Universidade da Ásia Oriental | Palestra acontece hoje na FRC

“A Primeira Universidade Moderna de Macau” é o nome da palestra protagonizada hoje pela investigadora Priscilla Roberts que conta os primórdios da antiga Universidade da Ásia Oriental, actualmente Universidade de Macau. A conferência é organizada em parceria com a Universidade de São José

 

A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, às 19h, a conferência “A Primeira Universidade Moderna de Macau: Explorando a história da Universidade da Ásia Oriental”, hoje Universidade de Macau e já com instalações na ilha de Hengqin. O evento insere-se no “Ciclo de Palestras Públicas de História e Património”, uma parceria regular entre a FRC e o departamento de História e Património da Universidade de São José (USJ).

A sessão será protagonizada por Priscilla Roberts, professora associada da USJ que possui um doutoramento em História pelo King’s College de Cambridge, no Reino Unido, e que leccionou durante muitos anos na Universidade de Hong Kong.

Desde que se mudou para Macau, a docente desenvolveu, segundo um comunicado da FRC, “um forte interesse pela história do território, nomeadamente sobre o seu significado no contexto global”. As suas pesquisas “levaram-na a procurar respostas sobre os primórdios do ensino académico em Macau”.

A Universidade da Ásia Oriental, como “primeira universidade moderna de Macau, esteve na origem das três actuais instituições de ensino superior de Macau”, nomeadamente a UM, Universidade da Cidade de Macau e Universidade Politécnica de Macau, tendo iniciado o funcionamento em 1981.

Devido a mudanças de propriedade, nome e localização, os registos iniciais são algo irregulares, especialmente os que diz respeito à primeira década de actividade universitária. Desde o momento em que surgiu, a instituição de ensino “foi uma joint-venture que reuniu os interesses dos empresários chineses baseados em Hong Kong, que desejavam satisfazer a frustrante procura de ensino superior no território vizinho, no restante Sudeste Asiático e, eventualmente, até na China”, descreve a USJ.

Impulso luso

A grande aposta na Universidade da Ásia Oriental começou a fazer-se ainda no tempo do Governador Garcia Leandro, nos anos 70. “O Governo português de Macau, e a comunidade residente, viram a universidade como parte dos planos de modernização e de desenvolvimento local.”

A USJ explica que muitas das fontes portuguesas só muito recentemente ficaram disponíveis para investigação, “fornecendo novas e esclarecedoras informações sobre o envolvimento português e as esperanças na instituição desta primeira universidade”.

A decisão do Governo de Macau em assumir as operações da universidade em 1988, a fim de a transformar num modelo de ensino público para satisfazer as necessidades de trabalhadores qualificados em Macau no período de transição e após a transferência da soberania do território, e ainda o impacto desta decisão a longo prazo serão abordados na sessão de hoje na FRC.

Obra feita

Priscilla Roberts é uma historiadora britânica que, ao longo da sua carreira académica, pesquisou aspectos das transições internacionais de poder, e o papel das elites, como pessoas anónimas ou instituições, na elaboração da política externa dos EUA, da Grã-Bretanha e dos domínios britânicos.

A investigadora leccionou muitos anos na Universidade de Hong Kong, tendo recebido diversas bolsas de investigação de entidades em Hong Kong, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Austrália e Macau, onde actualmente reside. Tem igualmente extensa obra publicada, com 32 livros de autoria única, além de artigos vários em periódicos e capítulos em livros de co-autoria.

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