PolíticaGoverno quer proibir importação de mais produtos de plástico Andreia Sofia Silva - 2 Dez 2025 O secretário para as Obras Públicas e Transportes, Raymond Tam, assegurou ontem, no debate sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano, que a intenção do Executivo é proibir a importação de mais produtos de plástico nos próximos anos. “No próximo ano vamos continuar a promover medidas de redução do plástico, proibindo a importação de alguns produtos. Esse trabalho vai ser desenvolvido ao longo dos anos.” Já o director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Ip Kuong Lam, falou em apenas 14 infracções no que diz respeito ao uso do plástico, destacando o sucesso das campanhas de sensibilização. “Em supermercados houve uma redução do uso de sacos de plástico em dez por cento”, disse. E os resíduos? Ho Ion Sang questionou o Executivo sobre a possibilidade de proibir mais artigos de plástico e quantas infracções foram detectadas desde que o Executivo proibiu a importação de alguns produtos. “Além dos utensílios de plástico em hotéis, como pentes ou embalagens, podemos definir prazos e um leque maior de proibições de produtos de plástico. Vai considerar a introdução de produtos substitutos do plástico, para conhecimento da população?”, questionou. Ho Ion Sang quis também saber quais as instruções e medidas para reduzir as emissões de carbono por parte dos serviços públicos ou em eventos de grande dimensão. O director da DSPA destacou que no próximo ano serão criadas instruções para escritórios e restauração, pois são “sectores que produzem muitas emissões de dióxido de carbono”. Estas instruções incluem-se “nas seis estratégias para a redução de carbono” adoptadas pela DSPA. Sobre reciclagem, Ho Ion Sang pediu informações sobre a criação de centros de construção e resíduos biodegradáveis, com capacidade para cerca de 150 toneladas. “Com os restaurantes e os resíduos alimentares e domésticos, como está o ponto de situação [do tratamento de resíduos] até à construção desses centros?”. Raymond Tam assegurou que “o plano quanto à reciclagem de materiais orgânicos está a funcionar bem”, e que, até à construção dos referidos centros, diversos resíduos são enviados “para a cidade de Taishan, no Interior da China, levados por embarcações”.