IC | Melco vai revitalizar o Porto Interior

A concessionária do jogo Melco indicou que vai revitalizar as Ponte-Cais n.º 23 e n.º 25 cais no Porto Interior.

De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a Melco apontou que na fase inicial, o Governo vai recuperar e manter os elementos característicos de edifícios. Posteriormente, a concessionária vai avançar com o plano de revitalização, que inclui a organização de uma feira no Porto Interior, de forma a atrair pequenas e médias empresas, além de lojas de lembranças.

A Melco também indicou que vai criar um centro de informações turísticas, uma livraria e um café com esplanadas com vista para a rio, bem como lojas com produtos culturais. A presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, revelou que o orçamento para a recuperação da zona é de 12 milhões de patacas, e que a estimativa do Governo aponta para que as obras terminem no terceiro trimestre do próximo ano.

21 Set 2023

Imobiliário | Previstas quatro propostas para leilão de terrenos

A agência imobiliária Savills antecipa que o concurso público para a concessão de dois terrenos na Taipa vá atrair quatro ou cinco propostas, com um montante de licitação superior ao pedido pelo Governo, ou seja, 1,91 mil milhões de patacas. A previsão consta de um artigo publicado ontem no Jornal Ou Mun e os terrenos são conhecidos como Lote BT8, situado na Avenida de Kwong Tung, e Lote BT9a, entre as Rua de Chaves, Rua de San Tau e Rua de Kwai Lam.

Segundo o jornal Ou Mun, a imobiliária apontou que uma das condicionantes que pode afastar o surgimento de mais propostas passa pelo facto de os bancos não oferecem empréstimos para participar em leilões de atribuição da concessão de terrenos. Nesse sentido, os promotores têm de se preparar e arranjar formas alternativas para reunir os 1,13 mil milhões de patacas e de 770 milhões de patacas, os preços bases de licitação dos dois terrenos.

A Savills também apontou que caso os candidatos participem de forma individual, em vez de participarem em consórcio, o montante pedido pelo Governo poderá ser superior ao de licitação. Sobre a origem dos participantes no concurso, é ressalvado que como os promotores locais sofreram com a pandemia e o dinheiro disponível não é abundante, as empresas de Hong Kong e do Interior da China, com bom conhecimento do mercado local, têm boas hipóteses de ficar com os terrenos.

21 Set 2023

Aviação | Nuno Fazenda considera oportuna ligação a Macau

O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços de Portugal, Nuno Fazenda, considerou que uma ligação aéreas entre Macau, o Interior e Portugal muito “oportuna” e “importante”. As declarações foram prestadas à TDM – Rádio Macau. “Essa ligação aérea parece-nos muito oportuna e muito importante, não só do ponto de vista do que são os potenciais fluxos turísticos, mas também ao nível das exportações de bens”, apontou.

“E também para servir aquilo que é a importante comunidade portuguesa, aquilo que é a presença dos portugueses na região, e em particular em Macau. São embaixadores de Portugal em Macau, que prestam um papel muito importante daquilo que é a lusofonia, por isso há várias possibilidades”, acrescentou.

Sobre a comunidade portuguesa na RAEM, Nuno Fazenda indicou poder “servir como plataforma, como ligação à CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa]”.

21 Set 2023

Economia | Pequim expressa confiança e mantém taxas de juro inalteradas

O Governo chinês mostra sinais de optimismo face aos indicadores económicos positivos verificados em áreas como a produção industrial e as vendas no sector retalhista

 

As autoridades chinesas expressaram ontem confiança nas perspectivas para a segunda maior economia do mundo, após optarem por manter as taxas de juro de referência, face a sinais de melhoria em algumas áreas, como os serviços.

O tom optimista das autoridades, que falaram numa conferência de imprensa em Pequim, contrasta com as previsões do Banco Asiático de Desenvolvimento e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, que afirmam que a fraqueza da economia chinesa deve prejudicar o crescimento global e regional.

Cong Liang, vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planificação económica do país, disse que a “resiliência” demonstrada pela China em crises passadas é “motivo de confiança” e que a melhoria dos dados sobre a produção industrial e vendas no sector retalhista indicam que a economia está a melhorar.

Cong Liang e outros altos responsáveis pela economia reconheceram, no entanto, grandes desafios para estimular o crescimento, enquanto expressaram confiança na capacidade do Partido Comunista em garantir que a desaceleração é temporária.

“Os factos provaram plenamente que os mecanismos de tomada de decisão do Comité Central do Partido Comunista e do Conselho de Estado (executivo) estão correctos e que as políticas de macro-controlo são eficazes”, disse Cong.

Após três anos de perturbações causadas pela pandemia da covid-19, a economia da China está a ser afectada por factores internos e globais, e a “recuperação económica vai ser inevitavelmente um processo volátil”, reconheceu.

Num discurso publicado no mês passado na Qiushi, revista sobre teoria política do Partido Comunista, o líder chinês, Xi Jinping apelou a que se mantenha a “paciência histórica” e se insistia em fazer progressos “constantes e passo a passo”, numa referência à situação económica.

Xi disse ainda que a busca de riqueza material por parte do Ocidente levou à “pobreza espiritual”.

Os líderes da China tomaram medidas para reforçar o crescimento e incentivar a despesa e o investimento. Isto incluiu a redução dos requisitos de reservas para alguns bancos e o levantamento de restrições na compra de habitação em cidades mais pequenas.

O Banco do Povo da China manteve ontem as taxas de juro de referência inalteradas. A taxa base de juros para empréstimos a um ano está em 3,45 por cento e para cinco anos está em 4,2 por cento. As autoridades disseram que avaliarão o impacto das medidas tomadas recentemente para reforçar a actividade empresarial.

 

Obstáculos do passado

A economia foi atingida pela estratégia ‘zero covid’, que levou ao bloqueio de cidades inteiras, e por uma grave crise de liquidez no sector imobiliário, que obrigou as construtoras a negociar a restruturação das suas dívidas ou a entrar em incumprimento.

A queda nos preços da habitação fez a classe média chinesa tornar-se mais cautelosa, afectando assim também o consumo.

A perda de empregos durante e após a pandemia também atrapalhou a recuperação, deixando cerca de um em cada cinco jovens chineses desempregados, o que pesa ainda mais no consumo.

O Banco Asiático de Desenvolvimento reduziu recentemente a sua previsão para o crescimento da China em 2023 para 4,9 por cento, de 5,5 por cento, no seu relatório anterior. A mudança reflectiu “o abrandamento da dinâmica da procura interna, os ventos contrários da procura global mais fraca e a correcção do sector imobiliário”, afirmou.

A OCDE reduziu as suas perspectivas de crescimento global em 0,2 por cento, para 2,7 por cento, em 2024, citando a desaceleração da China e os problemas imobiliários.

Inquéritos realizados a empresas estrangeiras, divulgados na terça-feira pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Xangai e pela Câmara de Comércio da União Europeia na China, indicaram que a confiança no país entre os investidores globais e as empresas que operam na China enfraqueceu.

Os grupos apelaram ao Governo chinês para que seja mais claro sobre as regras, argumentando que a incerteza é um problema crescente.

As autoridades chinesas e as publicações estatais parecem ter intensificado uma campanha para contrariar as preocupações expressas sobre a economia e observam que as autoridades da China estão a reorientar a economia para um modelo de crescimento mais sustentável, assente na produção de tecnologia com alto valor agregado e no consumo interno, em detrimento do investimento na construção.

“Acredito que enquanto todo o país estiver unido e enquanto insistirmos em fazer bem o que fazemos, não vai haver obstáculos que impeçam a China de se superar no seu desenvolvimento”, disse Cong.

21 Set 2023

Índia | Expulso diplomata canadiano após acusações sobre assassínio de líder sikh

As autoridades indianas responderam à expulsão de um importante diplomata indiano no Canadá na mesma moeda, expulsando também um diplomata canadiano do país. Em causa, está a morte de Singh Nijjar, acusado de terrorismo por Nova Deli e atingido a tiro por agressores desconhecidos no Canadá

 

Nova Deli anunciou ontem a expulsão de um importante diplomata canadiano, em resposta à acusação de Otava de que a Índia estaria envolvida no assassínio, no Canadá, de um líder separatista de origem indiana.

“O Alto Comissário canadiano na Índia foi convocado hoje (ontem) e informado sobre a decisão do Governo da Índia de expulsar um importante diplomata canadiano”, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

A decisão de Nova Deli reflecte a sua “crescente preocupação com a interferência dos diplomatas canadianos nos assuntos internos e o seu envolvimento em actividades anti-Índia”, explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros na mesma nota.

O ministério já tinha considerado ontem absurdas as alegações do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que implicara Nova Deli no assassínio de um activista sikh no Canadá.

O Canadá expulsou na segunda-feira um importante diplomata indiano, no dia em que Trudeau revelou que os serviços de informação do seu país implicaram as autoridades indianas no crime.

“Qualquer envolvimento de um Governo estrangeiro no assassínio de um canadiano em solo canadiano é uma violação inaceitável da nossa soberania”, disse Trudeau, na câmara baixa do parlamento do Canadá.

 

Conversa acabada

Singh Nijjar, atingido a tiro em 18 de Junho por agressores desconhecidos no estacionamento de um templo sikh, foi acusado de terrorismo pelas autoridades indianas por defender a criação de um país independente no estado de Punjab, o Calistão, para a minoria étnica e religiosa sikh.

A 01 de Setembro, o Governo canadiano anunciou a suspensão das conversações com a Índia para a assinatura de um acordo de comércio livre, sem explicar os motivos. O Canadá também cancelou uma missão comercial à Índia que estava marcada para outubro.

Cerca de 1,8 milhões de pessoas de origem indiana vivem no Canadá, das quais cerca de 770 mil são sikhs.

O líder do social-democrata Novo Partido Democrático (NPD), Jagmeet Singh, o quarto partido no parlamento canadiano, é sikh.

20 Set 2023

Diplomacia | Defendida gestão responsável das relações EUA-China

O encontro de alto nível entre Antony Blinken e Han Zheng, na missão chinesa junto da ONU em Nova Iorque, reforçou a declaração de intenções de ambos os lados de diminuir tensões e criar um melhor ambiente de cooperação

 

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, encontrou-se ontem com o vice-presidente chinês, Han Zheng, em Nova Iorque, e defendeu a necessidade de uma gestão responsável da relação tensa com Pequim.

“Penso que é bom aumentar o número de reuniões de alto nível” entre os Estados Unidos e a China, declarou Blinken no início do encontro com o responsável chinês, que decorreu na missão chinesa junto da ONU, em Nova Iorque.

As discussões visam “garantir que mantemos as linhas de comunicação abertas e demonstram que estamos a gerir a relação entre os nossos dois países de forma responsável”, afirmou o responsável norte-americano.

O vice-presidente chinês referiu que as duas principais potências económicas mundiais enfrentam “muitas dificuldades e desafios”.

“O mundo precisa de uma relação saudável e estável entre os Estados Unidos e a China”, argumentou Zheng, afirmando que é para benefício de ambos os países e “do mundo inteiro”.

Washington e Pequim estão a intensificar esforços para acalmar a relação que se mostrou muito tensa nos últimos tempos.

 

Reuniões produtivas

O encontro de ontem, à margem da Assembleia Geral Anual das Nações Unidas, acontece depois da reunião neste fim de semana, em Malta, entre o conselheiro de segurança nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, e o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi.

A Casa Branca assinalou as “discussões francas, substantivas e construtivas”, que duraram um total de doze horas durante dois dias. A última reunião deste tipo, e a este nível, data de Maio passado.

A China e os Estados Unidos estão “comprometidos com consultas” em certas áreas, em particular sobre “desenvolvimentos na política e na segurança na Ásia-Pacífico”, segundo a Casa Branca.

Os Estados Unidos e a China renovaram o diálogo nos últimos meses com uma sucessão de visitas de altos funcionários norte-americanos a Pequim, incluindo Antony Blinken em Junho passado.

Esta retoma das discussões pode significar um encontro entre Joe Biden e o Presidente chinês, Xi Jinping, na próxima cimeira da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico), em meados de Novembro, em São Francisco, mas nem Washington nem Pequim confirmaram.

As relações bilaterais ainda permanecem tensas, nomeadamente em relação às disputas comerciais, à expansão chinesa no Mar da China Meridional e a questão de Taiwan, um dos grandes obstáculos entre os dois países.

20 Set 2023

Cisjordânia | ONG acusa Israel de forçar transferência de palestinianos

Pelo menos seis comunidades palestinianas na Cisjordânia ocupada fugiram das casas que habitavam e “dezenas correm perigo iminente de deslocação forçada”, alertou ontem a organização israelita Betselem.

De acordo com a organização não-governamental (ONG), o Governo de Israel está a levar a cabo “políticas de deslocação forçada” o que, acusa, constitui “crime de guerra”.

A ONG Betselem refere num relatório divulgado ontem que seis comunidade de agricultores e de beduínos palestinianos no centro e no sul da Cisjordânia foram obrigadas a fugir por se encontrarem “aterrorizadas” pelos colonos israelitas “que trabalham ao serviço do Estado”.

A medida terá afectado “quase 500 pessoas” que “não tiveram outra escolha” a não ser abandonar os locais de residência em Ras a Tin, Ein Samia, Al Bagah e Qabun no norte de nordeste de Ramahla, assim como em Khirbet Simri e Widady Tahta, nas colinas a sul de Hebron, no sul da Cisjordânia.

“Expulsar os trabalhadores dos campos, agredir fisicamente os residentes locais, invadir as casas durante a noite, provocar incêndios, assustar os rebanhos, destruir plantações, roubar propriedades, bloquear estradas” ou “destruir reservatórios de água” é a “horrível rotina” que, segundo a Betselem, é imposta pelos colonos a muitas comunidades palestinianas.

 

Fomento superior

A organização diz ainda que a violência é fomentada pelo Estado de Israel, que “está a levar a cabo políticas de transferência forçada”, tornando insuportável a vida dos residentes da zona que pretende ocupar.

Para a Betselem, a estratégia de Israel “é apoiada na aprovação de ordens militares” e na autorização do Supremo Tribunal de Israel para expulsar os palestinianos dos locais onde residem.

Por outro lado, acusa a ONG, o Estado de Israel utiliza os colonos para instigar a violência.

O relatório refere ainda que existe permissividade e tolerância em relação às ações dos colonos e dos militares por parte da coligação governamental de “extrema-direita” israelita liderada por Benjamin Netanyahu.

A ONG considera que o processo é ilegal e implica Israel em crimes de guerra por se tratar, indica, de “transferências forçadas” e que são “proibidas pelo direito internacional”.

Israel controla a Cisjordânia desde 1967 mantendo um regime de ocupação militar no território.

As autoridades israelitas costumam rejeitar as acusações das organizações de defesa de direitos humanos como a Betselem, a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch.

19 Set 2023

Tailândia | Definida prioridade no combate ao tráfico de droga

O novo Executivo, que tomou posse no início do mês, pede a cooperação de todos no plano de prevenção e supressão do tráfico de droga delineado para durar até 2027

 

O novo governo da Tailândia, no poder desde 5 de Setembro, anunciou ontem que o combate ao tráfico de drogas, especialmente a metanfetamina, é uma prioridade para os próximos quatro anos.

“Temos de combater os traficantes de droga. São criminosos que não temem a prisão, mas temem a confiscação dos bens. Por isso, peço a todos os organismos que acelerem a aplicação da lei”, declarou o primeiro-ministro, Srettha Thavisin, aos jornalistas no domingo.

O Governo tailandês delineou um plano para “prevenir, suprimir e resolver os problemas da droga no período 2023-2027”, incluindo tratar os toxicodependentes como doentes, ressocializar os consumidores de droga, aumentar o controlo e intensificar as operações de combate ao tráfico de droga e ao branqueamento de capitais.

“A resolução do problema da droga é uma prioridade nacional. Todos os organismos devem cooperar para o resolver e devem fazer cumprir a lei de forma séria e eficaz”, declarou, em comunicado.

A prioridade passa por “aumentar a repressão” sobre o tráfico de droga, “medida fundamental” para evitar que a droga chegue às comunidades, sendo criado “um novo centro de prevenção e repressão da droga”, de acordo com a mesma nota.

 

Outras preocupações

No entanto, o plano anunciado pelo governo suscitou preocupações entre os activistas no país, que receiam que a nova “guerra contra a droga” possa repetir os acontecimentos ocorridos há duas décadas, quando o governo de Thaksin Shinawatra concretizou uma política de tolerância zero em relação à droga.

Iniciadas em 2003, as medidas causaram uma onda de críticas dentro e fora da Tailândia devido à violência das forças de segurança, que alegadamente foram responsáveis por mais de 2.500 execuções extrajudiciais de suspeitos de tráfico de droga em apenas três meses, de acordo com estimativas de várias organizações não-governamentais.

“A promessa do governo de erradicar completamente os narcóticos preocupa-me e receio que a história se possa repetir”, disse o diretor da Cross Cultural Foundation, Pornpen Khongkachonkiet, ao jornal Bangkok Post.

Embora a lei tailandesa puna o tráfico de droga com penas que podem ir até 15 anos de prisão – e, em casos extremos, até à prisão perpétua ou à pena de morte -, a Tailândia flexibilizou a política nos últimos anos e passou a adoptar uma abordagem mais centrada na reabilitação, especialmente dos pequenos traficantes, do que na punição.

A reforma da lei procura resolver outro problema: a sobrelotação das prisões do país, onde cerca de 80 por cento dos presos estão detidos por crimes relacionados com a droga, a maioria dos quais de gravidade ligeira a moderada.

Em Junho do ano passado, a Tailândia também retirou a marijuana da lista de estupefacientes ilegais, para promover a canábis medicinal, mas abriu a porta ao consumo e comércio para fins recreativos, levando à multiplicação de lojas e bares para o consumo da substância.

19 Set 2023

Astronomia | Pequim inaugura maior telescópio de visão ampla no hemisfério norte

Situado a uma altitude de mais de 4.000 metros, na província de Qinghai, o telescópio tem a capacidade de capturar com precisão imagens de galáxias distantes

 

A China inaugurou, no domingo, o seu novo telescópio astronómico de visão ampla (WFST, na sigla em inglês), o maior do género no hemisfério norte, que produziu já uma imagem da galáxia vizinha de Andrómeda.

O telescópio, localizado no Observatório da Montanha Púrpura, na província de Qinghai, está sob tutela da Academia Chinesa de Ciências, e é o mais poderoso do seu género no hemisfério norte, noticiou a agência noticiosa oficial Xinhua.

O WFST, desenvolvido em conjunto desde 2019 pela Universidade de Ciência e Tecnologia da China e pelo observatório, cobre todo o hemisfério norte do céu, o que beneficiará a investigação astronómica e a monitorização do espaço próximo da Terra.

Com 2,5 metros de diâmetro, este telescópio está localizado na aldeia de Lenghu, a uma altitude média de 4.200 metros. Este local é conhecido como o “Acampamento Marte” da China, devido à sua paisagem desértica semelhante à superfície do planeta vermelho.

Um dos destaques do WFST é a capacidade de capturar imagens precisas de galáxias distantes, como a que registou da galáxia de Andrómeda, localizada a mais de 2 milhões de anos-luz de distância.

O seu grande campo de visão e alta resolução tornam possível fotografar galáxias difíceis de serem observadas por outros telescópios.

Este telescópio também vai ajudar na monitorização de eventos astronómicos dinâmicos e em pesquisas de observação astronómica no domínio do tempo.

O aparelho vai ainda melhorar a capacidade da China de monitorar objetcos próximos à Terra e emitir alertas precoces.

 

Montanha de lentes

Este novo tipo de telescópio tira fotos do universo com maior largura e profundidade, usando um método que reflecte a luz entre vários espelhos, antes de capturar a imagem numa câmara gigante.

A área de Lenghu, que quando estiver concluída será a maior base de observação astronómica da Ásia, começou a ser construída em 2017 e abriga já 12 telescópios.

No total, mais de 30 telescópios vão ser instalados na montanha Saishiteng, incluindo o MUST (telescópio de pesquisa multiplexado) de 6,5 metros, e o EAST (telescópio segmentado de abertura estendida), que tem também 6,5 metros.

A cidade, com uma área total de 17.800 quilómetros quadrados, está localizada a 944 quilómetros da capital da província de Qinghai, Xining.

Nos últimos anos, o programa espacial chinês alcançou vários sucessos, como pousar a sonda Chang’e 4 no lado oculto da Lua — um feito inédito — e colocar uma sonda em Marte, tornando-se o terceiro país — depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética — a fazê-lo.

A China concluiu também no ano passado uma estação espacial permanente, no culminar de mais de uma década de esforços para manter presença constante de tripulantes em órbita.

19 Set 2023

Irão | Pequenas concentrações assinalam morte de Mahsa Amini

O aniversário da morte da jovem curda Mahsa Amini foi assinalado, no sábado, por pequenas e dispersas concentrações no Irão, onde o regime impôs fortes restrições de segurança.

Segundo relata a agência espanhola EFE, nos vídeos publicados nas redes sociais por activistas iranianos ouvem-se gritos de “morte ao ditador” – em referência ao líder supremo da república islâmica, o ayatollah Ali Khamenei – e o lema dos protestos “mulher, vida, liberdade”.

Num desses vídeos, em Teerão, capital iraniana, duas mulheres sem véu sobem a uma plataforma, apoiadas por buzinas de carros.

Os protestos aconteceram apesar da forte mobilização policial nas ruas.

Fez no sábado um ano que Mahsa Amini morreu, depois de ter sido detida pela polícia de costumes iraniana por não estar a usar o véu islâmico, episódio que desencadeou inéditas manifestações cívicas contra o regime teocrático de Teerão, que reprimiu violentamente os protestos.

A data foi assinalada em cidades como Teerão, Mashad e Rasht e em especial no território do Curdistão, de onde Mahsa era originária.

No sábado, as autoridades impediram que a família da jovem celebrasse uma cerimónia no cemitério onde está enterrada, depois de terem detido temporariamente o seu pai.

Na cidade de Nurabad, na província ocidental de Fars, dois homens numa moto atiraram contra as forças de segurança que se saldou na morte de um membro da ‘basiji’, a milícia islâmica mobilizada para impedir protestos.

Os autores do ataque, que causou ainda três feridos, conseguiram fugir sem serem identificados, segundo a agênca oficial iraniana Fars.

Este episódio e os protestos que se realizaram em várias cidades, ainda que tímidos, são as mais significativas expressões do descontentamento social desde Maio, quando três manifestantes foram executados pelo regime.

Os protestos que se seguiram à morte de Mahsa Amini levaram milhares de manifestantes às ruas do Irão, exigindo o fim do regime, com um saldo de 500 mortos e milhares de detidos.

 

Avisos e ameaças

Nas últimas semanas, as autoridades iranianas intensificaram os avisos e as medidas repressivas numa tentativa de evitarem que o primeiro aniversário da morte de Amini se convertesse em novas manifestações.

As autoridades iranianas comunicaram ontem a detenção, em três províncias do país, de várias pessoas que pretendiam “provocar o caos” e colaborar com “meios de comunicação hostis”, mas não adiantaram o número exacto.

Amini foi detida pela polícia de costumes iraniana a 13 de Setembro de 2022, por alegado uso indevido do ‘hijab’, o véu islâmico, tendo surgido morta três dias depois, quando ainda estava sob custódia policial.

Apesar da visibilidade dos protestos e da atenção internacional, o movimento cívico ainda não conseguiu ameaçar os alicerces do regime teocrático liderado pelo ayatollah Ali Khamenei.

18 Set 2023

Economia | Recuperação com aumento da actividade fabril e consumo

Depois do abrandamento dos últimos meses, a economia chinesa ganhou uma nova dinâmica em Agosto à conta do aumento da produção fabril e da maior confiança dos consumidores

 

A actividade nas fábricas da China acelerou e as vendas no sector retalhista aumentaram em Agosto, segundo dados divulgados na sexta-feira, sugerindo que a economia chinesa pode estar a ganhar fôlego, após ter abrandado nos últimos meses.

Os números revelaram, no entanto, que a debilidade contínua no sector imobiliário, numa altura em que várias construtoras chinesas enfrentam uma grave crise de liquidez. O investimento em imóveis caiu 8,8 por cento, em Agosto, em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Para aliviar a carga sobre os bancos, o Banco do Povo da China (banco central) anunciou na quinta-feira um corte de 0,25 por cento nas reservas obrigatórias para a maioria dos credores.

Isto liberta mais dinheiro para empréstimos, “visando consolidar as bases para a recuperação económica e manter uma liquidez razoável e suficiente”, afirmou o banco central.

O Gabinete Nacional de Estatística do país informou na sexta-feira que as vendas no sector retalhista aumentaram 4,6 por cento, em Agosto, em termos homólogos, após terem crescido apenas 2,2 por cento, em Julho. As vendas de automóveis subiram 5,1 por cento.

Os consumidores tornaram-se mais cautelosos em relação aos gastos no ano passado, mesmo após a China ter abolido a política de ‘zero casos’ de covid-19, que abalou a actividade económica do país.

A produção industrial cresceu 4,5 por cento, após ter subido 3,7 por cento em Julho. Foi a taxa mais rápida desde Abril.

“No geral, em Agosto, os principais indicadores melhoraram marginalmente, a economia nacional recuperou, o desenvolvimento de alta qualidade avançou solidamente e os fatores positivos acumularam-se”, disse Fu Linghui, porta-voz do Gabinete Nacional de Estatística, em conferência de imprensa.

Fu acrescentou que “ainda existem muitos factores externos de instabilidade e incerteza” e que a procura interna continua fraca, pelo que a “base para a recuperação económica ainda precisa de ser consolidada”.

“As tendências em Agosto foram um pouco melhores do que o esperado”, disse Julian Evans-Pritchard, da consultora Capital Economics, num relatório.

“O apoio fiscal reforçou o investimento, mas o verdadeiro ponto positivo foi uma recuperação saudável dos gastos dos consumidores, sugerindo que as famílias podem estar a tornar-se um pouco menos cautelosas”, disse.

 

Jovens desempregados

A economia da China expandiu 0,8 por cento nos três meses terminados em Junho, em comparação com o trimestre anterior, e abaixo dos 2,2 por cento registados entre Janeiro e Março. Isto equivale a uma taxa anual de 3,2 por cento, o que estaria entre o ritmo mais fraco em décadas.

Cerca de um em cada cinco jovens trabalhadores está desempregado, um valor recorde, aumentando as pressões sobre os gastos dos consumidores.

A recessão no mercado imobiliário, que se espalha por muitos outros sectores para além da construção e dos materiais, também pesou na recuperação da China.

18 Set 2023

Economia | Cortes na despesa contrastam com subida de receitas

Em contraste com a subida das receitas, o Governo aplicou um corte de 10 por cento na despesa pública. A proporção do corte é igual à alcunha de Ho Iat Seng entre a população chinesa, conhecido como o Chefe do Executivo “10 por cento”

 

A receita corrente mais que duplicou em termos anuais nos primeiros oito meses de 2023, graças à recuperação dos impostos sobre o jogo, mas o Governo cortou a despesa pública em 10 por cento. A proporção do corte corresponde à alcunha de Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, conhecido como “10 por cento” devido a esta proporção se pronunciar “iat seng”.

A receita corrente entre Janeiro e Agosto foi de 48,1 mil milhões de patacas, o valor mais elevado desde 2019, antes do início da pandemia de covid-19, de acordo com dados publicados ‘online’ pelos Serviços de Finanças, na quinta-feira.

Desta receita corrente, o Governo da cidade arrecadou mais de 39,1 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, indicou o último relatório da execução orçamental.

Entre Janeiro e Agosto, Macau recolheu 73,4 por cento da receita corrente projectada para 2023 no orçamento da RAEM, que é de 65,5 mil milhões de patacas.

Em Julho, o Centro de Estudos e o Departamento de Economia da Universidade de Macau previram que as receitas do Governo vão atingir 76,5 mil milhões de patacas, mais 16,7 por cento do que o estimado pelas autoridades no orçamento para este ano.

Apesar da subida nas receitas, a despesa pública caiu 10 por cento para 54,6 mil milhões de patacas, com a despesa corrente também a encolher 17,5 por cento para 42,5 mil milhões de patacas.

 

Da reserva

Ainda assim, Macau só conseguiu manter as contas em terreno positivo graças a transferências no valor total de 10,3 mil milhões de patacas vindos da reserva financeira.

Apesar destas transferências, a reserva financeira da região acumulou uma subida de 6,6 mil milhões de patacas na primeira metade de 2023, no melhor arranque de ano desde o início da pandemia.

Desde o final de Janeiro de 2020, a pandemia e uma agressiva campanha das autoridades teve um impacto sem precedentes no jogo, motor da economia de Macau, com os impostos sobre as receitas desta indústria a financiarem a esmagadora maioria do orçamento governamental.

Os orçamentos do Governo têm sido desde então marcados por sucessivas alterações e por pacotes de estímulo dirigidos às pequenas e médias empresas, à população em geral e ao consumo.

Em meados de Dezembro, as autoridades anunciaram o cancelamento gradual da maioria das medidas sanitárias, depois de a China ter abandonado a estratégia ‘zero covid’.

Em resultado, Macau recebeu 14,4 milhões de visitantes nos primeiros oito meses de 2023, quatro vezes mais do que em igual período do ano passado, enquanto as receitas do jogo quase quadruplicaram, atingindo 114 mil milhões de patacas.

18 Set 2023

UE/Eléctricos| Pequim adverte para impacto de investigação sobre subsídios

A questão dos veículos eléctricos, levantada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é mais uma pedra no caminho das relações entre a China e a o velho continente. Pequim avisa que a investigação em curso vai ter consequências negativas

 

 

O Governo chinês alertou ontem para o “impacto negativo” nas relações China – União Europeia suscitado pela investigação lançada sobre os subsídios atribuídos aos fabricantes chineses de veículos eléctricos, que as autoridades na Europa consideram gerar concorrência desleal.

Esta medida, “tomada em nome da ‘concorrência leal’”, é “abertamente proteccionista” e “vai ter um impacto negativo nas relações económicas e comerciais entre a China e a União Europeia”, advertiu um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou na quarta-feira a abertura de uma investigação sobre os subsídios que a China concede aos seus fabricantes de veículos eléctricos, cujos preços são “artificialmente baixos”, devido a estes apoios públicos, o que causa prejuízos às empresas europeias.

“Os mercados mundiais estão inundados de veículos eléctricos chineses mais baratos e o seu preço é mantido artificialmente baixo graças a enormes subsídios estatais”, explicou Von der Leyen, num discurso sobre o Estado da União.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, responsável pelo comércio, anunciou no mesmo dia que se deslocará à China na próxima semana para discutir a questão dos subsídios atribuídos aos veículos eléctricos.

Nos últimos meses, a França, em particular, tem vindo a defender uma Europa mais assertiva face às práticas da China.

Outros Estados-membros da União Europeia, incluindo a Alemanha, cuja indústria automóvel tem na China o seu principal mercado, estão preocupados em estragar a relação com Pequim.

As empresas europeias “são frequentemente batidas no preço por concorrentes que beneficiam de enormes subsídios públicos. Não podemos esquecer-nos o quanto a nossa indústria de painéis solares sofreu com as práticas comerciais desleais da China”, afirmou o Presidente da Comissão Europeia.

A diplomacia chinesa frisou que a vantagem competitiva do país foi “obtida através de trabalho árduo” e é “resultado de inovação tecnológica ininterrupta”.

 

Explosão de vendas

As exportações de veículos eléctricos pela China mais do que duplicaram (+110 por cento), entre Janeiro e Agosto, segundo dados da Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM) difundidos na quarta-feira.

No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros eléctricos – mais do que em todos os outros países do mundo juntos.

A dimensão do mercado chinês propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas.

Cinco das dez marcas de veículos eléctricos mais vendidas no mundo são agora chinesas. A maior é a BYD, que fica apenas atrás da norte-americana Tesla. O domínio chinês alarga-se também à indústria de baterias. As chinesas CATL e BYD são os maiores fabricantes mundiais. Pequim mantém ainda forte controlo no acesso a matérias-primas essenciais, incluindo terras raras.

Ainda desconhecidas da maioria do público europeu, as marcas chinesas estiveram presentes em grande número no Salão Automóvel de Munique, na Alemanha, no início deste mês.

As fabricantes de automóveis chinesas têm vindo a travar uma guerra de preços nos últimos meses, numa altura em que os chineses estão a reduzir as suas despesas, devido ao abrandamento da economia do país, colocando ainda mais pressão sobre as marcas europeias.

17 Set 2023

Imigração | Serviços restringem pedidos de residência a portugueses

Os Serviços de Imigração não estão a aceitar novos pedidos de residência para portugueses fundamentados com o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de agrupamento familiar ou anterior ligação ao território. O Consulado Geral de Portugal em Macau está em conversações com o Governo de Ho Iat Seng e o IPOR já pede blue cards para professores

 

Os Serviços de Imigração não estão a aceitar novos pedidos de residência pedidos por portugueses que tenham como fundamento o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de agrupamento familiar ou anterior ligação ao território.

As novas orientações, a que a agência Lusa teve acesso, datam do início de Agosto e eliminam uma prática firmada logo após a transição para a China do antigo território administrado por Portugal, apesar do formulário disponibilizado pelos Serviços de Migração ainda contemplar a possibilidade de se solicitar a residência pelo exercício de funções técnicas especializadas.

“Por ora, pela informação de que dispomos, só são aceites com base nos fundamentos de ‘agrupamento familiar’ e de ‘anterior ligação à RAEM’” quaisquer novos pedidos de residência feitos por cidadãos portugueses via Serviços de Migração, através do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), disse à Lusa o advogado Pedro Meireles. Ou seja, agora, a alternativa para um português garantir a residência passa por uma candidatura aos recentes programas do regime jurídico de captação de quadros qualificados enquadrados na lei n.º 7/2023 “em pé de igualdade com cidadãos de qualquer outra nacionalidade, não sendo a nacionalidade portuguesa do candidato facto positivo ou negativo de apreciação da candidatura”, explicou o advogado da JNV – Advogados e Notários.

Outra hipótese, é a emissão de um ‘blue card’, um vínculo laboral atribuído a não-residentes, sem benefícios ao nível da saúde ou educação e sem possibilidade de garantir a residência permanente na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

“Se um cidadão português quiser emigrar para a RAEM, para aqui trabalhar em ‘funções técnicas especializadas’, caso não haja programa aberto ao abrigo do regime jurídico de captação de quadros qualificados a que se possa candidatar e/ou não seja caso de reunificação familiar com residentes da RAEM, a solução que nos parece ser viável (…) é a sua (futura) entidade patronal na RAEM pedir autorização de contratação (quota)” e, depois, em caso de deferimento, “pedir a emissão de ‘blue card’”, explicou o advogado.

 

Teoria e prática

Entre Abril de 2003 e Novembro de 2021, os pedidos de residência de portugueses eram expressamente mencionados na lei e equiparados aos pedidos de residência de cidadãos chineses, mas isso mudou com a nova legislação.

“Os pedidos de residência de (…) portugueses deixaram de ser expressamente mencionados (quer na lei n.º 16/2021, quer no regulamento administrativo n.º 38/2021)”, ou seja, “desapareceu essa menção ‘especial’”, notou Meireles.

Contudo, na prática, continuou a aceitar-se, até Agosto, os pedidos de residência com o fundamento de exercício de funções técnicas especializadas.

O advogado José Abecassis rejeitou que “as circunstâncias presentes justifiquem uma mudança de posição radical, nada transparente e que apanhe a comunidade – se não mesmo as entidades oficiais – completamente desprevenida”.

Mas, na realidade, tudo se modificou com as novas orientações, que surgiram pouco depois da publicação da lei n.º 7/2023, no final de Maio.

As autoridades terão “alterado os seus procedimentos por causa da entrada em vigor da Lei n.º 7/2023, sendo, no entanto, de notar que (…) em nada alterou e/ou revogou a lei n.º 16/2021”, assinalou Pedro Meireles, defendendo também que tal “não deveria ter afetacdo o actual sistema de concessão de autorização de residência via Serviços de Migração”.

José Abecassis reforçou este entendimento, sustentando que “a aprovação da Lei n.º 7/2023 (…) nada alterou no procedimento ou requisitos”, tanto mais que, “o portal do Governo da RAEM continua a informar que os pedidos apresentados por cidadãos de nacionalidade portuguesa devem continuar a ser apreciados em função da lei n.º 16/2021”.

No caso das renovações, ainda se contempla o fundamento “exercício de funções técnicas especializadas na RAEM”, ressalvou Meireles.

 

É a falar

O Consulado Geral de Portugal em Macau está em conversações com as autoridades da RAEM devido às recentes restrições na autorização de residência para portugueses, disse à Lusa o cônsul-geral no território.

“Existe um conjunto de questões relacionadas com o tema da pergunta que estão a ser objecto de conversações com as autoridades” do território, mas o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão, “não considera conveniente fazer mais declarações”, pode ler-se numa resposta do secretariado do responsável diplomático, quando questionado sobre as alterações legislativas e novas orientações internas nos Serviços de Migração.

Segundo apurou a Lusa, o facto de as autoridades de Macau não estarem a aceitar novos pedidos de residência para portugueses nos Serviços de Imigração já está a afectar entidades portuguesas no território ao nível da contratação, como é o caso do IPOR – Instituto Português do Oriente.

A directora disse à Lusa que o IPOR teve de solicitar a emissão de ‘blue cards’ na contratação dos dois últimos professores, um visto de trabalho precário que não contempla os mesmos benefícios ao nível da saúde ou educação, nem dá início a um processo que garanta o estatuto de residente permanente, como acontecia até aqui.

Constrangimentos que prejudicam a capacidade de contratar professores oriundos de Portugal, mas não só, disse Patrícia Ribeiro: “se se prolongar esta situação”, e não existir uma solução diplomática, “vai haver um momento em que não vamos conseguir mais quotas” para ‘blue card’, uma vez que é preciso equilibrar o número possível de não-residentes empregados com a obrigatoriedade de contratação local. “E isso é um problema, porque já fizemos algumas contratações locais, mas no segundo concurso já não encontrámos [candidatos] com as qualificações que pretendíamos”, explicou.

Por outro lado, a alternativa apresentada nos Serviços de Migração, o recente programa de captação de quadros qualificados, “não se adapta a muitas entidades e ao próprio IPOR”, acrescentou.

 

Chovem Prémios Nobel

A 1 de Setembro, Macau anunciou dois programas para captar quadros qualificados em áreas de tecnologia de ponta, os primeiros no âmbito de uma lei que entrou em vigor a 1 de Julho, e que procura captar para o território desde vencedores do prémio Nobel a campeões olímpicos – considerados “quadros qualificados de elevada qualidade” -, até “quadros altamente qualificados e profissionais de nível avançado”.

“Este programa não se vai adaptar a muita gente, porque têm exigências que vão desde prémios, nível de vencimento muito elevado e uma permanência mínima de sete anos em Macau, que não podemos assegurar”, exemplificou a directora do IPOR.

A Lusa tentou contactar o director da Escola Portuguesa de Macau, mas este não respondeu em tempo útil. O mesmo aconteceu com o Corpo de Segurança Pública, responsável pela recepção dos pedidos de autorização de residência via Serviços de Migração.

O primeiro sinal de que algo teria mudado tornou-se visível em Outubro de 2022, quando o jornal Plataforma noticiou que os delegados de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste no Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa tinham perdido o direito de residência no território por força da lei n.º 16/2021, que regula precisamente as autorizações de permanência e residência no território.

Tal aconteceu apesar de o Fórum Macau ser tutelado pelo Ministério do Comércio da China, dos delegados exercerem funções de representantes de outros países e de ser descrito como um organismo prioritário da política de cooperação económica de Pequim e de Macau com os países lusófonos.

15 Set 2023

Ucrânia | Confirmada visita de cardeal Matteo Zuppi a Pequim

O Governo chinês confirmou ontem que o cardeal Matteo Zuppi, encarregado pelo Papa Francisco de promover a paz na Ucrânia, “vai visitar em breve” o país asiático. A Santa Sé anunciou na terça-feira que o cardeal estaria na China entre quarta e sexta-feira.

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que o representante do Governo chinês para os Assuntos Eurasiáticos, Li Hui, vai reunir-se com Zuppi, embora não tenha dado mais pormenores sobre a agenda do representante papal.

Li visitou a Ucrânia em Maio, onde afirmou que “todas as partes têm de criar condições para acabar com a guerra” e “iniciar conversações de paz”. Mao disse que a China “sempre esteve empenhada em promover a paz” e que está “disposta a desempenhar um papel construtivo” no desanuviamento das tensões.

De acordo com o Vaticano, a visita de Zuppi “constitui um novo passo na desejada missão do Papa de apoiar medidas humanitárias e procurar caminhos que possam conduzir a uma paz justa”. Em Maio passado, o Papa Francisco criou uma missão de paz para procurar iniciativas que “contribuam para reduzir as tensões no conflito na Ucrânia” e confiou-a a Zuppi, um conhecido mediador e também arcebispo da cidade italiana de Bolonha.

Nos últimos meses, Zuppi deslocou-se à Ucrânia para se encontrar com o Presidente ucraniano, Volodymir Zelenski, e depois voou para Moscovo, onde foi recebido pelo presidente da Federação Russa para os assuntos de política externa, Yuri Ushakov. A China e a Cidade do Vaticano não têm relações diplomáticas oficiais e existem disputas sobre a nomeação de bispos no país asiático.

14 Set 2023

Venezuela | Xi Jinping eleva relação para nível máximo no protocolo

O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou ontem a elevação da relação entre a China e a Venezuela para o mais alto nível protocolar, durante uma reunião em Pequim com o homólogo venezuelano, Nicolás Maduro. “Estou muito satisfeito por anunciar a elevação das relações entre a China e a Venezuela para o nível de parceria estratégica nos ‘momentos bons e maus’”, disse Xi Jinping, citado pela televisão estatal CCTV.

Este é o mais alto nível das relações com a diplomacia chinesa. Apenas alguns países, incluindo Paquistão, Rússia ou Bielorrússia, têm direito a este tratamento. Xi recebeu Maduro com guarda de honra, salvas de canhão e o hino dos dois países tocado por uma banda militar, no Grande Palácio do Povo, o edifício monumental contíguo à Praça Tiananmen.

Pequim é a quarta paragem de Maduro, na deslocação de sete dias à China, após visitar as cidades Shenzhen e Xangai e a província de Shandong, de onde partiu num comboio de alta velocidade para a capital chinesa. O governante, que já visitou a China cinco vezes desde que ascendeu ao poder – a última em 2018 -, vai permanecer no país asiático até quinta-feira.

A China tem sido um parceiro estratégico da Venezuela e esta visita visa reforçar ainda mais a cooperação em vários domínios, nomeadamente económico, tecnológico e diplomático, segundo uma porta-voz do Governo chinês. Pequim mantém relações próximas com o Presidente venezuelano, que se encontra isolado na cena internacional. A China é um dos principais credores da Venezuela, cujo PIB afundou 80 por cento, nos últimos dez anos, devido a uma grave crise económica.

Crítico feroz dos Estados Unidos, Nicolás Maduro elogiou a China como um país “sem um império hegemónico que chantageia, domina e ataca os povos do mundo”.

14 Set 2023

Mar do Japão | Pyongyang lança dois mísseis balísticos

A Coreia do Norte lançou ontem dois mísseis balísticos que caíram no Mar do Japão, numa altura em que o líder Kim Jong-un está na Rússia para um encontro com o Presidente Vladimir Putin.

A Guarda Costeira do Japão, citando o Ministério da Defesa de Tóquio, disse que se tratou de dois mísseis balísticos e pediu aos navios ao redor da costa japonesa que tomem cuidado com a queda de objectos.

O porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, disse aos jornalistas que os mísseis “parecem ter caído fora da zona económica exclusiva do Japão”, acrescentando que os detalhes do lançamento estão a ser analisados.

Também o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que os mísseis foram disparados “entre as 11:43 e 11:53”, a partir de uma área em Sunan, onde fica o aeroporto internacional da capital norte-coreana, Pyongyang. “As nossas forças armadas reforçaram a sua vigilância em antecipação a outros lançamentos, ao mesmo tempo que permanecem prontas para intervir em estreita colaboração com os Estados Unidos”, indicaram os militares sul-coreanos

Apertos de mão

O lançamento acontece numa altura em que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, está na Rússia para um encontro com o Presidente russo Vladimir Putin. As agências de notícias oficiais russas avançaram ontem que Putin e Kim já se encontraram, com um aperto de mão, na base espacial de Vostochny, na região de Amur, no extremo leste da Rússia.

Kim chegou à estação ferroviária de Vostochny vindo da Coreia do Norte no seu comboio especial blindado, de onde foi transportado para a base espacial numa limusine. De acordo com a imprensa oficial russa, Putin recebeu o líder da Coreia do Norte, dizendo estar “muito feliz” com o encontro, enquanto Kim agradeceu o convite para visitar a Rússia, “apesar de [Putin] estar ocupado”.

Os dois líderes irão primeiro visitar a base espacial e depois conversar, durante cerca de três horas, sobre “relações comerciais” e “assuntos internacionais”, no segundo encontro bilateral desde 2019, avançou a imprensa estatal russa.

Na comitiva de Kim seguem os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, bem como altos funcionários militares, tais como o diretor do Departamento Industrial de Munições e também o Secretário para a Ciência e Educação do Comité Central do Partido dos Trabalhadores, ligado ao programa espacial norte-coreano.

O Kremlin afirmou que a cooperação bilateral ou os laços comerciais estarão na agenda do encontro entre Kim e Putin, bem como “questões sensíveis” que não serão partilhadas publicamente, o que é interpretado como uma confirmação de que os dois líderes irão discutir intercâmbios militares.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Lim Soo-suk, disse que Seul está em comunicação com a Rússia enquanto acompanha de perto a visita de Kim.

“Nenhum Estado-membro da ONU deveria violar as sanções do Conselho de Segurança contra a Coreia do Norte, ao envolver-se em comércio ilegal de armas, e certamente não deve envolver-se numa cooperação militar com a Coreia do Norte que mina a paz e a estabilidade da comunidade internacional”, disse Lim, numa conferência de imprensa.

14 Set 2023

Moscovo | Wang Yi reúne com Lavrov na próxima semana

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, vai deslocar-se a Moscovo no dia 18 de Setembro para se reunir com o homólogo russo, Sergei Lavrov, anunciou ontem a Rússia.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zajarova, indicou que durante a reunião “será abordado um vasto leque de questões relativas à cooperação bilateral”, num anúncio feito quando decorre a visita à Rússia do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un.

“Será dada atenção à questão do fortalecimento das interações na esfera internacional, com ênfase no trabalho conjunto nas Nações Unidas, nos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, na Organização de Cooperação de Xangai (OCS), o G20, o Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) e outros fóruns”, explicou.

Da mesma forma, enfatizou que Lavrov e Wang manterão uma “troca detalhada de pontos de vista” sobre a guerra na Ucrânia, incluindo a possibilidade de um acordo de paz, e formas de garantir a estabilidade e a segurança na região Ásia-Pacífico, conforme relatado pela agência de notícias russa Interfax.

A China apresentou em Fevereiro um plano de paz para a Ucrânia, composto por doze propostas, num dos seus esforços para alcançar uma solução política para a invasão russa, desencadeada em Fevereiro de 2022 por ordem do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

14 Set 2023

Chinesa Huaxin passa a liderar Cimentos de Moçambique

A chinesa Huaxin, que opera 300 filiais em 10 países, vai passar a liderar a empresa Cimentos de Moçambique, segundo informação do negócio de compra publicado pela Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) moçambicana.

De acordo com a deliberação de não oposição da ARC à concentração de actividade em causa está a aquisição pela Huaxin Cement, através de uma subsidiária (grupo Huaxin Hong Kong), de 100 por cento das participações detidas pela espanhola InterCement Company, que por sua vez detém participações em empresas sul-africanas e moçambicanas, incluindo, através da Natal Portland Cement (NPC), 95,74 por cento da Cimentos de Moçambique.

A Cimentos de Moçambique tem como actividade o fabrico e venda de cimento e detém 100 por cento do capital social das empresas Cimentos de Nacala e Cimebetão Moçambique, além de 3 por cento na Sociedade de Desenvolvimento do Corredor de Maputo (concessionária do transporte e logística no sul do país).

Segundo a deliberação da ARC, que não refere valores envolvidos no negócio, a Huaxin Hong Kong é uma subsidiária integralmente detida pela Huaxin, por sua vez constituída na China e com 300 filiais em mais de 10 províncias e cidades chinesas e noutros nove países: Tajiquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Camboja, Nepal, Tanzânia, Zâmbia, Malaui e Omã. O grupo actua nos mercados de fabrico e venda de cimento.

“A Huaxin dedica-se igualmente à fabricação de agregados e betão, actividades de gestão de resíduos, e possui o seu próprio equipamento de pré/coprocessamento de cimentos e resíduos com tecnologia própria”, refere a ARC, acrescentando que o grupo chinês tem ainda experiência no fabrico de sacos de cimento, tijolos, argamassa e produção de betão de desempenho “ultraelevado”, sendo o “primeiro e o principal promotor na China”.

Novas oportunidades

De acordo com a ARC, Moçambique conta actualmente com 16 fábricas de cimento, sendo três do período anterior à independência, da Cimentos de Moçambique, com uma capacidade de produção global instalada de 7.689.500 toneladas por ano. Dessas, nove funcionam na província de Maputo.

No parecer sobre este negócio, a Direcção Nacional de Indústria refere que a materialização de um novo projecto de investimento na Cimentos de Moçambique, em Nacala, “vai possibilitar o surgimento de novos postos de trabalho, a disponibilidade de clínquer, importante matéria-prima para a produção de cimento”, bem como a “redução da dependência externa, resultando assim no aumento da poupança de divisas”.

14 Set 2023

Taiwan | Pequim adverte que compra de armas vai empurrar a ilha “para o limiar da guerra”

O governo chinês volta a alertar as autoridades de Taiwan de que qualquer caminho rumo à independência está condenado ao fracasso e só poderá ter consequências desastrosas para o povo da ilha

 

A China advertiu ontem o partido no poder em Taiwan que a compra de armamento aos Estados Unidos “só vai empurrar” a ilha “para o limiar da guerra” e “trazer desastres” ao povo do território.

A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado (Executivo), Chen Binhua, denunciou numa conferência de imprensa que, desde que o Partido Democrático Progressista (DPP) chegou ao poder, em 2016, o orçamento e as despesas de armamento da ilha aumentaram todos os anos.

Segundo a porta-voz, que citou artigos de imprensa, entre 2020 e 2022, Taiwan foi o principal comprador de armas dos Estados Unidos e o orçamento de Defesa do território para o próximo ano vai ser o dobro do que era há oito anos.

“Avisamos solenemente as autoridades do DPP que qualquer tentativa de alcançar independência pela força não alterará o nosso firme compromisso de resolver a questão de Taiwan e de conseguir a reunificação completa da China”, disse Chen.

A porta-voz acrescentou que qualquer tentativa desse género “será inútil à luz da formidável força [da China] na salvaguarda da sua soberania e integridade territorial”.

No mês passado, o governo da ilha propôs aumentar os gastos com a defesa em 3,5 por cento, para atingir 606,8 mil milhões de dólares taiwaneses (17,41 mil milhões de euros) ou cerca de 2,5 por cento do PIB (produto interno bruto) de Taiwan, em 2024. Seria o maior orçamento de Defesa de sempre do território. Face à escalada das tensões com a China, o serviço militar obrigatório foi também alargado de quatro meses para um ano, em Março passado.

Jogo territorial

A China tem enviado navios de guerra, bombardeiros, aviões de combate e aviões de apoio para o espaço aéreo perto de Taiwan quase diariamente, na esperança de esgotar os limitados recursos de defesa da ilha e reduzir o apoio à líder pró-independência do território, Tsai Ing-wen. Taiwan vai realizar eleições presidenciais no próximo ano.

14 Set 2023

Saúde | Caso de tifo diagnosticado em jardineiro TNR

Os Serviços de Saúde (SS) indicaram ontem que foram notificados de um “caso suspeito de Tsutsugamushi, vulgarmente conhecido como Tifo Epidémico, sendo o oitavo caso suspeito de Tsutsugamushi em Macau deste ano”. O doente é um não-residente, de 35 anos de idade e nacionalidade filipina, que trabalha em zonas verdes e jardins”.

As autoridades revelaram que no dia 29 de Agosto, o indivíduo “manifestou dores no escroto esquerdo, os sintomas não melhoraram no dia 2 de Setembro”. Com um quadro clínico que incluía também febre, o homem recorreu ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde foi internado para observação e sujeito a tratamento.

“Após o exame médico, verificou-se que havia uma escara do tamanho de um feijão de soja no escroto esquerdo. Após ter sido submetido ao tratamento, teve alta hospitalar na segunda-feira”, especificam os SS.

Segundo o relato das autoridades, o paciente trabalhou na colina perto da Estrada do Alto de Coloane nos meses de Julho e Agosto. O tifo epidémico é uma doença infecto-contagiosa aguda provocada pela picada de larvas portadoras das doenças, que podem ser infectadas quando parasitam ratos.

14 Set 2023

Turismo Global | Décima edição do fórum dias 20 e 23

A décima edição do Fórum de Economia de Turismo Global (GTEF, na sigla inglesa) decorre nos próximos dias 20 a 23 de Setembro no Centro Internacional de Convenções da Galaxy Macau.

Segundo um comunicado do gabinete do Secretário para a Economia e Finanças, o evento tem como tema “Destino 2030: Libertar o Poder do Turismo em Prol de Negócios e Desenvolvimento”, pretendendo dar “uma resposta à nova conjuntura moldada pelas premissas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU”. Reunir-se-ão, assim, “ministros e outros governantes do sector turístico e cultural, líderes empresariais, decisores políticos e académicos de vários países”, a fim de pensar em estratégias “além do turismo”, com o intuito de criar “um ecossistema turístico resiliente, de qualidade e personalizado numa nova normalidade, através duma cooperação internacional inovadora e sustentável”.

A décima edição do GTEF inclui fóruns de discussão, sessões de debate e bolsas de contacto para empresas turísticas, sendo Itália o país parceiro deste ano e Xangai a cidade convidada.

Desde a sua primeira edição, o GTEF atraiu mais de 12.700 participantes provenientes de mais de 90 países e regiões, tendo recebido 152 delegações de diferentes províncias e regiões do Interior da China.

14 Set 2023

Aviação civil | Deputados questionam prazo de novas licenças

Os deputados da terceira comissão permanente da Assembleia Legislativa (AL) questionaram ontem o prazo de 25 anos fixado para as novas licenças de prestação de serviços de aviação civil.

Segundo a TDM Rádio Macau, Vong Hin Fai, deputado que preside à comissão que analisa na especialidade a proposta de lei da actividade de aviação civil indicou que “alguns deputados consideram necessário reduzir esse período de validade. O Governo respondeu que em certos países nem existe prazo. Quer dizer que a licença é atribuída sem prazo, não há limitação de prazo”, explicou.

Outro dos pontos abordados, foi o facto de a proposta de lei não fixar o período mínimo e máximo para a renovação das licenças, algo que será regulado no futuro, segundo o Governo. “O Governo vai ter que avaliar a evolução do mercado de aviação civil, tem ideia de regulamentar o prazo de renovação, mas isso não vai constar na proposta de lei”, adiantou Vong Hin Fai. Na proposta de lei consta também que as operadoras têm de submeter um plano de actividades e negócios para cinco anos ao Chefe do Executivo.

14 Set 2023

CEM | Governo cede terreno na Zona A dos Novos Aterros

O Governo cedeu um terreno com uma área de 2.209 metros quadrados no Lote A7 da Zona A dos Novos Aterros Urbanos à Companhia de Electricidade de Macau (CEM), para construir uma subestação eléctrica. A informação foi publicada ontem no Boletim Oficial, num despacho publicado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário.

A Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana considerou que “a concessão do terreno se funda no interesse público, porquanto visa a instalação de equipamento necessário ao funcionamento do serviço público de fornecimento de energia eléctrica”. É ainda especificado que a construção de uma subestação para responder à procura faseada de electricidade da Zona A dos Novos Aterros Urbanos, satisfaz uma necessidade colectiva. Pelo terreno, a CEM vai pagar “uma taxa anual” de 2,35 milhões de patacas.

14 Set 2023