Nova edição de Festival Internacional da Creative até terça-feira

Decorre até à próxima terça-feira, 10, a nova edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de Macau, um evento organizado pela Creative Macau e que mostra o que de melhor se faz no género curta, documentário ou animação a nível mundial. Mais uma vez, as sessões decorrem no Teatro Capitol, bem no centro da cidade.

Destaque para a sessão de hoje que começa às 14h com a secção “Shorts Fiction”, com a exibição de “Son”, de Saman Hosseinpuor, da Suíça e Irão, e “Spiritum”, do México, do realizador Adolfo Margullis. Da China chegam-nos as produções “One More Chance”, de Wu Hanmo; “Growing Pains”, de Shengwen Ruan; ou ainda “Where Does the Bird Fly”, de Dorji Gyaltsen.

Destaque ainda para a secção deste festival dedicada às produções cinematográficas da Grande Baía. Hoje exibe-se “Wena”, inserida na secção “Expanded Cinema – Greater Bay Area – Fiction”, da autoria de Natalie Kung, de Hong Kong.

De Macau apresentam-se, nestes dias, películas como “A Long Journey to Farewell”, de Chen Meng Hang Yangpei; “One Night Legends”, de Jenny Wan; “Change”, de Sherwin Hng ou ainda “Finding You Ying in…What is it?”, da aclamada realizadora local Tracy Choi e Xu Wei.

Em nome de Portugal

Esta sexta-feira será a vez de exibir uma película portuguesa. “O Estado de Alma”, de Sara Naves, é uma curta-metragem de animação que conta a história de Alma, uma menina que “acorda todos os dias com uma nova condição, sofrendo as mais variadas transformações físicas que reflectem os seus sentimentos de inadequação e a impedem de seguir uma rotina diária normal”. Neste filme, Alma sente-se, a cada dia que passa, “gradualmente mais só e afastada de todos”.

Ainda nas curtas de ficção apresenta-se “Sonido: Ivans & Tobis”, de Diogo Baldaia; ou ainda “As Gaivotas Cortam o Céu”, de Mariana Bártolo e Guillermo García López.

Destaque também para a realização de algumas masterclasses, nomeadamente no sábado. Uma delas, que começa às 17h, intitula-se “Narrative Odyssey: A Journey Through Storytelling Mediums” e conta com Soumitra Ranade como oradora. Às 19h é a vez de Lúcia Lemos, ex-directora da Creative Macau, fazer um balanço dos filmes de ficção mais poderosos que passaram pelo festival entre os anos de 2015 e 2023.

Na segunda-feira, serão ainda exibidos mais documentários a partir das 14h, nomeadamente “Chri$stine”, de Christine Seow, de Singapura; ou “O que nos espera”, de Chico Bahia e Bruxo Xavier, do Brasil. O festival encerra com uma gala de atribuição de prémios e concertos a partir das 17h30.

A organização sublinhou que recebeu “um número final impressionante de 5.836 candidaturas de mais de 130 países de regiões”.

Na edição de 2023, a primeira com a presença de realizadores estrangeiros após a pandemia de covid-19, o festival tinha recebido 4.051 trabalhos para a selecção oficial, sendo que a lista de finalistas incluiu obras oriundas de 51 países. O vencedor do festival pode receber um prémio de até 20 mil patacas.

A audiência poderá votar nos favoritos nas categorias de Ficção, Documentário e Animação, podendo participar também na escolha do Melhor Filme do Público.

“O cinema é um entretenimento para narrar acontecimentos, documentários, comédia e histórias. Este é particularmente o caso das tecnologias actuais que servem para proporcionar um pódio para os cineastas transportarem as suas histórias para o público”, afirmou a directora do festival, Margarida Cheung Vieira.

O evento vai ainda acolher três masterclasses ministradas por profissionais e cineastas sobre como “chamar a atenção em festivais de cinema, explorar personagens para actores e transformar a inspiração em material cinematográfico cativante”, indicou a organização.

Lançado em 2010, o Festival Internacional de Curtas Metragens de Macau apresenta produções independentes de reduzido orçamento.

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