Tarifas | Secretário norte-americano prevê reunião China-EUA nas “próximas semanas”

Após reuniões em Genebra e Londres que deram sinais de aproximação entre as duas potências, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent indicou que estará para breve um novo encontro com o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng. Pequim, para já, não confirma nem desmente

 

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou que deverá reunir-se com o homólogo chinês “nas próximas semanas” para falar sobre questões como o comércio entre as duas maiores economias do mundo.

“Vou reunir-me com o meu homólogo chinês nas próximas semanas”, afirmou Bessent numa entrevista à emissora norte-americana CNBC na segunda-feira. “Tivemos boas reuniões em Genebra, em Londres. Ambos abordámos os assuntos com grande respeito”, acrescentou.

“Penso que há coisas que podemos fazer em conjunto, se os chineses o quiserem fazer”, disse ainda o governante norte-americano. “Vamos discutir se podemos ir além do comércio e entrar noutras áreas”, acrescentou.

Apesar de Bessent não ter identificado o homólogo pelo nome, o secretário do Tesouro manteve anteriormente negociações com o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng, que chefiou a delegação do país a negociações que decorreu em Londres em Junho.

O Ministério do Comércio da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

No início do ano, os Estados Unidos e a China anunciaram a imposição de direitos aduaneiros que ameaçaram asfixiar o comércio mundial e tiveram fortes repercussões nos mercados financeiros, que temeram que uma recessão a nível global.

Negociações em Genebra e, mais tarde, em Londres levaram a que os dois países chegassem a um acordo de tréguas, nos termos do qual Pequim concordou em facilitar a exportação de minerais de terras raras, essenciais para uma série de indústrias norte-americanas, desde a indústria de ‘chips’, a energia limpa e os transportes, em troca do levantamento de algumas das restrições impostas pelos EUA. Estes minerais têm assumido uma enorme importância nas discussões entre os dois países.

TikTok e outras histórias

Na semana passada, Bessent advertiu que os fluxos dos materiais críticos ainda não tinham regressado aos níveis registados em Abril.

Por outro lado, o quadro das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China está longe de ser abrangente e ainda há questões complicadas para resolver, incluindo as preocupações manifestadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o tráfico de fentanil, assim como os esforços para garantir um acordo para a alienação das operações nos Estados Unidos da aplicação de vídeos curtos TikTok, de capitais chineses.

Esse acordo requer a assinatura de Pequim, o que dá ao país uma fonte de influência para potencialmente extrair concessões dos EUA sobre comércio e outras questões.

Trump anunciou já que tem um potencial comprador para a TikTok – um consórcio de investidores que inclui a tecnológica Oracle Corp, a gestora de ativos Blackstone e a empresa de capital de risco Andreessen Horowitz.

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