HK / EUA | Condenadas sanções contra chefe da polícia

O executivo de John Lee acusa Washington de tentar coagir países e regiões e de assumir um “comportamento desprezível”

 

Hong Kong condenou ontem “de forma veemente” os Estados Unidos por terem imposto sanções ao chefe da polícia e a cinco dirigentes públicos do território. Num comunicado, o Governo da região semiautónoma chinesa acusou Washington de tentar “intimidar os dirigentes encarregados de protegerem a segurança nacional” da China.

As sanções, impostas na segunda-feira, ao abrigo de uma lei norte-americana que defende a democracia na região administrativa especial chinesa, visam o comissário da polícia, Raymond Siu Chak-yee, e o secretário para a Justiça de Hong Kong, Paul Lam Ting-Kwok.

“Isto expôs claramente a barbárie dos EUA sob a sua hegemonia, que é exactamente a mesma que as suas recentes tácticas de intimidação e coação de vários países e regiões”, disse o Governo da região chinesa.

O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, encontrava-se já sujeito a sanções dos EUA, mas as autoridades da cidade garantiram que “não se deixam intimidar por este comportamento desprezível”.

As sanções “demonstram o empenho da administração Trump em responsabilizar aqueles que privam os residentes de Hong Kong dos direitos e liberdades protegidos ou que cometem actos de repressão transnacional em solo americano ou contra pessoas americanas”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em comunicado.

Segurança em causa

O Governo de Hong Kong descreveu as pessoas mencionadas pelos Estados Unidos como fugitivos com mandados de captura, mas “não porque exerceram a sua liberdade de expressão”.

Eles “continuam a envolver-se descaradamente em actividades que colocam em risco a segurança nacional, incluindo incitar a secessão e solicitar que países estrangeiros imponham ‘sanções’ ou bloqueios e se envolvam em outras actividades hostis” contra a China e Hong Kong, referiu o comunicado.

“Os EUA difamaram e espalharam deliberadamente comentários irresponsáveis ​​sobre as medidas e acções tomadas pelo Governo (…), numa tentativa de enganar o público”, lamentaram as autoridades de Hong Kong. As sanções norte-americanas têm por efeito o congelamento dos bens de todos estes indivíduos nos Estados Unidos e a proibição de quaisquer transações financeiras com os visados.

“Os EUA têm ignorado o princípio da não interferência ao abrigo do direito internacional, interferindo nos assuntos internos de outros países, aliciando agentes, instigando ‘revoluções coloridas'”, disse o Governo de Hong Kong.

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