IIM | Historiadores distinguidos com Prémio Identidade

O Instituto Internacional de Macau (IIM) acaba de atribuir o Prémio Identidade 2023 a dois historiadores e autores que se têm debruçado sobre o estudo de Macau, nomeadamente a professora e investigadora Celina Veiga de Oliveira e o jornalista e escritor João Guedes. Segundo um comunicado, são vencedores “ex-aequo”, devendo agora receber o prémio numa sessão pública.

A escolha dos vencedores foi decidida em assembleia-geral do IIM em Maio, sendo que o principal objectivo desta iniciativa reside na “preservação e valorização da memória e da identidade macaense”. O prémio foi criado “com o propósito de distinguir entidades que, pela sua acção, obra e exemplo, tenham contribuído para o reforço, preservação e valorização da Identidade de Macau”.

Assim, o prémio “corporiza o mais nuclear espírito do IIM, consagrado nas suas vocação e finalidades estatutárias, e contempla aquelas personalidades, individuais e colectivas, que, nos campos da Cultura em geral, nas Artes, no Pensamento, na Antropologia, nas Ciências Jurídicas e na Educação e Ensino tenham contribuído relevantemente para a substanciação dos factores de identidade de Macau”, lê-se numa nota.

Múltiplos contributos

No caso de Celina Veiga de Oliveira, foi docente em Macau entre 1980 e 1999, tendo leccionado no Liceu Nacional Infante D. Henrique, Escola do Magistério Primário e antigo Instituto Politécnico de Macau. Além disso, foi coordenadora do Gabinete do Ambiente e assessora para a Cultura do Gabinete do Governador de Macau.

Foi ainda co-autora e apresentadora dos “Arquivos do Entendimento”, série de episódios televisivos sobre a História de Macau, e autora de obras sobre temas de Macau e da presença portuguesa no Oriente, matéria que continua a ser objecto da sua atenção. Actualmente é vice-presidente da Comissão Asiática da Sociedade de Geografia de Lisboa.

Já João Guedes, ex-jornalista da TDM, reside em Macau desde 1980 e foi protagonista de muitos documentários sobre a história de Macau e a presença de Portugal no Oriente. O IIM considera que “constituem um acervo incontornável para investigadores e outros interessados”, sendo “também notável a sua produção literária sobre temas de Macau, que foi estudando e divulgando nas últimas décadas”.

Criado em 2003, o Prémio Identidade já contemplou figuras como o monsenhor Manuel Teixeira, o escritor e advogado Henrique de Senna Fernandes, o comendador Arnaldo de Oliveira Sales, o arquitecto e investigador António Manuel Pacheco Jorge da Silva, o arquitecto, artista, gestor e produtor cultural Carlos Marreiros, e ainda o designer Victor Hugo Marreiros, entre outros.

Foram também reconhecidas instituições como a Diocese de Macau, a Santa Casa da Misericórdia de Macau ou a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses.

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