Aeroporto | Cantão promete mega centro com Macau e Hong Kong

Num documento apresentado na segunda-feira, o Governo Popular da Província de Cantão admite que vai ligar Hengqin à rede de comboios de alta velocidade, com a construção do troço entre Hezhou e a Ilha da Montanha

 

O Governo Popular da Província de Cantão tem planos para desenvolver um centro gigantesco de aeroportos que vai incluir Macau e Hong Kong. O projecto consta do “Plano de Acção Trienal para o Desenvolvimento de Alta Qualidade”, que vai entrar em vigor a partir deste ano e se prolonga até 2027.

De acordo com o ponto quatro do plano apresentado na segunda-feira, em três anos é esperada a construção de “um centro de aeroportos com classe mundial” que vai passar pela expansão do Aeroporto de Guangzhou Baiyun, a construção da terceira pista do Aeroporto de Shenzhen Bao’an e o início das obras do Novo Aeroporto de Guangzhou.

No âmbito deste projecto, as autoridades de Cantão esperam ainda “aprofundar a cooperação no domínio da aviação civil na área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, e apoiar a transformação de Guangzhou na construção de um de centros de aviação internacional e de Shenzhen num centro regional de aviação.

O comunicado sobre o plano apresentado na segunda-feira não indica os detalhes de como vai ser feita a coordenação com Macau e Hong Kong a nível dos aeroportos, embora este seja um dos aspectos focados.

Além da aviação, o Governo Popular da Província de Cantão aposta numa maior ligação a nível das infra-estruturas de transportes com Macau, que passa por “promover uma melhor integração de Hong Kong e de Macau no desenvolvimento nacional global e melhorar o sistema de transportes rápidos que liga os portos das cidades do Delta do Rio das Pérolas”. O reforço das ligações transfronteiriças com Macau e Hong Kong é um dos principais objectivos destacados.

Aposta na Montanha

Como parte dos projectos para os próximos três anos, o Governo Popular da Província de Cantão define ainda como meta a expansão do comboio de alta velocidade para a Ilha da Montanha, com a construção do troço entre Hezhou e Hengqin.

A maior integração promovida pelas autoridades de Cantão face a Macau e Hong Kong inclui também uma vertente virada para os portos marítimos, definida pela política “um centro, dois pólos”, em que os portos das regiões administrativas vão contribuir para criar uma ligação à principal cidade do Interior.

Em termos das rotas marítimas de passageiros, ao contrário do que acontece com as ligações com Hong Kong, os residentes de Macau podem esperar ainda mais, e mais frequentes, ligações com o Interior. Isto porque o plano pretende não só “melhorar o nível dos serviços nas rotas com Hong Kong e Macau”, mas também “optimizá-las com alterações em ambos os lados do Estuário do Delta do Rio das Pérolas”.

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