Croupier condenada a pagar parte de tratamento hospitalar

O Tribunal de Segunda Instância (TSI) condenou uma croupier a pagar parte do tratamento e internamento ao hospital Kiang Wu, absolvendo a seguradora de cobrir a totalidade dos custos. Segundo o acórdão ontem divulgado, o TSI rejeitou o recurso apresentado pela croupier por “não ter sido dado como provado que o desmaio foi motivado por nervosismo no trabalho”.
O caso aconteceu há seis anos, quanto a croupier “sofreu uma síncope, tendo desmaiado no interior de uma sala de jogo durante o trabalho”. Foi transferida para o Kiang Wu. No hospital foram-lhe diagnosticadas “hemorragia cerebral e hipertensão, que lhe provocaram, como sequela, uma deformidade funcional do membro inferior esquerdo”.
Os seis dias de internamento e o tratamento feito em regime de consulta externa resultaram numa conta superior a 72 mil patacas. A seguradora, porém, só pagou pouco mais de 35 mil patacas. A croupier decidiu ir para tribunal exigir uma indemnização superior a 120 mil patacas e chegou a ganhar o caso, mas a seguradora recorreu da decisão por considerar que “a sentença do tribunal se encontra inquinada do vício de erro na apreciação da prova, pois o desmaio sofrido pela [croupier] na sala de jogo foi motivado por doenças de que a autora sofria anteriormente”.
Depois de analisar o depoimento dado por dois médicos, o TSI decidiu a favor da seguradora, considerando que a análise feita pelo médico escolhido pelo Ministério Público, que serviu de base à primeira decisão dos juízes, não comprovava que o desmaio da croupier tinha ocorrido devido ao trabalho.

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