China / ÁsiaAICEP defende que Portugal tem todo o interesse na colaboração permanente com a China Hoje Macau - 20 Nov 2025 Portugal tem “todo o interesse em ter uma colaboração permanente e estratégica com a China”, defendeu ontem a directora-adjunta África, Ásia e Oceânia da AICEP, Maria Manuel Branco, reiterando que é “um país prioritário nas relações internacionais”. “Sendo a China um país prioritário nas nossas relações internacionais, é muito importante não deixarmos para trás toda a colaboração possível e, por isso, é que o país onde temos mais delegações da AICEP no mundo é a China”, disse ontem Maria Manuel Branco, num seminário sobre cooperação China-Portugal promovido pela Embaixada da China em Portugal. Para a responsável, a “longa história que sempre uniu” ambos os países poderá “abrir um futuro bem-sucedido”, sendo que “Portugal tem todo o interesse em ter uma colaboração permanente e estratégica com a China”. Para continuar Maria Manuel Branco sinalizou ainda a intenção de “continuar a consolidar a relação económica e de investimento que tem vindo a crescer com parcerias estratégicas e comprometidas, em vários sectores”. Além disso, destacou que Portugal “tem capacidade, juntamente com a China, para ter áreas comuns estratégicas como energia renovável e verde, digitalização, mobilidade eléctrica, saúde e inovação tecnológica”. O deputado do PSD Hugo Carneiro, que é presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-China, também interveio neste seminário, onde defendeu que Portugal e China querem “continuar o relacionamento estratégico para o futuro”. Hugo Carneiro salientou que, no plano económico, a China atravessa um “período de dinamismo tecnológico”, em áreas onde Portugal “pode aprender e colaborar”, defendendo que o “investimento deve ser via de dois sentidos”. Além do investimento chinês em Portugal, o país também deve “incentivar empresas portuguesas a olhar para o mercado chinês como uma oportunidade”. O deputado social-democrata defendeu também que “Portugal possui uma vantagem estratégica com o Porto de Sines, pela localização atlântica”, sendo que este “pode ter um papel” mais forte, por exemplo na circulação de bens da China. “É um activo logístico que pode ser mais bem aproveitado”, defendeu. Carneiro salientou que Portugal e China “conhecem-se há muito tempo” e, hoje, esta relação “pode ser uma vantagem decisiva”. O presidente da AIMA, Pedro Portugal Gaspar, também marcou presença no seminário, onde sinalizou que a comunidade chinesa, que conta com cerca de 30 mil pessoas, é “histórica” e já está “enraizada em Portugal”. “Não é acabada de chegar, tem tradição em Portugal antiga o que permite capacidade de integração”, apontou o responsável.