TNR | Mais 31.700 pessoas desde fim de ‘covid zero’

No final de Abril, havia quase 183.600 trabalhadores não-residentes no território, o que significa um aumento de 31.700 desde o fim da pandemia. A hotelaria, e a restauração são os sectores que mais recorrem a este tipo de mão-de-obra

 

Macau empregava no final de Abril deste ano quase 183.600 trabalhadores não-residentes, um aumento de 31.700 desde o fim da política ‘zero covid’, em Janeiro de 2023, foi ontem anunciado. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, o território tinha 183.568 trabalhadores sem estatuto de residente.

Este número representa um aumento de 20,9 por cento desde Janeiro de 2023, quando terminou a política de ‘covid zero’, que esteve em vigor durante cerca de três anos. Nesse mês, os trabalhadores migrantes em Macau, incluindo aqueles vindos da China continental, eram menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014.

Macau, que à semelhança da China seguia a política de ‘covid zero, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não-residentes, a partir de 8 de Janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde Janeiro de 2023, ganhando 17.424 trabalhadores não-residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 4.780) e dos casinos (mais 2.895). A área da hotelaria e restauração foi precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo sido despedidos mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019.

A reboque do turismo

A RAEM acolheu, nos primeiros quatro meses de 2025, 13 milhões de visitantes, mais 12,9 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.

A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006. Apesar da subida do número de trabalhadores não residentes, a taxa de desemprego manteve-se em 1,9 por cento no período entre Fevereiro e Abril.

A economia de Macau encolheu 1,3 por cento entre Janeiro e Março, sobretudo devido à “alteração do padrão de consumo dos visitantes”, segundo a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos. Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19.

Subscrever
Notifique-me de
guest
0 Comentários
Mais Antigo
Mais Recente Mais Votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários