China / ÁsiaUcrânia | Pequim rejeita acusações dos EUA e NATO sobre apoio à Rússia Hoje Macau - 20 Jun 2024 A República Popular da China acusou ontem os Estados Unidos de “difundir informações falsas”, depois de o secretário de Estado norte-americano ter instado Pequim a “deixar” de apoiar o esforço de guerra russo na Ucrânia. “Opomo-nos veementemente a que os Estados Unidos divulguem informações falsas sem qualquer prova e culpem a China”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa, em Pequim. “No que diz respeito à crise ucraniana, a China nunca deitou ‘achas para a fogueira’ nem procurou tirar partido da situação e sempre se dedicou às conversações de paz”, respondeu o porta-voz da diplomacia chinesa, questionado pelos jornalistas. “A China não fornece armas a nenhuma das partes em conflito, controla rigorosamente a exportação de bens civis e militares e tem sido elogiada pela comunidade internacional”, acrescentou Lin Jian. Terça-feira, numa conferência de imprensa conjunta, em Washington, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, Antony Blinken denunciou o apoio da República Popular da China à guerra da Rússia na Ucrânia. “A China fornece um apoio essencial ao complexo militar e industrial da Rússia”, afirmou, acrescentando que “70 por cento das máquinas importadas pela Rússia são provenientes da China” e “90 por cento da microelectrónica” chinesa. “Permite à Rússia manter uma base militar e industrial, manter a máquina de guerra, manter a guerra. Portanto, isto tem de acabar”, disse. A República Popular da China não fornece armas directamente à Rússia, mas os Estados Unidos acusam as empresas chinesas de fornecerem componentes e equipamento à indústria de armamento russa. A China absteve-se de participar na cimeira sobre a paz na Ucrânia, realizada no passado fim de semana na Suíça, devido à ausência de Moscovo.