Desporto MancheteGP | Unanimidade quanto à “Super Pole” nos GT Sérgio Fonseca - 5 Dez 2025 A Federação Internacional do Automóvel (FIA) deverá continuar a apostar no sistema de “Super Pole” para a nona Taça do Mundo FIA de GT, caso esta corrida volte a integrar o programa do 73.º Grande Prémio de Macau no próximo ano Pela primeira vez, na edição do passado mês de Novembro, os dez mais rápidos da Qualificação 1 dispuseram de 20 minutos para se prepararem para a primeira “Super Pole” da história da Taça do Mundo de GT da FIA, na qual, pela ordem inversa dos tempos, cada piloto entrou sozinho em pista para uma volta de saída, duas voltas cronometradas e uma de regresso, com intervalos de um minuto entre concorrentes e a possibilidade de utilizar um novo jogo de pneus. O melhor tempo obtido entre as duas voltas cronometradas determinou a Qualificação 2 “Super Pole”, que definiu a grelha de partida da Corrida Classificativa. Após o sucesso desta iniciativa, a federação internacional pretende continuar a aplicá-la na Taça GT Macau – Taça do Mundo FIA de GT, tendo inclusive produzido um vídeo promocional para o confirmar. Lutz Leif Linden, Presidente da Comissão de GT e da Comissão de Construtores da FIA, admite que se trata de algo “muito excitante para os espectadores, assim como para os pilotos”. Presente em Macau durante o Grande Prémio, o influente Stéphane Ratel, CEO da SRO Motorsports Group, entidade co-organizadora da Taça GT Macau – Taça do Mundo FIA de GT, concorda igualmente com a medida, sublinhando que representa “um desafio adicional e que resulta. Na SRO fazemos isso a nível global. Nos maiores eventos, como as 24 Horas de Spa, temos uma ‘Super Pole’, e é algo de que gostamos.” Pilotos e marcas concordam Pilotos e marcas ficaram igualmente impressionados com esta primeira experiência nas ruas do território. “Macau já é especial e acho que, com este formato, tivemos algo ainda mais especial”, recordou Antonio Fuoco, o piloto que deu à Ferrari o seu primeiro em Macau desde 1995. Ferdinando Cannizzo, responsável máximo da Competizioni GT da Ferrari, reforça a ideia, destacando a vantagem técnica quando o desafio se resume ao piloto e ao circuito, sem interferências externas. “Sem carros, sem trânsito, podes concentrar-te realmente nas tuas forças e tentar maximizar a performance do carro”, referiu o representante da marca do Cavallino Rampante. Este sistema de qualificação, um momento importante do fim-de-semana dada a dificuldade de ultrapassar no Circuito da Guia, acrescenta também um elemento de incerteza e eleva o espectáculo. Stefan Gugger, responsável pelo desenvolvimento dos carros de competição da Lamborghini, afirmou que, na sua opinião, “é uma melhoria para os nossos fãs. Podemos realmente ver a performance do piloto e do carro, o que representa igualmente um bom desafio para a equipa.” A Porsche, uma das marcas que mais defendeu a introdução obrigatória dos dispendiosos sensores de binário nesta corrida, foi também das principais impulsionadoras da “Super Pole”. “Acredito que o novo formato é realmente um passo em frente”, afirmou Thomas Laudenbach, Vice-Presidente da Porsche Motorsport. “Permite que os pilotos tenham voltas limpas. É um excelente avanço na direcção certa, talvez com alguma afinação, mas, no geral, para mim é positivo. Espero que mantenham este formato, porque é fantástico.” Entretanto, a data da edição de 2026 do Grande Prémio de Macau deverá ser confirmada na próxima semana, durante o Conselho Mundial da FIA, que terá lugar antes da cerimónia de entrega dos prémios da FIA referentes a 2025, na cidade de Tashkent, no Uzbequistão.