Paquistão | Pequim pede reforço de segurança após morte de dois chineses em atentado

A China pediu ontem a Islamabade para reforçar e garantir a protecção total do corredor económico entre os dois países, do pessoal e das empresas chinesas no Paquistão, onde dois cidadãos chineses foram mortos num ataque no domingo.

“A China está profundamente chocada com o ataque contra cidadãos chineses e condena veementemente este acto terrorista”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado.

De acordo com a mesma nota, Pequim apelou ao Paquistão para que não poupe esforços no tratamento dos feridos e nas investigações sobre o incidente e disse esperar que os autores do ataque sejam detidos e levados à justiça.

O país asiático exigiu também mais atenção para colmatar eficazmente as lacunas de segurança e emitiu um alerta, através da embaixada em Islamabade, para que os cidadãos, as empresas e os projectos chineses reforcem as medidas de segurança e tomem precauções.

“O terrorismo é um inimigo comum da humanidade. As tentativas das forças terroristas para minar a confiança e a cooperação entre a China e o Paquistão e o Corredor Económico China-Paquistão (CPEC) não atingirão o seu objectivo”, afirmou o gabinete do porta-voz da diplomacia chinesa.

O ataque de domingo, reivindicado pelo Exército de Libertação do Balochistão, teve lugar perto do Aeroporto Internacional de Carachi, no sul do Paquistão, e visou um comboio de trabalhadores chineses da empresa de electricidade Port Qasim Limited.

A iniciativa CPEC inclui um investimento chinês de 60 mil milhões de dólares na construção de projectos de infra-estruturas no Paquistão. Na sequência do atentado, o Governo paquistanês condenou veementemente um “acto de terrorismo deplorável”, qualificando-o como “um ataque à amizade duradoura entre o Paquistão e a China”.

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