Hoje Macau Manchete SociedadeDesemprego | Taxa entre os residentes mais baixa desde a pandemia Com o fim da política de zero casos de covid-19 e das várias restrições de circulação, que isolaram Macau e o Interior da China do resto do mundo, a economia começa a recuperar e o desemprego a mostrar sinais animadores A taxa de desemprego entre os residentes caiu para 3,5 por cento no segundo trimestre de 2023, o valor mais baixo desde o início da pandemia de covid-19, foi anunciado sexta-feira. De acordo com dados oficiais divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a taxa de desemprego entre os residentes diminuiu 0,4 pontos percentuais em comparação com o primeiro trimestre deste ano. O desemprego entre a população em geral de Macau caiu 0,3 pontos percentuais para 2,8 por cento, a taxa mais baixa desde o final de 2020, ano durante o qual as empresas despediram quase 18.900 trabalhadores sem estatuto de residente. Apesar da queda do desemprego, a taxa de actividade da população caiu para 67,7 por cento, o valor mais baixo desde 2007, numa cidade que está em acelerado processo de envelhecimento, sobretudo devido a uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo. No período entre Abril e Junho, estavam registados em Macau cerca de 10.400 desempregados, menos 100 do que no período entre Março e Maio, segundo os dados oficiais da DSEC. Entre os desempregados, a maioria tinha sido despedida ou da construção civil ou do jogo, o sector dominante da economia de Macau e o mais atingido pela crise económica provocada pela pandemia. No início de 2020, a indústria do jogo no território atingiu um máximo histórico de 87.500 funcionários. Em três anos de pandemia, um em cada quatro trabalhadores (24,1 por cento) do sector perdeu o emprego. Dores da pandemia As receitas dos casinos de Macau atingiram 80,1 mil milhões de patacas na primeira metade de 2023, mais 201,5 por cento em comparação com igual período do ano passado, mas menos 46,4 por cento do que no mesmo período de 2019. Macau, que à semelhança da China continental seguia a política ‘zero covid’, anunciou, em Dezembro do ano passado, o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos das rigorosas restrições. Com o alívio das medidas, a cidade registou na primeira metade deste ano 11,6 milhões de turistas, três vezes mais do que no mesmo período de 2022. Em Julho, o Centro de Estudos e o Departamento de Economia da Universidade de Macau previram que a taxa de desemprego vai cair para 2,6 por cento e que o salário mediano vai subir 9,6 por cento até ao final de 2023. Governo diz que vagas em feiras correspondem à procura Dados da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) revelam existirem actualmente 7.400 vagas de emprego disponíveis nas feiras de emprego organizadas pelo Governo, envolvendo 250 tipos de trabalho, sendo estas “suficientes para responder à procura”. Além disso, nos primeiros sete meses do ano foi dado apoio a 7.527 pessoas no acesso ao emprego, número “superior ao total de pessoas colocadas pela DSAL em todo o ano passado (6.288 pessoas), correspondendo a cerca de 2,6 por cento da população activa residente”, aponta a DSAL em comunicado. Os números avançados pela DSAL baseiam-se nos dados do inquérito ao emprego realizado entre Março e Maio deste ano. A DSAL tem realizado, juntamente com a Federação das Associações dos Operários de Macau, sessões de emparelhamento para residentes que não conseguiram ainda encontrar trabalho. Este ano já se realizaram 91 sessões para empregos específicos e 30 sessões de emparelhamento de emprego para empresas de lazer, sendo que, até ao momento.
Hoje Macau PolíticaHabitação intermédia | Deputados pedem revelação de preços Os deputados Leong Sun Iok e Song Pek Kei defendem que o Governo deve divulgar os preços da habitação intermédia antes de lançar concurso. Ao Jornal do Cidadão, os dois deputados sublinharam que os residentes precisam de ter capacidade para avaliar o esforço de endividamento, na altura de decidirem a compra de uma habitação. Este tipo de habitação, também conhecida como habitação para a classe sanduíche, foi pensada para a população que tem rendimentos superiores aos que permitem comprar habitação económica, mas que ainda assim não consegue comprar casa no mercado privado. Na perspectiva de Leong Sun Iok, deputado dos Operários, é difícil haver qualquer referência no passado ao preço da habitação intermédia, porque este tipo de habitação pública apenas foi criado agora. Leong Sun Iok alertou ainda que se os residentes tiveram dificuldades em avaliar o seu poder de compra, podem cancelar as candidaturas, mesmo depois de serem escolhidos para a compra, o que é um desperdício de recursos administrativos. Por seu turno, a deputada Song Pek Kei também pediu esclarecimentos sobre os preços, porque o Governo ainda não divulgou os critérios específicos que vão ser utilizadas para definir os preços.
Hoje Macau PolíticaFunção Pública | Mais de dois terços chumbam nos testes Cerca de 70 por cento dos candidatos que realizaram o último teste de avaliação de competências integradas no nível de licenciatura chumbou. O número foi revelado na sexta-feira, pela Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública. Os testes fazem parte da triagem necessária para quem pretende ingressar nos quadros da Administração Pública. Segundo os dados disponibilizados, foram admitidos 17.261 candidatos e mais de 80 por cento compareceram no exame, ou seja mais de 13.808 candidatos. Entre estes cerca de 9.440 tiveram uma classificação inferior a 50 por cento. No pólo oposto, a taxa de candidatos aprovados foi de cerca de 30 por cento, isto é 4.369 candidatos. O prazo de validade dos resultados do presente concurso é de cinco anos. Os candidatos que ficaram aptos e que preencham os requisitos legais, podem, até dia 27 de Julho de 2028, inscrever-se nos concursos de avaliação de competências profissionais ou funcionais para as carreiras de técnico superior, médico veterinário, meteorologista, intérprete-tradutor e letrado. Além disso, podem participar nos concursos de avaliação de competências profissionais ou funcionais para outras carreiras, como por exemplo, de técnico ou adjunto-técnico. Segundo os SAFP, os candidatos não admitidos têm uma nova oportunidade em Outubro deste ano, altura em que está prevista a realização de um novo concurso referente a habilitações académicas de licenciatura. A abertura do concurso será revelada através do Boletim Oficial.
Hoje Macau China / ÁsiaRádio pública de Hong Kong suspende programa dedicado aos direitos LGBTQ+ Um programa dedicado à igualdade de direitos para as pessoas LGBTQ+, transmitido durante 17 anos pela rádio pública de Hong Kong, terminou hoje com a direção a citar “uma mudança de programação” como a razão para a sua retirada. O programa “Somos Uma Só Família” era transmitido desde 2006 pela RTHK (Radio Television Hong Kong, financiada pelo governo. Um dos apresentadores do programa, Brian Leung, disse à AFP que estava “psicologicamente preparado” para a retirada do programa, mas sublinhou que não tinha recebido uma explicação satisfatória numa reunião com a direção da RTHK no início de julho. “Para uma plataforma tradicional como a RTHK, este programa era mais ou menos como andar na corda bamba”, disse Brian Leung, numa entrevista algumas horas antes da emissão final. Misturando debates, notícias e entrevistas com convidados, o programa, que passava durante duas horas todos os domingos à meia-noite, era uma das poucas plataformas de defesa dos direitos dos homossexuais em Hong Kong. Um episódio sobre o ´bullying´ entre adolescentes em escolas secundárias ganhou um Prémio para os Direitos Humanos na Imprensa em 2010, enquanto outros episódios incluíram debates sobre a cultura ´drag´ e a discriminação contra pessoas transgénero. A RTHK disse à AFP que muda de programação regularmente, e não comenta questões editoriais internas. De acordo com uma sondagem realizada em 2023, 60% dos habitantes de Hong Kong, região administrativa especial chinesa vizinha de Macau, são a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, contra 38% uma década antes.
Hoje Macau China / ÁsiaLucros das principais empresas chinesas caem 16,8% no primeiro semestre Os lucros das principais empresas industriais da China contraíram 16,8 por cento, em termos homólogos, no primeiro semestre do ano, para 3,39 mil milhões de yuans, indicam dados oficiais divulgados ontem. Este índice registou, no entanto, uma queda ainda maior, de 18,8 por cento, se for contabilizada apenas a média relativa aos primeiros cinco meses de 2023, já que o declínio dos lucros foi menos acentuado em Junho. No mês passado, os lucros das principais empresas industriais da China caíram 8,3 por cento, em termos homólogos, de acordo com os dados publicados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês. “Face à contínua recuperação da economia este ano e ao efeito de várias políticas, a produção industrial registou uma constante recuperação e os lucros das empresas têm melhorado”, disse um analista do GNE Sun Xiao, em comunicado. Na elaboração desta estatística, o gabinete apenas teve em conta as empresas industriais com um volume de negócios anual superior a 20 milhões de yuan (2,5 milhões de euros). A recuperação da economia perdeu força no segundo trimestre do ano, face à queda das vendas no sector imobiliário, contracção das exportações e enfraquecimento do consumo interno. A débil procura resultou na estagnação da inflação, enquanto a queda dos preços ao produtor acelerou. Ajuda a caminho Esta semana, o Partido Comunista Chinês (PCC) sinalizou mais apoio ao sector imobiliário e comprometeu-se a impulsionar o consumo e resolver o excesso de endividamento dos governos locais. Durante um encontro conduzido pelo secretário-geral do PCC e Presidente do país, Xi Jinping, o Politburo do Partido reconheceu “dificuldades no actual funcionamento” da economia. Na semana passada, as autoridades chinesas anunciaram que o produto interno bruto (PIB) registou um crescimento homólogo de 6,3 por cento, no segundo trimestre do ano, aquém das expectativas dos analistas, já que o efeito base de comparação, após um ano de bloqueios rigorosos, fazia prever uma taxa superior. Face ao primeiro trimestre do ano, a economia cresceu apenas 0,8 por cento, sugerindo um abrandamento na recuperação, depois de Pequim ter abolido a política ‘zero covid’, em vigor durante a pandemia.
Hoje Macau EventosMuseu do Azulejo | Apresentada mostra “Reflexos do Oriente” Uma exposição que junta, em diálogo, peças da Colecção Francisco Freire e Jin Ying e cerâmicas da designer Rita Filipe foi inaugurada ontem no Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa. A mostra “Reflexos do Oriente. Chá – Cerâmicas do passado e do presente” vai apresentar peças da dinastia Song daquela colecção, em diálogo com objectos cerâmicos da designer Rita Filipe. Na base do projecto está o ensino da preparação e modo correcto de beber chá, segundo um comunicado do museu sobre a nova exposição. Para preparar e beber chá de forma correcta “é necessário apreciar e manusear os objectos que participam da sua confecção, sendo fundamental conhecer aquela que é considerada globalmente a expressão principal da arte cerâmica, a porcelana da Dinastia Song (960-1279)”, indica o texto. Estes objectos, “criados num contexto sociocultural que buscava integrar o Belo no quotidiano, conceito até então sem precedentes na cultura chinesa, levou a que estas porcelanas ocupassem, progressivamente, o espaço de materiais mais dispendiosos e associados ao luxo e à opulência, como o ouro, a prata ou o jade”, é descrito. Nas peças da Colecção Francisco Freire e Jin Ying, agora expostas, “essa fusão de funcionalidade com o Belo, sem adornos supérfluos, simultaneamente clássica e contemporânea, inspirada na Natureza, é, por isso, intemporal”. As peças estabelecem também um diálogo com objectos da designer Rita Filipe, que procura recuperar formas e técnicas da produção tradicional, relacionando o passado e o presente. A exposição “Reflexos do Oriente. Chá – cerâmicas do passado e do presente” ficará patente desde ontem e poderá ser visitada até 15 de Setembro.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Esperada “subida robusta” do PIB este ano O Produto Interno Bruto (PIB) de Macau deverá registar uma “subida robusta” este ano, sendo que, no primeiro trimestre, cresceu 38,8 por cento. É o que revelam os dados divulgados ontem pela Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM). Na mais recente revisão sobre o panorama económico do território, a AMCM aponta que a economia “está a ganhar dinamismo devido à forte recuperação da procura externa”, tendência que se deverá manter nos próximos seis meses. Espera-se que essa procura se deva à “recuperação económica das regiões vizinhas”, o que pode levar a uma grande procura pelo turismo. Por sua vez, a AMCM espera que a inflação continue a aumentar este ano, embora o mercado de trabalho venha a registar melhorias graduais. A previsão da AMCM aponta para uma maior procura por mão-de-obra em conjunto com a recuperação gradual da economia.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Macau volta a registar mais de um milhão de hóspedes Os hotéis receberam 1,14 milhões de hóspedes em Junho, confirmando a tendência de crescimento desde que foram levantadas, no início do ano, as medidas antipandémicas, segundo dados oficiais divulgados ontem. Em Junho foram contabilizados 1.142.000 hóspedes nos 43 mil quartos disponíveis dos 131 hotéis, registando um crescimento de 168,3 por cento, em termos anuais, informou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Desde o levantamento das medidas de covid zero, Macau já tinha ultrapassado um milhão de hóspedes nas unidades hoteleiras em Abril (1.101.000) e Maio (1.104.000). Em Junho de 2019, o último ano antes da pandemia, Macau acolheu 1.119.000 hóspedes, com a taxa de ocupação média hoteleira a fixar-se nos 89,5 por cento, contra os 84,3 por cento de Junho deste ano. No primeiro semestre de 2023, foram registados 6.049.000 hóspedes e a taxa de ocupação média hoteleira fixou-se em 78 por cento, informou ainda a DSEC.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Secretário brasileiro da inovação em visita Guilherme Coutinho Calheiros, secretário do Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Governo brasileiro visitou na quarta-feira o Fórum Macau para afinar estratégias de reforço de cooperação. Segundo um comunicado do Fórum Macau, Ji Xianzheng, secretário-geral do secretariado permanente do organismo, disse que o Fórum “é um mecanismo de cooperação multilateral que visa complementar a cooperação bilateral entre a China e o Brasil em diversas áreas, pelo que espera uma maior representatividade por parte brasileira neste mecanismo”. Por sua vez, Guilherme Coutinho Calheiros referiu que as autoridades brasileiras “defendem a importância do Fórum Macau e comprometem-se a apoiar os trabalhos desenvolvidos pelo secretariado permanente”. O responsável disse ainda que a sua visita a Macau visa “conhecer melhor o papel de Macau enquanto plataforma sino-lusófona”, bem como “reforçar a cooperação e o intercâmbio com a RAEM”. Pretende-se que a aposta na cooperação incida sobre as áreas do comércio, investimento, ciência, inovação tecnológica e trocas comerciais.
Hoje Macau PolíticaHengqin | Indústria das exposições elogia apoios ao sector A Associação dos Sectores de Convenções, Exposições e Turismo de Macau elogiou os recentes apoio financeiros disponibilizados pelas autoridades de Hengqin, para o desenvolvimento da indústria. Citado pelo jornal Ou Mun, o presidente da associação, He Haiming, considera que o subsídio de 2 milhões de renminbis para a realização de eventos em Macau e Hengqin, assim como o apoio de 800 mil renminbis para as empresas que abram representações na Zona de Cooperação Aprofundada correspondem às necessidades das operadoras nesta área. He apontou também que este tipo de apoio incentiva a diversificação da economia de Macau, no âmbito da política 1+4, em que o jogo financia o desenvolvimento de outros quatro sectores, entre eles as convenções e exposições. No entanto, face à falta de espaços para exposições na Ilha da Montanha, He Haiming deixou o desejo que o Centro de Convenções de Shizimen, em Hengqin, possa ser melhor aproveitado. O dirigente associativo apontou também que o Centro de Convenções de Shizimen pode beneficiar de um novo impulso, devido à inauguração do túnel que faz a ligação com o Centro de Convenções e Exposições de Zhuhai, uma das infra-estruturas mais populares do outro lado da fronteira.
Hoje Macau China / ÁsiaSeis mortos nas Filipinas à passagem do tufão Doksuri a perder força a caminho do sudeste da China Pelo menos seis pessoas morreram nas Filipinas, na sequência da passagem do tufão Doksuri, que se dirige para o sudeste chinês e está a perder intensidade, indicam dados oficiais divulgados hoje. Ventos violentos e chuvas torrenciais atingiram as pouco povoadas ilhas Babuyan e as províncias do norte do país, provocando inundações e aluimentos de terras. Uma mãe e três filhos morreram, na quarta-feira, num aluimento de terras, que atingiu a casa que habitavam em Buguias, na província montanhosa de Benguet, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o responsável local pela gestão de catástrofes, Satur Payangdo. Cinco pessoas que também se encontravam na mesma casa foram resgatadas. Em Ramon, na província de Isabela, uma vendedora de pão morreu na sequência da queda de um coqueiro, referiu à AFP a responsável provincial pela gestão de catástrofes, Constante Foroda. Também um jovem de 16 anos morreu em casa, quando esta foi arrastada por um aluimento de terras em Baguio, nas montanhas do norte das Filipinas, referiu à AFP um funcionário local. Classificado como um super tufão, quando atravessou o oceano Pacífico, na terça-feira, o Doksuri perdeu a força ao aproximar-se das Filipinas. As previsões apontam para que a tempestade continue a perder intensidade antes de atingir o sudeste da China, na sexta-feira. O tufão estava “a afastar-se lentamente da ilha de Dalupiri”, na ponta norte da principal ilha filipina de Luzon, e a dirigir-se para o mar, notou a agência meteorológica filipina numa atualização na quarta-feira. Pelo menos 12 mil pessoas foram retiradas de casa na província de Cagayan, incluindo 431 nas ilhas Babuyan, na sequência de alertas de marés de tempestades de três metros de altura, disse à AFP Ruelie Rapsing, responsável provincial de gestão de catástrofes. Foram também registadas inundações nos municípios costeiros de Lallo, Pamplona e Claveria. A costa sudeste de Taiwan foi atingida por fortes ondas, na quarta-feira, e o gabinete central de meteorologia emitiu avisos e alertas de chuva forte. Em Macau, o sinal 1 de tempestade continua em vigor, esperando-se que assim permaneça até ao início da madrugada, de acordo com o ‘site’ da Direção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos.A possibilidade de vir a ser içado o sinal 3 de tempestade, na manhã desta sexta-feira, 28, varia entre “baixa a moderada”.
Hoje Macau China / ÁsiaVolkswagen investe 630 milhões de euros na fabricante chinesa de elétricos Xpeng A fabricante automóvel alemã Volkswagen vai adquirir uma participação de 4,99% da marca chinesa Xpeng, por 630 milhões de euros, visando o desenvolvimento conjunto de veículos elétricos, anunciaram hoje as empresas. A Volkswagen e a Xpeng querem “forjar uma aliança estratégica de longo prazo e mutuamente benéfica”, disse a fabricante chinesa, num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, onde está cotada. O documento indicou que as marcas vão desenvolver em conjunto dois modelos elétricos para o mercado chinês, que devem começar a ser produzidos em 2026. “Isto vai permitir que o Grupo Volkswagen expanda a sua posição na China, explore novos segmentos de clientes e traga novos veículos elétricos inteligentes e totalmente conectados para o mercado mais rapidamente”, explicou o chefe da empresa alemã na China, Ralf Brandstätter, através da rede social LinkedIn. O presidente e diretor executivo da Xpeng, He Xiaopeng, afirmou que as duas empresas “vão juntar forças altamente complementares”. “Vamos partilhar tecnologias no setor dos veículos inteligentes e capacidades de ‘design’ e engenharia de classe mundial e aprender um com o outro”, disse. As ações da Xpeng, considerada uma das principais rivais da Tesla na China, dispararam quase 33% na bolsa de valores de Hong Kong, durante a sessão da manhã. O jornal de Hong Kong South China Morning Post indicou ainda que a Audi, uma das marcas do Grupo Volkswagen, também assinou um acordo para formalizar a aliança com a fabricante chinesa SAIC, com vista a aumentar o portefólio elétrico no segmento topo de gama. Estes acordos “sublinham a urgência” do conglomerado alemão em melhorar os resultados na China, onde tem sido “eclipsado” por empresas emergentes locais, como a NIO, BYD ou Xpeng, no segmento elétrico, no qual a Volkswagen registou uma queda nas vendas no primeiro semestre, apesar do mercado ter crescido 25%, escreveu o SCMP. No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês propiciou a ascensão de marcas locais, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas. Estimativas do banco de investimento UBS, até 2030, indicam que três em cada cinco veículos novos vendidos na China vão ser movidos a eletricidade, em vez de combustíveis fósseis.
Hoje Macau SociedadeOcupação hoteleira cresceu no primeiro semestre, mas ficou abaixo de 2019 A taxa média de ocupação hoteleira do primeiro semestre nos empreendimentos de três a cinco estrelas foi de 82 por cento, ficando 10,3 por cento abaixo do registo dos primeiros seis meses de 2019, ou seja, antes da pandemia. Nesse primeiro semestre, a taxa de ocupação dos quartos de hotel foi de 92,3 por cento. Segundo dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), a taxa média de ocupação hoteleira, no primeiro semestre do ano passado, foi de apenas 40,2 por cento. Na primeira metade deste ano, a taxa de ocupação mais elevada registou-se nos hotéis de três estrelas, segmento de baixo custo, com 88,7 por cento. Os dados baseiam-se em 44 estabelecimentos ligados à Associação de Hotéis de Macau. Estrela a estrela Relativamente ao preço dos quartos, a tarifa média, no primeiro semestre, foi de 1.247 patacas, um montante oito por cento mais baixo face às 1.354 patacas registadas no primeiro semestre de 2019. Quanto aos hotéis de três estrelas, do segmento de baixo custo, apresentaram uma tarifa média, por quarto, de 937,8 patacas. A maior subida anual dos preços dos quartos verificou-se nos hotéis de quatro estrelas, com um aumento de 117,5 por cento para 937,1 patacas, tendo-se registado ainda uma taxa de ocupação de 77,4 por cento. Por sua vez, as tarifas nos hotéis de cinco estrelas registaram o menor aumento face a 2022 (49,1 por cento), com um valor médio por quarto de 1.408 patacas. Nesta categoria, a taxa de ocupação hoteleira foi de 81,7 por cento no primeiro semestre. Importa referir que Helena de Senna Fernandes, directora da DST, previu, no início deste mês, que a taxa de ocupação hoteleira poderá atingir uma média “superior a 80 por cento”, com a possibilidade de chegar aos “90 por cento” até Agosto.
Hoje Macau EventosIC volta a lançar convite para a Feira de Artesanato do Tap Siac Este ano celebra-se o 15.º aniversário da Feira de Artesanato do Tap Siac, um evento que tem vindo a ganhar popularidade na cidade, enchendo a praça no coração da península de barraquinhas com os mais variados produtos e muitas pessoas. Antecipando a feira que se realiza no Outuno, o Instituto Cultural (IC) lançou ontem o convite a todos os interessados para apresentarem produtos de marca associados à Feira de Artesanato do Tap Siac. Os candidatos seleccionados “poderão conceber e fabricar produtos associados à Feira de Artesanato com o logotipo da mesma e serão qualificados para estabelecer stands onde poderão exibir e vender estes produtos durante a Feira de Artesanato do Tap Siac”, refere o IC. O convite à apresentação de produtos decorrerá entre hoje e o dia 17 de Agosto, sendo aberto a todos os profissionais das indústrias culturais e criativas de Macau. A Feira de Artesanato do Tap Siac é uma iniciativa emblemática que se realiza anualmente, desde 2008, na Primavera e Outono, tendo como finalidade disponibilizar aos profissionais das indústrias culturais e criativas uma plataforma de exibição e comercialização dos seus produtos e de intercâmbio de experiências. O evento tem também como objectivo “apoiar e encorajar a criatividade e a inovação, promover a entrada dos produtos culturais e criativos de Macau no mercado e contribuir para a criação de uma feira cultural e criativa de referência na Zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Ano de festa Tomando como tema o 15.º Aniversário da Feira de Artesanato do Tap Siac, o convite à apresentação de produtos de marca associada visa, através da concepção, produção, exibição e venda destes produtos, evidenciar a criatividade das indústrias culturais e criativas de Macau, bem como comemorar o 15.º aniversário da Feira de Artesanato do Tap Siac. Os candidatos devem ser titulares do Bilhete de Identidade de Residente de Macau e ter idade igual ou superior a 18 anos. Os produtos devem ser originais e identificados com o logotipo da “Feira de Artesanato”. Um total de 15 candidatos será seleccionado, com base em critérios como os “elementos culturais e criativos do produto; relação com o tema do 15.º Aniversário da Feira de Artesanato do Tap Siac; originalidade, design e conceito do produto; tipo, material e singularidade do produto; e plano de vendas e de promoção. Os candidatos seleccionados poderão usar o logotipo da “Feira de Artesanato” para fabricar diferentes produtos aprovados pelo IC até ao fim da Feira de Artesanato do Tap Siac no Outono de 2023 e gerir um stand durante um período mínimo de uma semana.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Secretária norte-americana quer visitar China este Verão A secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, disse na terça-feira que pretende visitar a China neste Verão e garantiu que seu país precisa de fazer negócios com o gigante asiático. “Precisamos de fazer negócios com a China e onde quer que possamos (…), mas ao mesmo tempo precisamos de nos proteger”, disse Raimondo durante uma conversa no Wilson Center, em Washington. Raimondo deu como exemplo a incursão da cadeia norte-americana de cafetarias Starbucks no mercado chinês e uma estratégia do Departamento do Comércio para promover a exportação de produtos de beleza e de saúde para a China. “Não existe qualquer risco para a segurança nacional e criam postos de trabalho nos EUA”, afirmou. Ao mesmo tempo, a directora da pasta do comércio esclareceu que o seu Governo está a manter os “olhos abertos” sobre possíveis ameaças do Governo chinês à concorrência estratégica. “Estamos a trabalhar para identificar que tecnologia (…) a China precisa para melhorar as suas capacidades militares, e estamos a ver como impedir, juntamente com os nossos aliados, a sua capacidade de a obter”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaDelegação chinesa em Pyongyang para celebrar fim da Guerra da Coreia Uma delegação chinesa deslocou-se ontem à Coreia do Norte, para participar nas comemorações do 70.º aniversário do fim da Guerra da Coreia (1950-53), visando restaurar o intercâmbio entre os dois países aliados. O grupo é chefiado por Li Hongzhong, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e membro do Politburo do Partido Comunista Chinês. A Coreia do Norte, que lançou uma tentativa de conquistar a Coreia do Sul, considera a assinatura do armistício um reconhecimento de vitória. O conflito envolveu forças da recém-criada República Popular da China, auxiliada pela força aérea russa, enquanto a Coreia do Sul, os Estados Unidos e tropas de vários países, sob a direcção da ONU, lutaram para repelir a invasão. A fronteira entre as Coreias continua a ser das mais tensas do mundo. Li Hongzhong carece do estatuto que transmitiria uma expressão completa de apoio chinês à Coreia do Norte, numa altura ambígua nas relações. A China foi convidada a enviar uma “delegação de alto nível” para participar das actividades comemorativas na Coreia do Norte, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, em conferência de imprensa. “Acreditamos que a visita vai ser propícia para promover o desenvolvimento sólido e estável das relações [bilaterais], contribuir para a paz e estabilidade regional e criar condições para uma solução política da questão da península [coreana]”, acrescentou. A porta-voz lembrou que a China e a Coreia do Norte são “vizinhos amigáveis, ligados por montanhas e rios”. Foguetes na festa Alguns especialistas disseram que a Coreia do Norte pode intensificar os testes com mísseis balísticos por volta do aniversário do armistício, que se celebra hoje. A China aderiu às sanções impostas pelas ONU contra a Coreia do Norte, devido ao programa de desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos, mas continua a ser o aliado económico e político mais importante de Pyongyang. A Coreia do Norte testou o primeiro míssil balístico intercontinental em três meses na semana passada. O regime ameaçou com “consequências chocantes”, contra o que chamou de actividade provocadora de reconhecimento dos Estados Unidos perto do país. As visitas oficiais entre os dois países foram interrompidas quando a Coreia do Norte, cada vez mais isolada e empobrecida, fechou as suas fronteiras para impedir a propagação da covid-19. Mais de dois milhões de soldados chineses lutaram na Guerra da Coreia, conhecida na China como a “Guerra para Resistir à Agressão dos EUA e Ajudar a Coreia”. Segundo dados de Pequim, 197.600 soldados chineses morreram no conflito.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Ministério recusa comentar afastamento de Qin Gang A diplomacia chinesa recusou comentar o afastamento de Qin Gang do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros. Além disso, o ministério apagou ontem do portal várias referências ao ex-ministro, que foi afastado do cargo na terça-feira e permanece desaparecido de cerimónias públicas há um mês “Sobre este assunto, a agência [noticiosa oficial] Xinhua já publicou informações. Podem consultá-las”, respondeu a porta-voz do ministério, Mao Ning, referindo-se ao despacho publicado pela imprensa estatal, na terça-feira. A Xinhua citou um comunicado do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, de apenas uma frase, a informar sobre a substituição de Qin pelo antecessor Wang Yi. O comunicado não apresenta nenhuma razão para a substituição ou desaparecimento de Qin Gang. Não é ainda claro se Wang Yi, que desempenhou as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros entre 2013 e 2022, vai ocupar o cargo interinamente, até que um funcionário mais novo seja designado. Depois de desaparecer da vida pública, e de ter sido demitido, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang desapareceu também do website do ministério, com todas as referências e informações a seu respeito a serem apagadas. O portal exibia, até ontem, várias ligações com informação sobre a actividade diplomática de Qin, entretanto apagadas. Na secção “Actividades dos líderes do Ministério”, agora coberta por notícias sobre o trabalho dos vice-ministros Ma Zhaoxu e Deng Li, as menções a Qin Gang também desapareceram. No motor de busca interno do site, uma pesquisa pelo nome “Qin Gang” também não apresenta resultados. Passagem breve Qin foi demitido na terça-feira e substituído pelo antecessor Wang Yi, anunciou o Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional. No portal do Ministério, mantêm-se os registos sobre a actuação de Wang, durante o primeiro mandato como ministro dos Negócios Estrangeiros, entre 2013 e 2022, o que sugere não ser prática comum retirar da página conteúdos relacionados com ex-governantes. Qin Gang não aparece em público desde 25 de Junho, dia em que se reuniu em Pequim com responsáveis do Sri Lanka, da Rússia e do Vietname, e, desde então, tem estado ausente de vários eventos diplomáticos, suscitando variadas especulações sobre o seu paradeiro e sobre a sua situação. Com 57 anos, Qin Gang foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros em Dezembro passado. Anteriormente, tinha sido embaixador em Washington e é fluente em inglês. A nomeação ocorreu na altura em que Pequim terminou a política ‘zero covid’, que manteve as fronteiras do país encerradas durante quase três anos. Além de receber dignitários estrangeiros em Pequim, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Qin Gang efectuou deslocações à Europa, a África e à Ásia Central.
Hoje Macau SociedadeImobiliário | JLL prevê quebra de 5% nos preços A agência imobiliária Jones Lang LaSalle (JLL) prevê que o preço das casas em Macau possa registar, este ano, uma quebra de cinco por cento. Segundo o portal Macau News Agency (MNA), que cita a análise intercalar do mercado efectuada pela JLL, o valor das habitações de média e grande dimensão, bem como das residências do segmento de luxo, aumentou apenas, em termos anuais, quatro e 1,3 por cento, respectivamente. Tendo em conta estes valores, a JLL apela ao Governo para reduzir algumas das restrições existentes no mercado imobiliário, tendo em conta o menor crescimento da economia chinesa e também a nível mundial. Oliver Tong, director-geral da JLL para os mercados de Macau e Zhuhai, disse que “embora os preços das casas tenham registado um crescimento moderado no primeiro semestre de 2023, os actuais indicadores de mercado não são favoráveis ao mercado imobiliário, e os preços das casas caíram mais de dez por cento em relação ao que eram antes da pandemia”. O responsável frisou ainda que “nas actuais condições de mercado, os preços da habitação vão estar sob pressão devido à subida das taxas de juro, à flutuação do mercado de acções, à fraca economia global e a uma recuperação económica na China continental abaixo do esperado, o que vai afectar a recuperação económica de Macau”, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeFundação Macau | Candidaturas a apoios abrem terça-feira Arranca na próxima terça-feira, 1 de Agosto, o processo de candidaturas aos três planos de atribuição de apoio financeiro da Fundação Macau (FM), destinados a projectos académicos, actividades comunitárias e intercâmbios. O prazo para entregar candidaturas termina a 3 de Setembro, mas os candidatos podem apresentar documentação ainda até 15 de Setembro. No âmbito dos projectos académicos incluem-se “estudos académicos, edições académicas ou conferências e acções de formação”. Relativamente às actividades comunitárias, são aceites propostas para “palestras, workshops, colóquios, acções de formação, exposições, concursos, publicações, actividades integradas e festivais de grande escala em bairros comunitários”. A FM poderá conceder ainda apoio financeiro à realização de “visitas de intercâmbio ao Interior da China, Hong Kong, Taiwan e outros países ou regiões”.
Hoje Macau PolíticaSalário mínimo | Associação de condomínios pede cautela Perante a intenção do Governo de aumentar o salário mínimo para um valor entre 34 e 36 patacas por hora, quando actualmente está nas 32 patacas por hora, a Associação de Administração de Propriedades de Macau pede moderação e defende que a medida pode colocar em risco várias empresas. Em declarações ao jornal Ou Mun, Lui Tit Leung, vice-presidente executivo da Associação de Administração de Propriedades de Macau, traçou um cenário difícil em que o aumento salarial pode contribuir para o encerramento de várias empresas de pequena dimensão. Lui Tit Leung levantou também dúvidas sobre o impacto da medida junto dos residentes, porque diz que actualmente 90 por cento dos empregados destas empresas são trabalhadores não-residentes. Porém, o vice-presidente justificou que os locais não vão beneficiar com o aumento, porque os trabalhadores com idade superior a 60 anos recebem sete mil a oito mil patacas por mês neste sector, enquanto alguns funcionários, com idades entre os 40 e 50 anos recebem entre oito mil a nove mil patacas por mês. Segundo o dirigente associativo, apenas os trabalhadores não-residentes e menos de dez por cento dos trabalhadores locais tendem a receber o salário mínimo. A Associação de Administração de Propriedades de Macau considera assim que as garantias dos trabalhadores locais são suficientes, pelo que não se justifica a medida de aumento salarial. Lui Tit Leung revelou ainda que todos os anos as empresas fazem um orçamento para a gestão do condomínio, que tem de ser aprovado pelos administradores dos prédios. No entanto, com os custos do aumento salarial, a associação teme que as propostas sejam recusadas e que as despesas adicionais sejam assumidas pelas empresas de administração predial.
Hoje Macau Grande Plano MancheteTimor-Leste | António Costa defende importância da língua portuguesa Terminou ontem a curta visita do primeiro-ministro português, António Costa, a Timor-Leste, inserida num périplo pelo sudeste asiático, com paragens na Indonésia e Filipinas. O governante argumentou que o português “faz a identidade” de Timor, defendeu a aposta nas energias renováveis e visitou o Cemitério de Santa Cruz O primeiro-ministro português, António Costa, chegou na terça-feira a Timor-Leste para uma visita oficial em que se fez acompanhar por outros membros do Executivo, nomeadamente a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e também o ministro dos Negócios Estrangeiros. Na sua primeira visita ao país na qualidade de primeiro-ministro, e também a primeira a decorrer em Timor desde que o novo Governo timorense tomou posse, a 1 de Julho, Costa destacou a presença da língua portuguesa num país onde o tétum é o idioma dominante. O governante disse mesmo que a língua “faz a identidade” do país do Sudeste Asiático. Num discurso perante dezenas de alunos do Externato São José, o chefe de Governo destacou a importância da língua portuguesa em Timor-Leste, o único país lusófono na Ásia. O português “não é só mais uma língua, é a língua que faz a diferença”, defendeu. “É esta diferença que reforça a identidade de Timor-Leste, faz a identidade de Timor-Leste”, acrescentou. “Foi essa identidade que fez com que na luta armada, na acção diplomática, ou no trabalho cultural e educativo, tenham resistido ao invasor e recuperado a liberdade e a independência”, disse o primeiro-ministro, referindo-se à ocupação indonésia, entre 1975 e 1999. O primeiro-ministro defendeu ser “muito importante que o ensino da língua [portuguesa] prossiga e que se desenvolva”. Na terça-feira, António Costa tinha confirmado o apoio ao alargamento do projecto bilateral dos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE) – financiado conjuntamente por Portugal e Timor-Leste – a todos os postos administrativos no país. O primeiro-ministro prometeu ainda reforçar o apoio à Escola Portuguesa de Díli, instituição que visitou ontem. João Gomes Cravinho disse à Lusa que a “convergência entre aquelas que são as prioridades do Governo timorense e aquelas que são as mais-valias portuguesas, que vão passar, seguramente, (…) por um renovado ênfase na língua, no ensino, na formação”. Nos “próximos dois ou três meses”, disse o chefe da diplomacia portuguesa, os dois países vão começar a negociar um novo quadro da cooperação estratégica entre 2024 e 2028. A cooperação deverá apostar também “na descoberta de novas oportunidades (…) no quadro da economia azul”. Na terça-feira o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, disse, no âmbito desta visita, que o país quer “colher da experiência, conhecimento e inovação dos portugueses” para desenvolver uma economia do mar sustentável. Gusmão lembrou ainda que o novo Governo quer definir “uma política nacional para a economia azul”. “A partir do mar há todo um conjunto de sectores que se apresentam como um potencial instigador de desenvolvimento sustentável, desde os sectores tradicionais aos sectores mais recentes”, defendeu. Gusmão lembrou que “Portugal está também a apostar na economia azul, não só para gerar riquezas para a sua população, mas para reforçar o clima e o oceano”. “Gostaríamos por isso que também a nossa estratégia (…) pudesse colher da experiência, conhecimento e inovação dos portugueses, navegando juntos no estabelecimento de uma economia azul sustentável em Timor-Leste”, disse o primeiro-ministro timorense. Outro objectivo do novo Executivo timorense é a descentralização, tendo o chefe de Governo dito que Portugal também pode ajudar nesta área. “A experiência portuguesa no domínio da administração pública e municipal é uma fonte de conhecimento e excelência que podemos absorver para avançar nesta nossa prioridade”, disse Gusmão. Lembrar o massacre Ontem António Costa esteve presente no Cemitério de Santa Cruz onde colocou flores na Cruz dos Mártires, em homenagem às mais de 300 vítimas mortais do massacre de 12 de Novembro de 1991, durante a ocupação indonésia. O governante português referiu, numa conversa com um dos sobreviventes do massacre, que “é bom manter a memória viva”. “É uma forma de os homenagear e também de dar força e consolidar os valores pelo qual deram a vida”, acrescentou o primeiro-ministro. Antes, o timorense, que tinha 28 anos à data do massacre, dissera ao primeiro-ministro que a visita de António Costa “repete uma solidariedade” mantida com Portugal que espera que “continue a se fortificar”, já que “Portugal é um país que é irmão” e “sempre prestou um papel muito importante durante (…) a luta pela independência nacional”. Num dos momentos da visita, Costa deteve-se junto à sepultura do jornalista australiano Max Stahl, que morreu em Outubro de 2021, fundamental na cobertura do conflito armado em Timor-Leste, nomeadamente do massacre no cemitério. A visita do Executivo português a Timor-Leste terminou ontem e incluiu ainda uma passagem pelo Parlamento Nacional, actualmente presidido por Fernanda Lay, a primeira mulher a ocupar o cargo em Timor-Leste. A agenda do primeiro-ministro português incluiu também a inauguração das novas instalações do Centro de Língua Portuguesa na Universidade Nacional Timor Lorosa’e. Apostas económicas Uma vez que a visita da comitiva portuguesa a este lado do mundo tem também uma componente económica, João Gomes Cravinho adiantou ontem que Portugal “tem cartas a dar” no que toca à cooperação nas energias renováveis com o Sudeste Asiático. O diplomata disse que as energias renováveis estão entre “as indústrias do futuro”, numa “área em que todos os países estão à procura de atingir a neutralidade carbónica”. “Portugal tem cartas a dar nessa matéria, é um país procurado”, sublinhou. Finalizada a visita a Timor-Leste, a comitiva portuguesa partiu para as Filipinas. João Gomes Cravinho reúne hoje em Manila com o ministro da Energia filipino, Rafael Lotilla, no âmbito da primeira visita bilateral de um chefe da diplomacia portuguesa ao país. “Vamos fazer o mapeamento das potencialidades no relacionamento Portugal-Filipinas também nas energias renováveis”, disse o ministro. A questão também já tinha sido discutida na segunda-feira, num encontro entre João Gomes Cravinho e a ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi. O desenvolvimento das energias renováveis é “um enorme desafio para a Indonésia”, país onde Portugal “já tem uma presença muito significativa, através das EDP Renováveis, no solar e também na transmissão de electricidade por cabo submarino”, disse o diplomata. Depois de décadas de relações diplomáticas cortadas devido à ocupação de Timor-Leste, João Gomes Cravinho falou de “sementes para um futuro de maior proximidade económica” com a Indonésia. O ministro destacou o potencial de cooperação na economia do mar, “uma área de grande interesse para Portugal” e onde a Indonésia, um país com mais de 17.500 ilhas, tem “enormes potencialidades económicas”. A economia azul pode também ser “uma área de grande cooperação” com as Filipinas, um país “com o qual Portugal tem relações amigas, mas com pouca concretização económica”, lamentou João Gomes Cravinho. Amanhã o ministro português será recebido pelo homólogo filipino, Enrique Manalo, para debater o papel das Filipinas como coordenador das relações entre a UE e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). “Portugal tem de estar mais presente no Sudeste Asiático e este é um momento particularmente propício para isso”, disse João Gomes Cravinho, referindo-se à entrada de Timor-Leste na ASEAN. Os líderes dos actuais Estados-membros da ASEAN aprovaram em Maio um roteiro para a adesão plena deste país de língua oficial portuguesa ao bloco económico, que conta com 650 milhões de habitantes. “Isso abre portas para Timor[-Leste] e abre portas também para Portugal no Sudeste Asiático”, defendeu João Gomes Cravinho. Na terça-feira António Costa, defendeu em Díli que as empresas portuguesas devem “aumentar a sua presença” em Timor-Leste e aproveitar a “enorme oportunidade” criada pela entrada do país na ASEAN. Combater ilegalidades A visita dos governantes portugueses a Timor-Leste incluiu ainda o diálogo sobre as ilegalidades cometidas no processo de emigração de milhares de timorenses para Portugal nos últimos meses. Costa disse que está a ser criado um modelo conjunto “para combater circuitos paralelos de imigração ilegal, tráfico de seres humanos e exploração de pessoas”. Ontem foi assinado um protocolo que permite “seguir uma boa prática” e “fazer formação no país de origem para as pessoas desenvolverem uma actividade profissional ou no país de origem ou em Portugal, mas já com formação feita”. “A única forma eficaz de combater a imigração ilegal e o tráfico de seres humanos é termos canais legais de migração. É isso que estamos a fazer e a construir”, frisou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina demite chefe da diplomacia que estava desaparecido há um mês O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, que estava desaparecido de cerimónias públicas há um mês, foi hoje demitido e substituído pelo seu antecessor, Wang Yi, divulgaram os ‘media’ estatais. A decisão terá sido adotada durante uma sessão do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, de acordo com a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua, que acrescentou que o governador do Banco Central, Yi Gang, também foi afastado de funções, sendo substituído por Pan Gongsheng. Qin Gang não aparecia em público desde o passado dia 25 de junho, dia em que se reuniu na capital chinesa com responsáveis do Sri Lanka, Rússia e Vietname, e, desde então, tem estado ausente de vários eventos diplomáticos, suscitando variadas especulações sobre o seu paradeiro e sobre a sua situação. O Ministério dos Negócios Estrangeiros não forneceu qualquer explicação sobre a situação no seu ‘briefing’ diário de hoje. No início deste mês, a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, justificou a ausência de Qin Gang de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Jacarta, Indonésia, por “motivos de saúde”. Questionada novamente sobre o paradeiro do responsável, a porta-voz disse, em conferência de imprensa na segunda-feira, não ter informações sobre o assunto e negou que a ausência tivesse a ter impacto nas atividades diplomáticas do país. Qin Gang, de 57 anos, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros em dezembro passado. Anteriormente foi embaixador em Washington e é fluente em inglês. A nomeação como ministro ocorreu na altura em que Pequim terminou a política de ‘zero covid’, que manteve as fronteiras do país encerradas durante quase três anos. Além de receber dignitários estrangeiros em Pequim, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Qin Gang efetuou deslocações à Europa, África e Ásia Central. Qin substituiu Wang Yi, atual diretor do Gabinete da Comissão para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC) e classificado como o principal diplomata chinês, com uma agenda internacional marcada pela guerra na Ucrânia ou pela crescente rivalidade entre Pequim e Washington. Hu Xijin, influente comentador chinês e antigo editor-chefe do Global Times, jornal oficial do PCC, admitiu, num comentário difundido através da rede social Weibo, que “está toda a gente preocupada com um assunto, mas que não pode discuti-lo publicamente”. Na China, o desaparecimento de altos funcionários, celebridades e empresários é comum. Frequentemente, as autoridades anunciam mais tarde que a pessoa desaparecida está a ser investigada ou foi punida. Entre os casos mais proeminentes dos últimos anos consta o do ex-chefe chinês da Interpol Meng Hongwei, que desapareceu durante uma viagem à China, em 2018. Em 2020, foi condenado a 13 anos e meio de prisão por um tribunal chinês por receber mais de dois milhões de dólares em subornos. Em fevereiro passado, Bao Fan, o fundador de um banco de investimento, também desapareceu. Uma semana depois, a empresa admitiu “ter tido conhecimento” de que Bao estava a cooperar numa investigação. A tenista chinesa Peng Shuai também deixou de ser vista em público, em 2021, depois de acusar um antigo vice–primeiro-ministro chinês de má conduta sexual.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Japão | Pyongyang dispara mísseis antes de comemorar fim da Guerra da Coreia A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos na madrugada de segunda para terça-feira, pouco antes de receber autoridades chinesas para as comemorações do fim dos combates entre as duas Coreias, na primeira visita estrangeira desde a pandemia. Os militares sul-coreanos referiram ter “detectado dois mísseis balísticos disparados pela Coreia do Norte de áreas próximas a Pyongyang em direcção ao mar do Leste [também conhecido como mar do Japão]”, destacou o Estado-Maior Conjunto citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. Os dois mísseis percorreram cerca de 400 quilómetros antes de cair no mar, segundo o Ministério da Defesa sul-coreano, citado pela Yonhap e pela agência japonesa Kyodo. A Casa Branca condenou de imediato os novos “disparos de mísseis balísticos”. Os testes de mísseis “representam uma ameaça para os vizinhos da RPDC e para a comunidade internacional”, salientou a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre, utilizando o nome oficial de República Popular Democrática da Coreia (RPDC) para Pyongyang. Também o Japão assinalou o primeiro lançamento norte-coreano, referindo que o projéctil caiu no mar fora da zona económica exclusiva do Japão (ZEE), de acordo com a emissora estatal NHK, que citou funcionários do governo. Pyongyang tem realizado regularmente testes de mísseis. O disparo destes dois últimos mísseis balísticos, antes do amanhecer de terça-feira, ocorre pouco antes das comemorações na Coreia do Norte do 70.º aniversário do fim dos combates na Guerra da Coreia (1950-1953).
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Ordenada retirada de milhares de pessoas face à aproximação de tufão As autoridades filipinas ordenaram ontem a retirada de milhares de pessoas à aproximação, do norte do país, do super tufão Doksuri, anunciou a agência meteorológica local. O Doksuri, com ventos de 185 quilómetros por hora (km/h), está a dirigir-se para um grupo de três ilhas escassamente povoadas ao largo da ponta norte da ilha principal de Luzon, indicou a agência. Prevê-se que atinja ou passe muito perto das ilhas Babuyan ou da província de Cagayan, no nordeste do país, hoie à tarde. A tempestade deverá estender-se a Taiwan e ao leste da China. Três das cinco ilhas Babuyan são habitadas, por cerca de 20 mil pessoas. As pessoas que vivem nas margens destas ilhas receberam ordens para abandonar as suas casas e os pescadores para retirar os seus barcos da água, disse o responsável local pela gestão de catástrofes, Charles Castillejos. “Enviámos a polícia para convencer quem se recusa a sair”, acrescentou. A agência meteorológica alertou para a possibilidade de se registarem ondas de mais de três metros junto à costa, além de chuva forte nas províncias montanhosas do norte, nos próximos dias, sendo “muito provável” a ocorrência de aluimentos de terras. As Filipinas são afectadas por uma média de 20 grandes tempestades por ano, que causam a morte de centenas de pessoas e animais e agravam a pobreza de vastas regiões. Os cientistas alertaram que estas tempestades estão a tornar-se cada vez mais fortes devido às alterações climáticas.