Banco Mundial | Previsão de crescimento chinês revista em baixa para 5,2%

O Banco Mundial (BM) previu ontem que a economia chinesa vai terminar o ano com um crescimento de 5,2 por cento, um ajustamento em baixa da anterior previsão, feita em Junho, que apontava para 5,6 por cento. Para o próximo ano, a instituição ajustou em alta a previsão, feita em Outubro, de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 4,4 por cento para 4,5 por cento.

“A possibilidade de uma recuperação lenta do sector imobiliário e a persistência de uma procura externa débil persistem. Para apoiar o crescimento, espera-se que o Governo mantenha uma orientação fiscal e monetária moderadamente expansionista em 2024”, disse o BM, sediado em Washington.

O BM citou “constrangimentos estruturais” ao crescimento, como os “elevados níveis de dívida”, o “envelhecimento da população” e o “menor crescimento da produtividade do que no passado”.

A instituição identificou também “riscos importantes”, incluindo “um abrandamento do setor imobiliário que pode ir além das expectativas iniciais”, “o aumento das tensões geoeconómicas” e “as alterações climáticas e a frequência crescente de fenómenos meteorológicos extremos”.

A directora do BM para a China, Mongólia e Coreia, Mara Warwick, afirmou que “a flexibilização da política macroeconómica tem apoiado a recuperação a curto prazo”, acrescentando que “seria importante realizar reformas estruturais complementares para aumentar a confiança e relançar a dinâmica de crescimento, como a melhoria do quadro de resolução da dívida da China e o reforço do ambiente propício para as empresas privadas”.

Entre Julho e Setembro, a segunda maior economia do mundo cresceu 4,9 por cento em comparação com o mesmo período de 2022, ainda marcado pelas consequências da estratégia ‘zero covid’, de medidas rigorosas contra a covid-19, entretanto desmantelada.

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