FIMM | Thomas Hampson interpreta Mahler esta semana no CCM

Esta quinta-feira, dia 16, actua em Macau o mundialmente reconhecido barítono Thomas Hampson, que interpretará temas de Gustav Mahler para mais um concerto integrado na 37.ª edição do Festival Internacional de Música de Macau. “Thomas Hampton Canta Mahler” conta ainda com o pianista alemão Wolfgang Rieger

É mais um momento alto do cartaz da 37ª edição do Festival Internacional de Música de Macau (FIMM): esta quinta-feira, 16 de Outubro, sobe ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) aquele que é considerado um dos grandes barítonos a nível mundial, Thomas Hampson, protagonista do concerto “Thomas Hampton Canta Mahler”. A acompanhá-lo, a partir das 20h, estará o pianista alemão Wolfgang Rieger.

Trata-se de um espectáculo dedicado aos “lieder” [conjunto de composições] de Gustav Mahler, regente e compositor nascido em 1860, na Boémia, e tido como um dos grandes nomes do período romântico da música clássica. Os “lieder” incluem o ciclo de canções “Des Knaben Wunderhorn (A Trompa Mágica do Jovem)”, composto e revisto entre 1892 e 1901; e ainda o ciclo de canções antigas “Lieder und Gesänge aus der Jugendzeit”, composto entre 1880 e 1889, “iluminando a intrincada poesia e as complexas paisagens psicológicas que definem a arte de Mahler”.

Além disso, o programa do concerto “oferece uma viagem temática pelos cenários ‘Wunderhorn’ e ‘Lieder und Gesänge’ de Mahler”, composições “agrupadas em três capítulos – ‘Fábulas e Parábolas’, ‘Humoresques e Baladas’ e ‘Baladas e Alegorias'”, e que “traçam uma progressão do encanto pastoral e da sátira à profundidade existencial e ao anseio metafísico”.

Desta forma, “o público terá ainda a oportunidade de experienciar uma mistura da sabedoria de vida e estimada musicalidade através do som da sua voz aos 70 anos”, descreve uma nota do Instituto Cultural (IC).

Estudo e prémios

O percurso do barítono está repleto de distinções. O IC descreve que “Thomas Hampson dedicou décadas à execução, à comunicação e ao estudo académico da arte de Mahler, conquistando a reputação de ‘cantor-erudito'”. Além disso, “obteve múltiplos doutoramentos honoris causa e recebeu numerosos prémios internacionais, incluindo o Prémio Grammy, o Prémio Edison, ou o ‘Grand Prix du Disque'”.

Thomas Hampson recebeu também “inúmeras honras internacionais pela sua singular arte e liderança cultural, reflectindo plenamente o seu ilustre estatuto no círculo da música clássica”, possuindo um repertório “composto por mais de 80 papéis, e com uma discografia a incluir mais de 170 álbuns”.

Thomas Hampton é ainda professor honorário de Filosofia na Universidade de Heidelberg e membro honorário da Royal Academy of Music de Londres. Possui o prestigiado título de “Kammersänger da Wiener Staatsoper” e foi nomeado “Comandante da Ordem das Artes e das Letras” pela República Francesa. É ainda co-fundador e director artístico da Lied Academy Heidelberg e, em 2003, fundou a Hampsong Foundation, através da qual utiliza a arte da canção para promover o diálogo e a compreensão interculturais.

Parceria feliz

Outro dos músicos que sobe ao palco do CCM, Wolfram Rieger, é um distinto pianista alemão, sendo reconhecido pela sua interpretação de “Lied”. Aperfeiçoou a sua arte aulas com Elisabeth Schwarzkopf, Hans Hotter e Dietrich Fischer-Dieskau. Após concluir os estudos, Rieger começou a leccionar na Escola Superior de Música de Munique, onde fundou em 1991 a sua própria classe de Lieder para cantores e pianistas. É Professor de “Lied” na Escola Superior de Música Hanns Eisler de Berlim desde 1998, e dá masterclasses em todo o mundo.

Muito requisitado como parceiro de recitais e músico de câmara, Rieger actua em salas de renome como o Wigmore Hall, o Carnegie Hall, o Konzerthaus de Viena e em festivais como a Schubertiade de Feldkirch e Salzburgo. Entre os seus colaboradores destacam-se Thomas Hampson, Thomas Quasthoff, Brigitte Fassbaender e Matthias Goerne. As suas reconhecidas gravações valeram-lhe distinções como a Medalha Hugo Wolf e a Medalha da Associação Franz Schubert de Barcelona. Os preços dos bilhetes para este recital variam entre 150 e 400 patacas.

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