EPM | Queixa na DSEDJ motivou regresso de docentes

A intervenção da DSEDJ terá sido essencial para que os professores da Escola Portuguesa de Macau colocados fora da instituição tivessem de regressar. O protocolo para a transferência dos docentes exige a concordância destes

 

Uma queixa feita junto da Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) terá levado a Escola Portuguesa de Macau (EPM) a integrar os três professores que tinham sido colocados em outras instituições. A informação foi adiantada na quarta-feira pelo Canal Macau.

Segundo a emissora, que cita fontes próximas do processo, o regresso à EPM dos docentes terá sido motivado por uma queixa sobre a transferência dos professores para a Escola Zheng Guanying e a Escola Luís Gonzaga Gomes.

A reclamação terá levado a DSEDJ a realizar uma averiguação e a intervir, o que forçou a direcção da escola de matriz portuguesa a voltar atrás e a reintegrar os professores.

De acordo com as explicações da DSEDJ, a mobilidade entre as escolas com o objectivo de melhorar a aprendizagem do português é possível, mas os critérios exigem a concordância dos professores. Este aspecto não foi valorizado nem cumprido pela direcção da escola, que apenas comunicou a colocação fora da EPM aos docentes no dia em que distribuiu os horários para o novo ano lectivo.

“A mobilização de pessoal tem de ser discutida entre a escola e o pessoal [a transferir], dependendo das necessidades do projecto, das qualificações desse pessoal, dos recursos humanos das escolas e da vontade dos funcionários [envolvidos]”, esclareceu a DSEDJ, ao Canal Macau. “As negociações têm de ser feitas entre a escola [EPM] e os funcionários”, foi acrescentado.

Verão quente

A reintegração dos docentes poderá ser o fim de um “Verão Quente” na Escola Portuguesa de Macau, que começou no final de Maio, quando o director da instituição, Acácio de Brito, anunciou uma vaga de dispensas de docentes residentes, ao mesmo tempo que afirmava estar a contratar não residentes em Portugal.

A vaga de dispensas gerou insatisfação entre os professores, encarregados de educação e autoridades, incluindo os conselheiros das comunidades portuguesas, o que levou a que, após uma inspecção à escola, o ministro da Educação de Portugal emitisse um despacho a obrigar a direcção a prolongar o contrato dos dispensados para o novo ano lectivo.

No entanto, no início deste ano lectivo, o caso acabou por ter mais um capítulo, dado que três dos professores recontratados acabaram por ser colocados fora da instituição. A decisão foi agora revertida.

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Carolina Sanches
Carolina Sanches
13 Set 2024 07:33

Então afinal a reintegração dos professores deveu-se à eficácia da acção da DSEDJ junto da direcção da EPM, obrigando-a a cumprir os critérios em vigor !!! Um louvor para os técnicos da DSEDJ !!!

Chalana
Chalana
13 Set 2024 12:17

Continua a desempenhar o cargo com a competencia , o caracter, o rigor e o profissionalismo que demonstrou em Timor e que por todos é reconhecido.Uma grande bem haja a este homem, um diretor com D grande e com um grande curriculum!

Carolina Sanches
Carolina Sanches
Responder a  Chalana
14 Set 2024 07:23

Sr. Chalana, pode dizer-me se realmente leu o artigo supra e se compreendeu o seu conteúdo? É que o que o Sr. CHALANA escreveu parece uma CHALAÇA !

Carlos Gomes
Carlos Gomes
15 Set 2024 09:11

Oh Carolina,
Então não percebe que este “chalado” é mais um capachinho do grupelho do abutre?
Basta falar com as pessoas de Timor para saber que tipo de pessoa é este diretor. Não deixou saudades e não o querem lá outra vez.