PolíticaMacau estima poupar 890 milhões de patacas em contrato do metro ligeiro Hoje Macau - 30 Nov 2023 Macau estima poupar 890 milhões de patacas no primeiro contrato de exploração do metro ligeiro, que termina no final de 2024, garantiu esta quarta-feira o secretário para os Transportes e Públicas, Raimundo do Rosário. O Governo de Macau atribuiu, por adjudicação direta, a exploração do metro ligeiro, inaugurado a 10 de Dezembro de 2019, à MTR Corporation Limited, empresa que opera o metro de Hong Kong, por 5,88 mil milhões de patacas. Mas o secretário Raimundo do Rosário garantiu que “no fim [do contrato] este valor vai ser diminuído, mais ou menos para 4,99 mil milhões, não vai ultrapassar cinco mil milhões”. O dirigente, que falava na Assembleia Legislativa durante uma sessão de perguntas e respostas sobre o relatório das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2024, não revelou, no entanto, as razões para a redução. A operação do metro ligeiro esteve parada entre outubro de 2021 e abril de 2022, para substituir cabos de alta tensão com um comprimento total de cerca de 124 quilómetros, devido a sobreaquecimento. Rosário sublinhou que o contrato com a MTR já inclui a ligação do metro até à Barra, no sul da península de Macau, através do piso inferior da ponte Sai Van, que será inaugurada a 08 de dezembro. “Não precisamos de pagar mais”, acrescentou. Este meio de transporte opera atualmente apenas uma linha, na ilha da Taipa, com uma extensão de 9,3 quilómetros e 11 estações, com uma frequência de dez a 15 minutos, durante quase 17 horas diárias. Em junho, o secretário tinha garantido aos deputados que não irá atribuir à MTR por adjudicação direta o próximo contrato de exploração do metro, que irá incluir uma expansão até à Barra, o bairro de Seac Pai Van, em Coloane, e a vizinha Hengqin (ilha da Montanha). A construção da linha para Hengqin, na China continental, arrancou em março de 2021, vai custar 3,5 mil milhões de patacas e deverá estar concluída até ao final de 2024. O Governo lançou em outubro de 2022 os concursos para a concepção e construção da Linha Leste do metro ligeiro, que deverá fazer, a partir da primeira metade de 2029, a ligação ao norte da península de Macau, onde se situa a principal fronteira com a China continental. O metro registou, em média, 9.150 passageiros por dia em agosto, o número mais elevado desde que este meio de transporte começou a cobrar tarifas, em fevereiro de 2020. Com a extensão do metro ligeiro, as autoridades preveem que o volume de passageiros atinja 137 mil pessoas por dia, em 2030. O metro ligeiro, uma das principais obras públicas de Macau desde a transferência da administração de Portugal para a China, em 1999, sofreu significativas derrapagens financeiras, bem como nos prazos de execução. A primeira linha, prometida durante mais de uma década, custou 10,2 mil milhões de patacas.