China / ÁsiaTecnologia | Xi Jinping pede mais esforços na inovação Hoje Macau - 4 Fev 2024 O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu ontem à direcção do Partido Comunista (PCC) mais esforços para promover a inovação nos domínios da ciência e tecnologia, para que sirvam de motores de crescimento e garantam a auto-suficiência do país. Xi, que é também o secretário-geral do PCC, presidiu a uma reunião do Politburo, o mais alto órgão de decisão do partido, na qual apelou a “novas forças produtivas” impulsionadas por “avanços tecnológicos revolucionários”. “Precisamos de fazer uma profunda transformação e modernização industrial”, afirmou Xi, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, acrescentando que a inovação deve “melhorar a vida dos trabalhadores” e gerar “um aumento substancial da produtividade”. “A inovação nos domínios da ciência e da tecnologia vai gerar novas indústrias, novos modelos e novos motores de crescimento”, disse o Presidente, que reiterou o seu compromisso de “acelerar em direcção à auto-suficiência”. Xi reiterou o seu empenho em “acelerar o processo de auto-suficiência” e instou o PCC a trabalhar “arduamente” para alcançar “avanços nas tecnologias de base” e “promover firmemente um desenvolvimento de alta qualidade”. “Ainda existem muitos factores que limitam o desenvolvimento de alta qualidade, que deve ser orientado por uma nova teoria da produtividade. A inovação deve desempenhar o papel de liderança”, disse. Sem dependências Nos últimos anos, perante relações tensas com Washington e muitos dos seus aliados, a China sublinhou a necessidade de aumentar a auto-suficiência em sectores tecnológicos de ponta, especialmente aqueles em que está dependente de países terceiros, como os ‘chips’ semicondutores. A China também assumiu um forte compromisso de liderar a inovação tecnológica com investimentos em sectores como a supercomputação, o desenvolvimento de redes de quinta geração (5G), a inteligência artificial (IA), o armazenamento em nuvem e os grandes volumes de dados, a corrida espacial, a tecnologia militar, as soluções para veículos inteligentes e a energia limpa, que são vistos como sectores que favorecerão o seu crescimento numa época de estagnação económica. Alguns dos avanços levantaram suspeitas em Washington de que as empresas chinesas estão a colaborar com as Forças Armadas do país, o que levou à criação de listas negras para impedir o Governo chinês de adquirir ou ter acesso a tecnologia desenvolvida por indivíduos ou empresas norte-americanas. Para fazer face a este problema, Xi rodeou-se, no 20.º Congresso, em 2022, de uma nova equipa de homens da sua confiança para alcançar a “auto-suficiência tecnológica” e garantir “a estabilização das cadeias industriais e de abastecimento”, afirmou na altura.