China / ÁsiaChina | Vendas de automóveis recuaram em Março pelo 10.º mês consecutivo Hoje Macau - 11 Abr 2019 Apesar da resistência da economia chinesa às adversidades provocadas pela guerra comercial com os Estados Unidos, as vendas de veículos mantêm a tendência de queda. Por outro lado, as transacções de carros eléctricos dispararam, com as vendas a registarem um aumento de 100,9 por cento, face a igual período do ano passado [dropcap]A[/dropcap]s vendas de automóveis na China caíram em Março, pelo décimo mês consecutivo, em termos homólogos, informou ontem a imprensa oficial, reflectindo o abrandamento na economia chinesa, numa altura de fricções comerciais com Washington. Segundo o jornal oficial em língua inglesa China Daily, venderam-se, no total, 1,78 milhões de veículos utilitários desportivos, ‘minivans’ e ‘sedans’, uma queda de 12 por cento, face a Março de 2018. Apenas os carros eléctricos registaram um aumento das vendas, na sequência da atribuição de subsídios pelo Governo, com 111 mil unidades vendidas, em Março, mais 100,9 por cento do que no mesmo mês do ano anterior. Em 2018 a venda de automóveis na China caiu 5,8 por cento, para 22,35 milhões de veículos, no primeiro declínio anual desde 1990, coincidindo com outros indicadores negativos da economia chinesa. Trata-se de um retrocesso para as principais construtoras do sector, que anunciaram planos de milhares de milhões de euros, visando cumprir as metas do Governo chinês para o desenvolvimento de veículos eléctricos. A segunda maior economia do mundo cresceu 6,6 por cento, no ano passado, o ritmo mais lento em quase três décadas. A actividade económica permaneceu robusta durante a maior parte do ano, apesar da guerra comercial que despoletou, no Verão passado, com Washington, suscitada pelas ambições chinesas para o sector tecnológico. No entanto, as exportações caíram em Dezembro, reflectindo os efeitos da entrada em vigor de uma segunda ronda de taxas alfandegárias nos Estados Unidos, sobre cerca de 200.000 milhões de dólares de bens oriundos da China. A queda nas vendas faz prever que Pequim deverá reduzir os impostos ou oferecer outros incentivos à compra de automóveis.