Instrumentos chineses dominam nova edição de conferência em Portugal

A sétima edição da “Conferência de Lisboa: Música Chinesa e Instrumentos Chineses” [7th Lisbon Conference: Chinese Music and Musical Instruments] decorre desde ontem em Mafra, terminando hoje o programa que se dedica a reunir músicos e académicos em torno dos instrumentos tradicionais chineses e académicos.

O evento é patrocinado pela Fundação Jorge Álvares (FJA) e conta com apoio do Centro Científico e Cultural de Macau e da Fundação Europeia para a Pesquisa da Música Chinesa [European Foundation for Chinese Music Research].

Segundo a FJA, uma das inovações desta edição é a abordagem “de algumas tradições musicais de outros países da Ásia, nomeadamente da Índia, da Indonésia e, ainda, de outros pontos do sudeste asiático”.

Participam neste evento 25 académicos, portugueses e estrangeiros, oriundos de 11 países. Nas suas comunicações serão apresentados temas relacionados com a música e os instrumentos musicais chineses, quer no âmbito da etnomusicologia, quer da musicologia histórica.

A par das comunicações académicas serão realizados alguns concertos e recitais cujo repertório inclui música chinesa, música indonésia e também a fusão instrumental de música chinesa e indiana.

A conferência mantém como principal objectivo “a sensibilização do meio académico para o estudo sistémico da música e respectivo instrumental asiáticos, assim como a divulgação de géneros musicais de outras culturas asiáticas junto de um público generalizado”.

Peregrinação e outras histórias

Hoje será apresentado, no programa que decorre no Palácio Nacional de Mafra, a conferência “Sons de Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto: Identificação e Caracterização dos Componentes mais Relevantes”, da autoria de Helena Santana, da Universidade de Aveiro.

Enio de Souza, pesquisador sobre a música tradicional chinesa, ligado ao Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa e presidente do comité deste evento, irá apresentar “A Música Chinesa e os Instrumentos Musicais em Fontes Portuguesas”. Destaque ainda para uma sessão em que se fará uma “aproximação à música tradicional da Indonésia”, por Arif Bakhtiar, da Embaixada da República da Indonésia em Lisboa.

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