Aviação | Deputado pergunta se haverá apoios para novas companhias

Em Fevereiro, entra em vigor a nova lei da aviação, que termina com o monopólio da Air Macau. Lam Lon Wai quer saber como irá o Governo traçar o futuro desenvolvimento da indústria da aviação civil

O deputado Lam Lon Wai perguntou ao Governo se existem planos para apoiar companhias aéreas a fixarem-se em Macau. O assunto vai ser abordado na Assembleia Legislativa, numa intervenção oral, que foi divulgada ontem pelo legislador.
No texto, Lam Lon Wai começa por lamentar que “durante muitos anos, Macau apenas tenha tido uma companhia aérea local” o que fez com que “dimensão global do mercado continue a ser relativamente pequena”.

O legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) aponta que a nova lei que acaba com o monopólio da Air Macau está a fazer com que o mercado da aviação entre “numa nova fase de desenvolvimento”.

Neste sentido, o deputado pretende saber como as autoridades vão “aproveitar proactivamente as novas oportunidades” para “atrair mais empresas de aviação financeiramente sólidas para estabelecerem empresas ou sucursais locais em Macau”. Como parte da estratégia, Lam Lon Wai perguntou se o Governo vai lançar medidas como “acordos de exploração direitos aéreos”, “expansão das instalações aeroportuárias” ou “iniciativas de formação de pessoal” para “impulsionar o mercado da aviação de Macau para uma nova fase de diversificação e cooperação regional”.

Mais companhias

A nova lei da aviação vai entrar em vigor em Fevereiro do próximo ano, e o deputado recorda que “um dos principais objectivos da legislação é permitir a criação de companhias aéreas locais, promovendo assim um sistema de aviação civil mais autónomo para Macau”.

Lam Lon Wai pretende assim saber se a entrada em vigor da nova legislação vai ser encarada como uma oportunidade para reponderar os acordos de aviação com diferentes jurisdições. “As autoridades irão rever todos os acordos de serviços aéreos assinados com vários países e formular políticas de incentivo para atrair transportadoras estrangeiras, reforçando assim as vantagens de Macau como centro de trânsito?”, questionou.

O deputado indica ainda que Macau pode ser um centro de ligação da aviação regional. “Se os esforços no futuro incluírem uma maior colaboração regional entre aeroportos com a utilização flexível dos direitos aéreos, Macau tem potencial para evoluir e transformar-se num centro de ligações aéreas e logísticas na Grande Baía”, apontou.

Contudo, para concretizar esta estratégia, o deputado indicou que é importante que o do Terminal de Carga de Hengqin para o Aeroporto Internacional de Macau entre em funcionamento em 2027.

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