China / ÁsiaHong Kong: Membro do grupo que inclui luso-chinês acusado de conluio com Jimmy Lai Hoje Macau - 25 Mar 2021 O activista Andy Li, detido em 2020 num grupo de 12 fugitivos que incluía um jovem luso-chinês, foi ontem acusado de conluio com o magnata dos ‘media’ Jimmy Lai, após regressar a Hong Kong, anunciou a polícia. Andy Li, de 30 anos, faz parte dos oito activistas pró-democracia entregues na segunda-feira às autoridades da antiga colónia britânica, após terem cumprido uma pena de sete meses em Shenzhen, na China continental, por travessia ilegal. A polícia do território anunciou que Andy Li foi acusado de conluio com forças estrangeiras, um dos crimes previstos na lei da segurança nacional. De acordo com a agência France-Presse (AFP), que cita um documento do tribunal, Andy Li é acusado de conspirar com Jimmy Lai, o magnata dos meios de comunicação social detido no ano passado, para que fossem impostas sanções do estrangeiro aos líderes de Hong Kong. Andy Li é também acusado de conspirar com Jimmy Lai para auxiliar a fuga do grupo para Taiwan, segundo o documento. Jimmy Lai, de 72 anos, já tinha sido acusado em Fevereiro de ajudar os 12 ativistas capturados em Shenzhen quando tentavam fugir do território. Li é ainda acusado de posse não autorizada de munições, uma acusação relacionada com o facto de a polícia ter encontrado latas de gás lacrimogéneo vazias disparadas pelas forças de segurança durante os protestos de 2019, segundo a AFP. Os restantes sete activistas entregues pela China às autoridades de Hong Kong deverão enfrentar acusações no território pela participação nos protestos de 2019. O luso-chinês Tsz Lun Kok, também entregue às autoridades de Hong Kong na segunda-feira, tinha sido detido na antiga colónia britânica em 18 de novembro de 2019, durante o cerco da polícia à Universidade Politécnica daquele território, e mais tarde libertado. Kok, que é acusado de motim, deveria ter sido ouvido no tribunal de Tuen Mun, em Hong Kong, em 25 de Setembro de 2020, altura em que estava detido na China continental, segundo o seu advogado disse então à Lusa, não sendo ainda conhecida nova data para o julgamento.