SociedadeJorge Álvares | Localização de réplica da biblioteca ainda por decidir Andreia Sofia Silva - 19 Set 2017 A Fundação Jorge Álvares quer edificar em Lisboa uma réplica da biblioteca de matriz chinesa que se encontra no jardim de São Francisco, junto ao Clube Militar, mas a localização ainda não é certa. Quatro anos depois, projecto ainda está a ser avaliado [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi há quatro anos que a Fundação Jorge Álvares decidiu erguer na capital portuguesa uma réplica da pequena biblioteca de matriz chinesa, da Associação Comercial de Macau, que está localizada junto ao Clube Militar. Contudo, e após uma mudança de planos, o projecto ainda se encontra sob análise da Câmara Municipal de Lisboa, confirmou a própria fundação ao HM. “O processo de execução da réplica [da biblioteca] encontra-se em desenvolvimento na Câmara Municipal de Lisboa. Entre outros aspectos administrativos, aguarda-se, após uma primeira definição, que consideramos inapropriada, de um local definitivo para a sua edificação e construção”, lê-se em resposta escrita. Em 2014, Guilherme Valente, editor literário, era membro do conselho de administração da fundação e explicou ao HM que o projecto estaria a cargo do arquitecto Carlos Bonina Moreno. “É um projecto muito edificante. Esta ideia foi acarinhada pela câmara municipal de Lisboa e já temos o projecto feito”, disse o responsável, garantindo que os custos deste projecto seriam totalmente suportados pela entidade. “A fundação tem gerido com um rigor muito grande os seus fundos e tem recursos de rendimento que lhe permitem assumir a despesa toda”, acrescentou. Nem data, nem local Se em 2014 a fundação não tinha previsto um calendário para a sua inauguração, este continua a não existir, após a alteração dos planos iniciais. “Desejamos [que seja inaugurada] o mais depressa possível, mas as coisas têm de ser bem feitas. Estamos a trabalhar para que o sítio indicado seja visitado, frequentado e animado”, frisou Guilherme Valente. A ideia do editor literário era mostrar a união de duas culturas na capital portuguesa. “Não há em Lisboa um monumento que seja bonito, significativo e que relacione e lembre a China e a nossa presença [em Macau]. Lembrámo-nos que um monumento bonito seria uma réplica da biblioteca chinesa do jardim de São Francisco”, apontou. À data, a Fundação Jorge Álvares não tinha ainda feito contactos com o Governo de Macau para este projecto, mas mostrava-se aberta a eventuais parcerias.