Resíduos | Criticada ineficiência de tratamento e reutilização

Song Pek Kei quer saber como o Governo planeia executar as obras de expansão do Aeroporto Internacional de Macau face à fraca capacidade para separar e tratar materiais inertes de demolição e construção que podem ser usados nas obras de aterro.

Numa interpelação escrita, a deputada recordou que só na obra de expansão do aeroporto serão necessários 4,6 milhões de metros cúbicos de materiais para aterro e questionou o Governo sobre a capacidade do único Aterro para Resíduos de Materiais de Construção (ARMC) no fornecimento desse material.

A legisladora ligada à comunidade de Fujian citou o Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2023, publicado no passado mês de Abril, que indicava o estado crítico da capacidade do ARMC. Situação agravada pela suspensão da instalação de triagem e armazenamento temporário de materiais inertes de demolição e construção e o cancelamento do aterro de cinzas volantes devido à lotação de capacidade do ARMC.

Song Pek Kei referiu ainda que o website da Direcção dos Serviços de Obras Públicas publicou o anúncio da recepção provisória da obra dos diques no ARMC em 2023, sem indicação de que os trabalhos já tenham acabado. O Governo estima que a obra acrescente a 1,96 milhões de metros cúbicos para depositar resíduos. A deputada questiona se já começaram a ser depositados na nova área.

Com o objectivo de aferir a capacidade de triagem e tratamento de resíduos, a deputada perguntou se será possível reiniciar a segunda e terceira fases da instalação de triagem e armazenamento temporário de materiais de demolição e construção e se o Governo procurou novos espaços para separar os resíduos que não podem ser reutilizados (lodos e lamas aquáticas, materiais de construção mistos e escórias).

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