Pequim acusa EUA e Japão de difamação após reverem aliança

Pequim acusou ontem os Estados Unidos e o Japão de “difamação”, após o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, terem anunciado a maior revisão da aliança militar entre os dois países em 65 anos.

“Os Estados Unidos e o Japão ignoraram as graves preocupações da China. Difamaram e atacaram a China relativamente a Taiwan e às questões marítimas, interferindo gravemente nos assuntos internos da China”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa.

Para Pequim, as relações entre Washington e Tóquio “não devem ter como alvo ou prejudicar os interesses de outros países, nem minar a paz e a estabilidade regionais”.

A reestruturação do comando militar dos EUA no Japão marca a maior actualização da aliança de segurança entre Tóquio e Washington desde a entrada em vigor do tratado de defesa mútua, de 1960, e surge numa altura em que ambos os países procuram conter a ascensão da China.

“A China opõe-se firmemente àqueles que se agarram à mentalidade da Guerra Fria ou a palavras e actos que apenas criam e intensificam conflitos e prejudicam a segurança e os interesses estratégicos de outros países”, afirmou.
Biden e Kishida sublinharam que a sua posição sobre Taiwan permanece “inalterada” e reiteraram “a importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito [de Taiwan] como um elemento indispensável da segurança e prosperidade globais”.

Mao disse que “Taiwan é um assunto puramente interno da China” que “não permite qualquer interferência de forças externas”. “Exortamos os Estados Unidos a implementar a promessa do Presidente Biden de que não apoiará a ‘independência’ da ilha”, disse.

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