Sociedade929 Challenge | Mais de 400 equipas chinesas e lusófonas Hoje Macau - 14 Out 2025 O ‘bootcamp’ que decorre ‘online’ do 929 Challenge em Macau começou ontem, tendo atraído mais de 400 equipas e ’startups’ chinesas e dos países lusófonos, uma subida de mais de 25 por cento em comparação com 2024, sublinhou a organização. A última edição da competição para ‘startups’ chinesas e dos países de língua portuguesa tinha registado um máximo, com mais de 1.600 participantes em mais de 320 equipas. “Este interesse crescente reflecte o reforço das ligações entre os países de língua portuguesa e os ecossistemas de inovação da China, um progresso que estamos gratos por testemunhar através da colaboração contínua e da aprendizagem partilhada entre regiões”, sublinhou a organização, na rede social Instagram. Desde ontem e durante duas semanas, as 402 equipas inscritas na quinta edição vão participar todos os dias, num ‘bootcamp’ ‘online’ das 19:00 às 21:00. Até 11 de Outubro, as equipas terão uma série de palestras, sessões de mentoria e ‘workshops’ “concebidos para ajudar as equipas a moldar, validar e fortalecer modelos de negócio sustentáveis”. Os melhores 16 planos – oito de empresas e oito de universitários – terão 10 minutos para convencer o júri da 929 Challenge e potenciais investidores na final, em 30 de Novembro. A quinta edição do 929 Challenge em Macau incluir o prémio ‘Future Builders’ (Criadores do Futuro), para a melhor ‘startup’ dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste. Parceiros e projectos Em Junho, durante a apresentação da competição, Marco Duarte Rizzolio, cofundador da 929 Challenge, disse à Lusa que o prémio foi criado para encorajar os participantes dos países lusófonos menos desenvolvidos. Em 2024, o 929 Challenge não recebeu quaisquer projectos de Timor-Leste ou de São Tomé e Príncipe. A ‘startup’ portuguesa Iplexmed, que desenvolve dispositivos de diagnóstico genético rápido, venceu a edição do ano passado, enquanto a também portuguesa NS2, que fornece soluções inteligentes para monitorizar a qualidade da água para uma aquicultura sustentável, ficou em terceiro. Bruno Ferreira, cofundador da Iplexmed, será um dos mentores do ‘bootcamp’ deste ano. A única vez que uma equipa dos PALOP e de Timor-Leste chegou aos finalistas foi logo na primeira edição, lançada em 2021, em plena pandemia de covid-19, então apenas direccionada a estudantes universitários. Um projecto da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau para instalar painéis solares na região de Gabu, no leste do país, ficou em segundo lugar. “No final, quem ganha muitas vezes são equipas que têm já produtos maduros, serviços maduros”, explicou Rizzolio. Este ano a competição tem novos parceiros, incluindo a StartupPorto, a Cabo Verde Digital e a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique. O concurso é coorganizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e por várias instituições da região administrativa especial chinesa, incluindo todas as universidades locais.