China / ÁsiaUE procura resposta coordenada com G7 a restrições de terras raras Hoje Macau - 16 Out 2025 A União Europeia (UE) quer coordenar com o G7 uma resposta conjunta ao anúncio da China sobre a imposição de novas restrições à exportação de terras raras, afirmou ontem o comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic. “Não podemos ficar de braços cruzados, precisamos de uma resposta coordenada. Estou em contacto próximo com os meus parceiros do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais representante da UE)”, declarou o comissário eslovaco numa conferência de imprensa, no final de uma reunião informal de ministros dessa área dos 27, classificando a medida da China como “injustificada” e sublinhando estar também em contacto com Pequim para encontrar uma solução. Sefcovic instou a um “tratamento justo” para as empresas europeias e criticou a “enorme incerteza” que estas restrições criam para as empresas. “Precisamos de uma atitude mais firme em relação à China”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, que acolheu a reunião, organizada pela presidência dinamarquesa do Conselho da UE em Horsens (oeste da Dinamarca), na mesma conferência de imprensa. Das dificuldades Antes do início da reunião, Rasmussen tinha defendido uma “resposta dura” e instado a “exibir força”, apontando a UE como o maior bloco comercial do mundo. À chegada a Horsens, Sefcovic destacou a “grave preocupação” manifestada pelos ministros da UE e lamentou que a China tenha aprovado apenas metade das licenças de exportação enviadas pelas empresas europeias, o que dificulta o planeamento das empresas. “Já transmitimos as nossas preocupações à China, e estão em curso conversações com altos responsáveis. Solicitei uma videoconferência com o meu homólogo chinês, que provavelmente se realizará no início da próxima semana”, disse. A China defendeu a legitimidade das novas restrições impostas na semana passada à exportação de terras raras e garantiu que o seu impacto nas cadeias de abastecimento será limitado, exortando as empresas a não se preocuparem. A medida chinesa surge em plena guerra comercial desencadeada pelos Estados Unidos nos últimos meses, com a imposição de elevadas tarifas alfandegárias a produtos de todos os países.