluindo Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, e ainda os 10 membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). No seu conjunto, estas economias representam cerca de um terço da população e 30 por cento da economia global. Negociações para um acordo semelhante entre os Estados Unidos e os países Ásia-Pacífico – a Parceria Trans-Pacífico (TPP) – foram abandonadas pela Administração norte-americana em 2017. “A China assumiu a liderança na ratificação do RCEP, sublinhando a grande importância e total apoio do Governo chinês para a implementação antecipada do acordo”, disse Wang. O RCEP entrará em vigor após a ratificação por pelo menos 6 países ASEAN e 3 não-ASEAN.
Hoje Macau China / ÁsiaIrão e China assinam acordo de cooperação para 25 anos O Irão e a China assinaram, em Teerão, um acordo de cooperação estratégica e comercial para 25 anos e em análise há vários anos, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano. Este “roteiro completo”, que contém “cláusulas políticas, estratégicas e económicas”, foi concluído durante a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, desde sexta-feira à noite em Teerão, acrescentou Said Khatibzadeh, em declarações à televisão estatal iraniana. “Este documento pode ser muito eficaz para aprofundar” as relações sino-iranianas, indicou o porta-voz, ao lembrar que o projecto foi iniciado por ocasião da visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Teerão, em Janeiro de 2016. Na altura, Xi e o homólogo iraniano Hassan Rohani decidiram reforçar os laços entre os dois países. Teerão e Pequim comprometeram-se “a realizar negociações para a assinatura de um acordo de cooperação alargada para 25 anos” e “cooperar e desenvolver investimentos recíprocos em diferentes domínios, nomeadamente, transportes, portos, energia, indústria e serviços”, de acordo com um comunicado publicado por ocasião da visita. “Não importa como a situação mundial mude, a vontade da China de desenvolver as relações China-Irão não mudará”, disse no sábado o Conselheiro de Estado chinês e Ministro dos Negócios Estrangeiros Wang Yi durante o seu encontro com o Presidente iraniano Hassan Rouhani. Notando que este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, Wang disse que o documento de cooperação global assinado pelas duas partes no sábado irá traçar um plano global para impulsionar a parceria estratégica global China-Irão, que não só beneficiará os dois povos, mas também fará contribuições China-Irão para a manutenção da paz regional e mundial. “A China”, referiu Wang, “apoia firmemente o Irão na defesa da sua soberania e dignidade nacional, e na salvaguarda da sua via de desenvolvimento escolhida. Não importa no passado, no presente ou no futuro, a China é coerente em opor-se às sanções unilaterais pouco razoáveis impostas ao Irão por outros países, porque estas violam o direito internacional, especialmente as baseadas em mentiras e informações falsas, que são imorais e impopulares e constituem uma afronta à consciência humana”. “A China está pronta a trabalhar com o Irão e outros países para se oporem conjuntamente aos actos de intimidação por parte dos poderes, defender a equidade e a justiça internacionais e defender as normas básicas das relações internacionais”, disse o diplomata chinês. Wang salientou ainda que é tempo de reflectir seriamente sobre as más consequências infligidas à região por interferências externas, e trabalhar em conjunto para explorar formas eficazes de manter a segurança e a estabilidade regionais a longo prazo. Por seu lado, Rouhani pediu a Wang que transmitisse as suas “sinceras saudações e os seus melhores votos” ao Presidente Xi e “que todos os sectores da vida no seu país consideram a China como o parceiro mais importante do Irão”. Recordando a “bem sucedida” visita de Xi ao Irão em 2016, Rouhani disse que “promoveu o notável desenvolvimento das relações Irão-China”. “A assinatura do documento de cooperação entre os dois países irá clarificar ainda mais o roteiro para a futura cooperação “, disse Rouhani. “O Irão”, disse, “espera reforçar a sua cooperação com a China na luta contra a pandemia da COVID-19, aprofundar a cooperação mutuamente benéfica em vários campos, e reforçar a cooperação anti-terrorismo”. Notando que o Irão e a China partilham as mesmas posições ou posições semelhantes sobre questões regionais e globais, o presidente iraniano disse que o Irão defende a resolução de problemas através do diálogo e espera reforçar ainda mais a sua coordenação com a China na manutenção da segurança regional. Para Rouhani, “o Plano de Acção Global Conjunto (JCPOA) é um acordo multilateral, e os Estados Unidos não deveriam impor quaisquer condições prévias para retomar a sua implementação do acordo nuclear e deveriam tomar medidas primeiro”. “O Irão aprecia o importante papel da China na manutenção do acordo e está pronto a reforçar a sua comunicação e coordenação com a China sobre este assunto”, acrescentou. Sobre o acordo nuclear, Wang disse que foi “uma importante e duramente conquistada conquista do multilateralismo” e que “a retirada unilateral da antiga administração dos EUA do acordo estabeleceu um mau precedente de não cumprimento dos acordos internacionais e foi condenada unanimemente pela comunidade internacional”. “A China congratula-se com o desejo do novo governo dos EUA de regressar ao acordo”, disse Wang, acrescentando que a China “acredita que a salvaguarda do acordo significa defender o multilateralismo e a autoridade do Conselho de Segurança da ONU”. O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês apelou a Washington para reflectir sobre os danos causados pela sua retirada do acordo para a paz regional e a estabilidade internacional, bem como sobre as perdas causadas aos países relevantes. “As sanções unilaterais contra o Irão e as medidas de longo prazo da jurisdição contra outros países, incluindo a China, deveriam ser levantadas o mais rapidamente possível”, afirmou.
Hoje Macau EventosCinemateca Paixão | Ambiente serve de mote a novo ciclo de cinema A Cinemateca Paixão apresenta, em Abril, um novo ciclo de cinema dedicado às questões ambientais. A iniciativa “Uma mostra cinematográfica global do ambiente e crise da sustentabilidade” apresenta 26 obras, entre curtas e longas-metragens, bem como documentários e filmes de animação. Em simultâneo, está patente, até 11 de Junho, a exposição “Mulheres nos cinemas – O mundo Extraordinário das Cineastas” A programação de Abril da Cinemateca Paixão tem como destaque um novo festival de cinema, intitulado “Uma mostra cinematográfica global do ambiente e crise da sustentabilidade”. Tal como o nome indica, o ciclo está centrado em temas relativos ao meio ambiente, alterações climáticas e o desenvolvimento sustentável do planeta, apresentando um total de 26 produções cinematográficas que chamam a atenção para estas questões. Um dos filmes exibidos no âmbito deste festival será “Spread Your Wings”, de Christian Moullec, activista dos direitos dos animais e meteorologista. Para esta produção, Moullec baseou-se em eventos e personagens verídicos ao longo de mais de 20 anos de experiência, revelando o seu conhecimento enquanto guia para a migração dos gansos selvagens. Outro destaque do cartaz é “Omelia Contadina”, um documentário do artista francês JR e da realizadora Alice Rohrwacher que regista o processo funerário da agricultura tradicional realizado por um grupo de agricultores, com o intuito de questionar o impacto da urbanização sobre as tradições rurais. O filme ganhou projecção internacional e foi exibido no ano passado em alguns festivais de cinema europeus. “Chicken of the Dead” é o nome de uma outra curta-metragem que integra este programa. O filme “tenta apresentar uma reflexão sobre o impacto da avicultura no ambiente social”. Segundo um comunicado do Instituto Cultural (IC), “o conjunto de trabalhos seleccionados não só permitem ao público local apreciar filmes sobre temas ambientais de elevada qualidade provenientes de todo o mundo, como ainda suscitar a sua preocupação sobre a protecção ambiental”. Além do ciclo de cinema, os interessados poderão visitar, até 11 de Junho, a exposição “Mulheres nos cinemas – o mundo extraordinário dos cineastas”, patente no terceiro piso do edifício da Cinemateca, na Travessa da Paixão. A mostra “retrata a evolução do papel das figuras femininas, tornando-se cada vez mais importante no sector cinematográfico ao longo do último século”. 8 mil visitantes desde Setembro A Cinemateca Paixão reabriu portas em Setembro do ano passado com uma nova empresa responsável pela gestão do espaço. Desde então, a cinemateca foi visitada por cerca de oito mil pessoas, com a taxa de venda de bilhetes se situa nos 70 por cento, adianta o IC. É intenção da entidade liderada por Mok Ian Ian é “educar e expandir o nicho de apreciadores de cinema através da exibição de filmes artísticos e independentes ou géneros cinematográficos com menos contacto com o público em geral”. Além dos filmes e do espaço dedicado às exposições, a Cinemateca Paixão tem ainda o projecto de visitas guiadas intitulado “Um Passeio pela Cinemateca Paixão”, destinado a escolas e associações. Além da apresentação feita por um guia especializado sobre a origem e a história do cinema, o funcionamento de uma sala de cinema e a evolução do sector, ainda são exibidos vídeos de curta duração localmente produzidos, com o objectivo de consolidar os conhecimentos dos visitantes sobre o sector da projecção cinematográfica de Macau e sobre a própria Cinemateca Paixão. Segundo o IC, “a iniciativa tem tido ampla adesão de escolas e associações desde o seu lançamento”.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Dois residentes com teste de ácido nucleico positivo Dois residentes de Macau, diagnosticados no exterior como infectados por covid-19, testaram no positivo nos testes de ácido nucleico, depois de entrarem na RAEM a 7 de Março. Em comunicado, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus explicou que até sábado os casos não apresentaram sintomas do vírus. “Tendo em consideração os vários testes anteriormente realizados, após o regresso a Macau, cujos resultados foram todos negativos, estes casos são classificados como casos de reinfecção de casos confirmados no exterior. Não são classificados como casos importados de Macau”, diz a nota. As residentes são uma mulher e uma criança. A mulher foi diagnosticada como infectada com covid-19 no Reino Unidos, onde estudava, em Janeiro deste ano, ficando em isolamento em casa. Testes realizados entre 25 de Fevereiro e 3 de Março deram resultado negativo. Entretanto, regressou a Macau no início do mês e ficou em quarentena num hotel. Depois de vários testes negativos, foi encaminhada para o Centro Clínico da Saúde Pública em Coloane por lhe terem sido detectados anticorpos IgG no dia 24 de Março. Dois dias depois o teste de ácido nucleico passou a positivo. A situação foi idêntica para uma criança que morou nos EUA e cujo teste de revisão deu positivo para covid-19 na sexta-feira, enquanto a mãe realizou vários testes em Macau e os resultados foram todos negativos. “A possibilidade de infecção destas pessoas é baixa, dada a baixa concentração do gene no teste de ácido nucleico de covid-19”, apontou o Centro de Coordenação.
Hoje Macau PolíticaCAEAL | Professor ligado à FAOM suspeito de apelar à recolha de assinaturas Um professor da escola Choi Nong Chi Tai, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), terá apelado a encarregados de educação para assinarem documentos das comissões de candidatura para as eleições legislativas deste ano, segundo avançou o All About Macau. A informação foi divulgada nas redes sociais, tendo sido também partilhadas imagens dos documentos que referem que a FAOM vai continuar a participar nas eleições e que tem por objectivo “manter a oportunidade de serviços os operários e a população”. Segundo o jornal em língua chinesa, um grupo de encarregados de educação terá sido convidado a assinarem pessoalmente os documentos das comissões de candidatura de forma presencial, nas instalações da escola, antes do dia 24 de Abril. Lou Pak Sang, director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), assegurou que, após tomar conhecimento da situação, comunicou com a escola, tendo encaminhado o caso para a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL). Lou Pak Sang disse não ter recebido queixas de pais dos alunos, mas que se estes considerarem que foram forçados a assinar qualquer documento podem fazer queixa à CAEAL ou DSEDJ.
Hoje Macau PolíticaDefesa | Wong Sio Chak aponta segurança nacional como prioridade Com a celebração este ano do 100º aniversário da fundação do Partido Comunista da China e as eleições para a Assembleia Legislativa em Macau, o secretário para a Segurança aponta a defesa da segurança nacional e a estabilidade de segurança da sociedade como “os trabalhos de maior prioridade”. O “caminho a seguir” foi apontado por Wong Sio Chak num encontro entre os serviços de segurança da Província de Guangdong e de Macau, em Zhangjiang. Em comunicado, o gabinete do secretário para a Segurança indicou que Wong Sio Chak “deseja que as respectivas autoridades policiais continuem a intensificar a cooperação, a empenhar-se no combate à criminalidade transfronteiriça, a efectuar bem o trabalho de segurança e a esforçar-se em conjunto” para permitir “o sucesso destes grandes eventos”. A nota descreve ainda que ambas as partes concordaram que face ao 14º plano quinquenal e objectivos até 2035, bem como o desenvolvimento da Grande Baía, “a cooperação entre as polícias dos dois lados vai entrar numa fase de desenvolvimento mais abrangente e com melhor qualidade”. Por sua vez, o vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Provincial de Guangdong, Li Chunsheng, afirmou que no ano passado se alcançaram “progressos importantes” no combate aos crimes graves a nível transfronteiriço.
Hoje Macau Manchete PolíticaTDM | Ng Kuok Cheong pede reintegração de jornalistas demissionários O deputado quer saber se o Governo sugeriu à TDM a revisão ou abandono das instruções editoriais “controversas” transmitidas aos jornalistas da estação. Ng Kuok Cheong pede ainda entendimento que torne possível a reintegração dos profissionais que se demitiram. Tudo isto para que o Executivo reconheça as responsabilidades que tem na garantia da liberdade imprensa para não passar uma imagem negativa para o exterior Mostrando consternação com os recentes desenvolvimentos na Teledifusão de Macau (TDM) que terão levado à demissão de pelo menos cinco jornalistas, Ng Kuok Cheong quer saber se o Governo já deu instruções à TDM para rever ou retirar as orientações editoriais “controversas” transmitidas aos jornalistas e procurar colaborar “de boa-fé” com os jornalistas demissionários, procurando reintegrá-los na empresa. “O Governo da RAEM pediu aos responsáveis da TDM para que procedam imediatamente à retirada ou revisão das orientações editoriais controversas e procurem colaborar de boa-fé, com os jornalistas que optaram por abandonar os seus postos de trabalho, para os reintegrar e salvaguardar os seus direitos?”, pode ler-se numa interpelação escrita enviada às redações. Além disso, lembrando que os recentes acontecimentos tiveram também eco em associações internacionais de jornalistas, como os Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Ng Kuok Cheong quer que o Governo reconheça a responsabilidade que tem na garantia da liberdade de imprensa na estação pública do território e perante os direitos fundamentais da população. Isto, com o objectivo de evitar repercussões negativas na imagem de Macau a nível internacional. “Será que o Governo da RAEM reconhece que tem a responsabilidade de proteger e garantir a liberdade de imprensa no funcionamento do serviço público de radiodifusão, a fim de salvaguardar os direitos fundamentais dos residentes e evitar influências negativas para a imagem da RAEM perante a comunidade internacional?”, questiona. Fazendo referência às demissões na TDM e à tomada de posição do Governo português, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que afirmou esperar que a China cumpra a Lei Básica de Macau, Ng Kuok Cheong quer ainda confirmação oficial do Executivo sobre se, durante a reunião que terá acontecido entre jornalistas e a direcção de informação, foram ou não transmitidas novas directrizes editoriais. “É verdade que a Comissão Executiva da TDM emitiu nove novas disposições no início de Março relacionadas com a liberdade de imprensa e que, por causa disso, alguns trabalhadores apresentaram a sua demissão?”, questionou o deputado. Sem pressão Recorde-se que na passada terça-feira, Ho Iat Seng garantiu que o Governo não pressionou a TDM e que os meios de comunicação social de Macau são patrióticos. “O Governo não apertou o controlo dos meios de comunicação social. A TDM é uma empresa pública e um meio de comunicação local, acho que todos os meios de comunicação social amam a pátria e Macau, de certeza. Não foram dadas novas indicações”, disse Ho Iat Seng durante a recepção do novo comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China em Macau, Liu Xianfa. Jorge Silva nomeado Jorge Silva foi nomeado pela Comissão Executiva da TDM como Coordenador do Departamento de Informação Portuguesa da televisão. Contactado pelo HM, o jornalista declinou fazer comentários. João Pedro Marques cessou funções de chefe do Departamento de Informação Portuguesa da televisão, a seu pedido, regressando ao seu local de origem da carreira profissional.
Hoje Macau Manchete PolíticaCupões electrónicos | Au Kam San considera decisão de cancelar manifestação “ridícula” Depois da “luz verde” do Governo, a manifestação contra os cupões electrónicos de consumo agendada para ontem acabou cancelada horas antes do seu início. O deputado e promotor do evento Au Kam San considera que os argumentos apresentados pelos Serviços de Saúde sobre a impossibilidade de cumprir as orientações de prevenção epidémica são “ridículos” e têm teor político. Ainda assim, 12 pessoas foram levadas à esquadra para investigação após comparecerem no Tap Siac O deputado e promotor da manifestação agendada para ontem contra os cupões electrónicos de consumo, Au Kam San, considerou “ridícula” a decisão anunciada a menos de 24 horas antes do início do evento com início agendado para as 16h00 de ontem na praça do Tap Siac. Para o deputado, que reuniu no sábado com os responsáveis dos Serviços de Saúde (SS), o facto de o organismo ter considerado que a organização não seria capaz de garantir as orientações de prevenção pandémica é uma “não é razoável” e “tem motivações políticas”. “É uma decisão ridícula. Os SS exigiram a manutenção de uma distância de um metro entre os participantes e a garantia de que não iria haver concentração de curiosos, mas isso são pedidos impossíveis de concretizar. Além disso basta ir, por exemplo, ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, que é um espaço interior, para ver como os pacientes estão sentados entre si com intervalos inferiores a um metro. É incompreensível que nos obriguem a manter essa distância estando no exterior”, começou por dizer Au Kam San ao HM. “Apesar de ser ridículo, temos de cumprir a decisão dos SS. É uma decisão pouco inteligente, que não é razoável e que deve ter motivações políticas. Mas temos de a cumprir”, acrescentou. Organizadores cancelaram Numa nota publicada na rede social Facebook, citada pela agência Lusa, após saber da decisão, o deputado que estava a organizar a manifestação em conjunto com Ng Kuok Cheong e a Associação de Direitos dos Trabalhadores de Jogo de Macau deixaram um apelo à população para não se reunir no local onde estava prevista a manifestação, de forma a evitarem mal-entendidos e que alguém seja acusado pela polícia de reunião ilegal. De acordo com o comunicado do divulgado pelos SS, o organismo dá conta que devido à “imprevisibilidade e incerteza” do número de pessoas no desfile, o promotor “alterou de 150 pessoas (originais) para 500 pessoas”, não conseguindo “garantir que as actividades cumpram os requisitos de prevenção epidémica previamente emitidos”. Na mesma nota, pode ainda ler-se que os infractores podem “ser acusados da prática de um crime de desobediência”. Recorde-se que a principal motivação da manifestação, que acabou cancelada, passava por mostrar ao Governo que a esmagadora maioria da população está contra o “Plano de garantia de emprego, estabilização da economia e asseguramento da qualidade de vida da população 2021”, anunciado no dia 15 de Março e que pretende o regresso dos cartões de consumo. Os promotores do evento entendiam que o plano de apoio ao consumo, que contemplava cupões electrónicos de desconto, não respondia às necessidades dos mais idosos e das pessoas com menos recursos económicos. Para usufruir do programa de cupões de consumo, os residentes, trabalhadores não-residentes e estudantes do Interior em Macau poderiam acumular um máximo de 4.800 patacas em vales, caso gastem, entre Maio e Dezembro, 14.400 patacas. Vamos ali à esquadra? Apesar da suspensão da manifestação, foram várias as pessoas que se reuniram nas redondezas da Praça do Tap Siac. De acordo com um comunicado emitido ontem ao final da tarde pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), 12 pessoas acabaram por ser levadas para a esquadra “para investigação”, após se terem recusado a abandonar o local, de acordo com as explicações dos agentes da polícia. “A Polícia enviou forças policiais adequadas para o redor da Praça do Tap Siac para controlar o fluxo de pessoas conforme a situação no local. Por volta das 14h45 e 16h00, muitas pessoas reuniram-se naquela zona, e os agentes policiais explicaram imediatamente aos respectivos indivíduos que a manifestação tinha sido cancelada e aconselharam-nas a deixar o local, mas uma parte deles recusou-se a sair e ainda exibiram ‘slogans’”, pode ler-se no comunicado. Contas feitas, seis homens e seis mulheres foram levadas pela polícia, sendo que até ao momento “não foram feitas acusações contra qualquer pessoa”. Segundo o CPSP, 11 dos 12 indivíduos saíram da esquadra pelo seu próprio pé, por volta das 17h00, sendo que uma mulher acabou por ser levada para o hospital “por má-disposição resultante de emoção violenta”. Pedidas mais explicações sobre o sucedido, o CPSP apontou ao HM que a mulher “estava emotiva e não se estava a sentir bem e que, por isso, precisava de ir para de ir para o hospital”. Questionado sobre que consequências haveria para aqueles que se recusassem a ir para a esquadra, o CPSP vincou apenas que as pessoas “não foram detidas”, mas sim “levadas para investigação”. Em busca de lógica Através de um comunicado, também a Associação Novo Macau (ANM) mostrou a sua preocupação com o facto de os critérios de prevenção da pandemia estarem uma vez mais a ser usados para impedir o livre exercício dos direitos de reunião e manifestação. Sobretudo, quando há eventos de grande envergadura que decorreram sem restrições de maior. “No passado, o CPSP e os Serviços de Saúde usaram repetidamente a prevenção epidémica como desculpa para obstruir os cidadãos de exercerem legalmente a os seus direitos de reunião e manifestação, já de si precários. No entanto, ao mesmo tempo, alguns eventos de grande escala decorreram como habitualmente, tais como o Grande Prémio, maratonas, feiras de caridade, festival de gastronomia, etc.”, pode ler-se no documento. Na mesma nota, a ANM diz-se ainda “profundamente insatisfeita com a dualidade de critérios do Governo de Macau sobre a prevenção da pandemia”, sobretudo porque inclui requisitos “que nem o próprio Governo é capaz de garantir”, infringindo “arbitrariamente” e “sem justificação suficiente” os direitos e liberdades dos cidadãos. Mais que uma miragem Numa nota divulgada no sábado, o Secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong assegurou que, após a recolha de opiniões sobre o plano de benefícios ao consumo por meios electrónicos, o programa original receberá melhoramentos para ir mais ao encontro do modelo de utilização do cartão de consumo. “O Governo da RAEM teve conhecimento de que a maioria dos residentes prefere o modelo da utilização do cartão de consumo adoptado no ano anterior, assim sendo, será procedido um melhoramento ao projecto original do plano rumo a este aspecto, facilitando os residentes no usufruto dos respectivos benefícios”, pode ler-se na nota. Segundo o secretário, o projecto de melhoramento será divulgado “o mais breve possível”. Questionado sobre a promessa feita pelo Governo, Au Kam San admitiu, caso a terceira ronda do cartão de consumo venha a ser uma realidade “os objetivos da manifestação de ontem foram cumpridos”. No entanto, caso o Governo não cumpra o que foi dito não exclui a possibilidade de organizar uma nova manifestação. Reacções Pang Chuan quer pragmatismo Ouvido pelo jornal Ou Mun, o deputado Pang Chuan, nomeado, disse esperar que o Governo divulgue mais detalhes sobre o novo programa de apoios à população, alargando a consulta a mais residentes, tal como idosos, portadores de deficiência e empresários de pequenas e médias empresas, para que esta medida possa ser conhecida por todos. Pang Chuan disse respeitar a vontade de alguns residentes em se manifestar mas deseja que as pessoas escolham formas mais pragmáticas de levar o Governo a servir melhor os residentes. Kaifong valorizam prevenção Ng Sio Lai, presidente da direcção da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM), defendeu, segundo o canal chinês da Rádio Macau, que devem ser valorizados os trabalhos de prevenção da pandemia, uma vez que continua a registar uma volatilidade nas regiões vizinhas ou no exterior. FAOM concorda com SSM Lee Chong Cheng, ex-deputado e presidente da direcção da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), disse que as medidas a adoptar relativamente à manifestação foram tidas em conta pelos SSM, pelo que os promotores da manifestação devem cumprir as orientações de prevenção da pandemia. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Lee Chong Cheng espera que a população possa acompanhar os esforços da recuperação da economia de Macau. Mulheres destacam prudência Chong Leng Leng, secretária-geral da Associação Geral das Mulheres de Macau, disse que o Governo fez uma avaliação prudente e completa da situação, tendo também ouvido as opiniões da população para esta decisão. A responsável adiantou que os pedidos feitos pelas várias partes são diversos e que houve razões técnicas analisadas pelo Executivo, além de ter sido considerada a situação financeira e a sustentabilidade do Governo.
Hoje Macau Entrevista MancheteZeng Zhonglu, professor do Instituto Politécnico de Macau: “Macau está a ficar para trás” O professor do Centro Pedagógico e Científico nas Áreas do Jogo e do Turismo do Instituto Politécnico de Macau, Zeng Zhonglu defendeu que as autoridades locais deveriam apostar na legalização do jogo online sob pena de atrasar-se face a outros mercadores. O académico sugere a aposta na área da inteligência artificial e afirma que adiar o concurso público para as novas licenças de jogo pode afectar o investimento O especialista em turismo e jogo Zeng Zhonglu disse, em entrevista à agência Lusa, que Macau deve pensar em legalizar o jogo ‘online’ e apostar na importação de talentos que desenvolvem Inteligência Artificial (IA) na China. O professor do Centro Pedagógico e Científico nas Áreas do Jogo e do Turismo do Instituto Politécnico de Macau (IPM) defendeu que “a única forma de Macau desenvolver a tecnologia de IA na indústria do jogo é de recrutar talentos da China continental”. “A IA é muito importante para o jogo ‘online’. Até ao momento, Macau não tem uma indústria de jogo ‘online’. No futuro, Macau devia considerar legalizar o jogo ‘online’, caso contrário vai atrasar-se, porque outros territórios, outros países, estão a desenvolver esta área muito rapidamente”, avisou, para concluir que, nesta área, “Macau está a ficar para trás”. Ainda que Macau consiga oferecer casinos e hotéis de luxo, os melhores da Ásia, frisou o académico, hoje o jogo ‘online’ é “uma ameaça potencial para o negócio” para a capital mundial do jogo. “A competição entre destinos, tornou-se cada vez mais feroz, cada vez mais intensa” e, por isso, “Macau deve distinguir-se (…), deve encontrar um novo caminho”, advertiu o académico, uma vez que os casinos reais de Macau podem começar a ser preteridos. O docente do IPM sublinhou que um pouco por todo o mundo os jogos ‘online’ “estão a desenvolver-se muito rapidamente, especialmente durante a covid-19”, e que em muitos países, as receitas dos jogos de azar na Internet duplicaram. Por outro lado, sustentou, o território “deve convidar algumas empresas de tecnologia de ponta, especialmente no sector dos jogos, empresas de ‘software’”, em especial dos Estados Unidos e Austrália, para virem a Macau e utilizarem o conhecimento [sobre o consumidor] de Macau (…) para fazerem produtos únicos”. Em Macau “as empresas de jogo têm um contacto próximo com os clientes para que possam conhecer os comportamentos ou preferências dos clientes muito melhor do que outros locais”, explicou. Por isso, o território “deve utilizar estes conhecimentos para desenvolver jogos, ‘slot machines’ ou alguns outros produtos de jogo” para o mercado asiático, que conhece bem, afirmou. Finalmente, Zeng Zhonglu assinalou que Macau tem ainda de encontrar novas formas de atrair turistas, uma vez que as promotoras de jogo já não podem ir à China angariar grandes apostadores, devido a uma mudança legislativa imposta por Pequim. A questão do concurso Na mesma entrevista, Zeng Zhonglu disse que o Governo deve manter o concurso de concessão de licenças para casinos em 2022 porque um adiamento pode trazer incerteza e afastar o investimento. Contudo, “se a pandemia continuar este ano e no próximo, o Governo deve ponderar adiar o concurso para as novas licenças”, defendeu o professor. Ainda assim, sublinhou, “se a pandemia acabar rapidamente, talvez no fim deste ano, acho que o Governo deve seguir o plano inicial” e manter o calendário de 2022 para realizar o concurso para as licenças de jogo. A razão é simples, justificou: “O adiamento, de uma forma geral, não é bom para a indústria [do jogo] por causa da incerteza”, que “não é boa para fazer investimentos e para se tomarem decisões”. Isto porque “Macau é um mercado muito importante que [as operadoras de casinos] não querem perder”, acrescentou. O sector do jogo tem enfrentado uma crise devido às restrições nas fronteiras e à falta de turistas. Em 2019, os casinos obtiveram receitas de 292,4 mil milhões de patacas, mas, no ano passado, devido ao impacto causado pela pandemia, a indústria terminou 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas, uma quebra de 79,3 por cento em relação ao ano anterior. No ano anterior à pandemia, o território atraiu quase 40 milhões de visitantes. Legado português já não chega O especialista em turismo frisou também que o legado português não chega para ‘vender’ Macau aos turistas e que o território tem de descobrir outras narrativas históricas para promover produtos turísticos e reforçar a sua singularidade. “Macau tem mais de 400 anos de cultura mista de portugueses e chineses. Esta cultura é única. É diferente”, começou por afirmar o académico. “Macau tem, naturalmente, muitos edifícios de arquitectura em estilo português, mas isto não é suficiente”, sublinhou. A RAEM “deve estudar os 400 anos de história e encontrar mais histórias (…) para que possa desenvolver mais produtos” turísticos, explicou. E Zeng Zhonglu dá um exemplo: “Durante 400 anos, para muitos chineses Macau foi a única saída para países estrangeiros em toda a China. Naquela época, durante os 400 anos, muitos chineses famosos partiram de Macau para outros países. (…) Macau tem de desenterrar histórias”. A ideia é criar valor acrescentado aos produtos turísticos: “Se o produto turístico tem uma história por detrás, o valor é bastante diferente na mente dos visitantes, por isso Macau deve encontrar os significados destes produtos e descobrir as formas eficazes de comunicar esses significados aos visitantes, para que Macau possa atrair os turistas da cultura a partir dos produtos artísticos, em vez de apenas comida, bebida e compras”.
Hoje Macau SociedadePesca | Governo deu 79 milhões de patacas em apoios desde 2007 A Direcção dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA) garantiu, em resposta a uma interpelação escrita do deputado Leong Sun Iok, que foram atribuídos apoios no valor de 79 milhões de patacas ao sector da pesca desde 2007, ano em que foi criado o Fundo de Desenvolvimento de Apoio à Pesca. Estes apoios incluem “verbas destinadas à reparação das embarcações de pesca danificadas no incêndio”. Além destes apoios, a DSAMA alerta para a necessidade de as “associações do sector deverem incentivar e apoiar os proprietários das embarcações de pesca para garantir o estado das suas embarcações”. Relativamente a um incêndio ocorrido em Fevereiro, na zona do Porto Interior, a DSAMA garantiu que tem vindo a acompanhar o caso. “Relativamente ao incêndio ocorrido nas embarcações de pesca do fundeadouro do Porto Interior, em princípio de Fevereiro, verificou-se que ninguém estava a bordo naquela altura.” A DSAMA chama a atenção para a importância de os próprios pescadores prestarem atenção à segurança das suas embarcações, garantindo que na zona do Porto Interior há “duas faixas corta-fogo no fundeadouro do Porto Interior que são capazes não só de dificultar a propagação do fogo em caso de incêndio nas embarcações de pesca mas também facilitar o salvamento das embarcações das autoridades de Zhuhai e Macau”.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | ONG fala em mais de 400 mortos desde golpe militar de Fevereiro Uma organização não-governamental birmanesa indicou hoje que o número de mortos em Myanmar (antiga Birmânia) aumentou para 423, devido à violência militar e policial contra manifestantes em protesto contra o golpe de 1 de Fevereiro. O balanço anterior da Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP) era de 328 mortos, mas o número de vítimas mortais subiu no sábado, na sequência da repressão de manifestações em pelo menos 40 localidades nas regiões de Rangum, Bago, Magway, Sagaing, Tanintharyi e Ayeryawady, bem como nos estados de Mon, Kachin e Shan. Em relatório, a ONG disse ter verificado a morte de pelo menos 90 pessoas, incluindo seis crianças de entre 10 e 16 anos, mas reconheceu que o número de mortos “é provavelmente muito mais elevado”. De acordo com um órgão de comunicação social local, Myanmar Now, pelo menos 116 pessoas foram mortas no sábado, enquanto na capital, Naypyidaw, o exército birmanês assinalava o dia das forças armadas com um desfile militar. Num balanço anterior, o Myanmar Now tinha referido que pelo menos 91 pessoas foram mortas no sábado. Os militares tomaram o poder em 01 de fevereiro por alegadas fraudes nas eleições de novembro passado, vencidas pelo partido de Aung San Suu Kyi. A prémio Nobel da Paz foi deposta pelos militares e detida juntamente com grande parte do Governo civil. Desde o golpe, a junta militar já prendeu mais de três mil pessoas.
Hoje Macau EventosMacau com apenas um restaurante entre os 50 melhores da Ásia Macau tem apenas um restaurante na lista dos 50 melhores asiáticos de 2021, numa lista liderada pelo “The Chairman”, de Hong Kong, de acordo com a classificação “Os 50 Melhores Restaurantes da Ásia”, divulgada ontem. O restaurante “Wing Lei Palace”, situado no casino Wynn Palace, na capital mundial do jogo, obteve o 50.º lugar, depois de ter figurado em 22.º no ano passado. Em 2020, Macau contava com mais um restaurante na lista dos 50 melhores da Ásia, o “Sichuan Moon” (23.º), também naquele casino da operadora Wynn, tendo descido este ano para o 95.º lugar. Na lista alargada aos cem melhores restaurantes asiáticos entram ainda mais três estabelecimentos de Macau: “The Eight” (68.º) e “Robuchon au Dôme” (88.º), ambos no hotel-casino Grand Lisboa, além do “Jade Dragon” (100.º), no Hotel Parisian. Hong Kong é a cidade asiática com mais restaurantes entre os 50 melhores, 11 no total, incluindo o primeiro lugar. Seguem-se Singapura e Tóquio, com sete cada, e Banguecoque, com seis.
Hoje Macau China / ÁsiaH&M deixa de aparecer em plataformas de comércio electrónico na China Várias plataformas de comércio eletrónico na China deixaram ontem de mostrar a loja digital da marca de vestuário sueca H&M, meses depois de a empresa ter anunciado a suspensão da utilização do algodão de Xinjiang. A decisão da marca deveu-se à alegada utilização de trabalho forçado no sector naquela província autónoma do noroeste da China. De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, as pesquisas da marca sueca nas plataformas JD.com, Taobao, Tmall e Pinduoduo não produziram quaisquer resultados. Na quarta-feira, o Comité Central da Liga Comunista da Juventude chinesa publicou uma mensagem, na rede social Weibo na qual perguntava: “Querias ganhar dinheiro na China enquanto espalhas boatos para boicotar o algodão de Xinjiang? Querias!”. O texto estava acompanhado pelo comunicado da H&M, na qual a marca afirmava proibir “qualquer tipo de trabalho forçado” na sua cadeia de produção “independentemente do país ou região”. A empresa indicou também que ia pôr fim à relação de trabalho com um fornecedor chinês até que fossem esclarecidas as alegações contidas um relatório, segundo o qual 82 firmas chinesas e estrangeiras tinham beneficiado da deslocalização forçada de membros da minoria uigure. Até às 11:30, a mensagem da Liga Comunista da Juventude tinha já mais de 40 mil partilhas e mais de 411 mil “gostos” e 16 mil comentários, muitos deles a favor da expulsão da marca do país. Outras empresas, como a norte-americana Nike, que no ano passado emitiu uma declaração semelhante à da H&M, também foram afectadas por apelos ao boicote de alguns utilizadores chineses da internet, o que levou o actor Wang Yibo a rescindir o contrato publicitário com a Nike. Algodão de Xinjiang não chega para o país Como maior consumidor mundial e segundo maior produtor de algodão, a China, com uma produção de cerca de 5,95 milhões de toneladas em 2020/2021, teve de responder à procura total de 7,8 milhões de toneladas. A produção de algodão de Xinjiang correspondeu a 5,2 milhões de toneladas, representando cerca de 87% da produção nacional e cerca de 67% do consumo interno. O algodão de fibra longa de Xinjiang, um dos que apresenta melhor qualidade no mundo, não satisfaz a procura há vários anos. A fim de atender à procura doméstica, a China precisa de importar cerca de 2 milhões de toneladas de algodão por ano. Nos últimos anos, a China expandiu activamente os seus canais de importação para garantir a estabilidade da cadeia de abastecimento. Foi também estabelecido um sistema de reserva de algodão para defender os interesses dos cotonicultores nacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaEmbaixador chinês em Roma convida deputados a visitarem Xinjiang O embaixador chinês em Roma convidou ontem os deputados italianos a visitarem pessoalmente a região de Xinjiang, na China, para verificar se a minoria muçulmana de uigures é realmente vítima de “genocídio”. “Convido-vos pessoalmente a irem a Xinjiang (…) para verem a realidade e averiguarem se realmente existe um genocídio, se os uigures realmente sofreram um genocídio nos últimos 20 anos”, disse o embaixador Li Junhua, dirigindo-se ao comité de Negócios Estrangeiros do Parlamento italiano. “Se quiserem ir, avisem-me. Digam à embaixada, para que possamos organizar (a viagem)”, acrescentou Li. Desde 2019, a China insiste em que convida diplomatas estrangeiros para visitar Xinjiang, mas uma delegação da UE disse, nesse mesmo ano, que as pessoas com quem tinham contactado estavam controladas e liam a partir de textos que tinham sido preparados pelas autoridades chinesas. Uma outra viagem, destinada a embaixadores de países da UE, foi este mês cancelada. Perante o comité de deputados italianos, o embaixador Li Junhua defendeu que a China foi “compelida a reagir” a uma acção hostil. “Será que é apenas a UE que pode impor sanções à China? A China não pode fazer o mesmo? Teremos, assim, uma relação justa e igual?”, questionou o embaixador chinês em Roma.
Hoje Macau China / ÁsiaAngola | Empresários chineses preocupados com “mudanças na política e economia” A Câmara de Comércio de Taizhou em Angola contratou um escritório chinês de advogados para “melhor proteger os direitos e interesses dos seus membros” devido às “mudanças na política e economia locais”. Segundo o Departamento de Justiça da Província de Jiangsu, adjacente a Xangai, a Jiangsu Guanqian Law Firm vai ajudar a “proteger melhor os direitos legais e interesses” dos membros da Câmara de Comércio. A associação tem um papel “fulcral” na economia angolana e tem servido de “ponte de amizade” entre a China e Angola, mas enfrenta actualmente “uma situação mais complexa”, sublinhou um comunicado. Zhu Xingya, diretor executivo da Jiangsu Guanqian, prometeu ultrapassar as dificuldades culturais e linguísticas para ajudar a associação a lidar com “disputas legais no estrangeiro”. O escritório de advogados quer usar Angola como trampolim para mais tarde alargar a cobertura legal a outros países, acrescentou Zhu Xingya. Em Dezembro, o embaixador da China em Angola, Gong Tao, tinha aconselhado os empresários chineses a reforçar o investimento em segurança devido à “recente deterioração do ambiente de segurança pública”. A Câmara de Comércio de Taizhou em Angola reúne empresários com ligações à cidade de Taizhou, na província de Jiangsu. A empresa Jiangsu Jiangzhou Agricultural Science and Technology Development Co., Ltd investiu 12 milhões de dólares no projecto agrícola Jiangzhou Agriculture, na província do Huambo. O projecto gerou 180 postos de trabalho no cultivo de vegetais, fruta e cereais e na criação de gado bovino numa área de 2.544 hectares no município da Chicala-Cholohanga. Uma delegação das autoridades de Taizhou visitou o Huambo em Dezembro de 2019, tendo ficado marcada para maio de 2020 a visita de um grupo de empresários da província angolana à China. A iniciativa foi cancelada devido à pandemia de covid-19.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Nova regra permite a expatriados de Xangai acederem à vacina Xangai, a metrópole com a maior comunidade de expatriados na China, anunciou que em breve incluirá residentes estrangeiros no seu programa de vacinação contra a Covid-19. A partir de 29 de Março, expatriados com idade adequada poderão candidatar-se às vacinas, segundo as autoridades municipais. A medida, anunciada na noite de terça-feira, fez de Xangai a segunda cidade da China a divulgar os planos de vacinação de Covid-19 para estrangeiros devido aos esforços do país para popularizar as vacinas entre os seus residentes. Residentes expatriados com idades entre 18 e 59 anos em Wuhan, na província de Hubei, também se podem inscrever para vacinação a partir deste mês. Trabalhadores de algumas comunidades residenciais de Xangai com uma grande proporção de residentes estrangeiros disseram na quarta-feira que receberam perguntas de residentes expatriados sobre como reservar as vacinas. “Em resposta às suas preocupações, traduziremos o comunicado oficial do governo municipal com etapas detalhadas sobre como marcar a vacinação e quais materiais fornecer. Pretendemos publicar um artigo bilingue sobre o assunto em breve na conta WeChat do bairro”, disse Tang Jia, funcionário do bairro no Yanlord Garden, na área financeira de Lujiazui, distrito de Pudong. “Também partilharemos o artigo no nosso grupo de WeChat de 270 membros que são expatriados ou têm familiares expatriados”, disse. Outro funcionário do bairro, de sobrenome Zhao, disse que o distrito está a considerar abrir o seu quarto centro de inoculação de vacinas de Covid-19 em Lujiazui por motivos de conveniência para os residentes locais e estrangeiros. Os expatriados abrangidos pelo seguro médico do país terão direito ao mesmo tratamento que os cidadãos chineses segurados, enquanto os que não têm pagarão 100 yuans por dose. Giuseppe Bigatti, um médico da Itália e actualmente diretor do centro de histeroscopia do Hospital Renji em Xangai, disse que completou a vacinação de duas doses em fevereiro, quando os funcionários do hospital foram vacinados voluntariamente, e que gostaria que a sua esposa, uma professora italiana, se vacinasse em breve. “Acredito que essa é a única solução para voltar a viajar quando for retomado o trânsito internacional”, afirmou. Abdurasulov Safar, do Uzbequistão, estudante de graduação na Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, saudou a decisão de incluir expatriados no programa de vacinação e disse que marcaria uma consulta em breve. Safar disse que se sentiria muito mais seguro para voltar ao seu país natal, onde a epidemia ainda persiste, neste verão, se fosse vacinado. “A notícia chegou na hora certa para mim e dormi muito bem depois de ver as informações”, disse.
Hoje Macau SociedadeICBC cria centro de estudos focado na lusofonia O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla inglesa) anunciou a criação em Macau do Centro de Estudos Sino-Luso, dedicado aos países de língua portuguesa. Num comunicado, a subsidiária em Macau do ICBC refere que o centro irá analisar a situação macroeconómica dos mercados lusófonos, contando com o apoio de instituições locais para identificar oportunidades de investimento. O banco estatal chinês acrescentou que a nova instituição irá também dar sugestões ao executivo de Macau para reforçar o papel da cidade nas relações entre a China e os países de língua portuguesa. O centro irá ainda procurar promover a expansão da iniciativa chinesa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ aos mercados lusófonos e o desenvolvimento da área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. O comunicado sublinha que esta é a primeira instituição criada pela banca chinesa para analisar os países de língua portuguesa, assim como o primeiro centro de investigação criado pelo ICBC fora da China continental. A inauguração do centro, na terça-feira, decorreu de forma simultânea em Macau e na capital chinesa, Pequim, durante a conferência anual da China Modern Financial Society, um ‘think-tank’ ligado ao ICBC. A criação do Centro de Estudos Sino-Luso foi mencionada pelo ICBC em Novembro, quando o banco ajudou as autoridades de Macau a emitir títulos de dívida no valor de 2,1 mil milhões de yuan para financiar o desenvolvimento urbano da região. Na altura o ICBC disse que a emissão fazia parte de um plano para apoiar a construção de uma indústria financeira em Macau, voltada para os serviços financeiros entre a China e os mercados lusófonos. Em Abril, o ICBC e o Banco Nacional Ultramarino (BNU), que faz parte do grupo financeiro português Caixa Geral de Depósitos, anunciaram uma parceria para promover os negócios entre a China e os países de língua portuguesa. O ICBC foi o primeiro banco chinês a abrir uma representação em Portugal, em 2012. No ano seguinte, criou uma subsidiária no Brasil.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas enviam navios de guerra para zona marítima disputada A armada filipina ordenou ontem o envio de navios para o mar da China Meridional, em plena escalada de conflito diplomático sobre uma frota chinesa estacionada perto de um recife disputado. A China reivindica a quase totalidade deste mar rico em recursos naturais e esta semana foi acusada pelos Estados Unidos de tentar “intimidar, coagir e ameaçar outras nações” com a presença dos seus navios perto do recife de Whitsun. Manila pediu a Pequim para recolher 183 embarcações que estão estacionadas perto deste recife, localizado no arquipélago Spratley, cerca de 320 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan, considerando a sua presença como uma “incursão”. Cerca de 220 barcos foram detectados pela Guarda Costeira filipina em 7 de março, mas a sua presença não foi divulgada até ao fim de semana passado. Uma patrulha aérea militar realizada na segunda-feira sobre o recife descobriu que 183 embarcações ainda se encontravam na zona e a China alega que os barcos de pesca estão apenas a proteger-se do mau tempo. Um porta-voz das Forças Armadas das Filipinas disse que os navios da marinha que serão enviados conduzirão “patrulhas de soberania” na área. Vários países, incluindo Canadá, Austrália e Japão, expressaram preocupação com o recrudescimento das tensões na região. O Presidente filipino, Rodrigo Duterte, reuniu-se esta semana com o embaixador da China nas Filipinas e mostrou a sua preocupação com a presença das embarcações, disse o porta-voz da presidência Harry Roque, garantindo que não houve “nenhuma polémica, desde que eles (os chineses) não insistam em ficar permanentemente”. A China afirma ter sido o primeiro país a descobrir e a nomear as ilhas do mar da China Meridional e, portanto, reivindica o controlo sobre a maioria delas. Um tribunal sediado em Haia (Holanda), o Tribunal Permanente de Arbitragem, já se pronunciou sobre esta disputa, concluindo que Pequim não tem qualquer “direito histórico” sobre esta zona estratégica. Apesar destes casos, as relações entre a China e as Filipinas melhoraram sob o mandato de Duterte, que está a tentar tirar o seu país do controlo dos Estados Unidos, em detrimento de uma maior cooperação económica com seu vizinho chinês.
Hoje Macau SociedadeDSPA | Recolhidos mais de dois milhões de envelopes de lai si usados A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) recolheu 2,2 milhões de envelopes de lai si usados por ocasião do Ano Novo Lunar deste ano. Destes, após feita a triagem, 410 mil envelopes (cerca de 1,2 toneladas) estão em condições de ser reutilizados no próximo ano. Segundo um comunicado divulgado ontem pela DSPA, a iniciativa intitulada “É muito fácil recolher envelopes de lai si”, que decorreu até 6 de Março, irá evitar o corte de 86 árvores e contou, apesar da pandemia, “com um maior apoio e participação por parte dos cidadãos e dos diferentes sectores da sociedade”. Para materializar a actividade, foram colocados mais de 840 pontos de recolha em diversas zonas de Macau. A DSPA aponta ainda que os envelopes de lai si disponíveis para reutilização serão distribuídos pelo público antes do Ano Novo Lunar do próximo ano, com a colaboração das associações e instituições. Alguns envelopes de lai si serão ainda usados em actividades ou workshops ambientais. Quanto aos envelopes que não podem ser reciclados, serão reencaminhados para a reciclagem.
Hoje Macau SociedadeLicença sem vencimento | DSAL defende negociação entre empregadores e trabalhadores Wong Chi Hong, director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) defende que a licença sem vencimento deve ser gerida por concordo entre as partes laboral e patronal. Em resposta a uma interpelação escrita do deputado Sulu Sou sobre supervisão na licença sem vencimento, indicou que os funcionários que considerem que os seus direitos laborais são prejudicados podem denunciar o caso à DSAL. A urgência em colmatar a falha de um sistema de protecção legal para licença sem vencimento no contexto da epidemia era a preocupação central de Sulu Sou, que explicou que “um elevado número de residentes não tem alternativa senão aceitar licenças sem vencimento de longo prazo para assegurar os seus empregos”. O deputado queria saber porque não há necessidade de as empresas notificarem as autoridades destas licenças, questionando também se a Lei das relações laborais será revista para se impor um limite mensal ou anual para o número de férias sem vencimento. Na resposta, Wong Chi Hong aponta que se os empregadores despedirem os funcionários por não concordarem com a licença sem vencimento, isso consiste em despedimento sem justa causa, pelo que os empregadores têm que pagar uma remuneração. Além disso, o director da DSAL garante que se situações em que a importação de trabalhadores não residentes possa resultar no despedimento de residentes que ocupam o mesmo cargo sem justa causa ou em que os seus direitos são prejudicados, devem ser tratadas “seriamente, segundo as leis”. Wong Chi Hong apelou também às partes laborais e patronais para se “compreenderem e respeitarem mutuamente” durante o período de dificuldades.
Hoje Macau PolíticaTDM | Inês Chan defende que há independência editorial Inês Chan, directora do Gabinete de Comunicação Social (GCS), declarou ontem que há independência editorial dos meios de comunicação locais, quando questionada sobre a demissão de jornalistas do departamento português da TDM – Teledifusão de Macau. Vários jornalistas da TDM apresentaram demissão na sequência de uma directiva que exigia uma linha editorial patriótica. De acordo com o departamento chinês da TDM Rádio Macau, Inês Chan disse que é o conselho de administração da TDM que define a direcção de desenvolvimento da empresa e que todos os meios de comunicação são independentes a nível editorial, acrescentando que as operações diárias e decisões de recursos humanos são da responsabilidade da Comissão Executiva.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de mil manifestantes pró-democracia pedem reformas na Tailândia Mais de mil manifestantes pró-democracia ocuparam ontem um dos principais cruzamentos de Banguecoque, desafiando as autoridades, no primeiro grande protesto desde que a polícia dispersou os manifestantes com balas de borracha no último fim de semana. Os manifestantes reuniram-se no principal bairro comercial da capital tailandesa, gritando “libertem os nossos amigos” e “abulam (o artigo) 112.º” do Código Penal, referente ao crime de lesa-majestade, que protege a monarquia de todas as críticas. Num estrado foi colocada uma enorme faixa a defender uma “reforma da monarquia”, enquanto um grande número de manifestantes brandia retratos de ativistas presos ou colavam-nos aos sinais de trânsito. “Não interessa quantos dos nossos amigos estão presos, sejam 10 ou 100, não vamos parar de nos manifestarmos”, afirmou à multidão uma das figuras do protesto, Benja Apan, que enfrenta várias acusações. A Tailândia tem sido alvo, desde o verão passado, de uma série de manifestações, que, no auge dos protestos – entre julho e dezembro de 2020 -, reuniram dezenas de milhares de pessoas na capital. Os manifestantes exigem a renúncia do primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha, e a abolição da Constituição de inspiração militar. Além disso, é também exigida a abolição da lei sobre difamação do rei, crime punível com uma pena de até 15 anos de prisão, e a reforma da monarquia. Os protestos ganharam novo fôlego após a acusação, em fevereiro, de quatro líderes do movimento por crimes de lesa-majestade, o que impede que sejam libertados sob fiança. Até agora, mais de 70 manifestantes e líderes estudantis foram acusados de insultar a monarquia e 12 continuam na prisão. No início da noite de terça-feira, quando a manifestação começou a formar-se, a polícia enviou reforços para a zona, incluindo forças antimotim. Antes do protesto, a vice-porta-voz da polícia nacional, Kissana Phathanacharoen, visou que a reunião era ilegal devido às restrições impostas para combater a covid-19 e disse que a polícia estava determinada a “fazer cumprir a lei”. No sábado, uma manifestação pró-democracia em frente ao Grande Palácio de Banguecoque foi dispersa pela polícia com a ajuda de balas de borracha, gás lacrimogéneo e canhões de água, tendo ficado feridos 20 manifestantes e 13 polícias e sido detidas outras 20 pessoas.