China / ÁsiaIsrael | Sánchez condena Hamas e pede fim do genocídio Hoje Macau - 7 Out 2025 O primeiro-ministro espanhol lembrou ontem os “terríveis atentados” do grupo islamita radical Hamas em Israel há dois anos, condenou “o terrorismo em todas as suas formas” e exigiu a Telavive que “pare o genocídio do povo palestiniano”. “Hoje (ontem) passam dois anos dos terríveis atentados perpetrados pelo Hamas. É um dia para reiterar a nossa rotunda condenação do terrorismo em todas as suas formas. Para pedir a libertação dos reféns israelitas. E para exigir a Netanyahu que pare o genocídio do povo palestiniano e abra um corredor humanitário”, disse Pedro Sánchez, que se referia ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. “O diálogo e a consolidação dos dois Estados [Israel e Palestina] são a única solução possível para pôr fim ao conflito e conseguir um futuro de paz”, acrescentou o líder do Governo de Espanha, numa mensagem publicada na rede social X. Em 07 de outubro de 2023, milícias lideradas pelo Hamas, grupo terrorista que controla o território palestiniano da Faixa de Gaza, realizaram ataques sem precedentes no sul de Israel há dois anos, durante os quais assassinaram cerca de 1.200 pessoas e raptaram 251 que levaram como reféns para Gaza. O exército israelita respondeu com uma ofensiva contra o Hamas no enclave controlado pelo grupo extremista desde 2007, que provocou mais de 67.100 mortos em dois anos e originou a acusação de genocídio contra Israel. Representantes do Hamas e de Israel iniciaram na segunda-feira, no Egipto, negociações indirectas sobre um plano proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com o conflito. O plano, de 20 pontos, prevê a libertação dos reféns ainda em Gaza, um cessar-fogo, o desarmamento do Hamas, a retirada das tropas israelitas e uma administração internacional transitória da Faixa de Gaza. Nestes dois anos, o governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, foi dos primeiros e dos mais contundentes a criticar a ofensiva de Israel em Gaza, que o próprio primeiro-ministro qualifica como um genocídio. Espanha foi também um dos primeiros países a reconhecer o Estado da Palestina neste período, em maio de 2024. Apelos do Qatar O Qatar defendeu ontem que Israel já deveria ter cessado as operações militares na Faixa de Gaza, em conformidade com o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump. “Esperamos pelos resultados das negociações nos próximos dias relativamente ao cessar-fogo”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). “Esta questão deve, antes de mais, ser colocada a Israel. Deveria já ter posto termo às operações militares se as declarações do primeiro-ministro israelita sobre a adesão ao plano de Trump fossem verdadeiras”, acrescentou.