Concerto da japonesa Ayumi Hamasaki no Venetian Arena cancelado

O Venetian Macau anunciou na tarde de terça-feira que o concerto da rainha da pop japonesa Ayumi Hamasaki foi cancelado, sem apresentar explicações para a não realização do espectáculo. Apesar de não ter sido dada justificação, o cancelamento não apanhou de surpresa os fãs, que já antecipavam a tomada de posição depois de o mesmo ter acontecido em Xangai no passado dia 29 de Novembro.

A Venetian, que iria acolher o concerto “ayumi hamasaki ASIA TOUR 2025 A I am ayu -ep.Ⅱ- Macao” na Arena, pediu “sinceras desculpas por qualquer inconveniente causado” e referiu que os ingressos comprados através do Cotai Ticketing seriam reembolsados automaticamente. Para quem comprou bilhetes noutras plataformas, a organização pediu aos espectadores para consultarem o “ponto de venda original para obter informações sobre o reembolso”.

A publicação de Facebook da Venetian mereceu reacções de quase duas centenas de internautas, e dezenas de comentários a escarnecer a decisão e a comentar as razões e o precedente de Xangai.

Numa mensagem no Instagram, a artista japonesa, que iria terminar a tournée em Macau, pediu desculpas aos fãs e afirmou estar de coração partido. “O facto de esta digressão ter de terminar sem o grande final é algo que toda a equipa lamenta profundamente”, escreveu. No final do mês passado, o concerto da artista foi cancelado abruptamente, com a organização a apontar “circunstâncias imprevistas” como justificação, acabando a japonesa a actuar perante uma arena vazia e partilhando o concerto online.

Todos em linha

Este caso não foi único, tornando-se viral na internet o momento em que a japonesa Maki Otsuki foi interrompida enquanto actuava também em Xangai a meio de uma música. A Reuters avançou que no mês passado, as autoridades chinesas alertaram para a possibilidade de cancelamentos de espectáculos de artistas japoneses.

Recorde-se que China e Japão encontram-se num período de aceso confronto diplomático depois de declarações da primeira-ministra Sanae Takaichi sobre Taiwan. Porém, no passado fim-de-semana em Hong Kong, o festival Clockenflap contou no cartaz com vários artistas japoneses.

Após o anúncio do cancelamento, o HM enviou questões sobre o cancelamento ao Instituto Cultural e à Direcção dos Serviços de Turismo (DST) sobre seria potencialmente afectada a ideia de transformar Macau numa cidade internacional de espectáculos, como tem sido apontado entre os objectivos das respectivas tutelas.

Foi também perguntado se seriam de esperar mais cancelamentos e se os esforços para atrair turistas japoneses para a RAEM, com as sucessivas campanhas levadas a cabo pela DST, poderiam ficar em risco. Até ao fecho desta edição não recebemos qualquer resposta.

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