EventosAFA | Mostra “Chinoiserie Surrealista” chega a Antuérpia Andreia Sofia Silva - 21 Mai 2025 Estreia a 7 de Junho, na cidade de Antuérpia, uma mostra da AFA – Art for All Society. Trata-se de um “projecto de arte e performance transcultural” intitulado “Surrealistic Chinoiserie: Golden City of Seres”, com curadoria de Alice Kok. Durante dois dias, apresenta-se um trabalho do artista local Leong Chi Mou complementado com uma performance musical com coreografia A AFA – Art for All Society, prepara-se para exportar um projecto artístico local com curadoria de Alice Kok, também ela artista. Trata-se do “projecto de arte e performance transcultural” intitulado “Surrealistic Chinoiserie: Golden City of Seres – A Cultural and Artistic Exchange Exhibition and Performance between Macao and Antwerp” [Cidade Dourada de Seres – Uma Exposição e Performance de Intercâmbio Cultural e Artístico entre Macau e Antuérpia], patente nos dias 7 e 8 de Junho na Venusstraat 19, Antuérpia. O público belga poderá, assim, ver uma iniciativa que combina “arte visual, dança, música e figurinos”, criando-se com todos esses elementos “uma viagem imersiva ao desejo, à tecnologia e ao simbolismo cultural”, descreve uma nota da AFA sobre o projecto. Além disso, o título da mostra, “Golden City of Seres”, remete para o antigo termo greco-romano “Sērēs”, utilizado para as regiões produtoras de seda do Oriente, enquanto “Golden City” evoca a “transformação de Macau do porto histórico para a moderna Cotai Strip”, é referido. Segundo a AFA, todo este trabalho procura “criar novos vocabulários artísticos e espaços de reflexão, fazendo a ponte entre o surrealismo inspirado em Magritte e a identidade cultural de Macau”. Depois desta estreia internacional em Antuérpia, a mostra da AFA regressa a Macau em Dezembro, ficando patente no Parisian Macao, “simbolizando um regresso da Europa para a Ásia e dando continuidade ao diálogo cultural além-fronteiras”, descreve a mesma nota. Música e arte Um dos artistas locais que participa nesta iniciativa é o Leong Chi Mou, que explora a ideia de “seda de novo tipo” através da criação de trabalhos em malha de latão e aço pintados com acrílico. Apresentam-se, assim, “peças-chave” como “Serica – Diamond Hill” e “Serica – Auspicious Drone”, que “justapõem motivos paisagísticos tradicionais com drones e imagens de vigilância, criando uma paisagem que é simultaneamente familiar e estranha”. Além disso, a performance apresentada em Antuérpia conta com a co-direcção e coreografia de Jay Zhang e Tina Kan, “integrando formas inspiradas em Dunhuang com ballet contemporâneo para ecoar a reconstrução cultural no trabalho de Leong”. A música desta performance foi composta por Faye Choi, sendo interpretada com flauta por Iris Lo. Trata-se de uma composição que “mistura tons etéreos orientais com texturas electrónicas ocidentais para completar uma experiência sensorial totalmente imersiva”. Por sua vez, “a estilista e artista de pintura corporal Mandy Cheuk concebeu toucados futuristas inspirados em estruturas cristalinas e formas ciborgues, imaginando a interação entre corpo e tecnologia”, aponta a AFA. O projecto conta também com a orientação do director artístico belga Dirk Decloedt, tendo o apoio de produção de Florence Fong, em Antuérpia. A iniciativa contou também com apoios do Instituto Cultural de Macau, entre outras entidades.