Exposições e espectáculos em 2023 batem lucros de 2019

No ano passado, as chamadas indústrias culturais tiveram receitas de 8,72 mil milhões de patacas, valor que significou um crescimento anual de 47,9 por cento, face a 2022, e mais 10 por cento do registo de 2019, quando as receitas totalizaram 7,9 mil milhões de patacas.

As indústrias culturais agregam áreas como media digital, design criativo, exposições, espectáculos culturais e colecção de obras artísticas.

Voltando à comparação anual, no ano passado o sector registou um “valor acrescentado bruto (VAB), que reflecte o contributo económico destas indústrias, de 2,90 mil milhões de patacas, mais 24,5 por cento, face a 2022.

A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) justificou o aumento das receitas com a acção do Governo, que promove “de forma contínua o desenvolvimento das indústrias em análise e à gradual recuperação da economia de Macau”.

Em relação ao peso no tecido associativo e empresarial, no ano passado existiam 2.866 organismos dedicados às indústrias culturais de Macau, mais 112, face a 2022. Outro aspecto em que a DSEC dá conta de crescimento, foi no número de pessoas empregadas no sector, que subiu mais de 15 por cento em termos anuais para quase 14 mil trabalhadores.

À lupa

Destaca-se que em 2023 as receitas dos serviços da área “media digital” foram de 3,78 mil milhões de patacas, mais 23 por cento, em termos anuais, representando o maior peso em relação às receitas dos serviços das indústrias culturais (43,3 por cento do total). Por outro lado, o VAB (1,29 mil milhões de patacas) diminuiu 4,8 por cento, devido principalmente à subida dos custos de exploração.

A segunda área mais rentável foi o design criativo, que amealhou receitas de 2,47 mil milhões de patacas no ano em análise, mais 22,6 por cento, em termos anuais. Em termos de dimensão desta área nas indústrias criativas, a DSEC indicou ontem que o design criativo representava 28,3 por cento das receitas globais.

Neste capítulo, a DSEC salienta a performance de organismos dedicados ao “design até à produção/distribuição” de produtos de marcas de Macau, que amealharam 37,1 milhões de patacas no ano passado, um aumento significativo (77,7 por cento) face a 2022.

Porém, as áreas que registaram maior crescimento foram as exposições e espectáculos culturais, “graças ao número de concertos realizados em Macau ter aumentado significativamente”, desde que foram abolidas as restrições fronteiriças impostas pelo combate à covid-19. Assim sendo, este sector amealhou no passado receitas na ordem dos 2,35 mil milhões de patacas, valor que representou uma subida de 214,6 por cento em relação a 2022. Já o valor acrescentado bruto, atingiu 755,3 milhões de patacas, mais 187,7 por cento do registo do ano anterior.

Finalmente, as receitas dos serviços da área “colecção de obras artísticas” atingiram no ano passado 125,8 milhões de patacas, o que, apesar do peso diminuto da área no computo geral das chamadas indústrias criativas (1,4 por cento do total), representou uma subida anual superior a 85 por cento.

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