EventosObras candidatas ao Sovereign Portuguese Art Prize expostas em Lisboa Hoje Macau - 28 Nov 2024 Uma exposição com obras de 33 artistas plásticos residentes em Portugal seleccionadas para o prémio de arte Sovereign Portuguese Art Prize 2024, no valor de 25 mil euros, foi inaugurada ontem na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Trata-se da terceira edição deste prémio anual, que é atribuído pela Associação SAF, filial portuguesa da Sovereign Art Foundation, criada em 2003 em Hong Kong para promover, apoiar e reconhecer a arte contemporânea e incentivar a produção artística, bem como financiar programas para crianças desfavorecidas em Portugal, explicou Howard Bilton, fundador e presidente da Sovereign Art Foundation (SAF), numa apresentação à imprensa. Natural de Yorkshire e advogado fiscal de formação, Howard Bilton viveu 28 anos em Hong Kong, onde decidiu que queria “transformar o que era um passatempo de coleccionador de arte numa actividade de caridade”. “Por isso, criámos o conceito de prémios de arte, e a minha motivação para o fazer foi sempre, antes de mais, caritativa. Queria angariar fundos para ajudar crianças desfavorecidas, crianças com dificuldades de aprendizagem, com dificuldades comportamentais, que tenham sido vítimas de abusos físicos, mentais, sexuais, seja o que for, porque a arte é uma terapia muito poderosa para crianças nessas condições”, afirmou. Foi assim que surgiu o conceito do prémio de arte, que traz consigo um “produto secundário muito agradável” que é o facto de ajudar os artistas e impulsionar as suas carreiras, numa espécie de troca recíproca: “Os artistas ajudam-nos a angariar dinheiro e nós ajudamo-los com o seu perfil”. Portugal é o terceiro terreno geográfico onde está a ser aplicado este modelo, que já tem 20 anos na Ásia e vai na 4.ª edição em África, explicou o responsável. Até Dezembro Até ao dia 14 de dezembro, vão estar expostas obras dos 33 artistas finalistas, nomeados por profissionais independentes de arte, com o objectivo de lhes dar maior visibilidade pública, exposição no mercado da arte e um maior número de seguidores internacionais. Pintura, colagens, escultura, fotografia e instalações compõem o conjunto artístico exposto, da autoria de nomes como Jorge Queiroz, vencedor da primeira edição do prémio, Rogério da Silva, Rodrigo Oliveira, Pedro Barateiro, ±maismenos± (Miguel Januário), José Pedro Cortes, Conceição Abreu, Ana Pais Oliveira, Jaime Silva e Isabel Sabino. As obras finalistas são escolhidas por “nomeadores independentes”, seleccionados pelos promotores do prémio, ou seja, “pessoas que são especialistas em arte, mas que não têm um interesse comercial nas artes”. “Fazemo-lo desta forma porque, se abordarmos as galerias, elas nomeiam obviamente os seus próprios artistas”, explicou, acrescentando que procura que a escolha dos nomeadores recaia sobre directores e conservadores dos museus, críticos de arte, jornalistas e especialistas em arte, “que terão uma visão ligeiramente diferente”. Durante a mostra, realiza-se também uma venda das obras seleccionadas, com o objectivo de angariar um montante significativo tanto para os artistas, como para causas de solidariedade social. Em paralelo, decorre uma mostra dedicada aos 30 finalistas da edição deste ano do prémio para estudantes, que visa reconhecer e premiar talentosos alunos do ensino secundário em Portugal, com um valor monetário de 500 euros para o estudante e 1.500 euros para a escola. Está previsto também para ambos os concursos um prémio do público, apurado a partir de todos os visitantes que queiram votar numa das obras, o que pode ser feito ‘online’ ou através da leitura de um QR Code.