Ano Novo Lunar | Marcha da Madragoa vai participar na parada

A parada de Ano Novo Lunar vai realizar-se pela primeira vez desde 2020 com o orçamento a crescer mais de 30 por cento, para assinalar o 25.º aniversário da transferência de soberania

 

A Marcha da Madragoa vai participar na parada do Ano Novo Lunar em Macau, em 12 e 17 de Fevereiro, que terá grupos estrangeiros pela primeira vez desde 2019, anunciaram ontem as autoridades.

A directora dos Serviços de Turismo (DST) da cidade, Maria Helena de Senna Fernandes, afirmou que a participação do grupo português foi sugerida pela organização das Marchas Populares de Lisboa. “Há muitos anos tivemos uma cooperação com as Marchas de Lisboa”, disse a responsável, em conferência de imprensa, lembrando que a parada do Ano Novo Lunar de Macau contou com grupos da capital portuguesa em 2014, 2015 e 2020.

A directora da DST, que integrou uma delegação do território que visitou Portugal em Abril do ano passado, afirmou que a ligação com as Marchas de Lisboa foi reatada durante uma campanha turística realizada na capital portuguesa. “Mais de 60 membros” da Marcha da Madragoa vão viajar para actuar em Macau, sublinhou Senna Fernandes, que expressou “grande satisfação” com o regresso de grupos portugueses.

A parada, no terceiro dia do Ano Novo do Dragão, vai incluir a actuação de 30 grupos convidados, entre formações locais, da vizinha Hong Kong, Interior e de países como Alemanha, Indonésia, Coreia do Sul e França. O grupo Marcha da Madragoa ficou em sétimo lugar e conquistou o prémio de Melhor Figurino na 89.ª edição das Marchas Populares de Lisboa.

14 carros alegóricos

Além da Marcha da Madragoa, a parada vai incluir 15 carros alegóricos e espectáculos de grupos locais de matriz lusófona, como a Associação de Danças e Cantares Portuguesa ‘Macau no Coração’ e pela Casa de Portugal em Macau. Os espectáculos vão decorrer num palco na praça do Lago Vai San e a parada vai terminar na Doca dos Pescadores. No início, e ao longo do percurso, haverá bancadas com lugar para mais de 2.500 espectadores.

A parada conta com um orçamento de pelo menos 37 milhões de patacas, disse a directora da DST, ou mais 30,7 por cento do que na última edição, a de 2020, antes do início da pandemia da covid-19. Senna Fernandes sublinhou que, além da chegada do Ano Novo do Dragão, a parada vai assinalar o arranque das celebrações dos 25 anos da transferência da administração de Macau, de Portugal para a China, a 20 de Dezembro de 1999.

A dirigente disse ainda à imprensa local que a DST vai participar na Bolsa de Turismo de Lisboa, entre 28 de Fevereiro e 3 de Março, numa tentativa de atrair mais visitantes internacionais. Senna Fernandes afirmou estar a trabalhar para lançar, em conjunto com companhias aéreas e agências de viagens, uma campanha que vai subsidiar pacotes para turistas estrangeiros que incluem bilhetes de avião, alojamento hoteleiro e bilhetes para espectáculos.

Subscrever
Notifique-me de
guest
3 Comentários
Mais Antigo
Mais Recente Mais Votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Cheang Siu Chau
Cheang Siu Chau
19 Jan 2024 09:14

É por isso que a diversificação é a única forma que a nossa sociedade deve procurar e alcançar no final, para restaurar a nossa confiança como uma cidade atractiva e com muito para descobrir. É certamente uma espécie de anulação de nós mesmos se doarmos aos visitantes estrangeiros pacotes de passagens aéreas gratuitas, acomodações gratuitas em hotéis e muitas variedades de passagens gratuitas, a fim de atraí-los para virem. Alguém já tentou calcular os prós e os contras dessas ofertas e, em última análise, se haveria algum lucro para nós mesmos depois deduzindo as despesas? Todos os visitantes estrangeiros são… Ler mais »

Cheang Siu Chau
Cheang Siu Chau
21 Jan 2024 07:25

É discutível se vale a pena gastar mais de trinta milhões de patacas para celebrar o novo ano, sabendo-se que em muitos sectores da sociedade precisamos desesperadamente de alguns milhões de patacas com urgência e de imediato. Bem, ainda não se sabe quanto impacto e benefício terá para a indústria do turismo gastar essa quantia de dinheiro em uma celebração. Mas, ao mesmo tempo, com certeza, os grupos que vierem participar do evento farão disso uma refeição. É como se fosse uma festa, depois que todos os convidados se forem, só haverá trabalhos de limpeza para fazer. Em vez disso,… Ler mais »

Cheang Siu Chau
Cheang Siu Chau
21 Jan 2024 19:00

Há pouco tempo vi um artigo num jornal que dizia que numa organização de Macau havia mais um ou dois professores de dança vindos da nossa pátria, a China. E isso foi criticado por pessoas que presumivelmente eram macaenses. Após as críticas, a organização foi forçada a mudar imediatamente a sua escalação e até foi investigada pelas autoridades. E agora...e aqueles mais de 60 membros do grupo português? Isso foi proposto por quem? Ou houve um acordo mútuo? Ou foi uma troca de favores? Embaixo da mesa ou acima? Quem pagou as 60 passagens aéreas de volta? Quem pagou pelo… Ler mais »