SociedadeSuspeito de burlar idoso em 50 mil patacas fica em prisão preventiva João Santos Filipe - 23 Nov 2023 Um homem de Hong Kong que foi detido por estar envolvido numa burla vai aguardar o desfecho do caso em prisão preventiva, de acordo com um comunicado emitido ontem pelo Ministério Público. “Segundo o que foi apurado, o homem de Hong Kong, que foi detido, terá cooperado com outros suspeitos para praticar burla contra um idoso de Macau, em que um dos mesmos [suspeitos], com recurso a telefone, fez passar-se por genro do ofendido, alegando falsamente que foi detido por ter cometido agressão e necessitava de dinheiro para prestação de caução”, foi relatado pelo MP. “De seguida, o arguido deste inquérito fez passar-se por advogado para receber o dinheiro burlado. O inquérito envolveu um total de cinquenta mil patacas”, foi acrescentado. A decisão da prisão preventiva foi decidida pelo Juiz de Instrução Criminal “tendo em conta o facto de que o arguido não é residente local e a gravidade dos demais factos”. A prisão preventiva foi também explicada com o objectivo de evitar “a sua fuga de Macau, a continuação da prática de actividade criminosa da mesma natureza e a perturbação da ordem pública e tranquilidade social”. O arguido está indiciado pela prática do crime de burla de valor elevado, que pode ser punido com pena de prisão que pode chegar aos cinco anos. Casos múltiplos Quando anunciou que o arguido vai aguardar julgamento em prisão preventiva, o MP explicou que “nos dias recentes, ocorreram sucessivamente em Macau vários casos de burla com uso de telecomunicações, nos quais os criminosos se fizeram passar por familiares dos ofendidos, profissionais ou funcionários de serviços públicos através das chamadas telefónicas ou mensagens”. De acordo com o MP, estes criminosos aproveitaram ainda “diversos pretextos para solicitarem aos ofendidos o pagamento ou transferência de dinheiro para contas bancárias designadas”. Face a esta tendência criminal, o MP apelou à população para “quando receberem chamadas telefónicas ou mensagens suspeitas, manterem o alerta verificando de forma proactiva a identidade da outra parte”.