Jockey Club | Gatos adoptados com problemas de saúde

Entre os 22 gatos adoptados que viviam no Macau Jockey Club, foi detectado um surto de panleucopenia felina, que levou à morte de pelo menos dois animais. Após a informação ter sido tornada pública, a empresa do Macau Jockey Club anunciou a distribuição de um apoio de 5 mil patacas para os adoptantes

 

Entre os 22 gatos disponibilizados para adopção pelo Macau Jockey Club e a ANIMA – Sociedade Protectora dos Animais de Macau, pelo menos oito estavam infectados com panleucopenia felina e dois morreram. A informação foi divulgada pela ANIMA.

De acordo com a associação, oito felinos foram diagnosticados com infecções do parvovírus, que é tido como altamente contagioso e perigoso. Entre estes oito, dois morreram e seis estão, ou estiveram, em estado grave, necessitando de receber tratamentos médicos dispendiosos.

A detecção de um surto da doença nos gatos que estavam no Jockey Club não é uma surpresa, uma vez que logo no dia das adopções houve três gatos, dos 25 inicialmente disponíveis, que foram diagnosticados com a doença. Por este motivo, apenas 22 gatos foram adoptados durante a campanha.

A ANIMA informou também que entre esses 22 gatos apenas dois não apresentaram qualquer problema de saúde. Contudo, houve outros casos em que os felinos tiveram bronquite grave, queda de dentes, apesar de terem apenas um ano, e outras infecções do sistema respiratório.

“Lamentamos profundamente o pesado encargo financeiro causado aos adoptantes ou a dor e o sofrimento dos gatos e gatinhos adoptados que faleceram devido ao vírus”, foi indicado. “Prometemos continuar a comunicar activamente com o Jockey Club de Macau, a fim de obter uma compensação pelas despesas médicas incorridas pelos adoptantes”, foi acrescentado.

Além dos gatos da adopção promovida pelo Macau Jockey Club e pela ANIMA, Mary Jean Reimer, actriz, advogada e activista pelos direitos dos animais de Hong Kong, também revelou que um dos gatos do Jockey Club que adoptou testou positivo para à panleucopenia felina.

Resposta positiva

Quando emitiu o primeiro comunicado, a ANIMA ainda não tinha a confirmação de que os tratamentos dos gatos doentes iriam ser pagos pelo Macau Jockey Club. Inicialmente, temeu-se que teriam de ser os adoptantes a pagar os custos.

Contudo, ontem, quase 24 horas depois da primeira publicação a relatar os problemas, a administração da empresa concordou em distribuir um apoio de 5 mil patacas por cada gato adoptado.

O Macau Jockey Club viu-se envolvido numa nova polémica com os gatos, quando em meados deste mês tentou enviar cerca de 100 felinos para o Interior, para um destino desconhecido e que nunca fui revelado. O envio dos gatos recebeu a aprovação do Instituto para os Assuntos Municipais, que num comunicado até prometeu garantir as condições de saúde dos animais para o transporte para Zhuhai.

Todavia, várias associações de protecção dos animais locais mobilizaram-se para impedir este desfecho. Além da campanha de promoção das adopções, também as associações receberam vários dos gatos.

Os animais foram criados como bravios no Macau Jockey Club, onde tinham como função caçar ratos, dado que a utilização do espaço pelos cavalos impedia a utilização produtos químicos. No entanto, como não tinham sido esterilizados, os gatos reproduziram-se até chegarem a ser cerca de 100. Agora sabe-se também que tinham desenvolvido várias doenças.

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