China / ÁsiaIrão | China condena e pede fim dos ataques de Israel Hoje Macau - 16 Jun 2025 Israel continua a levar a guerra ao Médio-Oriente. Depois do genocídio em curso em Gaza, e de ataques ao Líbano e à Síria, o governo radical de Netanyahu volta-se agora para o Irão A China condenou sexta-feira os ataques israelitas contra o Irão e apelou a Israel para que pare a actividade militar contra a República Islâmica durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. “Aumentar as tensões na região não beneficiará ninguém e apelamos a Israel para que pare os ataques ao Irão”, disse o embaixador da China junto do Conselho de Segurança, Fu Kong, citado pela agência noticiosa oficial iraniana IRNA. O representante permanente da China nas Nações Unidas afirmou que Israel “causou massacres no Irão e danificou instalações nucleares no país”. Fu referia-se aos ataques lançados por Israel contra instalações militares e nucleares no Irão que causaram pelo menos 78 mortos e 320 feridos, segundo as autoridades de Teerão. Nos ataques, segundo a IRNA, morreram o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major-general Mohammad Bagheri, o comandante do Quartel-General Central de Khatam-al Anbiya, major-general Gholam Ali Rashid, e o comandante dos Guardas da Revolução, major-general Hossein Salami. Também foram mortos o físico Mohammad Tehranchi e o cientista nuclear Fereydoon Abbasi, além de civis. “De acordo com as autoridades israelitas, estes ataques vão continuar. A China condena estas acções que violam a segurança e a integridade territorial do Irão”, afirmou o diplomata chinês. Fu advertiu que os ataques “terão consequências graves”, que não especificou, e que o agravamento das tensões na região “não beneficiará ninguém”. “Apelamos a Israel para que ponha termo aos ataques e para que todas as partes respeitem o direito internacional”, insistiu. Contra escalada Fu Kong disse que a China estava “muito preocupada” com os efeitos directos dos ataques no processo diplomático do Irão. “A China sempre apoiou a diplomacia e opôs-se a acções unilaterais”, afirmou. Fu defendeu ainda o respeito pelo direito do Irão, enquanto signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, de utilizar a tecnologia nuclear para fins pacíficos. “Há muito tempo que se verificam conflitos no Médio Oriente e a situação continua crítica. A comunidade internacional deve procurar obter um cessar-fogo em Gaza, uma desescalada na região e a prevenção da escalada das tensões e dos conflitos”, afirmou. Fu Kong apelou aos “países com influência sobre Israel”, numa alusão aos Estados Unidos, para que desempenhem “um papel construtivo”. “O Conselho de Segurança [da ONU] deve desempenhar o papel de guardião da paz”, acrescentou, segundo a agência iraquiana. Na sequência dos ataques israelitas, o Irão lançou centenas de mísseis e ‘drones’ contra Israel.