China / ÁsiaRússia | Putin diz que rearmamento da NATO não é uma ameaça Hoje Macau - 20 Jun 2025 O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ontem que o rearmamento da NATO não representa uma ameaça para o país, assegurando que Moscovo dispõe das “capacidades de defesa” necessárias para fazer frente à aliança transatlântica. “Não consideramos qualquer rearmamento da NATO como uma ameaça à Federação da Rússia, porque somos auto-suficientes em matéria de segurança”, declarou Putin, durante uma mesa-redonda com representantes de agências de notícias internacionais, à margem do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo. O chefe de Estado russo acrescentou que o país está “constantemente a melhorar as suas Forças Armadas e capacidades de defesa”. Num momento em que a NATO prepara uma nova cimeira, na próxima semana, em Haia (Países Baixos), e incentiva os membros a aumentarem o investimento em defesa, Putin considerou que um eventual reforço orçamental até 5 por cento do PIB, por parte dos aliados, representaria “desafios específicos” para Moscovo, mas disse que esse esforço financeiro “não faz sentido” para os próprios países da aliança. “Responderemos a todas as ameaças que surjam. Disso não há dúvidas”, assegurou. Putin referiu-se à ofensiva lançada contra a Ucrânia em 2022 como parte de um confronto mais amplo com a NATO, que considera representar uma ameaça “existencial” junto às fronteiras russas. No quadro de futuras negociações de paz, o líder russo manifestou interesse em discutir a arquitectura de segurança europeia, nomeadamente com o Presidente norte-americano, Donald Trump. Kiev procura, no entanto, garantias de segurança por parte da NATO como condição para um eventual acordo para pôr fim à guerra. Dois ciclos de negociações entre russos e ucranianos tiveram lugar em Istambul, mas não resultaram em avanços concretos. Putin afirmou ainda que as forças russas continuam a avançar “todos os dias” na frente de combate, enfrentando um exército ucraniano em inferioridade numérica e em dificuldades operacionais. No terreno, as forças russas mantêm os ataques diários contra cidades e aldeias ucranianas.