Antártico | Iniciada 42.ª missão para concluir base e perfurar lagos subglaciares

A 42.ª expedição antártica da China partiu este fim de semana de Xangai para uma missão de sete meses, que inclui a construção da quinta base do país no continente gelado e a primeira perfuração científica em lagos subglaciais.

A campanha, composta por mais de 500 especialistas de cerca de dez países e apoiada pelos navios quebra-gelo Xuelong e Xuelong 2 (“Dragão de Neve” e “Dragão de Neve 2”), tem como objectivos reforçar as infraestruturas da estação Qinling e aprofundar os estudos sobre as alterações climáticas, informou ontem o jornal oficial China Daily.

Durante a missão, serão concluídas as obras de engenharia e os sistemas de energia renovável da base Qinling, inaugurada em Fevereiro de 2024 na ilha Inexpressável, no mar de Ross, segundo a Administração Polar da China.

A estação foi concebida com tecnologia “inteligente” e materiais sustentáveis, combinando energia eólica, solar, de hidrogénio e geradores a gasóleo. Prevê-se que esteja totalmente operacional em Fevereiro de 2026. A equipa científica vai também realizar a primeira perfuração profunda em lagos situados sob mais de 3.000 metros de gelo, utilizando sistemas de perfuração com água quente e fusão térmica.

As amostras recolhidas servirão para estudar ecossistemas isolados e a evolução do clima global. Os investigadores realizarão ainda estudos multidisciplinares sobre o impacto do aquecimento global no oceano Antártico, incluindo observações biológicas, químicas, atmosféricas e glaciares em áreas como o mar de Amundsen e a baía Prydz.

O regresso da expedição à China está previsto para Maio de 2026. A China iniciou as missões científicas na Antártida em 1984 e conta actualmente com cinco estações de investigação no continente.

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