Nos primeiros três meses de 2025 houve uma ligeira descida, de 3,44 por cento, do número de acidentes de viação, face a 2024. Destaque também para a falta de respeito dos condutores para com peões em passadeiras. As multas continuam aumentar, com particular incidência para as de estacionamento
Macau registou, em termos anuais, uma queda no número de acidentes de viação nos primeiros três meses de 2025. É o que dizem os dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), que mostram que no primeiro trimestre houve 3.626 acidentes, menos 3,44 por cento face aos meses de Janeiro a Março de 2024. Destaque para o facto de, desse número, 162 acidentes terem envolvido peões.
No tocante a multas por violação das regras de trânsito, o CPSP instaurou um total de 193 mil no primeiro trimestre, o que constitui um aumento de 12,8 por cento face a igual período do ano passado. As multas envolveram um montante de 51,67 milhões de patacas, mais 8,32 por cento.
Em relação ao estacionamento em zonas proibidas, também se registou um aumento anual, com 171 mil multas passadas, mais 14,5 por cento, enquanto nos estacionamentos ilegais nas vias públicas o aumento foi de 10,92 por cento, tendo-se verificado 154,517 mil infracções nestes primeiros três meses. Quanto a ilegalidades cometidas em zonas de estacionamento tarifadas, ou lugares com parquímetro, o aumento é maior, na ordem dos 62 por cento, com cerca de 17 mil casos instaurados no primeiro trimestre deste ano.
Outro dado que se destaca é as infracções por condução ilegal de motociclos, ou seja, sem carta de condução devida, com mais 68,18 por cento dos casos em termos anuais. No primeiro trimestre deste ano foram registados 37 infracções deste género.
Dos números divulgados pelo CPSP destaca-se ainda o grande aumento de casos de condutores que não respeitaram a passagem de peões nas passadeiras, num total de 173 processos, mais 47 por cento. Mas, do lado inverso da moeda, também os peões não cumpriram, com as autoridades a registar 2.400 casos. Ainda assim, a redução foi de 20 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado.
Táxis menos cumpridores
Os dados do CPSP mostram também como as infracções perpetradas por taxistas continuam, com um aumento anual de 2,2 por cento, no total de 660 infracções nos primeiros três meses do ano. Relativamente ao tipo de infracção, a cobrança abusiva de tarifas teve um aumento de mais 116,67 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado, enquanto a recusa de transporte surge em segundo lugar, com mais 53,57 por cento de casos.
Porém, a infracção que domina é o acto de “não aguardar por ordem de chegada os clientes nas praças de táxi”, com 436 ocorrências no primeiro trimestre deste ano face aos 21 casos de 2024. Trata-se de um aumento de 1976,19 por cento.
Em relação ao uso indevido do taxímetro registou-se uma quebra de 68,42 por cento, enquanto que “outras irregularidades” tiveram um aumento na ordem dos 220 por cento, com um total de 660 ocorrências no primeiro trimestre em relação aos 206 casos do primeiro trimestre de 2024
No tocante ao pagamento de multas, em 48 casos taxistas pagaram um total de 52 mil patacas, sendo que apenas três taxistas viram a sua licença cancelada por excesso de infracções num período de cinco anos.
As autoridades receberam ainda, no primeiro trimestre, 270 queixas apresentadas pelo público devido ao mau serviço prestado pelos taxistas, sendo que 80 por cento estava relacionada com atitude e comportamento para com os clientes.