Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Secretário norte-americano prevê reunião China-EUA nas “próximas semanas” Após reuniões em Genebra e Londres que deram sinais de aproximação entre as duas potências, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent indicou que estará para breve um novo encontro com o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng. Pequim, para já, não confirma nem desmente O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou que deverá reunir-se com o homólogo chinês “nas próximas semanas” para falar sobre questões como o comércio entre as duas maiores economias do mundo. “Vou reunir-me com o meu homólogo chinês nas próximas semanas”, afirmou Bessent numa entrevista à emissora norte-americana CNBC na segunda-feira. “Tivemos boas reuniões em Genebra, em Londres. Ambos abordámos os assuntos com grande respeito”, acrescentou. “Penso que há coisas que podemos fazer em conjunto, se os chineses o quiserem fazer”, disse ainda o governante norte-americano. “Vamos discutir se podemos ir além do comércio e entrar noutras áreas”, acrescentou. Apesar de Bessent não ter identificado o homólogo pelo nome, o secretário do Tesouro manteve anteriormente negociações com o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng, que chefiou a delegação do país a negociações que decorreu em Londres em Junho. O Ministério do Comércio da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. No início do ano, os Estados Unidos e a China anunciaram a imposição de direitos aduaneiros que ameaçaram asfixiar o comércio mundial e tiveram fortes repercussões nos mercados financeiros, que temeram que uma recessão a nível global. Negociações em Genebra e, mais tarde, em Londres levaram a que os dois países chegassem a um acordo de tréguas, nos termos do qual Pequim concordou em facilitar a exportação de minerais de terras raras, essenciais para uma série de indústrias norte-americanas, desde a indústria de ‘chips’, a energia limpa e os transportes, em troca do levantamento de algumas das restrições impostas pelos EUA. Estes minerais têm assumido uma enorme importância nas discussões entre os dois países. TikTok e outras histórias Na semana passada, Bessent advertiu que os fluxos dos materiais críticos ainda não tinham regressado aos níveis registados em Abril. Por outro lado, o quadro das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China está longe de ser abrangente e ainda há questões complicadas para resolver, incluindo as preocupações manifestadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o tráfico de fentanil, assim como os esforços para garantir um acordo para a alienação das operações nos Estados Unidos da aplicação de vídeos curtos TikTok, de capitais chineses. Esse acordo requer a assinatura de Pequim, o que dá ao país uma fonte de influência para potencialmente extrair concessões dos EUA sobre comércio e outras questões. Trump anunciou já que tem um potencial comprador para a TikTok – um consórcio de investidores que inclui a tecnológica Oracle Corp, a gestora de ativos Blackstone e a empresa de capital de risco Andreessen Horowitz.
Hoje Macau SociedadeBurlas | Idosa detida por ajudar criminosos Uma mulher local com 69 anos foi detida por auxiliar uma rede de criminosos a fazer pelo menos duas vítimas, que perderam mais de 2 milhões de patacas. O caso foi apresentado ontem pela Polícia Judiciária (PJ) e citado pelo jornal Ou Mun. De acordo com os contornos apresentados, duas mulheres caíram em burlas amorosas, ou seja, acreditaram que tinham conhecido pessoas online pelas quais se apaixonaram e para as quais transferiram dinheiro na quantia de 2,075 milhões de patacas. Após perceberem que tinham sido enganadas, apresentaram queixa. As investigações da PJ levaram a identificar uma mulher de 69 anos, residente local, que se apresentou como vendedora em regime de part time. Esta mulher confessou ter aberto contas em bancos locais e ajudado a transferir dinheiro para o exterior. Com base nestas acções recebia 8 mil patacas por cada burla realizada. Contudo, recusou contar à PJ como tinha sido descoberta pelo grupo criminoso e a identidade dos envolvidos. CPSP | Estudante detido por furtar trotineta O Corpo de Polícia e Segurança Pública (CPSP) revelou ter detido um residente com 20 anos por suspeitas de furto de trotineta eléctrica. O caso foi anunciado ontem e citado pelo jornal Ou Mun. De acordo com a publicação, os acontecimentos foram registados em Abril, quando o suspeito, conhecedor da palavra-chave, abriu o cadeado que protegia a trotineta e decidiu ir dar uma volta, deixando o veículo perto do local original. No entanto, como o proprietário do veículo não conseguiu encontrar a trotineta acabou por apresentar queixa à polícia. Com recurso ao sistema de vigilância Olhos no Céu, as autoridades conseguiram identificar o suspeito, um estudante universitário, que após ser detido não só confessou os factos como também revelou onde a trotineta se encontrava. O caso foi encaminhado para o Ministério Público. Assédio | Menor apalpada e beijada quando ia para explicações Um homem com 40 anos foi detido depois de ter atacado uma menor, que beijou e apalpou. O caso foi relatado ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), e aconteceu a 4 de Julho, uma sexta-feira, na Avenida do General Castelo Branco. Quando a menor se dirigia para um centro de explicações, foi abordada pelo homem que aproveitou a oportunidade para praticar o assédio. Depois disso, o alegado criminoso pediu à vítima para que se mantivesse em silêncio e não contasse a ninguém o que tinha acontecido. No entanto, a vítima deixou logo clara a sua intenção de ir denunciar o caso. Quando chegou ao centro de explicações a vítima contou logo o sucedido, com o caso a ser relatado às autoridades. Quando foi detido, o atacante, um trabalhador não residente do Interior, confessou que tinha beijado e apalpado a vítima, por considerar que ela preenche o tipo de mulher que ele acha atraente.
Hoje Macau SociedadeLago Sai Van | Obras de reparação arrancam sábado A partir do próximo sábado, arrancam as obras de renovação e reparação do passadiço de madeira do piso inferior da Praça do Lago Sai Van, junto à Torre de Macau, indicou ontem o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM). A substituição das tábuas, a reparação de infra-estruturas e dos parafusos de fixação será feita de forma faseada, assim como a renovação da pintura. Está previsto que a obra demore 120 dias úteis até ficar concluída, obrigando à vedação por fases das partes do passadiço alvo de reparações. O IAM garante que a concepção original do local será mantida à imagem do que foi nos últimos mais de 20 anos. As autoridades acrescentam que “após o longo período de utilização, a plataforma de madeira apresenta-se em más condições, com a base de suporte das tábuas danificada, as tábuas quebradas, os parafusos de fixação enferrujados e algumas estruturas envelhecidas”.
Hoje Macau PolíticaIao Hon | Proprietária denuncia más condições de apartamento Reboco a cair do tecto e vigas de ferro à mostra. Foi este o cenário descrito por uma proprietária de um apartamento no edifício Son Lei, um dos setes prédios do bairro Iao Hon à espera de reconstrução da Macau Renovação Urbana, cujo início estava previsto para o ano passado. Em declarações ao programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, a residente, de apelido Lai, revelou insatisfação com a demora das autoridades e pediu que seja anunciado o mais brevemente possível o calendário para as obras de reconstrução do prédio onde mora. Outra situação que preocupa a residente é a demora no anúncio do valor da renda que terá de pagar quando se mudar para o apartamento de habitação temporária, disponibilizado para residentes de prédios do Iao Hon sujeitos a renovação urbana. Recorde-se que o prédio onde vão ficar alojados temporariamente será no Lote P do Areia Preta, no prédio construído no terreno onde esteve para ser erigido o projecto do Pearl Horizon. Lai não só não desconhece a renda da casa temporária, como também não sabe quando terá de se mudar. Para já, a única comunicação concreta surgiu na forma de um convite para visitar as fracções do edifício de habitação temporária. Em Abril do ano passado, o Governo de Ho Iat Seng garantiu que as obras de reconstrução do edifício Son Lei iriam arrancar ainda em 2024.
Hoje Macau PolíticaFMI | Ara Stepanyan deixou de liderar escritório em Macau O economista Ara Stepanyan vai abandonar o cargo de liderança do escritório em Macau do Fundo Monetário Internacional, depois de cumprir um mandato de quatro anos. A informação foi revelada ontem pela edição online da revista Macau Business. Em entrevista à publicação, Ara Stepanyan destacou que o FMI indicou ao Governo local que a diversificação económica “é um processo gradual que requer tempo e esforços concertados em várias frentes”. Além disso foi aconselhada a requalificação da mão-de-obra local. “No nosso diálogo com as autoridades, sublinhámos a importância de melhorar as competências e requalificar a mão-de-obra – incluindo através da atracção de talentos estrangeiros -, melhorar a regulamentação e melhorar a produtividade através da investigação e da inovação”, revelou. A pessoa que vai substituir em Macau Ara Stepanyan ainda não é conhecida.
Hoje Macau PolíticaPátio do Espinho | Vedação leva a pedido de intervenção do Governo Os moradores das proximidades do Pátio do Espinho estão contra a vedação de ferro de um terreno que estava abandonado, por considerarem que dificulta deslocações de residentes e turistas na zona. Em declarações ao jornal Ou Mun, os moradores levantaram dúvidas sobre a legalidade da vedação e deixaram o desejo que as autoridades possam acompanhar a situação. Segundo um aviso fixado na rede de ferro, com a data de 14 de Maio, o alegado proprietário colocou uma vedação seguindo dados da Conservatória do Registo Predial e da Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro. Além disso, antes da instalação da vedação, que só foi erigida ontem, foi colocado um aviso no local a pedir que todos os bens e construções fosse removidos até 23 de Maio.
Hoje Macau EventosHK | Inaugurado primeiro museu na Ásia dedicado a Cristiano Ronaldo O primeiro museu na Ásia dedicado a Cristiano Ronaldo foi inaugurado esta segunda-feira em Hong Kong, num espaço onde é possível acompanhar a carreira do futebolista internacional português, desde as origens, na Madeira, até à actual etapa, no Al-Nassr. O museu exibe as cinco edições da Bola de Ouro atribuídas a Cristiano Ronaldo, em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017, que premeiam o melhor jogador mundial do ano, bem como camisolas assinadas e chuteiras que foram utilizadas pelo avançado, de 40 anos, ao longo da extensa carreira. Uma réplica da casa onde viveu na infância, na Madeira, ilustra as origens humildes do atleta, cujo percurso profissional pode ser acompanhado através de conteúdo multimédia relativo às passagens por Sporting, Manchester United, Real Madrid e Juventus. “Não é apenas um museu, mas um destino cultural, que reflete a mentalidade de Cristiano e a sua mensagem de superação”, observou Tomás Froes, representante do escritório familiar do jogador, durante a conferência de imprensa de apresentação do museu.
Hoje Macau PolíticaSaúde | Fornecimento ilegal de material e aparelhos não será crime O fornecimento de material e aparelhos médicos sem respeitar a lei irá apenas representar uma infracção administrativa, em vez de constituir um ilícito penal. Esta foi uma das alterações de maior relevo ao longo da discussão na especialidade da lei de supervisão e administração de dispositivos médicos, que irá voltar ao hemiciclo para ser aprovada na especialidade. A deputada Ella Lei, que preside à comissão permanente que analisou a proposta de lei, anunciou ontem que os deputados que constituem a comissão já assinaram o parecer que irá dar andamento ao processo legislativo. Até agora, o fornecimento de material e aparelhos médicos não era regulado, nem alvo de supervisão, ficando apenas à mercê da gestão dos produtos importados. Estes materiais e aparelhos incluem desde os simples pensos rápidos, agulhas de acupunctura, a desfibriladores e respiradores. A lei irá também estabelecer quatro níveis de supervisão de acordo com o risco que pode representar para o paciente. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Ella Lei revelou ainda que a nova versão do conteúdo também classifica as condições profissionais essenciais para os cargos de director técnico de dispositivos médicos, bem como as regulações para a inscrição de dispositivos médicos em circulação durante o período de transição.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Privados recorrem menos ao crédito Entre Abril e Maio deste ano, os empréstimos dos bancos de Macau ao sector privado apresentaram uma redução de 1,4 por cento, em comparação com Abril, para 498,5 milhões de patacas. Os números foram revelados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Também os empréstimos da banca local para o exterior apresentaram uma redução, face a Abril, de 7,6 por cento, para 495,2 milhões de patacas. Como resultado, os empréstimos ao sector privado decresceram 4,6 por cento, em relação ao mês anterior, tendo atingido 993,7 mil milhões de patacas. Em termos da moeda dos empréstimos, 43,8 por cento eram em dólares de Hong Kong, 22,3 por cento em patacas, 21,8 por cento em dólares americanos, e 8,8 em renminbis. Depósitos | Registado crescimento em Maio Entre Abril e Maio, os depósitos dos residentes tiveram um crescimento de 1,3 por cento para 794,7 mil milhões de patacas, de acordo com os números relevados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Ao mesmo tempo, no espaço de um mês, os depósitos dos não residentes cresceram 0,4 por cento, para 351,0 mil milhões de patacas. Em Maio, os depósitos do sector público nos bancos também tiveram um crescimento, de 3,1 por cento para 216,1 mil milhões de patacas. O total dos depósitos nos bancos atingiu assim 1.361,7 mil milhões de patacas, um crescimento mensal de 1,4 por cento. Em termos da moeda dos depósitos, 47 por cento estavam em dólares de Hong Kong, 23,4 por cento em dólares americanos, 19,2 por cento em patacas e 8,2 em renminbis.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Índice de Preços desceu 1,4 por cento Entre Março e Maio de 2025, o índice global de preços da habitação registou uma redução de 1,4 por cento, em comparação com o período de Fevereiro a Abril, caindo para 200,7. O índice de preços de habitações foi divulgado ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), através de um comunicado. De acordo com a mesma fonte, o índice de preços de habitações construídas (218,3) caiu 1,4 por cento e o índice de habitações em construção (212,9) teve uma redução 0,8 por cento. No índice de preços de habitações construídas, o da Península de Macau (207,3) e o da Taipa e Coloane (262,0) desceram 0,9 por cento e 2,9 por cento, respectivamente, face ao período precedente. Em termos do ano de construção dos edifícios, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão dos 11 aos 20 anos de construção e o índice do escalão dos 6 aos 10 anos baixaram 2 por cento e 1,6 por cento. No período em análise, o índice global de preços da habitação decresceu 8,7 por cento, em comparação com o período de Março a Maio de 2024. Destaca-se que o índice de preços de habitações da Península de Macau (198,7) e o índice da Taipa e Coloane (208,7) diminuíram 8,5 por cento e 9,5 por cento, respectivamente.
Hoje Macau China / Ásia‘Power banks’| Romoss retira 500 mil baterias por risco de fogo e suspende operações A empresa chinesa Romoss anunciou a suspensão das operações durante seis meses, após retirar quase meio milhão de baterias portáteis (‘power banks’) do mercado, devido a vários casos de incêndio e consequente debilidade financeira. A tecnológica vai interromper a produção e colocar grande parte dos cerca de 690 trabalhadores em suspensão temporária de funções, durante a qual receberão apenas 80 por cento do salário mínimo, o equivalente a cerca de dois mil yuan mensais. Apenas um grupo reduzido de funcionários permanecerá a tempo inteiro, para gerir o processo de recolha das baterias afetadas. Em meados de Junho, a empresa anunciou a retirada de mais de 491 mil unidades de três modelos fabricados entre Junho de 2023 e Julho de 2024, justificando a decisão com a presença de “materiais separadores defeituosos” que poderiam causar incêndios em “condições extremas”, segundo o portal de notícias Shine. A decisão foi tomada após diversos incidentes em campus universitários de Pequim, que levaram pelo menos 20 instituições a proibir a utilização de produtos Romoss, na sequência de testes que revelaram temperaturas de carregamento até cinco vezes superiores à média do sector. O caso que gerou maior atenção pública ocorreu em março, quando um voo da companhia aérea Hong Kong Airlines teve de ser desviado após uma bateria portátil da marca se incendiar a bordo.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Pequim critica ameaças dos Estados Unidos a países alinhados com os BRICS A China criticou ontem a utilização de taxas alfandegárias como “instrumento de coerção e pressão”, após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ameaçado impor um imposto adicional de 10 por cento aos países que se alinhem com os BRICS. “A cooperação entre os países BRICS é aberta, inclusiva e não visa nenhum país em particular”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa. Mao sublinhou que a China “sempre se opôs a guerras comerciais e tarifárias”, acrescentando que a imposição “arbitrária” de tarifas “não beneficia nenhum país”. A porta-voz descreveu ainda o grupo BRICS como “uma força positiva na comunidade internacional”. No domingo, Trump escreveu na rede social Truth Social: “Qualquer país que se alinhe com as políticas antiamericanas dos BRICS deverá pagar uma tarifa adicional de 10%. Não haverá excepções a esta política.” O grupo BRICS, actualmente composto por onze países do chamado Sul Global e liderado por China e Rússia, realizou no domingo a sua 17.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo no Rio de Janeiro, sob forte dispositivo de segurança e com as ausências do Presidente chinês, Xi Jinping, e do homólogo russo, Vladimir Putin, que participou por videoconferência.
Hoje Macau China / ÁsiaBRICS | Li Qiang apela a reforma da governação global O Governo chinês quer que o grupo de países emergentes assuma a liderança das reformas globais face às mudanças sem precedentes em curso no cenário no cenário internacional O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, defendeu ontem que os países do bloco de economias emergentes BRICS devem assumir a liderança na reforma do sistema de governação global, e apelou à resolução pacífica de conflitos. As leis e a ordem internacionais enfrentam “sérios riscos” num cenário global marcado por “mudanças sem precedentes em mais de um século” e por uma crescente ineficácia das instituições multilaterais, afirmou Li, representante da China na 17.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo do grupo. Perante este contexto, o chefe do Governo chinês destacou o “valor contemporâneo” da visão de governação global proposta pelo Presidente chinês, Xi Jinping, ausente pela primeira vez de uma cimeira dos BRICS. “Perante conflitos e divergências crescentes, é necessário reforçar o diálogo com base na igualdade e no respeito mútuo. E face a interesses comuns profundamente entrelaçados, é preciso procurar contributos conjuntos através da solidariedade”, afirmou Li. O dirigente chinês apelou ao bloco de economias emergentes para que defenda a independência, demonstre sentido de responsabilidade e desempenhe um papel mais activo na construção de consensos internacionais, sublinhando a importância de agir “com base na moral e na justiça”. Papel principal Li considerou ainda que os países dos BRICS devem estar na “linha da frente da cooperação para o desenvolvimento”. O governante chinês anunciou a criação este ano de um centro de investigação China – BRICS, que será dedicado às “novas forças produtivas de qualidade”, bem como um programa de bolsas para atrair talento em sectores como a indústria e as telecomunicações. “É essencial que os nossos países promovam a inclusão, o intercâmbio e a aprendizagem mútua entre civilizações”, acrescentou. Li reiterou que a China está pronta para trabalhar com os restantes membros do grupo, no sentido de alcançar uma governação global mais justa, equitativa e eficiente. Domingo, o primeiro de dois dias da cimeira, marcada pelas ausências de Xi Jinping e do Presidente russo, Vladimir Putin, terminou com uma declaração de 126 pontos, abordando temas como a guerra comercial desencadeada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, a escalada de violência no Médio Oriente e a necessidade “urgente” de reformar as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
Hoje Macau EventosUPM | Feira do livro apresenta até domingo mais de dez mil publicações A Universidade Politécnica de Macau (UPM) acolhe, desde sexta-feira, o “Carnaval de Livros de Macau”, que já vai na 28ª edição. O evento apresenta mais de dez mil publicações de vários géneros literários e académicos em várias línguas, tendo como tema “Cultura do Leste Asiático – Diversidade do Mundo” Os amantes de livros podem desfrutar das inúmeras publicações que existem à venda em mais uma edição da feira do livro da Universidade Politécnica de Macau (UPM). A 28ª edição do Carnaval de Livros de Macau, que decorre até domingo, é organizada pela UPM, pela Associação para a Promoção da Leitura e da Escrita em Macau, Livraria Uma e Fundo de Desenvolvimento da Cultura do Governo da RAEM O evento tem este ano como tema “Cultura do Leste Asiático – Diversidade do Mundo” e reúne mais de dez mil publicações em chinês, inglês e português, provenientes de todo o mundo. Segundo um comunicado da UPM, realizam-se também “mais de trinta actividades, como lançamentos de livros, espectáculos musicais, palestras sobre património cultural imaterial e espectáculos de magia, entre outras”. A feira do livro da UPM será também motivo para a organização de “exposições de pintura, lançamentos de livros ou sessões de autógrafos, palestras sobre literatura e palestras sobre planeamento de vida”. Mescla de culturas Aquando da inauguração do evento, Chan Im Wai, presidente da Associação para a Promoção da Leitura e da Escrita em Macau, disse, citado por um comunicado da UPM, que este evento “começou com a intenção inicial e o sonho de organizar uma feira do livro para toda a cidade, na esperança de, através da exposição e venda de livros em chinês, inglês e português provenientes de todo o mundo, transformar o mercado do livro numa plataforma de intercâmbio, interacção e diálogo entre escritores e leitores de Macau”. Por sua vez, Vivian Lei, vice-reitora da UPM, disse que a instituição de ensino superior “tem desempenhado um papel activo no intercâmbio e cooperação, tendo a cultura chinesa como elemento principal e a coexistência de diversas culturas como uma característica”. Além disso, a UPM empenha-se na exploração da “profunda herança cultural e as características do património cultural de Macau, que resultam da influência das culturas ocidental e oriental”. “Através das publicações de livros sobre a história e a cultura da China e de Macau, bem como sobre a história e a cultura de Portugal, divulgamos e promovemos a excelente cultura tradicional chinesa entre os residentes de Macau, destacando o profundo intercâmbio e a influência mútua entre as culturas oriental e ocidental em Macau”, refere a vice-reitora da UPM.
Hoje Macau EventosFRC recebe a partir de hoje “Diligently”, uma mostra de Jane Ng Sok Chan A galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe a partir de hoje a mostra de arte de Jane Ng Sok Chan. A mostra “Diligently” reúne 20 pinturas a óleo, a acrílico, digitais e colagens da artista nascida e criada em Macau e conta com a curadoria da amiga de longa data Cinny Leong Sin Teng. Segundo um comunicado divulgado pela FRC, Ng Sok Chan personifica diversas identidades que se reflectem na sua pintura, como artista, professora e mãe. Através das suas pinceladas, “não só adquirimos uma perspectiva sobre a sua história de vida, como também desenvolvemos uma compreensão mais profunda da força e da resiliência das mulheres modernas”, revela a curadora e também professora, citada pela FRC. “Sou mãe, filha, professora e, acima de tudo, doméstica. Faço parte da classe trabalhadora, mas também sou pintora. Tal como muitas pessoas na sociedade, concilio vários papéis e identidades e esforço-me por gerir as responsabilidades que cada uma traz. O fardo pode ser avassalador e muitas vezes pergunto-me: porque é que as coisas não podem ser mais simples?”. É por isso que “para mim, pintar é um santuário”, revela a artista. Percurso de vida Formada em Desenho pela Universidade Normal de Xangai, em 2007, e com um Mestrado em Educação pela Universidade Normal do Sul da China, em 2013, Ng Sok Chan trabalha nas áreas da educação artística e da criação pictórica, tendo exposto o seu trabalho em todo o mundo. De 2016 a 2021, viveu nos Estados Unidos, onde participou em exposições conjuntas com associações de arte locais. Após regressar a Macau em 2021, fundou o NUMBER FIVE STUDIO, com foco nas pinturas a óleo, acrílico e aguarela. Os seus trabalhos foram também seleccionados para diversas exposições e concursos, incluindo a Exposição Anual de Artes Visuais de Macau, a Exposição de Investigação de Pinturas com Materiais Abrangentes de Guangdong e o Concurso Internacional de Ilustração Hiii, entre outros. A exposição, co-organizada pela FRC, a Associação de Arte Juvenil de Macau e a Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau, estará patente ao público até 19 de Julho, com entrada grátis.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Cerca de 4.000 birmaneses fogem para a Índia Cerca de 4.000 pessoas refugiaram-se no nordeste da Índia nos últimos quatro dias devido aos intensos combates que estão a acontecer em Myanmar (ex-Birmânia), declararam ontem as autoridades do estado indiano de Mizoram. “Cerca de 4.000 pessoas chegaram nos últimos quatro dias”, disse um polícia indiano, sob condição de anonimato, à agência de notícias France-Presse (AFP). Segundo esta fonte, os combates pelo controlo da região de Chin continuam entre grupos armados rivais. Estes mesmos movimentos rebeldes birmaneses são todos oponentes da junta militar que governa Myanmar. “A situação do outro lado da fronteira permanece tensa, por isso pedimos [aos refugiados] que não regressem ao local de onde vieram”, continuou o polícia. Estes refugiados atravessaram as densas florestas que fazem fronteira entre os dois países para fugir aos combates entre grupos armados rivais da etnia Chin, disse o ministro do Interior de Mizoram, Vanlalmawia [que usa apenas um nome], à AFP. “Muitos destes refugiados têm familiares na Índia, por isso estão em casa. Os outros estão a ser alojados em abrigos”, acrescentou Vanlalmawia. Antes deste fluxo, o estado de Mizoram já acolhia cerca de 30.000 refugiados de Myanmar, que está em guerra civil desde que os militares regressaram ao poder em 2021. A Índia, que tem tentado estreitar laços com as autoridades de Myanmar para conter a influência da China na região, nunca condenou explicitamente o golpe de Estado realizado pelos militares birmaneses em Fevereiro de 2021.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Retiradas 50 pessoas de ilhas após 1.500 sismos 15 dias As autoridades do Japão retiraram quase 50 residentes de um arquipélago no sudoeste do país, uma região que foi afetcada por mais de 1.500 sismos no espaço de cerca de duas semanas. Um total de 46 residentes das ilhas de Akuseki e Kodakara, no arquipélago de Tokara, apanharam um ‘ferry’ para Kagoshima no domingo, informaram as autoridades locais. Na quinta-feira, o Japão já tinha ordenado a evacuação de Akuseki, devido à vaga de sismos, alguns atingindo magnitudes de cerca de 5 na escala de Richter. No domingo, dois sismos de magnitude 4,9 e 5,5 atingiram a ilha de Akuseki pouco depois das 14:00, avançou a Agência Meteorológica do Japão. A agência alertou que podem ocorrer sismos de magnitude 6 na área. Apenas cerca de 20 pessoas permanecem em Akuseki e cerca de 40 em Kodakara, que decidiram não abandonar as suas casas porque, na maioria, têm animais. O número de sismos nestas ilhas ultrapassou os 1.500 desde 21 de Junho e, embora não tenha havido danos ou feridos significativos, os residentes confessaram ter medo e dificuldades em dormir. O arquipélago de Tokara, entre as ilhas Yakushima e Amami-Oshima, fica ao longo da Fossa de Ryukyu, onde a placa do mar das Filipinas mergulha sob a placa Euro-Asiática. Embora a área seja conhecida pela actividade sísmica, alguns especialistas observaram que a situação recente é invulgar, uma vez que os sismos na região geralmente diminuem após picos de cerca de dez dias.
Hoje Macau China / ÁsiaQuinze polícias filipinos detidos por desaparecimento de apostadores de lutas de galos Quinze polícias foram detidos e estão a ser investigados pela sua alegada responsabilidade nos raptos e possíveis assassinatos de pelo menos 34 pessoas envolvidas em lutas de galos, anunciou ontem o chefe da polícia filipina. Os desaparecidos foram acusados de fazerem batota naquelas competições – extremamente populares no país – e, segundo um testemunho, os seus corpos foram atirados para um lago de um vulcão com a cumplicidade da polícia. As vítimas desapareceram em 2021 e 2022, quando estavam a caminho ou a regressar de arenas de luta de galos espalhadas pela principal região de Luzon, no norte das Filipinas, incluindo na área metropolitana da capital Manila. Os desaparecimentos não resolvidos voltaram a chamar a atenção do público depois de uma testemunha-chave ter aparecido recentemente e acusado o seu antigo empregador, um magnata do jogo, de planear os assassinatos, mandando atirar os corpos para o Lago Taal, a sul de Manila, ou queimá-los noutro local. O chefe da polícia nacional, o general Nicolas Torre III, disse, numa conferência de imprensa realizada na semana passada, que uma testemunha-chave, sob o pseudónimo ‘Totoy’, forneceu detalhes cruciais. Segundo a testemunha, os aficcionados e trabalhadores das lutas de galos foram estrangulados e mutilados antes de serem atirados ao lago. Os investigadores policiais corroboraram os detalhes e as provas fornecidas pela testemunha, que serão utilizados em queixas criminais a apresentar pelo Departamento de Justiça contra os suspeitos, disse. Vida em risco A testemunha disse às estações de TV locais que decidiu manifestar-se porque o seu ex-empregador estaria alegadamente a ameaçar matá-lo. Segundo alegou, queria ajudar a aliviar a agonia das famílias das vítimas, que exigiam justiça pelos seus familiares desaparecidos. “Fiquei muito chocado”, admitiu Torre, adiantando que as alegações da testemunha – que está sob protecção policial – “fortaleceu a determinação de realmente resolver isto, porque o que aconteceu foi selvagem e inaceitável”. As queixas criminais serão apresentadas contra o influente empresário, proprietário de arenas de lutas de galos e outros negócios de jogo, mas também contra outros suspeitos, referiu o secretário de Justiça, Jesus Crispin Remulla. O empresário negou as acusações. Remulla disse que iria pedir ao Japão que ajudasse a fornecer tecnologia para auxiliar na busca de vestígios dos restos mortais das vítimas, que ainda possam ser recuperados do fundo do Lago Taal, apesar de já terem passado cerca de quatro anos. Passatempo cruel Embora proibida nos Estados Unidos e noutros países ocidentais, em grande parte devido às preocupações com a crueldade contra os animais, a luta de galos tem sido um passatempo popular e um desporto de apostas em muitas partes do sudeste Asiático, incluindo nas Filipinas, mas também na América Latina e em algumas partes da Europa. As arenas de luta de galos encontram-se em destaque em cidades rurais remotas e grandes cidades das Filipinas e atraem um grande número de aficcionados para uma indústria que se tornou uma parte vibrante da cultura local e um negócio que gera milhões em receitas estatais e proporciona milhares de empregos. O jogo envolve colocar dois galos — com arpões afiados ou lâminas de aço presas às patas — numa batalha, muitas vezes até à morte, no meio do rugido da multidão. Os aficcionados e trabalhadores desaparecidos das lutas de galos foram acusados de fazer batota ao tomarem medidas discretas para enfraquecer um galo ou diminuir as suas hipóteses de vitória, incluindo magoá-lo ligeiramente e depois apostar no outro galo.
Hoje Macau China / ÁsiaDalai-lama | Índia mantém-se à margem de sucessão O Governo indiano assegurou sexta-feira que irá manter-se à margem da escolha do sucessor do Dalai-lama, contrastando com a China que rejeita o processo e considera o líder espiritual tibetano um separatista da região anexada. Num comunicado sobre o plano de sucessão do Dalai-lama, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo de Narendra Modi afirma que não tomará “qualquer posição” em questões de fé. “O Governo da Índia não toma qualquer posição ou pronunciamento sobre questões relacionadas com crenças e práticas de fé e religião”, disse o porta-voz do Ministério, Randhir Jaiswal, em resposta a perguntas dos meios de comunicação social sobre o recente anúncio do líder espiritual tibetano. O país “sempre defendeu a liberdade religiosa para todos na Índia e continuará a fazê-lo”, sublinhou. Na quinta-feira, o ministro indiano dos Assuntos das Minorias, Kiren Rijiju, afirmou aos meios de comunicação locais que a decisão caberia exclusivamente ao líder budista. “Todos aqueles que seguem o Dalai-lama acreditam que a reencarnação deve ser decidida de acordo com as convenções estabelecidas e os desejos do próprio Dalai-lama. Mais ninguém tem o direito de decidir, excepto ele e as convenções vigentes”, afirmou Rijiju. A China reiterou na quarta-feira que o sucessor do Dalai-lama deverá ser “aprovado pelo Governo central”. “A reencarnação de figuras budistas de grande relevo, como o Dalai-lama e o Panchen Lama, deve ser determinada por sorteio através da Urna Dourada e posteriormente aprovada pelo Governo central”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão pronto para todos os cenários em matéria de tarifas O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, afirmou este domingo que o país está pronto a “manter-se firme” e está preparado para todos os cenários tarifários possíveis, que possam resultar das negociações comerciais com os Estados Unidos. Em declarações no programa “Sunday News, The Prime” do canal japonês de televisão Fuji TV, o governante sublinhou a determinação de Tóquio na negociação da aplicação de direitos aduaneiros nulos – tarifa zero – no sector da indústria automóvel. Shigeru Ishiba recordou ainda que o Japão é o maior investidor directo estrangeiro nos Estados Unidos e o maior criador de emprego na maior economia do mundo. O principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, anunciou este sábado que manteve duas reuniões telefónicas com o secretário de Estado do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, para discutir os direitos aduaneiros, numa altura em que se aproxima o prazo de 09 de Julho para imposição do aumento das taxas por Washington. Akazawa e Lutnick falaram durante 45 minutos na quinta-feira e durante cerca de uma hora no sábado, reafirmaram as respectivas posições sobre os direitos aduaneiros dos Estados Unidos e “procederam a uma troca de pontos de vista aprofundada”, de acordo com um comunicado do secretariado do Governo japonês. As partes continuarão a coordenar-se, acrescenta no comunicado. Cartas escritas Os telefonemas decorreram numa altura em que uma taxa geral de 10 por cento sobre as vendas do Japão para os Estados Unidos deverá voltar a 24 por cento em 09 de Julho, caso o acordo tarifário não seja fechado. O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na sexta-feira que assinou 12 cartas, que serão enviadas já esta segunda-feira, para informar os parceiros comerciais das novas taxas alfandegárias dos Estados Unidos sobre as respectivas exportações para os EUA, que começarão a ser aplicadas no próximo dia 01 de Agosto. Trump não especificou quais os países que receberão as cartas. Para além das tarifas mais amplas, tal como acontece com outros países, o Japão também está sujeito a uma taxa de 25 por cento sobre a importação de automóveis e componentes automóvel pelos EUA e a uma tarifa de 50 por cento sobre o aço e o alumínio.
Hoje Macau Eventos“Arte Macau” traz Picasso, IA e história em exposições nos próximos meses Picasso, arte digital e interactiva, ou Bruno Moinard. São nomes e conceitos presentes nas várias exposições que as operadoras de jogo apresentam nos próximos meses e que se integram no cartaz da “Arte Macau – Bienal Internacional de Arte de Macau, na categoria “Exposições Especiais”. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), principal entidade promotora do evento, as mostras desta edição da bienal podem “ser consideradas exposições artísticas tipo caleidoscópio, pois abrangem desde o iluminismo da modernidade das gravuras de Picasso, da arte interactiva do fogo de artifício digital de Cai Guo-Qiang e do seu artista de inteligência artificial cAI™ até à interpretação poética espacial das artes decorativas francesas de Bruno Moinard”. Não faltam também “as instalações de luz e sombra dos Haas Brothers, que selam memórias industriais, as rapsódias estéticas de dopamina de Craig & Karl e de vários artistas contemporâneos que fundem as suas ideias artísticas com o adorado ‘Sesame Street’, e a odisseia digital dos fornos de Jingdezhen em projecções 4K”. A Galaxy apresenta “Na cabeça de Bruno Moinard”, que promete transportar o público para a “estética requintada e única de Bruno Moinard, prestigiado designer de interiores francês”. Nesta exposição, patente no Hotel Capella do Galaxy Macau, podem ver-se “300 pinturas, manuscritos, esboços e conceitos” que revelam “a inspiração artística que está por detrás dos espaços mais luxuosos do mundo”. A Melco apresenta “The Haas Brothers: Clair de Lune”, sendo inspirada nas “‘Moontowers’ que restam da casa de infância dos artistas, em Austin”. Segundo o IC, “neste conjunto de obras a luz da lua é transformada num meio imersivo, guiando os espectadores para o habitat natural do seu bairro de infância, onde podem experimentar a poesia da coexistência harmoniosa do tempo e do espaço em instalações de luz e sombra”. Olhares e fantasias Segue-se, da parte da MGM, a exposição de inteligência artificial “cAI™ Lab 2.0 – É o Teu Olhar que Encontra o Meu, ou o Meu que Procura o Teu?”, apresentada no espaço “Fantaxy Box”, no MGM Macau. Trata-se de uma mostra feita pelo artista de inteligência artificial cAI™, desenvolvido pelo artista chinês contemporâneo de renome internacional Cai Guo-Qiang desde 2017. cAI™ “envolve o público num diálogo em tempo real, gerando um espectáculo pirotécnico digital único e organicamente evolutivo, renovando a experiência percetiva e a imaginação artística num laboratório de arte multidimensional”. Já a Sands apresenta “Dopamina: Fonte de Felicidade”, que reúne “nove prestigiados artistas contemporâneos da Ásia, da Europa e da América” no Venetian Macau, enquanto a SJM Resorts traz “Picasso: Beleza e Drama”, com a “estreia mundial de 143 peças de colecção da Museo Casa Natal Picasso, em Málaga, Espanha”. “Através de gravuras, cerâmicas e ilustrações a transformação do génio é traçada desde a sua infância, o que revela também o profundo apego do artista às suas raízes em Málaga, bem como a influência profunda do seu núcleo artístico pelos genes andaluzes”, destaca o IC. Por sua vez, a Wynn apresenta na “Arte Macau” a mostra “Olá, China; Olá, Macau: – A Odisseia da Porcelana de Jingdezhen: Uma Viagem Patrimonial de Macau para o Mundo”, sendo esta a “primeira exposição de arte imersiva em grande escala do mundo que apresenta porcelanas de Jungdezhen”. Esta iniciativa é feita em parceria “com a conceituada artista plástica e mestre artesã chinesa, Sonoe Chang”. “A exposição recria Macau como um nexo importante da Rota Marítima da Seda, revelando a história e o significado histórico do território na globalização da porcelana chinesa, narrando o papel histórico de Jingdezhen como líder mundial em técnicas de cerâmica”, é referido pelo IC.
Hoje Macau EventosSomos! | Teatro português de Lisboa para Macau com “Júlio César” “Júlio César”, é a peça de teatro da Companhia do Chapitô, sediada em Lisboa, escolhida para vir até Macau em Setembro. Destaque também para a realização de oficinas de Teatro Físico e Visual em ligação com a comunidade, numa iniciativa da Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa Setembro marca a chegada de um importante grupo português ligado às artes circenses e que desde há muitos anos que desenvolve projectos de conexão comunitária em Lisboa, recebendo alunos e todas as pessoas interessadas na sua oferta cultural. Este grupo é a Companhia do Chapitô, que graças à iniciativa da Somos! – ACLP (Associação de Comunicação em Língua Portuguesa), traz a Macau, entre os dias 20 e 23 de Setembro, a peça “Júlio César” e a realização de oficinas de Teatro Físico e Visual, abertas a participantes com ou sem experiência no teatro. A peça “Júlio César” sobe ao palco da Black Box I do Centro Cultural de Macau, no dia 20 de Setembro, às 20h. Trata-se da 39.ª criação colectiva da companhia, sendo que o Chapitô se inspirou, segundo uma nota da Somos! – ACLP, “na vida e nos eventos históricos em torno de Júlio César, explorando a comédia como linguagem para reinventar a história”. Júlio César foi um general Romano e um homem de estado. Membro do primeiro Triunvirato, liderou os exércitos Romanos na conquista da Gália, antes de derrotar o seu rival político Pompeu em contexto de guerra civil. Autoproclama-se depois Ditador Perpétuo de Roma, cargo que não ocupou por muito tempo, assassinado por um grupo de senadores que o consideraram uma ameaça à República. “Inspirados no imaginário popular das representações de Roma e da figura notável que foi Júlio César, explorando inconsistências históricas e tomando liberdades no tratamento de factos documentados – com o desrigor que já caracteriza a Companhia do Chapitô – eis a desconsagração de outro monstro histórico, Júlio César”, destaca a nota da Somos! – ACLP sobre o espectáculo. “Se era ele um tirano que merecia morrer ou um herói brutalmente assassinado por conspiradores, venha o Diabo e escolha. Aqui não há heróis nem vilões, há circunstâncias e gente ardilosa que faz pela vida. Também há gente menos ardilosa que faz o que lhes mandam. E gente virtuosa que faz o que tem de ser feito. Arrasamos todos por igual”, lê-se ainda. Teatro físico No Chapitô, projecto liderado por Maria Teresa Ricou, são “fiéis ao estilo de teatro físico”, onde “os actores utilizam o corpo, o movimento e a gestualidade para criar personagens e transmitir emoções de forma universal, permitindo uma experiência acessível a diferentes públicos”. Em Macau, e no final de “Júlio César”, a Companhia do Chapitô irá proporcionar sessões de conversa e debate, “promovendo o intercâmbio cultural directo entre os artistas e a audiência levando, assim, a uma troca de ideias e reflexões sobre a experiência teatral presenciada”. A peça será apresentada em português e legendada em chinês com duração aproximada de 90 minutos sem intervalo. Os bilhetes têm valor de 200 MOP e já podem ser adquiridos através da Macauticket. Para aprender Nos dias 21, 22 e 23 de Setembro a equipa do Chapitô apresenta, na Casa Garden, as Oficinas de Teatro Físico e Visual, que têm como objectivo “explorar técnicas de improvisação, criação de personagens e comunicação não verbal, utilizando o corpo como ferramenta central para a expressão artística e narrativa”. Há nestas sessões uma divisão em três temas – Corpo, Espaço e Improvisação; Personagens e Arquétipos Gestuais; e Jogo Dramático e Improvisação Criativa, sendo as sessões conduzidas pelos formadores Jorge Cruz, Pedro Diogo e Susana Nunes. As oficinas são ministradas em inglês com tradução para chinês e com lotação máxima de 20 participantes. Fundada em 1996, a Companhia do Chapitô é reconhecida pelo seu trabalho multidisciplinar, baseado no teatro físico e na comunicação através do gesto e da imagem. Ainda segundo a Somos! – ACLP, a realização do espectáculo “Júlio César” e das oficinas de Teatro Físico e Visual, em Macau, “os participantes têm a oportunidade de explorar as possibilidades de interacção e fusão entre diferentes formas de expressão artística”, revelando-se ao público de Macau “as metodologias e a visão artística da Companhia do Chapitô”. Desta forma, entende a associação, “essa experiência pode inspirar novas abordagens e ideias de intercâmbio cultural”.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Petrobras procura investimento chinês A Presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou que petrolífera brasileira está à procura de investimento chinês para ajudar a melhorar o seu transporte marítimo e infraestruturas. Um memorando de entendimento assinado este sábado junta no mesmo desígnio as empresas chinesas Cosco, Offshore Oil Engineering Co, China State Shipbuilding Co e a China International Marine Containers Ltd., assim como as empresas brasileiras EBR, Rio Grande, Mauá, Enseada e Atlântico Sul. A estatal Petróleo Brasileiro SA e sua subsidiária de logística Transpetro servirão como âncoras para potenciais parcerias tecnológicas e comerciais. “Gostaríamos que os chineses fossem parceiros em estaleiros aqui”, disse Chambriard num evento com executivos brasileiros e chineses realizado no Rio de Janeiro. “Esperamos a injecção de capital chinês”. Para além da construção de cinco plataformas flutuantes de produção, armazenamento e descarga, que será contratada até 2030, a Petrobras e a Transpetro pretendem encomendar 52 novas embarcações até 2026. O Governo federal brasileiro quer que parte do programa de renovação da frota, no valor de 29 mil milhões de reais (4,54 mil milhões de euros), seja investida nos estaleiros locais, indo ao encontro dos planos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para impulsionar a indústria transformadora. A indústria de construção naval do Brasil tem enfrentado dificuldades desde a eclosão em 2014 do escândalo de corrupção conhecido como Lava-Jato, que envolveu a Petrobras. No ano passado, a empresa petrolífera retomou as encomendas aos estaleiros navais brasileiros, interrompidas desde 2016.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | Cabo Verde quer “mais e melhor” investimento chinês O ministro cabo-verdiano Paulo Rocha afirmou que o país quer dar seguimento às boas relações entre os dois países que já se faz sentir sobretudo ao nível das PME e fazer crescer o nível das parcerias O ministro da Administração Interna de Cabo Verde disse sexta-feira à Lusa que Cabo Verde quer atrair investimento da China, que descreveu como “um dos principais parceiros” no desenvolvimento do país desde a independência. “Nós, neste momento, já temos uma comunidade chinesa em Cabo Verde, essencialmente de pequenos e médios empresários”, afirmou Paulo Rocha em entrevista à Lusa. O ministro disse que o próximo alvo é “atrair mais e melhor investimento [chinês] em diferentes sectores”, para diversificar a economia de Cabo Verde, muito dependente do turismo. O mar é uma prioridade e o Governo “procura parcerias” para implementar a Zona Económica Especial Marítima de São Vicente, cujo estudo foi feito com o apoio da China, recordou Rocha, durante uma passagem por Macau. Também em Macau, em Março, o presidente da agência cabo-verdiana para o investimento externo, José Almada Dias, desafiou a empresa estatal chinesa Shaanxi Construction a aproveitar os 20 mil hectares que o país colocou ao serviço do turismo. Paulo Rocha disse que seria “perfeitamente realista” a Cabo Verde querer atrair turistas da China e de outros países asiáticos, sublinhando a presença forte de visitantes chineses na Europa e “ainda mais longe”. “Continuamos a fomentar investimentos neste domínio, crescem o número de hotéis em construção, o número de resorts, particularmente nas duas ilhas mais turísticas, do Sal e da Boavista”, disse o ministro. Rocha defendeu que a China é, “, sem dúvida, um parceiro confiável” de Cabo Verde e que tem sido “essencial no processo de desenvolvimento em diferentes setores” ao longo dos 50 anos de independência. Obras e mais obras Cabo Verde beneficiou de múltiplos perdões de dívida por parte da China – nomeadamente cerca de 1,18 milhões de euros em 2007 e mais 1,39 milhões de euros em 2016. Nas últimas décadas, a China consolidou a sua presença em Cabo Verde através de investimentos em obras públicas, incluindo o Estádio Nacional e a nova sede da Assembleia Nacional. “Já nos próximos meses, iremos inaugurar uma importante maternidade na ilha de São Vicente, feita com o apoio do Governo da China, estruturante” para toda a região do Barlavento”, defendeu o ministro. A cooperação estende-se à área da educação, com mais de uma dezena de bolsas atribuídas anualmente pelo Governo chinês. Desde 2010, centenas de estudantes cabo-verdianos frequentaram instituições de ensino superior na China. Alguns acabaram por ficar por terras chinesas, incluindo em Macau, e tornaram-se “verdadeiros diplomatas do (…) país, além daquilo que é a diplomacia oficial”, elogiou Rocha. A diáspora cabo-verdiana é uma enorme reserva “em termos de capital humano” e que “contribui muito mais do que com as remessas, [ao] investir no sector produtivo do país”, acrescentou o ministro.