IAM | Cães voltam a aparecer mortos em Coloane

Um internauta partilhou no Facebook fotografias de três cães mortos e denunciou a presença de funcionários do IAM a espalhar veneno para ratos de forma displicente. O IAM diz que as autópsias revelaram lesões hemorrágicas sistémicas e que a morte por envenenamento é “extremamente baixa”. O caso foi encaminhado para a polícia

Voltou a acontecer. Na quarta-feira, foram publicadas no Facebook fotografias de cães mortos. O autor, que suspeitou de morte por envenenamento, diz ter visto funcionários do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e de uma empresa contratada pela entidade pública a espalhar veneno para ratos numa zona, em Coloane, onde foi encontrado um cão morto.

Segundo a publicação, o internauta terá abordado os funcionários do IAM e da empresa de limpezas criticando o método de aplicação do veneno ao arrepio das orientações estabelecidas, que estaria a descoberto na beira da estrada, ao alcance de pessoas e animais domésticos. Em resposta, o queixoso refere que lhe foi dito que estava tudo bem, e continuaram a depositar o veneno apesar dos protestos do cidadão.

Na noite de quarta-feira, o IAM emitiu um comunicado a endereçar a questão, afirmando ter recebido “sucessivamente relatos de cidadãos sobre a descoberta de três cadáveres de cães em três locais adjacentes entre si em Coloane”, a partir do sábado passado. Afirmando estar “altamente atento ao incidente”, o IAM indica ter destacado imediatamente pessoal para acompanhar os casos nos locais em questão. “Após a autópsia dos cadáveres e a respectiva análise, verificou-se que os três cães em causa apresentavam lesões hemorrágicas sistémicas. O Instituto já participou o caso à polícia, aguardando uma investigação mais aprofundada”.

A papel químico

Sobre a suspeita de ingestão de veneno pelos cães, o IAM sublinhou que o produto usado actualmente “contêm um agente amargo, especificamente concebido para os ratos pela sua falta de reflexo de vómito”. “Para animais com sistema de vomição, incluindo gatos e cães, a ingestão acidental provoca uma reacção de vómito, dificultando a deglutição. Assim, a probabilidade de envenenamento por ingestão acidental é extremamente baixa. Além disso, a dose de isca colocada pelos trabalhadores do IAM de cada vez é especificamente calculada para o pequeno porte dos ratos”, acrescentou a entidade pública.

Na publicação no Facebook, o internauta divulgou uma fotografia onde se pode ver um amontoado de um granulado de cor avermelhada.
O instituto liderado por Chao Wai Ieng indicou ainda que o veneno é colocado em caixas fixas e trancadas, ou em buracos de ratos, ficando oculto e sem contacto fácil por pessoas ou animais. Uma declaração totalmente contraditória com o relato do internauta que denunciou a situação.

No início de Maio, aconteceu um caso semelhante na Taipa também com três cães mortos e suspeitas semelhantes. Na altura, o IAM emitiu um comunicado semelhante ao divulgado na quarta-feira à noite.

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