Associação pede combate intenso à contratação de trabalhadores ilegais

A Associação Geral dos Empregados do Ramo de Transporte de Macau visitou a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e apelou para que se intensifiquem as acções contra a contratação de trabalhadores ilegais.

Num comunicado, o presidente da associação, Cheang Wa Cheong considerou que a contratação de trabalhadores ilegais nos transportes é cada vez mais grave, com alguns trabalhadores não residentes a desempenharem as funções de motoristas sem autorização. Assim sendo, Cheang afirmou que faltam cada vez mais oportunidades de emprego para os motoristas locais.

Por outro lado, Cheang Wa Cheong reconheceu que é difícil descobrir os trabalhadores ilegais e que muitas vezes os casos só são conhecidos porque estes acabam por se envolver em acidentes de viação. Por isso, o dirigente associativo pediu ao Governo para reforçar a realização de operações stop e que crie um mecanismo de denúncia eficaz, mas que também proteja a identidade dos denunciantes.

Deputada presente

Por sua vez, Ella Lei, deputada e vice-presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau, Ella Lei, que acompanhou a visita, apontou que os trabalhadores de transportes não têm um local de trabalho fixo, o que dificulta a identificação destes casos. Por isso, a legisladora deixou o desejo de que as autoridades reforcem a cooperação interdepartamental para tratar das queixas, bem como aumentem a frequência das inspecções.

A deputada recordou igualmente que o sector dos transportes acompanha de perto o combate à contratação de trabalhadores ilegais pelo que existe a expectativa de que o Governo altere e melhore as leis e o regime de sanções, como forma de desencorajar a contratação sem autorização.

Ella Lei aproveitou a visita para pedir uma revisão das leis, para tornar as sanções mais pesadas para qualquer trabalhador não residente que desempenhe funções fora do âmbito da autorização de trabalho.

Em resposta, o subdirector da DSAL, Chan Chon U, garantiu que a DSAL presta muita atenção ao combate contra a contratação dos trabalhadores ilegais e que envia regularmente agentes para fiscalizações e cooperarem com outros departamentos. Chan Chon U recordou que no ano passado, a DSAL realizou mais de 500 inspecções.

O responsável espera que o sector faça mais denúncias com mais detalhes concretos, como o número da matrícula, localização e hora dos veículos envolvidos.

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