China / ÁsiaCorrupção | Militares promovem “retificação” após casos recentes Hoje Macau - 12 Jul 2024 A Comissão Militar Central da China anunciou ontem que o Exército chinês vai ser submetido a um processo de “retificação” como parte da sua “missão de prontidão para combate”, após recentes casos de corrupção nas suas fileiras. Em comunicado, a Comissão afirmou que o Exército de Libertação Popular deve “continuar a rectificar a sua ideologia, pessoal, organização, estilo e disciplina, concentrando-se nos comités do partido de alto nível e nos quadros superiores”, a fim de garantir que “mantém sempre a sua natureza e objectivo” e “ousa sempre lutar e vencer”. A Comissão defendeu que esta importante tarefa política exige uma “determinação inabalável” e “acções concretas”. “Temos de integrar os nossos esforços na luta, na preparação para a guerra e na construção do exército. Além disso, temos de consolidar a liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) e atingir o grande objectivo de construir um exército forte”, afirmou. O processo de rectificação incluirá uma “revisão completa” das políticas e práticas militares, bem como a promoção de “um sentido de disciplina e responsabilidade” entre o pessoal. O anúncio foi feito duas semanas depois de a direcção do PCC ter expulsado o antigo ministro da Defesa Li Shangfu, que foi demitido no ano passado sem qualquer explicação e é agora acusado de crimes de corrupção. O PCC revelou que foi aberta uma investigação sobre Li em Agosto do ano passado, um processo que concluiu que o antigo ministro “violou a disciplina política” ao procurar “benefícios através de negócios pessoais para si e para outros”. “Abusou das suas posições para conseguir benefícios para outros, aceitando grandes somas de dinheiro e bens valiosos em troca, e também se descobriu que ofereceu dinheiro a outros para obter benefícios”, afirmou o órgão anticorrupção do partido.