MUST | Diplomas falsos levam à detenção de quatro alunos

A Polícia Judiciária revelou ontem ter detido, no fim de Outubro, quatro estudantes suspeitos de falsificar habilitações académicas do ensino secundário para ingressar na MUST. Os restantes 20 alunos estão em parte incerta, mas foi pedido auxílio às autoridades do Interior. Os suspeitos arriscam penas de prisão até três anos

 

Quatro dos 24 alunos suspeitos de terem falsificado diplomas de conclusão do ensino secundário para entrar na Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (na sigla em inglês MUST), foram detidos, indicou ontem a Polícia Judiciária (PJ).

Apesar de o caso só ter sido revelado na sexta-feira, depois de ter sido noticiado por meios de comunicação de Hong Kong, a PJ confirmou ontem ter detido os quatro estudantes no passado dia 31 de Outubro, bem antes da apresentação da queixa por responsáveis da MUST. Os alunos detidos, dois jovens do sexo masculino e duas raparigas, têm idades compreendidas entre 18 e 19 anos, e são oriundos de Hebei, Shenzhen, Zhejiang e Jiangxi.

A PJ revelou ainda que antes das detenções, já corria uma investigação ao caso onde foi apurado que 20 dos alunos suspeitos de submeter documentação falsa teriam fugido de Macau.

Além dos estudantes, também os pais estão a ser investigados pelas autoridades, por suspeitas de terem recorrido a intermediários no Interior da China para obter os certificados de habilitações falsos. As autoridades de Macau pediram a colaboração das congéneres chinesas para a investigação e para determinar o paradeiro dos suspeitos em fuga.

Coisas sérias

A PJ terá recebido queixa de um representante da MUST que alertou para a notificação da Autoridade de Exames e Avaliação de Hong Kong que deu conta da suspeita de uso de certificados falsos que acabaram por ser usados na admissão a licenciaturas na universidade local.

A polícia recordou que a falsificação ou utilização de diplomas académicos e resultados de avaliações constitui um crime de “falsificação de documentos”, punível com pena de prisão até três anos em caso de condenação.

Os representantes da PJ fizeram também um alerta para a gestão de carreira de jovens em idade de ingresso na universidade. Segundo o jornal Ou Mun, as autoridades sublinharam a importância de respeitar a lei, porque pior do que ter menos habilitações académicas é ter registo criminal no currículo.

Apesar de a PJ ter revelado que a investigação já durava, pelo menos, desde o fim do mês passado, a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude confirmou a situação apenas no sábado, depois do caso ter sido noticiado em Hong Kong. O organismo liderado por Kong Chi Meng indicou no sábado que iria comunicar com as autoridades policiais sobre o caso, mais de duas semanas depois de terem sido detidos quatro suspeitos.

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