China / ÁsiaAlibaba lança ofertas de 6,5 MME para estimular consumo Hoje Macau - 3 Jul 2025 A plataforma de comércio electrónico da tecnológica chinesa Alibaba anunciou ontem que vai disponibilizar 7 mil milhões de dólares em ofertas para determinados produtos, numa tentativa de estimular o consumo interno. O Taobao, plataforma lançada pela Alibaba em 2003 e líder do comércio electrónico na China, indicou, num comunicado divulgado através da rede social WeChat, que os 50 mil milhões de yuan serão atribuídos “directamente a consumidores e comerciantes”, ao longo de um período de 12 meses, com início marcado para ontem. As medidas de incentivo, focadas sobretudo na funcionalidade de “compras relâmpago” da aplicação, incluirão “envelopes vermelhos” – versão digital dos tradicionais presentes monetários -, descontos em produtos, entregas gratuitas e reduções nas comissões cobradas aos vendedores. Segundo a empresa, as ofertas visam “proporcionar aos consumidores experiências e serviços preferenciais e mais convenientes, estimulando ainda mais a vitalidade do consumo”. Combate em curso A decisão surge num momento em que Pequim tenta contrariar as pressões deflacionistas que ameaçam travar o crescimento económico, num cenário já marcado por uma prolongada crise no sector imobiliário, queda nas exportações e consumo interno em desaceleração. Desde o ano passado, as autoridades chinesas têm implementado várias medidas para impulsionar a procura interna, incluindo cortes nas taxas de juro, estímulos ao sector imobiliário e incentivos à compra de automóveis e electrodomésticos. Os resultados, no entanto, têm sido mistos: embora as vendas a retalho – principal indicador do consumo privado – tenham registado uma aceleração em Maio, os preços de venda no sector imobiliário continuaram a cair nesse mesmo período. Na terça-feira, o Presidente chinês, Xi Jinping, apelou a esforços para “promover a construção de um mercado nacional unificado”, durante uma reunião de alto nível sobre política económica, segundo noticiou a agência noticiosa oficial Xinhua. Durante o encontro, os dirigentes chineses defenderam ainda uma melhor regulação da “concorrência desordenada baseada em preços baixos” entre empresas. “Num momento em que a economia chinesa enfrenta pressões deflacionistas e um mercado de trabalho frágil, o Governo procura responder a esses desafios pelo lado da oferta”, comentou o presidente da Pinpoint Asset Management, Zhiwei Zhang, após a reunião. “A prioridade parece ser evitar a concorrência excessiva”, acrescentou.